Post on 15-Apr-2017
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TRANSTORNOS DE
PERSONALIDADE
Bruna AvelarCássio Silveira
PersonalidadeDefinição:
“Rótulo descritivo do comportamento observável do indivíduo e de sua experiência interior subjetiva relatada”
Transtorno de PersonalidadeDefinição: “Experiências subjetivas e comportamento persistentes que se desviam dos padrões culturais, são rigidamente generalizados, tem início na adolescência ou na vida adulta, são estáveis ao longo do tempo e levam a comprometimento ou infelicidade.”
ClassificaçãoGrupo A:ParanóideEsquizóideEsquizotípica
Estranhos e
Excêntricos
ClassificaçãoGrupo B:Anti-socialBorderlineHistriônicaNarcisista
Dramáticos Emocionais Erráticos
ClassificaçãoGrupo C:EsquivaDependenteOC
Ansiosos e
Medrosos
Mecanismos de DefesaFantasiaDissociaçãoIsolamentoProjeçãoCisãoAgressão passivaAtuação
BORDERLINE
Personalidade BorderlineLimítrofe entre neurose e psicoseAfetos, humor, comportamento,
relações objetais e auto-imagem instáveis
Duas vezes mais comum entre mulheres que em homens
1-2% da populaçãoMais prevalente entre pacientes
com transtorno depressivo maior
Quadro clínico TPBEstado persistente de criseOscilações de humorEpisódios micropsicóticosComportamento imprevisívelAuto-destruição recorrente – suicídios e
mutilaçãoDependentes de quem são íntimos Não toleram solidãoAceitam estranhos como amigos e
podem ter comportamentos de risco
Quadro clínico TPBSentimentos crônicos de vazio e
tédioDifusão da identidadeDicotomia interpessoalIncapacidade de lidar com os
estágios normais do ciclo da vidaIdentificação projetivaPrognóstico: Evolução para
esquizofrenia(raro) e depressão
Diagnóstico Um padrão invasivo de instabilidade dos relacionamentos
interpessoais, auto-imagem e afetos e acentuada impulsividade, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes critérios: (1) esforços frenéticos para evitar um abandono real ou imaginado.Nota: Não incluir comportamento suicida ou automutilante, coberto no Critério 5(2) um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos, caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização(3) perturbação da identidade: instabilidade acentuada e resistente da auto-imagem ou do sentimento de self(4) impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa (por ex., gastos financeiros, sexo, abuso de substâncias, direção imprudente, comer compulsivamente).Nota: Não incluir comportamento suicida ou automutilante, coberto no Critério 5
Diagnóstico (5) recorrência de comportamento, gestos ou
ameaças suicidas ou de comportamento automutilante(6) instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor (por ex., episódios de intensa disforia, irritabilidade ou ansiedade geralmente durando algumas horas e apenas raramente mais de alguns dias)(7) sentimentos crônicos de vazio(8) raiva inadequada e intensa ou dificuldade em controlar a raiva (por ex., demonstrações freqüentes de irritação, raiva constante, lutas corporais recorrentes)(9) ideação paranóide transitória e relacionada ao estresse ou severos sintomas dissociativos
TratamentoPsicoterapia é o tratamento de
escolhaFarmacoterapia:- Antipsicóticos: controle da raiva- IMAO: impulsividade- ISRS: depressão- CMZP
HISTRIÔNICA
Personalidade HistriônicaPessoas que se comportam de
forma colorida, dramática e extrovertida
Dificuldade em manter relacionamentos profundos e duradouros
2-3% da população
Quadro clínicoComportamento em busca de atençãoExagero de pensamentos e sentimentosAtaques quando não estão sendo elogiados
quando não são o centro das atençõesComum o comportamento sedutor – mesmo
inadequadoUso da imagem para seduzir- preocupação
escessiva com belezaMulheres são comumente anorgásmicas e
homens com distúrbios de ereçãoImpulsos sexuais para reassegurar-se de que
são atraentes
DiagnósticoUm padrão invasivo de excessiva emocionalidade e busca de atenção, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes critérios:(1) sente desconforto em situações nas quais não é o centro das atenções(2) a interação com os outros freqüentemente se caracteriza por um comportamento inadequado, sexualmente provocante ou sedutor(3) exibe mudança rápida e superficialidade na expressão das emoções(4) usa consistentemente a aparência física para chamar a atenção sobre si próprio(5) tem um estilo de discurso excessivamente impressionista e carente de detalhes(6) exibe autodramatização, teatralidade e expressão emocional exagerada(7) é sugestionável, ou seja, é facilmente influenciado pelos outros ou pelas circunstâncias(8) considera os relacionamentos mais íntimos do que realmente são.
TratamentoPsicoterapia: noção de seu
comportamentoFarmacoterapia sintomática
ANTI-SOCIAL
Personalidade anti-socialIncapacidade de se adaptar às
normas sociaisDesrespeito e violação dos direitos do
outroTrês vezes mais prevalente em
homens que em mulheres75% - População de penitenciários5 vezes mais comum entre parentes
de primeiro grauNão é sinônimo de psicopatia
Diagnóstico TPASAtentar à manipulação do
pacienteNecessidade de entrevista
provocadora de estresseProcurar inconsistências na
história
Características clínicasInúmeras àreas de perturbação na vidaMentira, falta às aulas, fuga de casa, furtos,
brigas, abuso de drogas e atividades ilegaisNão exibem ansiedade e depressão –
incongruenciasInteligencia verbalPrognóstico : mantém um curso sem
remissãoOcorre normalmente no final da
adolescênciaDepressão e abuso de drogas é comum
TratamentoPouco sucessoPsicoterapia em grupoSintomática – ansiedade, raiva,
depressãoSe sintomas TDAH –
metilfenidatoAnticonvulsivantes – CMZP e
Tegretol
Critérios DSM-IV para TPAS (1) Incapacidade de adequar-se às normas sociais com relação a
comportamentos lícitos, indicada pela execução repetida de atos que constituem motivo de detenção;
(2) Propensão para enganar, indicada por mentir repetidamente, usar nomes falsos ou ludibriar os outros para obter vantagens pessoais ou prazer;
(3) Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro; (4) Irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais
ou agressões físicas; (5) Desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia; (6) Irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em
manter um comportamento laboral consistente ou de honrar obrigações financeiras;
(7) Ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado ou roubado alguém.�
Além dos critérios apresentados, para que o diagnóstico seja validado, há necessidade de serem observadas evidências de Transtorno de Conduta (TC), com início antes dos 15 anos de idade e de ser excluída a possibilidade de que a ocorrência do comportamento anti-social não se dê exclusivamente durante o curso de esquizofrenia ou episódio maníaco
NARCISISTA
Personalidade NarcisistaElevado sentimento de sua
própria importânciaSentimentos grandiosos de
serem únicosMenos de 1% da população geralComum em filhos de pais com o
transtornoTem aumentado de forma
constante
Quadro clínicoConsideram-se especiais e esperam
tratamento diferenciadoSenso de direitos exacerbadoLidam mal com críticas- raiva ou indiferençaAmbiciosos por fama e fortunaRelacionamentos frágeisExploração interpessoal comumFingem simpatia para conseguir seus
objetivosPredisposição à depressãoSupervalorização da juventude
Diagnóstico Um padrão invasivo de grandiosidade (em fantasia ou
comportamento), necessidade de admiração e falta de empatia, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, indicado por pelo menos cinco dos seguintes critérios:(1) sentimento grandioso da própria importância (por ex., exagera realizações e talentos, espera ser reconhecido como superior sem realizações comensuráveis)(2) preocupação com fantasias de ilimitado sucesso, poder, inteligência, beleza ou amor ideal(3) crença de ser "especial" e único e de que somente pode ser compreendido ou deve associar-se a outras pessoas (ou instituições) especiais ou de condição elevada
Diagnóstico (4) exigência de admiração excessiva
(5) sentimento de intitulação, ou seja, possui expectativas irracionais de receber um tratamento especialmente favorável ou obediência automática às suas expectativas(6) é explorador em relacionamentos interpessoais, isto é, tira vantagem de outros para atingir seus próprios objetivos(7) ausência de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com os sentimentos e necessidades alheias(8) freqüentemente sente inveja de outras pessoas ou acredita ser alvo da inveja alheia(9) comportamentos e atitudes arrogantes e insolentes
TratamentoTranstorno crônico e de difícil
tratamentoPsicanálise parece mais efetivaFarmacoterapia: -Carbolitium-Antidepressivos
PARANÓIDE
Transtorno da Personalidade Paranóide Padrão de desconfiança e suspeitas
invasivas em relação aos outros; Seus motivos são interpretados como
malévolos; Começa no início da idade adulta; Presente em uma variedade de contextos (pelo
menos 4) Suspeita, sem fundamento suficiente, de estar
sendo explorado, maltratado ou enganado pelos outros
Preocupa-se com dúvidas infundadas acerca da lealdade ou confiabilidade de amigos ou colegas
Transtorno da Personalidade Paranóide◦ Reluta em confiar nos outros por um medo
infundado de que essas informações possam ser maldosamente usadas contra si
◦ Interpreta significados ocultos, de caráter humilhante ou ameaçador, em observações ou acontecimentos benignos
◦ Guarda rancores persistentes, ou seja, é implacável com insultos, injúrias ou deslizes
◦ Percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são visíveis pelos outros e reage rapidamente com raiva ou contra-ataque
◦ Tem suspeitas recorrentes, sem justificativa, quanto à fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual.
ESQUIZÓIDE
Transtorno da Personalidade Esquizóide Distanciamento das relações sociais Faixa restrita de expressão emocional
em contextos interpessoais, Começa no início da idade adulta Presente em uma variedade de
contextos (pelo menos quatro): Não deseja nem gosta de relacionamentos
íntimos, incluindo fazer parte de uma família Quase sempre opta por atividades solitárias Manifesta pouco, se algum, interesse em ter
experiências sexuais com outra pessoa
Transtorno da Personalidade Esquizóide
◦Tem prazer em poucas atividades, se alguma
◦Não tem amigos íntimos ou confidentes, outros que não parentes em primeiro grau
◦Mostra-se indiferente a elogios ou críticas de outros
◦Demonstra frieza emocional, distanciamento ou afetividade embotada.
ESQUIVA
Transtorno da Personalidade Esquiva Inibição social; Sentimentos de inadequação; Hipersensibilidade à avaliação negativa; Começa no início da idade adulta ; Prevalência na população geral: 0,5 a 1,0% Presente em uma variedade de contextos (pelo menos 4):
Evita atividades ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo por medo de críticas, desaprovação ou rejeição
Reluta a envolver-se com pessoas, a menos que tenha certeza de sua estima
Mostra-se reservado em relacionamentos íntimos, em razão do medo de ser envergonhado ou ridicularizado
Transtorno da Personalidade Esquiva
◦Preocupação com críticas ou rejeição em situações sociais
◦Inibição em novas situações interpessoais, em virtude de sentimentos de inadequação
◦Vê a si mesmo como socialmente inepto, sem atrativos pessoais ou inferior
◦Não quer assumir riscos pessoais ou envolver-se em quaisquer novas atividades, porque estas poderiam ser embaraçosas..
DEPENDENTE
Transtorno da Personalidade Dependente Necessidade invasiva e excessiva de ser
cuidado, Leva a um comportamento submisso e
aderente e a temores de separação, Começa no início da idade adulta Presente em uma variedade de contextos(pelo
menos 5): dificuldade em tomar decisões do dia-a-dia sem
uma quantidade excessiva de conselhos e reasseguramento da parte de outras pessoas
necessidade de que os outros assumam a responsabilidade pelas principais áreas de sua vida
dificuldade em expressar discordância de outros, pelo medo de perder o apoio ou aprovação.
Transtorno da Personalidade Dependente Dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por
conta própria (em vista de uma falta de autoconfiança em seu julgamento ou capacidades, não por falta de motivação ou energia)
Vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, a ponto de voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis
Sente desconforto ou desamparo quando só, em razão de temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si próprio
Busca urgentemente um novo relacionamento como fonte de carinho e amparo, quando um relacionamento íntimo é rompido
Preocupação irrealista com temores de ser abandonado à sua própria sorte.
OBSESSIVO COMPULSIVA
Transtorno da Personalidade Obsessivo- compulsiva Preocupação excessiva com organização,
perfeccionismo e controle mental e interpessoal; Para tal, abre mão a flexibilidade, abertura e eficiência, Começa no início da idade adulta; Presente em uma variedade de contextos(pelo menos
4): preocupação tão extensa, com detalhes, regras, listas,
ordem, organização ou horários, que o ponto principal da atividade é perdido
Perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas (por ex., é incapaz de completar um projeto porque não consegue atingir seus próprios padrões demasiadamente rígidos)
Devotamento excessivo ao trabalho e à produtividade, em detrimento de atividades de lazer e amizades (não explicado por uma óbvia necessidade econômica)
Transtorno da Personalidade Obsessivo-compulsiva
Excessiva conscienciosidade, escrúpulos e inflexibilidade em assuntos de moralidade, ética ou valores (não explicados por identificação cultural ou religiosa)
Incapacidade de desfazer-se de objetos usados ou inúteis, mesmo quando não têm valor sentimental
Relutância em delegar tarefas ou ao trabalho em conjunto com outras pessoas, a menos que estas se submetam a seu modo exato de fazer as coisas
Adoção de um estilo miserável quanto a gastos pessoais e com outras pessoas; o dinheiro é visto como algo que deve ser reservado para catástrofes futuras
Rigidez e teimosia.