Date post: | 14-Jul-2015 |
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Banquete Medieval
Prof.Altair Aguilar
Neste trabalho vamos falar sobre o banquete medieval da Idade
Média
Alimentos
• O pão era o alimento básico, seguido por outros alimentos fabricados a partir de cereais, como o mingau e as massas. A carne era mais prestigiosa e mais cara que os grãos e que os vegetais. Entre os temperos comuns estavam o vertjus(do francês médio, significa "suco verde"), suco extraído de uvas não maduras, o vinho e o vinagre. Estes, juntamente com a utilização muito difundida de mel ou açúcar (entre aqueles que tinham recursos para isso), deu a muitos pratos um sabor agridoce. Os mais populares tipos de carne eram de porco e frango, enquanto a carne bovina, que exigia um maior investimento em terras, era menos comum. Bacalhau e arenque estavam entre os principais da população do norte, mas uma grande variedade de outros peixes de água salgada e de água doce também serviam de alimento. Amêndoas, tanto doces quanto amargas, eram utilizadas inteiras como guarnição, ou mais comumente trituradas e usadas como um espessante de sopas, ensopados, e molhos. Particularmente popular era uma bebida leitosa feita de amêndoas trituradas, chamada de leite de amêndoa, que era um substituto comum para o leite animal, utilizado para cozinhar durante a Quaresma e os jejuns da Igreja Católica Romana.
O transporte lento e as ineficientes técnicas de preservação dos alimentos impediam o comércio de longa distância
de muitos alimentos. Na maioria dos casos, somente os ricos, especialmente a nobreza, podiam adquirir ingredientes
importados, tais como especiarias. Devido a esses fatores, a cozinha dos nobres era mais propensa à influência
estrangeira do que a de pessoas mais pobres. Como cada nível da sociedade imitava o nível acima, as inovações
resultantes do comércio internacional e das guerras estrangeiras gradualmente se espalharam através da classe média-
alta das cidades medievais.
Em uma época em que a fome era comum e as hierarquias sociais eram muitas vezes brutalmente forçadas, o
alimento era um importante indicador do estatuto social de forma que não há equivalente hoje na maioria dos países
desenvolvidos. À parte da indisponibilidade econômica dos luxos, como especiarias, decretos declaravam ilegal o
consumo de certos alimentos por determinadas classes sociais, e leis suntuárias limitavam o consumo conspícuo
entre os nouveaux riches (francês: "novos ricos"), pessoas que se tornaram ricas, e que não faziam parte da nobreza.
Normas sociais também impunham que o alimento da classe trabalhadora fosse menos refinado, já que se acreditava
que havia uma semelhança divina ou natural entre o trabalho e os alimentos das pessoas; assim, trabalho manual
requeria alimentos mais vulgares e mais baratos.
Comidas medievais para
festas
Dar uma festa com um tema medieval é uma
oportunidade para saborear a cozinha tradicional
da Idade Média. Apesar de poucos exemplares de
escritos sobre comida medieval terem
sobrevivido, numerosos livros de receitas dos
séculos XIV e XV, como "A Boke of Gode
Cookery" fornecem vários exemplos da culinária
medieval tradicional. Como a disponibilidade e
variedade de alimentos não mudou muito de lá
para cá, você pode, de maneira fácil e barata,
recriar comidas medievais para festas.
Banquetes medievais incluíam uma seleção de carnes e pratos doces e salgados
Carnes e aves
• Como as pessoas na Idade Média tinham acesso aos mesmos tipos de carnes
e aves que temos hoje, você tem muitas opções de comidas festivas com
carne para escolher. Comece com "stewed beefe", uma seleção de costelas
assadas em molho de vinho, passas e cebolas. Sirva "'mortrews", patê básico
de carne acompanhado de gengibre, com fatias de pão integral. O
"Pourcfelet farci", porco assado recheado com gemas de ovo, queijo brie e
castanhas é o prato principal típico de uma festa medieval.
Pães e cereais
Como o pão era o alimento básico da dieta
medieval, inclua um pão branco caseiro em seu
menu de comida festivas para que as pessoas
belisquem. Você também pode servir "waffres", um
waffle doce feito com gengibre e queijo cheddar ao
lado de "frytour de erbes," pequenos pedaços de
pão com ervas, fritos em massa. Finalmente, o
"arroz Lombard", cozido em açafrão, canela, açúcar
e o caldo de sua preferência. Frango ou carne, por
exemplo, também fazem um acompanhamento
ideal.
Pratos doces
• Pratos doces, na Idade Média, eram predominantemente compostos de
frutas e açúcar. As amêndoas eram particularmente populares em
sobremesas, então ofereça a seus convidados um pouco de arroz em leite de
amêndoa como um acompanhamento doce. "Sambocade", um bolo de
queijo feito com sabugueiro, e peras cozidas em vinho e especiarias são idéias
para autênticos pratos doces medievais. Você também pode servir pão de
gengibre, feito com mel, especiarias e migalhas de pão. Era um prato favorito
na Idade Média.
Bebidas
Se você for servir bebidas alcoólicas, opte por cidra de maçã
ou pera para uma experiência autêntica. "Clarrey", ou vinho
quente com especiarias e mel, também era comum na Idade
Média. Você pode comprá-lo pronto em supermercados.
Água de cevada, feita de cevada, açúcar e o suco de um
limão; e leite de amêndoas, feito de amêndoas e água quente,
são boas opções de bebidas não alcoólicas.
A(s) Fruta(s)
• A fruta desempenhava papel de relevo nas dietas alimentares medievais. Conheciam-se praticamente todas as frutas que comemos hoje. Muitas eram autóctones, outras foram introduzidas pelos árabes. Apenas a laranja doce viria a ser trazida por Vasco da Gama, no século XV. Certas frutas eram consideradas pouco saudáveis, como as cerejas e os pêssegos poros julgarem "vianda húmida". Também o limão sede as conselhava por "muito frio e agudo". Era uso comer fruta acompanhada de vinho, à laia de refresco ou como refeição ligeira, própria da noite. Da fruta fresca se passava à fruta seca e às conservas e doces de fruta. Fabricavam-se conservas e doces de cidra, pêssego, limão, pêra, abóbara e marmelo. De laranja se fazia a famosa flor de laranja, simultaneamente tempero e perfume
A partir de então, as refeições transformavam-se em banquetes, com mesa farta,
muitos serviçais e entretenimento (música, dança, malabarismos, mágica...).
Dependendo dos hóspedes a qualidade dos alimentos, serviços e entretenimento
eram melhores ou piores, isso variava de acordo com a importância e relevância
do visitante. O cardápio dos banquetes incluía aves, peixes, carnes vermelhas,
cereais, frutas, . Os banquetes tinham a intenção de demonstrar o poder e a
influência dos senhores.
A cozinha medieval
• A cozinha era muitas vezes construída no pátio em edifício separado, como
precaução contra os incêndios. O equipamento de cozinha dessa época incluía o
almofariz, panelas e frigideiras de cabo comprido. A maior parte dos pratos eram
confeccionados em grandes panelas de ferro. O caldeirão de 3 pernas podia ser
colocado sobre o fogo ou suspenso por um gancho.• Os cozinheiros tinham de ter
talento para disfarçar o sabor de alguns alimentos. Por isso, a cozinha medieval
usava e abusava de ervas aromáticas como os coentros, a salsa e a hortelã para
condimentar os pratos. Cultivava-se o tomilho, o alho, a mostarda e o açafrão e
utilizava-se também o sal e ainda pimenta vinda do Oriente.
A carne, guardada em despensas, nem sempre se mantinha fresca. O peixe cozinhado com salsa e funcho era
um prato popular. A Igreja ordenava que às quartas, sextas e sábados não se comesse carne. O arenque
salgado ou as enguias, além de uma grande variedade de peixes do mar e rio, eram consumidos com
frequência. Legumes como as cebolas, couves e alho-francês eram utilizados para engrossar as sopas e
estufados, mas não eram especialmente apreciados, pelo menos entre as classes superiores.
Um banquete medieval podia incluir ainda iguarias como pavão, baleia ou cisne. O peixe fresco era mais raro
e servia-se por isso mesmo em pequenas quantidades ou frito. Já o peixe seco, salgado e defumado era
utilizado com maior abundância. Em termos de doçaria, o leite estava omnipresente nas confecções da
época e era ingrediente imprescindível no manjar branco, nos pastéis de leite e nas tigeladas. Os vinhos
servidos eram brancos, tintos e palhetes. Como azedava com facilidade, o vinho era frequentemente servido
com mel ou gengibre. E porque os olhos também comem, a decoração dos pratos, tal como a decoração dos
recintos, era extremamente cuidada. As longas mesas eram cobertas com magníficos tecidos e iluminadas
por tochas empunhadas por criados. Então, as iguarias começavam a desfilar, devidamente ornamentadas.
Os pratos tinham o nome de escudelas e serviam para dois convivas, sentados lado a lado. Apesar de já
existirem colheres e facas, as mãos eram o principal talher utilizado. Cada um usava as sua própria faca, uma
colher e os dedos para comer educadamente à mesa.
Cozinha
Nessas cozinhas eram encontrados fornos,
grelhas e fogões a lenha e muitas eram as pessoas
ali empregadas pelos senhores. Para esses
serviçais, de origem humilde, empregados a partir
da mão de obra dos servos, o trabalho nos
domínios senhoriais garantia benefícios como
uma alimentação diversificada e farta, mesmo em
tempos de “vacas magras