Date post: | 10-Apr-2018 |
Category: |
Documents |
Upload: | alessandroterra |
View: | 224 times |
Download: | 0 times |
of 13
8/8/2019 Campos Nativos
1/13
Correspondncia:
Rua Salvador Correa, 139 - Centro28035-310 - Campos dos Goytacazes - RJTelefone:+55 (22) 2733.1414Fax: +55 (22) 2722.9677e-mail: [email protected]
Histria das aes antrpicas sobre os ecossistemasvegetais nativos das regies norte e noroeste do Estadodo Rio de JaneiroTexto correspondente palestra proferida na 19 Jornada Fluminense de Botnica. Sociedade
Botnica do Brasil e Universidade Estadual do Norte Fluminense. Campos dos Goytacazes: 14 de
novembro de 1999.
Arthur SoffiatiDoutor em Histria Social - UFRJProfessor do Instituto de Cincias da Sociedade e Desenvolvimento Regional da Universidade Federal Fluminense.
PERSPECTIVAS, Campos dos Goytacazes, v.4, n.7, p. 67-79, janeiro/julho 2005
Este artigo tem o objetivo de contribuir para o conhecimento
das formaes geolgicas das regies norte e noroeste do Estado
do Rio de Janeiro, uma das unidades da Federao Brasileira, e
para o diagnstico dos ecossistemas vegetais nativos em sua
fisionomia original e em seus problemas, sugerindo instrumentos
que permitam a preservao de amostras significativas e funcionais
dos mesmos.
Resumo
Palavras-chave
aes antrpicas, ecossistemas do Estado do Rio de Janeiro.
8/8/2019 Campos Nativos
2/13
Correspondence:
Rua Salvador Correa, 139 - Centro28035-310 - Campos dos Goytacazes - RJPhone number:+55 (22) 2733.1414Fax: +55 (22) 2722.9677e-mail: [email protected]
Abstract
Key works:
antropic actions, state of Rio de Janeiro ecosystems
History of antropic actions on the native vegetableecosystems in the north and northwest of the State of Rio
de JaneiroArthur SoffiatiD.Sc. in Social History - UFRJTeacher of the Institute of Society Sciences and Regional Development - Federal Fluminense University
This article hopes to contribute for the knowledge of geologic
formations in the north and northwest areas of the State of Rio de
Janeiro (Brazil) and for the diagnosis of the native vegetable
ecosystems in its original appearance and problems, suggesting
instruments that allow the preservation of significant and functionalsamples of the same ones.
PERSPECTIVAS, Campos dos Goytacazes, v.4, n.7, p. 67-79, janeiro/julho 2005
8/8/2019 Campos Nativos
3/13
A formao geolgica da regio norte-noroeste fluminense
Em termos de geologia gentica, e no
somente descritiva, o norte-noroeste
fluminense teve em Alberto Ribeiro Lamego
seu primeiro grande intrprete. Ele concorda
com Charles Frederick Hartt quanto origem
pr-cambriana do planalto cristalino e
pliocnicados tabuleiros, onde se estendiamas florestas estacionais e onde, atualmente,
encontram-se seus ltimos fragmentos. A
Baixada dos Goitacs, na sua amplitude, ele
a v como resultado de dois processos
concomitantes e intrinsecamente associados:
a plancie formada de aluvies trazidos pelo
rio Paraba do Sul da zona cristalina e aplancie marinha, resultante de movimentos
ocenicos de transgresso e regresso. Aqui,
o rio Paraba do Sul cumpre papel crucial e
ganha vida de ator nas palavras do gelogo.
Em fase pretrita, ele desembocava numa
grande baa de guas rasas em mar aberto
que confinava com a zona cristalina, talvez
passando por trs da serra do Sapateiro e
afluindo para o rio Muria que, futuramente,
transformar-se-ia em seu afluente. Da,
pouco a pouco, avanou mar adentro, na
direo sudeste, qui por influxo do Muria,que tem esta orientao. Lanando
sedimentos de um lado e de outro, o rio
construiu seu prprio leito dentro da baa, at
atingir o que seria a futura linha de costa,
num ponto situado entre os atuais Cabo de
So Tom e Barra do Furado, onde
desembocaria por um delta do tipo p de
ganso ou Mississipi. Este canal ainda
existia no sculo XVIII com o nome de
Crrego Grande ou do Cula. Couto Reis dele
d notcia e diz que era navegvel em temposde cheia, pois funcionava como um
extravasor secundrio do excedente hdrico
do Paraba do Sul. Este primeiro leito dividiu
a grande baa em duas menores: a baa da
lagoa Feia e a baa de Campos.
Num determinado momento da sua
histria, o leito do Paraba do Sul muda de
curso, invadindo a chamada baa de Campos.
Sem abandonar, contudo, seu primitivo leito,
forma-se agora um delta do tipo arqueado
ou Niger-Rdano, com dois braos que se
separam em local distante da futura linha da
costa: o mais curto era o crrego do Cula e omais longo, o atual baixo Paraba do Sul. Aos
poucos, o rio, correndo em leito mais firme
do que o antigo, consolida o segundo canal
com aluvies depositados nas enchentes e
vai abandonando o primeiro, que se torna
apenas auxiliar no tempo das guas. Lamego
diz que as lagoas e riachos do Peru,
Tingidouro, Cambaba, Saquarema, Colomins,
Jacars, Ta Pequeno (na Barreirinha do
Caet, entrando, juntamente com o Jacars,
pela lagoa de Bananeiras e rio do Colgio nogrande reservatrio do Mulaco, escoando
pela laguna do Au) testificam esta mudana
de rota. Nas palavras do autor da teoria,
Em perodos normais e nas vazantes
o rio escoava-se por uma s foz.
Nas cheias, alm desta, vrios
pequenos braos dispersavam as
guas sobre a plancie e, com as
maiores descargas slidas nas
vizinhanas do leito, foi-se este
erguendo progressivamente, comdesnvel crescente sobre o primitivo
e baixo delta, de nvel prximo ao
do mar (Lamego, 1955, 1974).
A colmatao da baa de Campos
processou-se de forma mais intensa do que
a da baa da lagoa Feia. Naquela, restou uma
mirade de lagoas e lagunas, ao passo que
nesta a grande Lagoa Feia permaneceu como
amostra de uma das duas grandes baas
holocnicas construdas pelo leito antigo do
Paraba do Sul. Por fim, delineou-se um delta
simples que Lamego chama em bico ou
em cspide ou ainda de tipo Tibre ou
Paraba na extremidade do canal
esquerdo do grande rio, canal que se
estabilizou primeiramente por ao natural e
depois por ao antrpica. Alm destes trs
PERSPECTIVAS, Campos dos Goytacazes, v.4, n.7, p. 67-79, janeiro/julho 2005
8/8/2019 Campos Nativos
4/13
deltas, Lamego aponta ainda o delta
extravasor da lagoa Feia, grande reservatrio
dgua que ficou aberto at o advento das
restingas. Depois de fechado, a fora da gua
acumulada, notadamente no perodo das
cheias, sulcou vrios canais distributrios aosul do manancial lacustre. A maior parte
reuniu-se no antigo leito do rio Iguau, hoje
lagoa do Au, que desembocava no ponto
mais baixo da costa, at a abertura do canal
do Furado, em 1688, pelo capito Jos de
Barcelos Machado. Diz Lamego que Com
exceo do Carapebas que se dirige para a
Barra do Furado, o caminho natural dessa
rede labirntica era o Rio Au que tambm
recebe, na margem esquerda, o Rio Novo e
vai buscar uma sada para o mar, numtortuoso curso entre restingas.(1955, 1974).
Por fim, cabe ressaltar a vedao da
plancie deltaica pelas restingas. Este tipo de
formao geomorfolgica se constitui pela
ao de correntes marinhas conduzindo
sedimentos emulsionados que, ao
encontrarem um acidente na costa, perdem
velocidade e formam, progressivamente, uma
faixa de areia perpendicular ao litoral. Pode,
tambm, se formar pelo processo de
transgresso (avano do mar) e regresso
(recuo do mar), bastante acentuado noPleistoceno e no Holoceno. De acordo com
a explicao de Lamego,
Uma corrente costeira secundriamargina o litoral a pouca distnciada praia. ela devida aos ventosdominantes ou a contracorrentes formadas por uma corrente principal ao costear um cabo que proteja uma enseada. No primeirocaso, deve-se notar que, no litoralno norte fluminense, as correntesmodificam a sua direo, porque osventos sopram intermitentemente de NE ou SW sendo os de nordeste predominantes. A correntetangenciando a massa dgua quea separa da linha costeira perde
velocidade no contato, depositandoos sedimentos numa fita paralela praia. Qualquer dos dois extremosda enseada serve de ponto de apoiopara o incio da formao de uma
restinga. Um pontal ou uma ilhotade rocha, vizinha costa, pode tera mesma funo, visto que acorrente ao contorn-los, d comguas mais tranqilas do outro lado(Lamego, 1955, 1974).
A partir da dcada de 80, a
interpretao de Lamego, que se tornou
clssica, vem sendo revista por um grupo de
gelogos. Gilberto T. M. Dias contesta a
possibilidade de um delta p de ganso emmar aberto, face grande energia ocenica.
Em vez, sustenta que o paleodelta do Paraba
do Sul apresentaria configurao semelhante
atual (Dias, 1981).
Recentemente, os gelogos Louis
Martin, Kenitiro Suguiu, Jean-Marie Flexor
e Jos Maria Landim Dominguez, partindo
de informaes obtidas sobretudo com
mtodos qumico-radioativos de datao,
apresentaram um quadro bastante
abrangente que teria passado por sete
estdios (1997). Estdio 1: provavelmentedurante o Plioceno, sob a vigncia de um
clima semi-rido sujeito a chuvas espordicas
e torrenciais, teria ocorrido a sedimentao
da Formao Barreiras; o nvel do mar
deveria ser mais baixo do que o atual,
permitindo que os sedimentos desta formao
cobrissem, completamente, parte da
plataforma continental. Estdio 2: o clima
passa a ser mais mido; j no Pleistoceno,
deve ter ocorrido uma transgresso, erodindo
a parte externa da Formao Barreiras e
formando uma linha de falsias. Em muitos
locais, essas falsias foram erodidas durante
a penltima e a ltima transgresses. Dizem
os autores que, no trecho estudado, no
existem mais falsias, esquecendo-se da
falsia da praia da Lagoa Doce, que se
prope proteger por uma unidade de proteo
PERSPECTIVAS, Campos dos Goytacazes, v.4, n.7, p. 67-79, janeiro/julho 2005
8/8/2019 Campos Nativos
5/13
ambiental, visto ser o nico exemplar destaformao que resistiu, na regio nortefluminense, aos intensos processosgeolgicos. Estdio 3: na fase regressivasubseqente ao mximo da antepenltima
transgresso, o clima parece ter retornado semi-aridez pelo menos nos estados da Bahia,Sergipe e Alagoas. Essa volta s condiessemelhantes s de deposio da FormaoBarreiras levou sedimentao de novosdepsitos continentais no sop de escarpas,agora mais baixas, esculpidas nos sedimentosdos tabuleiros. No norte-noroeste fluminense,no se conhecem evidncias dessa fase. provvel que elas tenham sido erodidasdurante a penltima transgresso, que
tambm fez desaparecer a antiga linha defalsias. Estdio 4: corresponde ao mximoda penltima transgresso (com o nvelmaximummaximorum atingido h cerca de123.000 anos A.P), quando o mar erodiu totalou parcialmente os depsitos continentais doestdio anterior. Os baixos cursos dos valesfluviais foram afogados dando origem aesturios e lagunas. Os sedimentos daFormao Barreiras foram novamenteerodidos, formando-se nova linha de falsias.Estdio 5: durante a regresso subseqente,
foram construdos os terraos arenosospleistocnicos formados por cristas praiaisprogradantes. Estdio 6: mximo da ltimatransgresso (5.100 anos A.P), quando o mardeve ter erodido, total ou parcialmente, osterraos marinhos pleistocnicos, com oafogamento da Formao Barreiras externae das plancies pleistocnicas, formando-sesistemas lagunares. A constituio de ilhas-barreiras isolou do contato direto com o maraberto testemunhos de antigos terraosmarinhos ou de antigas falsias esculpidasnos sedimentos da Formao Barreiras.Surgem lagunas atrs do cordo de ilhas-barreiras. Essas ilhas j estavam instaladasantes do pico mximo da ltima transgresso.Quando um rio desemboca nessas lagunas,comeam a desenvolver-se deltasintralagunares. Estdio 7: ocorre um novo
abaixamento do nvel relativo do mar,subseqente ao ltimo mximo transgressivo,ensejando a construo de terraos marinhosa partir das ilhas-barreiras originais, quandoelas existiam, ou diretamente a partir dos
terraos pleistocnicos, ou ainda, das falsiasesculpidas em sedimentos da FormaoBarreiras. Verifica-se gradual transformaodas lagunas em lagos de gua doce e,finalmente, em pntanos. Tambm registram-se flutuaes do nvel marinho de pequenaamplitude e curta durao aps 5.100 anosA.P.
Alertam os autores que os estudosrealizados na plancie costeira do rio Parabado Sul por Lamego (1955) e Arajo et al.
(1975) consideraram o clima, as flutuaesde descarga fluvial e de carga sedimentar,processos associados desembocadurafluvial, energia das ondas, regime das mars,ventos, correntes litorneas, declividade daplataforma tectnica e geometria da baciareceptora. Nenhum, porm, considerou opapel desempenhado pelas flutuaes do nveldo mar.
Ao nos deter nos estdios 6 e 7,correspondentes s ltimas transgresso eregresso marinhas, a nova explicao
identifica, entre o mximo da ltimatransgresso e a situao atual, dozemomentos de pequenas transgresses eregresses que no cabe pormenorizar aqui.Basta dizer que a transgresso marinha sobreos tabuleiros pliocnicos entre Quissam eManguinhos comeou anteriormente a 5.100A.P., erodindo, de novo, a parte externa dasrestingas e da Formao Barreiras e criandofalsias na forma de ilhas-barreiras. Estasilhas constituram um pontilhado prximo dalinha da costa atual. No seu interior, formou-se uma laguna com algumas aberturas parao mar. Nela, passou a desembocar o rioParaba do Sul.
Aps o ltimo mximo transgressivo,cerca de 5.100 A.P, o mar inicia seu descenso,permitindo que o rio Paraba prograde nointerior da laguna semi-aberta ou da baa
PERSPECTIVAS, Campos dos Goytacazes, v.4, n.7, p. 67-79, janeiro/julho 2005
8/8/2019 Campos Nativos
6/13
semifechada. Ao norte do futuro cabo de So
Tom, uma concavidade produz a
acumulao de areia impulsionada por ondas
provenientes do sul, iniciando a formao da
restinga setentrional. No interior da laguna,
os braos do Paraba continuam depositandosedimentos trazidos de partes altas e
avanando sem atingir o oceano aberto, at
que, antes de 4.200 A.P, quando ocorre um
abaixamento brusco do nvel do mar, um dos
braos do delta intralagunar do Paraba do
Sul chega ao mar aberto, prximo da foz
atual. Este brao passa a funcionar como
barragem para a areia, aumentando a
progradao da restinga norte.
Da em diante, uma seqncia de
perodos de transgresso e de regresso, deeroso e de construo acaba por consolidar
a desembocadura ocenica do Paraba do Sul
e da restinga norte, a maior do Estado do Rio
de Janeiro. Aos poucos, a laguna interior vai
sendo colmatada pela progradao do delta
intralagunar, ensejando a formao de
lagunas, como a Salgada, das Ostras, da
Flecha, do Molol e outras. O brao ocenico
do Paraba do Sul atua como um espigo
hidrulico que retm areia na margem sul de
sua foz e, ao que parece, deposita sedimentos
na margem norte.Colmatada a lagoa interior e soldadas
as ilhas-barreiras, formam-se lagoas e uma
faixa contnua de restinga entre Quissam e
Manguinhos, posto que com larguras
distintas. A linha da costa, antes mais recuada,
aproxima-se da fisionomia que apresenta
atualmente. Num determinado momento,
chegou mesmo a ultrapassar a linha atual,
sobretudo na altura do Cabo de So Tom,
onde seu recuo originou parcis at hoje
encontrados naquele ponto.
Constituem-se, assim, duas grandes
extenses de restinga. A do sul, entre Maca
e Barra do Furado, data do Pleistoceno. Sua
constituio deve-se a cristas praiais
progradantes associadas regresso que se
operou aps o mximo transgressivo ocorrido
h 123.000 anos A.P. A altitude costeira deste
terrao baixa e, a partir da lagoa de
Carapebus, as areias da praia atual, de origem
holocnica, transgridem sobre as areias
pleistocnicas. A presena de cristas praiais
na superfcie dos depsitos arenosos
pleistocnicos d aso a pensar-se que estesterraos no foram afogados durante a ltima
transgresso, sugerindo para ela um processo
de subsidncia aps 5.100 A.P., responsvel
por sua baixa altitude atual. Entre a foz dos
rios Itapemirim e Guaxindiba, os depsitos
arenosos pleistocnicos atingem um
desenvolvimento notvel somente no vale do
rio Itabapoana.
A restinga norte, por sua vez,
formou-se aps a ltima transgresso, cujo
mximo foi alcanado em 5.100 A.P, sendo,portanto, uma restinga holocnica bem nova
quando comparada com a restinga sul. Os
autores retomam o delta p de ganso proposto
por Lamego e negado por Gilberto Dias. De
fato, este tem razo em contestar aquele
quanto a tal tipo de delta, porquanto ele seria
invivel em mar aberto. No, contudo, no
interior de uma laguna semi-aberta (Martin,
Suguiu, Dominguez e Flexor, 1997).
As formaes vegetais nativas daregio norte-noroeste do Estado doRio de Janeiro
As regies norte e noroeste do Estado
do Rio de Janeiro desmembraram-se, nos
anos 80, da grande regio norte-fluminense
por ato oficial do Governo estadual e foram
consideradas como mesorregiespeloIBGE.Todavia, para os fins deste estudo, continua-
se a mant-las reunidas com o nome de
regio norte-noroeste fluminense. Nela, aindase encontram, potencial ou efetivamente,
amostras de florestas ombrfilas densas
submontanas e montanas, de florestas
estacionais semideciduais de terras baixas e
submontanas, de formaes psamfilas
costeiras (vegetao de restinga) arbreas,
arbustivas e herbceas, de manguezais, de
PERSPECTIVAS, Campos dos Goytacazes, v.4, n.7, p. 67-79, janeiro/julho 2005
8/8/2019 Campos Nativos
7/13
florestas higrfilas, de refgios vegetacionais
(campos de altitude) e de ectonos. Ao tempo
em que Renato da Silveira Mendes publicou
sua pioneira tese de doutorado sobre a
Baixada Fluminense (1950), j existiam pelo
menos quatro classificaes da vegetaonativa no recorte brasileiro. Todavia, o
gegrafo agrupa-as em floresta tropical,
campos, vegetao de brejos, mangues e
vegetao de restinga. Em seus mapas sobre
o recuo das matas, todas as formaes
vegetais nativas renem-se sob a rubrica
florestas.
Da costa para o interior, sucedem-se,
na regio norte-noroeste fluminense, as
seguintes formaes vegetais nativas:
manguezais (nas embocaduras dos riosItabapoana, Guaxindiba, Paraba do Sul e
Maca e nas lagunas de Guriri, de Buena, de
Manguinhos, de Grussa, de Iquipari e do Au,
na ilha da Carapeba em Campos dos
Goitacazes e na Fazenda So Miguel em
Quissam); vegetao psamfila costeira,
florestas ombrfilas de plancie fluvial,
florestas estacionais, florestas ombrfilas e
campos de altitude. Associando-as s grandes
unidades geolgicas da regio, identificam-
se os seguintes grandes conjuntos, consoante
mapa n 1:
Manguezais: restingas midas
(alagadas e alagveis);
Formaes psamfilas costeiras:
restingas secas e semi-secas;
Florestas ombrfilas de plancie aluvial;
Florestas estacionais semideciduais:
Formao Barreiras norte e sul e
planalto cristalino da margem esquerda
do rio Paraba do Sul;
Florestas ombrfilas densas: Planalto
Cristalino da Serra do Mar margem
direita do rio Paraba do Sul; e
Refgios vegetacionais (Campos de
altitude): Pedra do Desengano e Pico
do Frade, na Serra do Mar, margem
direita do rio Paraba do Sul.
Complexo da plancie aluvial
De todos os ecossistemas vegetais
nativos acima referidos, os mais adulterados
por uma secular ao antrpica localizam-se
na plancie aluvial, cuja formao se deve,
em sua maior parte, aos sedimentos
depositados pelo rio Paraba do Sul num
sistema intralagunar, a partir de 5.100 anos
antes do presente (Martin, Suguiu,
Dominguez e Flexor, 1997). De tal forma oscampos nativos foram explorados e
substitudos por espcies vegetais exticas
cultivadas para a agricultura (cana-de-
acar, principalmente) e para a pecuria
(forrageiras) que nenhum remanescente
restou deles. Hoje, nem sequer se sabe que
espcies vegetais herbceas medravam
nesses campos, tornando-se necessrio, para
conhec-las, possivelmente um rastreamento
paleopalinolgico ou arqueopalinolgico. Por
outro lado, as florestas higrfilas, outrora
ocupando as partes mais altas da plancie,foram reduzidas a fragmentos mnimos. O
ecossistema formado pela vegetao
herbcea nativa foi to sumariamente
erradicado que nem mesmo, talvez, a
cessao das atividades agropecurias
praticadas na plancie aluvial permita a sua
auto-regenerao. Trata-se, enfim, de um
ecossistema extinto, irrecupervel sem a ao
humana de pesquisa refinada e de
restaurao. J os fragmentos de florestas
higrfilas possibilitam um conhecimento
razovel de sua composio florstica e de
seus processos ecolgicos. Um deles,
inclusive, a Mata do Mergulho, vem sendo
estudado por um grupo de cientistas da
Universidade Estadual do Norte Fluminense
(Nascimento, Mazurec, Moreno, Assumpo
e Moraes, 1996). Conclui-se,
PERSPECTIVAS, Campos dos Goytacazes, v.4, n.7, p. 67-79, janeiro/julho 2005
1
2
3
4
5
6
8/8/2019 Campos Nativos
8/13
lastimavelmente, que investimentos com
vistas a retornos de curto e mdio prazos no
que concerne restaurao dos ecossistemas
nativos da plancie aluvial do norte fluminense
so desaconselhados. Esta plancie , de
longe, a unidade geolgica do nortefluminense que mais mereceu estudospor
parte das universidades, dos centros de
pesquisa e de rgos governamentais ou
privados, notadamente no que tange ao solo
e aos ecossistemas de gua doce. No para
fins de conhecimento puramente cientfico,
mas para melhor domin-la e coloc-la a
servio da agropecuria e da agroindstria
sucro-alcooleira principalmente, graas a seu
prodigioso solo de massap. A contar da
dcada de 70, realizaram-se alguns estudossobre ecossistemas lagunares e, ao que
consta, apenas um sobre as florestas
higrfilas ali existentes (Nascimento,
Mazurec, Moreno, Assumpo e Moraes,
1996). A nica unidade de proteo ambiental
existente nela a APA do Lagamar, se que
podemos considerar esta lagoa como
inteiramente situada em seu interior.
Mencionem-se, tambm, as reas da lagoa
Feia e das margens do rio Paraba do Sul,
includas na Reserva da Biosfera da Mata
Atlntica como Zonas de Transio e dePesquisa Experimental e Recuperao
(Soffiati, 1996).
Florestas estacionais
O segundo conjunto mais
profundamente devastado no norte-noroeste
fluminense a floresta estacional semidecidual,
que, como j visto, alastrava-se contnua pela
Formao Barreiras e pela zona cristalina baixa,
na margem esquerda do rio Paraba do Sul, entreos rios Itabapoana e Pomba, no Estado do Rio de
Janeiro. Ultrapassando estes limites, desenvolvia-
se no sul do Esprito Santo e na Zona da Mata
mineira. Jorge Pedro Pereira Carauta e Elizabeth
de Souza Ferreira da Rocha (1988) sustentam,
baseados em larga experincia de campo, que os
remanescentes florestais das margens direita e
esquerda do rio Paraba do Sul revelam
composies florsticas nitidamente diferentes.
Os da margem esquerda, conforme os autores,
guardam semelhanas marcantes com as florestas
do Esprito Santo. Com efeito, a fatores
topogrficos, climticos e hdricos existentes margem esquerda do rio Paraba do Sul, onde, no
norte-noroeste fluminense, os rios Pomba, Muria
e Itabapoana, sobressaem como os seus mais
conspcuos afluentes, devem ser creditadas tais
particularidades da fitofisionomia. Veloso, Rangel
Filho e Lima (1991) dizem dela que
O conceito ecolgico deste tipo devegetao est condicionado peladupla estacionalidade climtica.Uma tropical com poca de intensaschuvas de vero seguida porestiagens acentuadas e outrasubtropical sem perodo seco, mascom seca fisiolgica provocada pelointenso frio do inverno, comtemperaturas mdias inferiores a15 o C. (...) constituda por fanerfitos com gemas foliares protegidas da seca por escamas(catfilos e plos), tendo folhasadultas esclerfitas oumembranceas deciduais. Em tal
tipo de vegetao, a porcentagemdas rvores caduciflias noconjunto florestal e no das espciesque perdem as folhasindividualmente situa-se entre 20 e50%. Nas reas tropicais composta por mesofanerfitos querevestem em geral solos arenticosdistrficos (...) Esta floresta possuidominncia de gneros amaznicosde distribuio brasileira, como por exemplo: Parapiptadenia,Peltophorum, Cariniana, Lecythis,
Tabebuia, Astronium e outros demenor importncia fisionmica.
No norte-noroeste fluminense,
encontram-se como formaes propriamente
ditas da floresta estacional semidecidual, as
PERSPECTIVAS, Campos dos Goytacazes, v.4, n.7, p. 67-79, janeiro/julho 2005
8/8/2019 Campos Nativos
9/13
de terras baixas e a submontana, com
prevalncia da primeira, conforme mapa
Reserva da Biosfera da Mata Atlntica-Estado do Rio de Janeiro-1994. A florestaestacional semidecidual reveste ainda,
conquanto bastante adulterada, vrios pontosdo tabuleiro norte, onde se destaca a Mata
do Carvo, o maior fragmento dela no norte-
noroeste fluminense, teoricamente protegida
pela Estao Ecolgica Estadual de
Guaxindiba; o macio de Morro do Coco; as
imediaes de Rosal, no vale do rio
Itabapoana; e a Serra do Monteverde, afora
diminutos fragmentos na extremidade
noroeste do Estado do Rio de Janeiro que
merecem proteo por meio de unidade
especial, a fim de reagrup-los numa pororepresentativa e funcional.
Prosseguem os mesmos autores
(1991), com relao floresta estacional
semidecidual das terras baixas:
uma formao encontrada freqentemente revestindotabuleiros do Pliopleistoceno doGrupo Barreiras, desde o sul dacidade de Natal at o norte doEstado do Rio de Janeiro, nas
cercanias de Campos bem como atas proximidades de Cabo Frio, aento j em terreno quaternrio (...) um tipo florestal caracterizadopelo gneroCaesalpinia de origemafricana, destacando-se peloinegvel valor histrico a espcieC. echinata , o pau-brasil, e outrosgneros brasileiros como:Lecythisque domina no baixo vale do rio Doce, acompanhado por outrosgneros da mesma famlia Lecythidaceae (afro-amaznica)que bem caracterizam esta florestasemidecidual, tais comoCariniana(jequitib) eEschweilera (gonalo-alves). Para terminar acaracterizao desta formao, pode-se citar o txonParatecoma
peroba (peroba-de-campos) da famlia Bignoniaceae, de disperso pantropical, mas com ectiposexclusivos dos Estados do EspritoSanto, Rio de Janeiro e Minas
Gerais.
Quanto aos fragmentos de floresta
estacional semidecidual encontrados entre os
rios Pomba e Itabapoana, cabe mencionar
os estudos efetuados por Carauta e Ferreira
da Rocha (1988); Carauta, Szchy, Rizzini,
Almeida, Santos, Rosa, Lima e Brito (1989);
um grupo de cientistas da Universidade
Estadual do Norte Fluminense sobre a mata
do Carvo (Nascimento e Silva - 1996;
Villela, Arago, Buffon e Nascimento - 1996;Villela, Buffon, Arago e Caiaffa - 1996); os
levantamentos multi e interdisciplinares do
Projeto Manag, na bacia do Rio Itabapoana,
conquanto no tenham ainda contemplado as
formaes vegetais nativas (1997, 1998); e
as intenes de pesquisa do Consrcio da
Bacia do Rio Muria. Nenhuma unidade de
proteo ambiental foi criada neste domnio,
com exceo das reas includas na Reserva
da Biosfera da Mata Atlntica como Zonas
Ncleo I e II, de Amortecimento, de
Transio e de Pesquisa Experimental eRecuperao.
Formaes vegetais nativas de restinga
Pode-se considerar as formaes
vegetais nativas de restinga como o terceiro
conjunto mais atingido por atividades
humanas. Tanto quanto a plancie aluvial, os
ecossistemas de restinga j eram explorados
pelos povos dos sambaquis, pelos goitacs
e, a partir do sculo XVII, pelos europeus e
seus descendentes. Jos Augusto Drummond
explica que as plancies e no as montanhas
florestadas, como costumeiramente se pensa,
foram preferidas quer pelos povos
indgenas quer pelos europeus (1997). No
norte fluminense, situam-se os dois maiores
PERSPECTIVAS, Campos dos Goytacazes, v.4, n.7, p. 67-79, janeiro/julho 2005
8/8/2019 Campos Nativos
10/13
sistemas de restinga do Estado do Rio deJaneiro. O do sul, mais antigo, estende-se deMaca a Quissam. O do norte, o maisdilatado de todos, posto bem recente, vai doCabo de So Tom Praia de Manguinhos.
Por vrias razes, entre elas a virulncia domar, a restinga sul ficou mais protegida dosgolpes humanos que a restinga norte.
O sistema de restinga norte contacom alguns estudos de Arajo, Henriques eMaciel (1984); de Assumpo (1998); e deAssumpo, Nascimento e Moreno (1996).Existe a inteno de se criar uma APAmunicipal em So Joo da Barra e outra emSo Francisco de Itabapoana. Pleiteia-se,aqui, a criao de uma APA acoplada
Estao Ecolgica da Mata do Carvo quepossa salvaguardar a nica falsia e a maisselvagem praia da regio, a de Lagoa Doce,alm da curiosssima vegetao nativa quemedra na interface da praia com o tabuleiroe o stio arqueolgico da provvel Vila daRainha, o segundo mais antigo ncleo dopovoamento europeu do Rio de Janeiro. Porsua vez, o sistema de restinga sul, segundoinformaes de Esteves, um dos biomasmais bem esquadrinhados do Brasil, com 19artigos em revistas nacionais, 26 artigos em
revistas internacionais, 20 dissertaes demestrado, 14 teses de doutorado, 105apresentaes em congressos e 30 palestras(Folha da Manh, 1998). Para coroar otrabalho infatigvel do professor Franciscode Assis Esteves e de sua equipe, bem comode outros pesquisadores, o presidenteFernando Henrique Cardoso assinou decretono dia 29 de abril de 1998 criando o ParqueNacional de Jurubatiba, que envolve umarea com vegetao nativa de restingas elagoas costeiras das mais ntegras do Brasil.No mais, ecossistemas das duas restingasdo norte fluminense foram integrados Reserva da Biosfera da Mata Atlnticacomo Zona Ncleo II, Zona de Transio eZona de Pesquisa Experimental eRecuperao. Cabe um destaque especialpara o arquiplago de Santana, que, alm de
se constituir num Parque e APA criados pelogoverno municipal de Maca, mas ainda noimplantados, foi tambm abrangido pelaReserva da Biosfera da Mata Atlntica nacondio de Zonas Ncleo II, de
Amortecimento e de Transio.
Manguezais
Em termos de destruio, seguem-seos manguezais, tambm alvo de exploraopelos povos dos sambaquis, pelos goitacs epelos europeus e seus descendentes.Levando-se em conta, entrementes, a suacapacidade de auto-regenerao, pode-se
consider-los em situao menos crtica queas formaes vegetais de restinga. reas depreservao permanente em toda suaextenso pelo s efeito das Leis Federais n4.771/65 e n 6.938/81, bem como daResoluo Conama n 303/2002, nem por istoos manguezais acham-se protegidosefetivamente. Acresa-se que o manguezalsito no delta do rio Paraba do Sul foi tombadopor ato do poder executivo do Estado do Riode Janeiro em 9 de dezembro de 1985, medidaque tambm no o salvou de ataques
predatrios. O mesmo poder-se- dizer dosdemais manguezais da regio norte-fluminense, com apenas o do rio Paraba doSul includo como rea Ncleo da Reservada Biosfera da Mata Atlntica.
Floresta ombrfila
Em seguida, alinha-se a florestaombrfila densa, por muito temporesguardada dos assaltos humanos, vistomedrar nas encostas e nos cimos da Serrado Mar, locais de difcil acesso no perododas chuvas, mormente quando no se dispede tecnologia avanada. Sua destruio sse intensificou no sculo XX, com a aberturade estradas. Malgrado tudo, ainda hoje aspartes mais elevadas esto relativamente a
PERSPECTIVAS, Campos dos Goytacazes, v.4, n.7, p. 67-79, janeiro/julho 2005
8/8/2019 Campos Nativos
11/13
salvo da explorao florestal e do solo.Alexandre Curt Brade e Santos Limaefetuaram estudos sobre a floresta ombrfiladensa j na dcada de 30. Bem mais tarde,pesquisadores da Fundao Estadual de
Engenharia do Meio Ambiente, como Oliveira,Araujo, Vianna e Carauta (1978),debruaram-se especialmente sobre avegetao contida no mbito do Parque doDesengano, encontrando uma profuso deespcies vegetais e alertando para odesconhecimento que ainda reina sobre elas.Seus autores mencionam espcies raras, aexemplo das pertencentes ao gneroMagdaleneae , da famliaScrophulariaceae, da Bradea brasiliensis,
da famliaRubiaceae, e daDorstenia elata,da famlia Moraceae, s conhecida deherbrios e observada pela primeira vez invivu, a 25 de novembro de 1977. Toda a Serrado Mar est contemplada pela Reserva daBiosfera da Mata Atlntica. O Parque doDesengano, a maior unidade de proteoambiental sob responsabilidade do Estado doRio de Janeiro e j contando 35 anos deexistncia, foi includo como Zona Ncleo I.No seu entorno, h Zonas Ncleo II, Zona
de Amortecimento e Zona de Transio.Infelizmente, nunca houve interesse dogoverno estadual na implantao efetiva doParque do Desengano, hoje uma plidareminiscncia dos tempos de sua criao, em
1970.
Campos de altitude
Por fim, os ecossistemas mais bemprotegidos, a bem dizer ainda ntegros, soos campos de altitude da Pedra doDesengano e do Pico do Frade. A altura e adificuldade de acesso respondem pelo seuestado. Os campos de altitude da Pedra do
Desengano e do Pico do Frade, emboraincludos na Reserva da Biosfera da MataAtlntica, o primeiro no mago de uma ZonaNcleo I, assim como no interior do ParqueEstadual do Desengano, e o segundo numaZona Ncleo II, so mais protegidos pelatopografia acidentada e pelo clima mido doque pela legislao. A Pedra do Desenganomereceu estudos pioneiros de Brade e SantosLima e, na dcada de 80, de Martinelli (1989).
PERSPECTIVAS, Campos dos Goytacazes, v.4, n.7, p. 67-79, janeiro/julho 2005
Bibliografia
ARAJO, Dorothy Sue Dunn de e HENRIQUES, Raimundo P.B. 1984. Anlise florsticadas restingas do Estado do Rio de Janeiro. In: LACERDA, Luiz Drude de; ARAJO,Dorothy Sue Dunn de; CERQUEIRA, Ruy; e TURCQ, Bruno (org.).Restingas: origem,Estrutura, Processos. Niteri: CEUFF, 1984.
ASSUMPO, Jorge Antonio de. 1998. Caracterizao Estrutural, Fisionmica eFlorstica da Vegetao de Restinga do Complexo Lagunar de Grussa/Iquipari
So Joo da Barra, RJ. Campos dos Goitacases, junho, dissertao de mestrado.
ASSUMPO, J.; NASCIMENTO, M.T. e MORENO, M.R. 1996 Anlisefitossociolgica da mata de restinga do complexo lagunar Grussa-Iquipari (So Joo daBarra, R.J.). 3 Congresso de Ecologia do Brasil-Resumos. Braslia: Departamentode Ecologia/Universidade de Braslia, 6 a 11/10/1996.
CARAUTA, J. P. P.; SZCHY, M. T. M.; RIZZINI, C. M.; ALMEIDA, E. C. de;SANTOS, A. A. dos; ROSA, M. M. T. da; LIMA, H. C. de; e BRITO, A. L. V. T. de.
8/8/2019 Campos Nativos
12/13
PERSPECTIVAS, Campos dos Goytacazes, v.4, n.7, p. 67-79, janeiro/julho 2005
1989. Vegetao de Bom Jesus do Itabapoana, RJ. Observaes preliminares e propostasconservacionistas In: Albertoa vol. 1, n 15. Rio de Janeiro: Fundao Estadual deEngenharia do Meio Ambiente, 04/01/1989.
CARAUTA, Jorge Pedro Pereira e FERREIRA DA ROCHA, Elizabeth de Souza. 1988.Conservao da flora no trecho fluminense da bacia hidrogrfica do rio Paraba do Sul. Albertoa vol. 1, n 11. Rio de Janeiro: Fundao Estadual de Engenharia do MeioAmbiente, maro.
DIAS, Gilberto T.M. 1981. O complexo deltaico do rio Paraba do Sul.IV Simpsio doQuaternrio no Brasil (CTCQ/SBG), publ. esp. n 2. Rio de Janeiro.
DRUMMOND, Jos Augusto. 1997. Devastao e Preservao Ambiental no Rio deJaneiro. Niteri: Eduff.
FOLHA DA MANH. 1998. Petrobras e UFRJ renovam convnio Campos dos
Goitacases: 17/06/1998.
LAMEGO, Alberto Ribeiro. 1955. Geologia das quadrculas de Campos, So Tom,Lagoa Feia e Xex.Boletim n 154. Rio de Janeiro: Departamento Nacional da ProduoMineral/Diviso de Geologia e Mineralogia
____________________. 1974. O Homem e o Brejo, 2 ed. Rio de Janeiro: Lidador.
MACIEL, Norma Crud. 1984. A fauna da restinga do Estado do Rio de Janeiro: passado,presente e futuro. Proposta de preservao. In: LACERDA, L. D. de; ARAUJO, D.S.D.de; CERQUEIRA, R.; e TURQC, B. (orgs).Restingas: Origem, Estrutura, Processos.Niteri: CEUFF, 1984.
MARTIN, Louis; SUGUIU, Kenitiro; DOMINGUEZ, Jos M.L. e FLEXOR, Jean-Marie.1997. Geologia do Quaternrio Costeiro do Litoral Norte do Rio de Janeiro e doEsprito Santo. Belo Horizonte: CPRM.
MARTINELLI, Gustavo. 1989. Campos de Altitude. Rio de Janeiro: Index.
MENDES, Renato da Silveira. 1950. Paisagens Culturais da Baixada Fluminense.So Paulo: Universidade de So Paulo/Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras.
NASCIMENTO, M.T.; MAZUREC, A.P.; MORENO, M.R.; ASSUMPO, J. eMORAES, E. 1996. Estrutura e composio florstica do estrato arbreo da Mata doMergulho (Campos dos Goitacases, RJ). 3 Congresso de Ecologia do Brasil-Resumos. Braslia: Departamento de Ecologia/Universidade de Braslia, 6 a 11/10/1996.
NASCIMENTO, M.T. e SILVA, G.C. 1996. Efeitos do desmatamento seletivo na estruturae composio florstica de um remanescente de mata de tabuleiro na regio nortefluminense. 3 Congresso de Ecologia do Brasil-Resumos. Braslia: Departamentode Ecologia/Universidade de Braslia, 6 a 11/10/1996.
8/8/2019 Campos Nativos
13/13
PERSPECTIVAS, Campos dos Goytacazes, v.4, n.7, p. 67-79, janeiro/julho 2005
OLIVEIRA, Ronaldo Fernandes de; ARAUJO, Dorothy Sue Dunn de; VIANNA, MariaClia; e CARAUTA, Jorge Pedro Pereira. 1978. Levantamento Florstico da Regiode Santa Maria Madalena-Relatrio Final. Rio de Janeiro: Fundao Estadual de
Engenharia do Meio Ambiente.PROJETO MANAG. 1997. Relatrio Parcial de Atividades. Niteri: UniversidadeFederal Fluminense, mar/out.
___________________. 1998. Relatrio Geralde Atividades. Niteri: UniversidadeFederal Fluminense.
SOFFIATI NETTO, Aristides Arthur. 1996. O Nativo e o Extico: Perspectivas paraa Histria Ambiental na Ecorregio Norte-Noroeste Flumienense entre os sculos
VII e XX. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, dissertao de mestrado.
VELOSO, Henrique Pimenta; RANGEL FILHO, Antonio Loureno Rosa; e LIMA,
Jorge Carlos Alves. 1991. Classificao da Vegetao Brasileira, Adaptada a umSistema Universal. Rio de Janeiro: Fundao Instituto Brasileiro de Geografia eEstatstica.
VILLELA, D.M; ARAGO, L.E.O.C.; BUFFON, L.B.; NASCIMENTO. 1996. Efeitodo desmatamento seletivo na composio de folhas deMetrodorea nigra em uma matade tabuleiro no norte fluminense (Mata do Carvo), R.J. 3 Congresso de Ecologia doBrasil-Resumos. Braslia: Departamento de Ecologia/Universidade de Braslia, 6 a 11/10/1996.
VILLELA, D.M; BUFFON, L.B.; ARAGO, L.E.O.C.; CAIAFFA, C.D. 1996.Produo de serrapilheira em uma mata de tabuleiro no norte fluminense, R.J.. 3Congresso de Ecologia do Brasil-Resumos. Braslia: Departamento de Ecologia/
Universidade de Braslia, 6 a 11/10/1996.
Cartografia
FIBGE. Mapa de Vegetao do Brasil, escala 1:5000000. Rio de Janeiro: FundaoInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica e Instituto Brasileiro de DesenvolvimentoFlorestal, 1988.
IEF. Reserva da Biosfera da Mata Atlntica/Rio de Janeiro-1994. Rio de Janeiro:
Fundao Instituto Estadual de Florestas, 1994.
MINISTRIO DAS MINAS E ENERGIA. Projeto RadamBrasil, vol. 32, FolhasSF.23/24 (Rio de Janeiro/Vitria). Rio de Janeiro: 1983.