Date post: | 04-Mar-2016 |
Category: |
Documents |
Upload: | sebastian-aliosha-soto-caviedes |
View: | 51 times |
Download: | 0 times |
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 1/55
El derecho de propiedad de esta obra comprende
para su autor la facu ltad de disponer de ella, publi
carla, traducirla, adaptarla o autorizar su traduc
c ión y reproducir la en cualqu ier forma, to ta l o par
cial, por medios electrónicos o m ecánicos, incluyen
do fotocopia, grabación magnetofónica y cualquier
s istema de a lmacenamiento de in formación; por
consiguiente nadie t iene la facultad de ejercitar los
derechos precitados sin permiso del autor y el edi
tor, por escrito, con referencia a una obra que se
haya anotado o copiado durante su lectura, ejecu
ción o exposición públicas o privadas, excepto el
uso con f ines didácticos de comentarios, crít icas o
notas, de hasta m il palabras de la obra ajena , y en
todos los casos solo las partes del tex to indispensa
bles para ese efecto.
Los infractores serán reprimidos con las penas del
artículo 172 y concordantes del Código Penal (arts.
2, 9, 10, 71,7 2, ley 11.723).
ISBN: 987 527 024 5
© C o p y n g h t b y E D I C I O N E S J U R Í D I C A S C U Y O
Gatibald i 61 Mendoza
Tel. Fax: 0054 26U42925Ó5
Hec ho el depósito de la ley 11.723. Derec hos Reservados
I M P R E S O E N A R G E N T I N A
o^
Manue l Canc io Mel iá
Univers idad Autónom a de M adrid
Líneas básicas
de la Teoría de la
Imputación Objetiva
V^ reimpresión
ediciones jurídicas cuyo
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 2/55
c
u
D
C
Í
L
n c
n
E
um
m
m
m
f
D
-
u
Q
n
•
n
T
J
n
n
T
I
^
8
C
X
t
0
í
n
X
>
"
D
>
>
7
O
-
a
n
T
Ü
r
C Q
.
o t
n
m
Q
.
ñ
o
3
n
c
c
u
Q
.
f
D
•
3
O
n
o
a
¿
o
-
o
f
D
O
n
O
Q
9
^
o
f
D
-
1
3
^
"
^
7
3
3
C
O
r
n
;
s
<
3
5
2
-
n
C
S
^
Í
5
Q
m
í
U
Q
f
D
3
fD
5
>
n
H
C 9
5
c
u
o
l
i 5
D
<
r
+
>
3
C
C
o
O
L
f
D
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 3/55
14
M anue l Canc io M e l i á
JR
Jura
JuS
JW
JZ
LH
LK
M DR
NDP
NJW
NK
n.m.
NStZ
OLG
PG
PE
PJ
RA
RCCP
RDCir
RDPCr
RGSt
SK
S/S
Jur is t ische Rundschau
J u r i s t i s c he A us b i l dung
Jur is t ische Schulung
J u r is t is c he W o c hen s c h r i f t
J u r i s t enz e i t ung
L ib r o Hom ena je
Le ipz ige r K onnnnen ta r z um S t r a f ges e t z buc h
M ona t s s c h r i f t f ü r deu t s c hes Rec h t
Nuev a Doc t r i na P ena l
Neue J u ri s t is c he W oc he ns c h r i f t
N o m o s K o m m e n t a r z u m S t r a fg e s e t z b u c h
núm er o ( s ) m a r g ina l ( es )
Neue Z e i t s c h r i f t f ü r S t r a f r ec h t
O be r l andes ge r i c h t ( T r i buna l S upe r i o r de un E s t ado f ede r ado
de l a Repúb l i c a F ede r a l de A lem a n ia )
Par te Genera l , Par te Genéra le
Parte Especial
Poder Jud ic ia l
Reg i s t r o de j u r i s p r udenc ia A r anz ad i
Rev is ta Canana de Cienc ias Penales
Rev is ta de Derecho de la Ci rcu lac ión
Rev is ta de Derecho Penal y Cr im ino logía, 2^ época
Entscheidungen des Reichsger ichts in S t ra fsachen (sentenc ias
de l T r i buna l S up r em o de l Re i ch a l em án en as un t os
penales [ co lecc ión of ic ia l ] )
S y s t em a t i s c he r K om m en t a r z um S t r a f ges e t z buc h
S c hónk e S c h r óde r , K om m en t a r z um S t r a f ges e t z buc h
A br ev ia t u r as
15
S tG B S t r a f ges e t z buc h , Cód igo P ena l a l em án
STS Sentenc ia(s ) de l T r ib una l Sup remo espa ñol (Sala Segun da)
StV St ra fver te id iger
TS T r i buna l S up r em o es paño l
W K W i e n e r K o m m e n t a r z u m S t r a fg e s e t z b uc h
ZStW Zei t sc hr i f t f ür d ie gesa mte St ra f rechtsw issensch af t
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 4/55
I . INTRODUCCIÓN
1 .
Parece claro que pocos pondrán en duda que en el terreno de la
dogm ática de la Parte Genera l , uno de los temas que mayo r interés ha conci
tado y que un desarrol lo más vertiginoso ha experimentado en los últ imos
años es la teoría del t ipo objetivo, concretamente, a través de la l lamada
teoría de la imputación objetivad A diferencia de lo que ha sucedido en
otros momentos del desarrol lo dogmático, la evolución en este caso no ha
venido determinada por un p lanteam iento m etodológ ico , marco que acaba
repercutiendo en la dogmática concreta —como fue el caso, por ejemplo,
del nuevo paradigma en la teoría del error introducido en la discusión por
par te de los defensores de la teoría f in al de la acción—, sino que el desarro
l lo dogmático en este caso ha seguido un proceso inverso: partiendo de u na
serie de supuestos prácticos —a lgunos ya tradicionales y otros ideados o re
cogidos, sobre todo, por Roxin, gran impulsor de la teoría de la imputación
objetiva—^ ha ido construyéndose, prácticamente por sedimentación, capa
por capa, un cuerpo de top o/qu e se agrupa bajo la denominación de teoría
de la imputación objetiva. Esto es así hasta tal pu nto q ue los principales d é
ficits que desde la perspectiva aquí ad optad a cabe observar en esta teoría n o
están en las soluciones prácticas que bajo tal rótulo se ofrecen,^ sino en la
indefinición sistemática de la construcción dogmática (que tarde o tempra-
^
Schünemann (GA1999, pág. 207) llega a comparar la relevancia de esta teoría en la discusión a la
de la noción de causalidad y el finalismo en épocas anteriores.
^ Vid.
infra
en el texto, sobre todo
11
B. 1.
^ En este sentido, incluso un destacado adversario de la teoría de la imputación objetiva, Hisrch, dice
que en lo que se refiere a las soluciones alcanzadas (que en los supuestos por ella abarcados faltaría el
tipo objetivo) existe consenso en lo fundamental (FS Lenckner, pág. 141).
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 5/55
22
M a n u e l C a n d o M e l l a
no ac aba r epe r c u t i endo en l a s egu r i dad de l a s o luc i ón de c as os , c om o es
s ab ido ) .
E n e f ec t o , c om o s e v e r á , l a s i t uac ión ex i s t en t e en l a b i b l i og r a f í a r es -
pec t o de l a im pu t ac ión ob je t i v a , s ob r e t odo en l a doc t r i na de hab la a l em a
n a , no pued e des c ri b i rs e de o t r o m od o que a f i r m an do que es de una am p l i
t ud y v a r i edad de pun t os de v i s t a d i v e r gen t es v e r dade r am en t e des c onc e r
tante. " ^ Es ta s i tuac ión v iene determinada de modo esenc ia l por la génes is de
es ta teor ía , como se ha d icho, s in unas bases teór icas un i formes. Por e l lo , en
lo que s i gue , s e i n t en t a r á o f r ec e r p r im e r o un pano r am a e lem en t a l de l des a
r r o l l o de es t a t eo r í a , pano r am a que pe r m i t a o r dena r l os pun t os de v i s t a bá
s ic os que s uby ac en a es ta t eo r í a , pa r a a c on t i n uac ió n d e l i nea r c uá l p uede s e r
una c on f i gu r ac ió n o r dena da de la t eo r í a de la im p u t ac ió n ob je t i v a .
2 .
E m pez ando po r e l c on t ex t o en e l que es t a t eo r í a s u r ge t a l y c om o
hoy l a c onoc em o s — m ás ad e lan t e s e v e rá que no s a le de l a nada , s i no c ue n
t a c on des t ac ados an t ec ede n t es — , pu ede dec i r s e que una de l as c a r ac t e r í s t i
c as m ás m ar c adas de l a ev o luc ión de l a d i s c us ión dogm á t i c a de l as ú l t im as
déc adas debe v e r s e en una t endenc ia hac ia l a no r m a t i v i z ac ión de d i s t i n t os
e lem en t os d e l a t eo r í a de l de l i t o , en un p r oc es o en e l que l os e l em e n t os de l a
c o n s t r u c c ió n d o g m á t i c a s e c o n f i g u r a n d e a c u e r d o c o n l a f u n c i ó n q u e d e b e n
cum pl i r . ^ En par t i cu la r , respec to de los de l i t os de resu l ta do, se sos t iene qu e
''Así Hisrch (FS Lenckner, pág. 142), desde una perspectiva crítica con la teoría de la impu tación
objetiva, habla con razón de una "marea de publicaciones" produdda por los representantes de esta
teoría, y conecta esta situación acertadamente con una cada vez mayor distanda de la teoría y la praxis
—una de las preocupadones más graves que pueden afectar al desarrollo dogmático—, mientras que
Schünemann (GA1999,
pág.
207) se refiere a ella como "enorme pulpo con innumerables tentáculos", o
Vives Antón dice que un análisis de sus contenidos resultaría "interminable, dados los diversos matices
con que se formula" (Fundamentos, pág. 305); en condusión: en esta medida tiene razón Sancinetti (en:
Cando Meliá /
Ferrante
/ Sancinetti, Estudios sobre la teoría de la imputación objetiva, pág.
39)
al dedr
que la teoría de la Imputación objetiva no puede aspirar
a
ser considerada una "teoría" propiamente
dicha y que el volumen de publicadones (en lengua alemana) es "deddidamente inabordable" (Ibídem,
pág. 42);
en sentido próximo. Silva Sánchez (GA
1991, pág.
207) habla de la "tópica" de la imputadón
objetiva.
^
Cfr.
solo Silva Sánchez, Aproximación, págs. 62 y
ss.,
67 y
ss.,
llegando a sostener este autor que
dentro del "sincretismo metodológico generalizado" que advierte en el pensamiento penal de la actua
lidad, "...si puede hablarse de una constante... esta aparece constituida, sin duda, por la referenda
teleológica y la consiguiente tendenda a una mayor o menor normativizadón de los conceptos jurídico-
penales"(pág.63ys.).
I n t r oduc c ión
23
pa r a l a c ons t ruc c ión do gm á t i c a deb e s er ev i den t e que l a c aus ac ión ev i t ab le
de una l es i ón no puede bas t a r , y a en un p l ano ob je t i v o , pa r a da r l uga r a una
des v a lo r ac ión j u r í d i c o - pe na l de l a c onduc t a en c ues t i ón . E n es t e s en t i do , y a
den t r o de l a t eo r í a de l t i po ob je t i v o " no t o do es as un t o de t odos " , ^ o , d i c ho
de o t r o m odo , " no t o do c aus an t e de l hec ho r ea l i z a e l t i po . Y e l l o no s e debe
a r az ones que de pen dan d e l do lo de l s u je t o , s ino a l s i gn i f i c ado objetivo de
verbo t íp ico. . . Para 'matar ' es prec iso no so lo causar la muer te , s ino que esa
m u e r t e p u e d a
imputarse objetivamente
a l su je to com o a su auto r , es dec i r
c om o hec ho s uy o , c om o ' pe r t e nec ie n t e ' a é l " 7 E st a c onv i c c i ón se ha p l as m a
d o ,
en e l m a r c o de l a t eo r í a de l t i po , s ob r e t o do en l a t eo r í a de l a " i m p u t a
c i ón ob je t i v a " , s egún l a c ua l s o lo " puede r es u l t a r ob je t i v am en t e im pu t ab le
un resu l tado. . . s i la acc ión ha creado una puesta en peligro jurídicamente
prohibida del objeto de acción protegido y el peligro se ha realizado en e
resultado típico".^
Con ay uda d e es t a t eo r í a s e p r e t end en r es o l ve r m uc hos s upues t os q ue
des de an t i guo p r es en t an d i f i c u l t ades pa r a su t r a t a m ie n t o j u r í d i c o - pe na l . E l lo
sucede en dos p lanos .
Por un lado,
s e t r a t a d e c a l if i c a r la c onduc t a c om o no
p r oh ib i da . A s í , po r e j em p lo , s e d i c e que ha de ex c lu i r s e l a im pu t ac ión de
daño— y l a r es pons ab i l i dad de l s u je t o ac t uan t e— c uando l a l es i ón de r i v a de
una ac t i v i dad aba r c ada po r un " r i es go pe r m i t i do " : si un pea t ó n r es u l t a a t r o
pe l l ado p o r un v eh í c u lo c uy o c onduc t o r s e c om por t a r es pe t and o l as r eg la
de l a c i r c u lac i ón , no se t r a t a r á s i qu ie r a de una c onduc t a t í p i c a .
Por otro lado
c uand o sí ex i s te una c onduc t a t í p i c a , puede que e l r es u l t ado p r od uc ido no l
sea, por no ex is t i r una conex ión suf ic iente ent re la conduc ta y es te . En ta
c as o, t r a t ándo s e de una c onduc t a do los a , pod r á p r od uc i r s e una c ondena po
t en t a t i v a , pe r o no po r e l de l i t o c ons um ado . A s í , po r e j em p lo , c uando un
s u je t o ac uc h i l l a a o t r o , pe r o l a m ue r t e s e p r oduc e po r un i nc end io en e
hospi ta l en e l que es a tendida la v íc t ima. Es te t ipo de supues tos eran resuel
t os c on an t e r i o r i dad a la apa r i c i ón de la t eo r í a de l a im pu t ac ión o b je t i v a po
dis t in tas v ías , como podían ser la negac ión de l lado subje t ivo de la in f rac
c i ó n ,
po r e j em p lo , en e l p r im e r s upues t o , a f i r m a ndo q ue l a l es i ón de l p ea t ó
no era prev is ib le para e l conduc tor (exc luyendo la imprudenc ia de es te) , o
' Jakobs,
ZStW 89
(1977), pág. 30; W. Frisch, TatbestandsmáBiges Verhalten. pág. 152
y
Así Mir
Putg,
Adiciones a Jescheck,
P G, pág.
914 y
s.
(cursiva en el original), desde la pers
la autoría.
* En la formuladón de Jescheck
/Weígend, AP,
§ 28IV, sin cursiva en el original.
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 6/55
24
M anue l Canc io M e l i á
en e l s egundo , c ons ide r ando que l a r e l ac i ón de c aus a l i dad en t r e l a l es i ón
i n i ci a l y la m u e r t e q u e d a b a " i n t e r r u m p i d a " p o r e l " a c c i d e n t e e x t r a ñ o " d e l
i nc end io ( pud iéndos e c ondena r s o lo po r t en t a t i v a ) . E n m uc hos s upues t os ,
s i n em b ar go , sí s e c ons ide r aba que l a c ondu c t a de l ag en t e d aba l uga r a r es
pons ab i l i dad . La ap l i c ac ión de l a doc t r i na de l a im pu t ac ión ob je t i v a ha s u
pues t o , en es t e s en t i do , un r ec o r t e de l ám b i t o de r es pons ab i l i dad j u r í d i c o -
p e n a l .
3. En cuanto a su contex to teór ico, como antes se dec ía, la teor ía de la
im p u t ac ió n ob je t i v a se c on f i gu r a , pa r a m uc hos , c om o un e l em en t o nuc lea r
de una c onc e pc ión f unc iona l de l a t eo r í a de l de l i t o . ^ S in em b ar go , m ás a l l á
de es t a c ons t a t ac ión no ex i s t e m uc ha c l a r i dad : en e f ec t o , es ta t eo r í a ha p r o
d u c i d o u n d e b a t e e x t r a o r d i n a r i a m e n t e i n t e n s o , h a s t a e l p u n t o q u e p u e d e
dec i r se — a l m en os en l o qu e s e r e f i e r e a l a ex t ens ión de l a d i s c us ión d ogm á
t i c a que ha p r ov oc ado— que ha " r ev o luc ionado l a c a t ego r í a de l a t i p i c i -
dad " ^ ° o que im p l i c a una " r e f o r m u lac ió n de l a t i p i c i dad " . ^ ^ S in em b ar go ,
es t e deba t e d i s t a aún m uc h o de c ondens a r s e en pos i c i ones dogm á t i c as que
hay an l og r ado c i e r t o g r ado de c ons ens o . P o r e l c on t r a r i o , en l a d i s c us ión
ac t ua l c abe enc on t r a r des de v oc es que n iegan a l a t eo r í a de l a im pu t ac ión
ob je t i v a r e l ev anc ia en c uan t o t eo r í a de l a P a r te G ene r aP ^ has t a au t o r es qu e
s os t i enen que debe ex t ende r s u i n f l uenc ia m ás a l lá de l a t eo r í a de l t i p o ob je
t ivo. ^^ En es te sent ido, puede dec i rse que e l ún ico e lemento acerca de l cua l
es t án de ac ue r do t an t o de f ens o r es — s ec t o r que a m enudo c onc ibe l a im pu
t ac i ón ob je t i v a c on im po r t an t e s d i f e r enc ias en sus r es pec ti v as c onc epc iones ,
c om o s e v e r á— c om o de t r ac t o r es de l a t eo r í a de l a im pu t a c ión ob je t i v a es en
que s u des a r r o l l o aún no ha a l c anz ado una f o r m u lac ión dogm á t i c a c l a r a y
^
Cfr, solo, desde distintas perspectivas, Roxin, AT1^, 7/24
y
s.;
Eser
/ Burkhardt, StudK
14,4 A
4 56;
Martínez Escamuja, La imputación objetiva del resultado,
pág.
30 y
ss.; Wolter. en:
Gimbernat / Schüne-
mann / Wolter (ed.).
Internationale
Dogmatik,
pág. 24; Jakobs, ZStW 107 (1995), pág. 860 y s.
° Martínez Escamilla, en: Gimbernat / Schünemann /Wo lter, Omisión
e
imputación
objetiva,
pág.
113.
^ Suárez González / Cancio
Meliá,
en:
Jakobs,
La imputación
objetiva, pág. 21.
^
Cfr. de momento (vid. infra II. C.) sólo Arm in Kaufmann,
FS
Jescheck I, págs.
251 y
ss., 271, y en
España Cuello Contreras, PG
F, pág.
499 y
ss.
^
Cfr. por ahora
solo
Wolter,
en:
Gimbernat / Schünemann /Wolte r (ed.), Internationale Dogmatik.
pág.
3 y
ss.,
sobre todo
pág.
21 y
ss.,
con una posición espedalmente amplia.
I n t r oduc c ión
25
más o menos def in i t iva . ^^ Lo c ier to es que la d iscus ión en es te ámbi to adole
c e de un ac us ado no m ina l i s m o , en e l que c on f r ec uenc ia pa r ec e qu e l a d i sc u
s i ón dogm á t i c a es t á m ás f i j ada en e l es t ab lec im ien t o de de t e r m inad as de no
m inac iones que en l a av e r i guac ión de c on t en idos . T en iend o en c uen t a es t a
s i tuac ión en la d iscus ión doc t r ina l , parece necesar io rea l izar , antes de ent rar
en e l aná l is is de los e lementos dognnát icos concretos de la teor ía de la impu
tac ión ob je t iva, a lgunas re f lex iones acerca de cuáles son las carac ter í s t icas
de c on ju n t o d e es ta c a t ego r í a dog m á t i c a : de l o c on t r a r i o , s e c o r r e e l r i es go
de inc lu i r e l prob lema concreto qué se desee abordar en cada caso en es ta
teor ía a modo de mera " rúbr ica" . ^^ Pues lo c ier to es que a pesar de que la
teor ía de la imputac ión ob je t iva aún es tá en desar ro l lo , ^^ y , como se ha d icho
an t es , ex i s t en s i gn i fi c a t i v as d i v e r genc ias en c uan t o a s u ám b i t o y c on t e n ido ,
c abe c ons t a ta r que c on c i e r t a f r ec uenc ia se " im p o r t a " l a t eo r í a de l a im pu t a -
c ión ob je t iva a los más var iados prob lemas de la Par te Genera l o de la Par te
Espec ia l s in l levar a cabo una mín ima re f lex ión de fondo acerca de la teor ía
base que se invoca como panacea para reso lver ta l o cua l prob lema.
' Así, por ejemplo, se ha hecho referencia a la teoría de la imputación objetiva como un "fantasm
que vaga por los tipos (Gimbernat Ordeig, "¿Qué es la imputadón objetiva?", en: ídem. Estudios d
DerechopenaP,
pág.
213), se dice que "...no puede exponerse de un modo unitario porque, en ra
su juventud, es abordada de múltiples formas por distintos autores" (Bajo Fernández, PE P,
pág.
17
ha afirmado que ésta tiene el efecto de un "remolino que atrae violentamente y ahoga en sí todo e
objetivo" (Struensee, GA1987,
pág. 97),
se ha calificado a esta doctrina como "supercategoría dogm
tica heterogénea de 'cuestiones del tipo sin resolver'" (W. Frisch,Tatbestandsmá6¡gesVerhalten,
pág.
8
se ha
aludido
a
la "confusión" que reina
en este
ámb ito (Larrauri Pijoan, ADPCP1988, pág. 175),
a
recunre a confusos y cuestionables criterios interpretativos" (Serrano González de Murillo, Teoría d
delito imprudente,
pág.
91), se la ha calificado como "cong lomerado" inconexo (Martínez Escamill
imputación objetiva del resultado, pág. XXIV), se le ha reprochado que utiliza "conceptos gaseo
(Velásques Velásques, PG.
pág.
339) o que no es más que una "fórmula mágica" (Maiwaid. FS Miya
pág.
467), se ha dicho, en
fin,
que "...los institutos de la imputación objetiva son todavía muy insegu
y...
la manera en que son utilizados en la argumentación suele ser engañosa" (Sancinetti, Subjetivis
imputación objetiva,
pág. 88).
^ Así, especialmente, respecto de la cuestión de la conducta de la víctima, Zaczyk, Selbstverantwo
tung, pág. 50.
^ Como ha señalado 5/5^Henckner, n,m. 91 previo a los §§ 13 y ss.; en sentido similar, por ejemplo,
Lackner, StGB^° n.m. 14 previo al § 13; Roxin [ATP. 11 /41): "muchas de las condusiones a las que llega
aún no son seguras" o Jescheck / Weigend [AV, § 28 IV.): la construcción de la teoría "aún no está
conduida".
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 7/55
26
Manuel Cancio Meliá
Para evitar la falta de definición que ello comportaría, por lo tanto,
como viene diciéndose, se intentarán desarrollar algunas reflexiones acerca
del contexto sistemático y signif icado material de la teoría de la imputación
obje t iva.
4.
En la actual discusión acerca de los contenidos de la teoría del t ip o
obje tivo que aquí interesan, cabe observar, en primer lugar, una divergen cia
termino ló g ica: en e l marco de c iertas posturas, la denominación " imp uta
ción objetiva" es uti l izada de modo exclusivo para los problemas que
p lan
tea la atribución de un determinado resultado lesivo a una conducta que
realiza el t i poJ^ Otros, en cambio, hacen uso de ese término tanto para la
constatación del carácter t ípico de la conducta como para la cuestión antes
mencio nada de la atribuc ión del resu ltado lesivo a la conduc ta J^ En el texto
que sigue, se adoptará la terminología a la que se ha aludido en segundo
lugar, probablemente mayori tar ia . En tod o caso, lo cierto es que se t ra ta
per
se de una cuestión de carácter meram ente term inológico.^^ Lo que no es una
cuestión puram ente nom inal es, sin embarg o, el análisis sistemático de cuál
es el signif icado mate rial qu e se le asigna a estos dos elementos de análisis. Y
en relación con esta cu estión —más allá de la diferenciación terminológica—,
desde el punto de vista aquí defendido cabe dist inguir dos aproximaciones
básicas, o, mejor dicho —ya que estas están presentes, en mayor o menor
me dida, en muchas concepciones, es decir, no
se
presentan de modo "pu ro"— ,
dos perspectivas básicas acerca de la cuestión: la vinculación de la teoría de
la imputació n obje tiva a ciertos problemas que presenta el nexo entre acción
y resultado en los delitos de resultado, por un lado, y, por otro, la discusión
de determinadas característ icas de la conducta típica no expresamente des
critas en el texto legal.^^
^^ Cfr., desde distintas perspectivas, sólo los puntos de vista de Luzón Peña, "Autoría e infiputadón
objetiva en el de lito impruden te: valoración de las aportaciones causales", en:
ídem,
Derecho
penal
de
la
arculación^,
pág. 89. nota 8; ídem, "La 'determinación objetiva del hecho'", en: (dem. op. cit, pág. 108 y
s.;
W.
Frisch,
TatbestandsmáBiges
Verhalten,
por ejemplo, págs. 7 y s., 63 y s., 507 y
ss.
y passim; Corcoy
Bidasolo, El delito imprudente, págs. 34 y s., 434 y ss. y passim.
''
Cfr. solo
Roxin, ATI^U
/39 y ss.; Jakobs, AT^ 7/4 y ss.; Martínez Escamilla.
La imputación objetiva
del resultado, pág. 44 y ss. y passim.
2 Como dice Martínez Escamilla,
La
imputación objetiva del resultado, págs, 41 y ss., 43,47.
'° Cfr. en este sentido la exposición de Suárez González / Cando Me liá, en: Jakobs,
La imputación
objetiva,
págs. 28 y ss., 49 y s., 50 y ss.
in t roducción
27
5. En el texto que sigue, en primer lugar se intentará ofrecer una vi
sión panorámica del desarrollo de la teoría de la imputación objetiva, como
primer paso para poder l levar a cabo, en segundo lugar, una refle xión acerca
de cómo debe concebirse la imputación objetiva
{infra
II.). Para ello, se co
menzará po r un breve análisis de los dos antecedentes histórico -dogmá ticos
proba blem ente más relevantes de la discusión actual {ir)fra
II.
A.), que si bien
pueden parecer a primera vista algo alejados de la problemática actual, re
sultan ser reveladores acerca de los orígenes de las distintas posturas hoy
defendidas. A continu ación, se pasa a sintetizar el estado actual de la cues
t ió n e ntre los defensores de esta teoría
{infra
II. B.), marcada e n lo esencial
por dos modos divergentes de entenderla, bien como cuestión relat iva a la
imputación de resultados o como desarrollo de la teoría del t ipo. Una vez
llevado a cabo este breve repaso del estado de la cuestión puede pasarse a
un ig ualme nte breve análisis de las objeciones más importantes a las que se
ha enfrentado la doctrina de la imputación objetiva: las crít icas que ponen
en duda su carácter objetivo, provenientes sobre todo —aunque no solo,
como se verá— del campo del f inalismo (infra II.C). Sobre esta base, pued e
entrarse ya en una propuesta de construcción de la teoría de la imputa ción
objetiva : en primer lugar, resulta posible l legar a algunos presupuestos acer
ca del signif icado sistemático de la teoría de la imputac ión ob jetiva
(infra
III.
A.).
A continuación, se intentarán esbozar las líneas fundamentales en el
terreno dogmát ico-operat ivo (infra 111 B.) de la teoría de la impu tación obje
t iva, formulando t anto los requis i tos de la imputación de l co mportam iento
(infra
III. B.1.) como del resu ltado
(infra 111
C. 2.).
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 8/55
II. LA CONSTRUCCIÓN DOGMÁTICA DE
LA TEORÍA DE LA IMPUTACIÓN OBJETIVA
A. Dos antecedentes histórico-dogmáticos
Es habitu al comenzar en los manuales e incluso en trabajos mon ográ
f icos las exposiciones relat ivas a la teoría de la imputac ión objetiva sin mayor
referencia a su génesis, o con alguna escueta remisión —sobre t od o— a la
aportación de Honig, qu ien fue e l prímero en uti l izar e l términ o " imp uta
c ión ob je t iva" en un sent ido próximo a l actua l . Este procedimiento —que
puede ser adecuado en una exposición de carácter general, o incluso en un
t rabajo monográf ico cuando se parte de una determinada c onf iguración de l
sistema dogmático—, sin embargo, puede contribuir a generar construccio
nes poco claras cuando, como sucede en el caso de la actual teoría de la
imputación objetiva, precisamente lo que no está nada claro es cuál es la
relevancia sistemática de la teoría misma.
En este sentido, parece adecuado iniciar una consideración de la teo
ría por un examen en cierta medida detallado de los orígenes históricos de
las construcciones actuales —au nque sin pretender una reconstrucción his-
tórico-dogmática exhaustiva—, y ello, prestando especial atención al con
texto dogmático general en el que estos antecedentes fueron formulados.
En lo que sigue, se inte nta rá llevar a cabo ese análisis respecto de dos
construcciones que desde el punto de vista aquí adopta do t ien en part icular
interés respecto del objetivo propuesto: por un lado, la contribución que
disfruta en la actualidad de la "paternidad oficial" de la teoría de la imputa
ción objetiva, la construcción propuesta por Larenz y Honig. Por otro lado
—aunque pueda resu l tar a lgo sorprendente— la importante contr ibución
de Welzel a la problemá tica a través de la teoría de la adecuación social. El
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 9/55
30
M anue l Canc io M e l i á
anál is is de es tas dos apor tac iones fac i l i t a rá más adelante^^ a lcanzar presu
pues t os s i s t em á t i c os s ob r e i os que c ons t r u i r una es t r uc t u r a dogm á t i c a ope
ra t iva.
Q ue s e hay an s e lec c ionado es t as dos apo r t ac i ones no s i gn i f i c a que c on
el lo se de je de tener en cuenta la re levanc ia de ot ras cons t rucc iones . En par
t i c u l a r , debe c on t a r s e c om o an t ec eden t e im po r t an t e en es t e c on t ex t o^ l a
r e f o r m u lac ió n de E ng i s c h de l a t eo r í a d e l a adec uac ión ,^ ^ has t a e l pu n t o que
puede c ons ide r a r s e que l a ac t ua l bonanz a de l a t eo r í a de l a im pu t ac ión ob
j e t i v a es una pos t r e r a v i c t o r i a de E ng i sc h s ob r e W e lz e l. ^ ^ S in em bar g o , pa r e
ce que puede presc ind i rse aquí de Engisch por dos razones : por un lado, sus
apo r t ac i ones pueden c ons ide r a r s e c o inc i den t es m a t e r i a lm en t e c on l as de
Hon ig en l o que aqu í i n t e r es a ( s ob r e t odo , im pu t ac ión de l r es u l t ado ) , y , po r
o t r o ,
l o c i e r t o es que l a " pa t e r n i d ad " r es pec t o de l a t eo r í a de l a ¡ m p u t ac ión
ob je t i v a de l a que an t es s e hab laba ha s i do a t r i bu ida en l a d i s c us ión pos t e
r i o r s o b r e t o d o a H o n i g . x ^
1, La teoría de la imputación objetiva de Larenz y Honig
P uede dec i r s e , c om o an t es s e s eña laba , que s e ha c onv e r t i do en un
luga r c om ún e l da r po r hec ho que l a ac t ua l t eo r í a de la im pu t a c ión ob je t i v a
enc u en t r a s u o r i g en en l a doc t r i n a des a r r o l l ada ba jo e l m i s m o nom br e an t es
de l a s egunda gue r r a m und ia l s ob r e t odo po r La r enz y Hon ig . ^ ^
La p r im e r a ap r ox im ac ión f ue r ea l i z ada po r La r enz en una m o nog r a f í a
que p la n t ea ba l a c ues t i ón de l a ¡ m pu t ac ió n des de l a pe r s pec t i v a de l a f i l o s o
f í a de l de r ec ho y t om ab a c om o pun t o de pa r t i da l a t eo r í a de l a im pu t ac ió n
'Wid.//7/rallLA.
"Así,
por ejemplo, últimamente Schünemann. GA
1999, pág.
210 y s.
^
Die Kausalitát ais Merkmal der strafrechtiichen Tatbestánde.
1931.
^^
Debo esta imagen a una conversadón con Enrique Peñaranda Ramos; como se verá, sin embargo,
más adelante —al abordar la teoría de la adecuación de Welzel en el siguiente punto—, esto solo es
correcto respecto de un
Welzel,
el del desarrollo unilateral del concepto final de acción llevado a cabo a
partir de los años dncuenta.
^ Cfr. solo las afirmadone s del propio Roxin, FS Honig, pág, 133 y s., e ídem,
ATI^,
7/26 con nota 33;
vid. también, por ejemplo, Cobo del Rosal / Vives
Antón, PG",
pág. 385 y
ss.;
Vives
Antón,
Fundamentos,
pág. 304; Serrano González de Murillo,
Teoría
del delito imprudente, pág. 88 y s.; Martínez Escamilla, L a
imputación objetiva del resultado, pág.
22.
La c ons t r uc c ión dogm á t i c a de l a t eo r í a . . .
31
des a r r o l l ada po r Hege l. ^^ Es ta c on t r i buc ión s e pub l i c ó en un m o m e n t o en e l
que , c om o es s ab ido , se es taba p r od uc iend o l a s us t i t uc i ón de una pe r s pec t i
v a f undam en t a lm en t e na t u r a l i s t a - pos i t i v i s t a — en l o que aqu í i n t e r es a : e l
" do gm a c au s a l " — po r d i v e r s os pun t os de v i s ta v a lo r a t iv os . ^^ Com o t a m b ién
es sabido , la pr im era de las perspec t ivas antes a lud idas , a su vez , antes hab ía
des ga jado e l c onc ep t o " g l ob a l " de ac c ión de l os hege l ianos , ^^ s epa r ando e l
c onc ep t o de ac c ión de l de ac c ión c u lpab le . S in em bar go , l a r e f e r enc ia de l
s uces o j u r í d i c o - pena lm en t e r e l ev an t e a l a v o l un t ad , pa r a pode r en t end e r t a l
suceso como obra de una persona, so lo se entendía —en es te marco s is temá
t i c o— en s en t i do c aus a l : en l uga r de l a im pu t a c ión de l hec ho s e s i t uó l a
causal idad, pues en e l p lano de la acc ión e l e lemento de la vo luntad se veía
c um p l im en t ado c on l a c ons t a t ac ión de l a ex i s t enc ia de un im pu l s o v o lun t a
r i o c ua lqu ie r a , s i n im po r t a r a qué s e d i r i g í a ese ac t o v o lun t a r i o . P a r t i endo de
es ta s i tuac ión , La r enz p l an t eó c o m o c r i t e r i o de t e r m ina n t e pa r a ads c r i b i r un
hec ho a l s u je t o e l " j u i c i o de im pu t ac ión " , c on un s en t i do d i s t i n t o de l que
t iene e l ju ic io sobre la ex is tenc ia de una re lac ión de causal idad. Para Larenz ,
" l a im pu t ac ión no s i gn i f i c a o t r a c os a que e l i n t en t o de de l im i t a r e l hec ho
p r op io de l ac on t ec e r f o r t u i t o " . ^ ^ D i c ho s i n t é t i c am en t e , La r enz pa r t e , po r
t a n
t o ,
de qu e e l j u i c i o de im pu t ac ión es aque l p o r e l c ua l se de t e r m ina s i un
hecho es obr a de u n su je to . ^° Par t ien do de la con cep c ión f i los óf ica en la qu e
La r enz bas a su c ons t r uc c ión , es t a de t e r m inac ió n de be l l eva r s e a c abo c om
probando s i lo sucedido cons t i t uye una acc¡ón de l su je to , lo que so lo será e l
caso s i e l hecho puede entenderse como rea l izac ión de su vo luntad.^^ La vo-
2^
Hegeis Zurechnungslehre
und der Begriffder
objektiven
Zurechnung.
Ein Beitrag
zur Rechtsph
sophie des kritischen Idealismus und zur Lehre von der "juristischen Kausalitát",
reimpresión de la ed
ción de 1927,1970.
2' Cfr. sobre el contexto de la discusión de aquel momento, por ejemplo,
W.
Frisch, TatbestandsmáB
ges Verhalten, pág. 10 y ss.
2 La refundición de los tradidonales juid os de imputad ón al hecho
(imputatio factíí
e imputación a
la culpabilidad
{imputatio iuris)
en un único juicio resultaba factible para los hegeüanos en la m edida en
que,
como recuerda el propio Larenz. "en aquella época solo conocían la responsabilidad por culpabili
dad y el concepto de hecho solo resultaba de interés para la d enda del derecho como hecho culpable"
[Hegeis
Zurechnungslehre, pág. 60 y s.).
2^
Hegeis
Zurechnungslehre, pág.
61.
^^ Hegeis Zurechnungslehre,
pág. 60.
^^ En
palabras de
Hegel.
acdón es la "exteriorizadón de la voluntad subjetiva o mora l" (Grundiinien,
§ 113 [p. 211]); cfr. sobre este concepto de acción solo V. Bubnoff, Entw ickiung, págs. 36 y ss., 43;
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 10/55
32
Manuel Cancio Mel iá
luntad se real iza en el hecho en la medida en que constituye su principio
dete rmin ante .^ Por e l lo , la imputación al hecho es la referencia del aconte
cer a la voluntad ,^^ cuya determ inac ión fun dam en tal , su esencia, es la l iber
t a d ,
que en cuan to significa autode termina ción^ y perte nec e ál ser de la
persona como expresión de su yo y de su racionalidad,^ abre la posibi l idad
de impu tar al ser hum ano su hecho como propio ' ' '^ y hacerlo responsable
del mismo.
El juicio de impu tació n sobre el hecho se config ura, por tan to com o
un juicio teleoiógico.3' Dada la capacidad de la voluntad para establecer y
real izar f ines y dirigir el curso causal hacia una meta d ete rm ina da la volun
tad d omina lo que acontece en la naturaleza y lo convierte en hecho prop io
El hecho se presenta así com o un tod o teleológ ico, es decir, como un co njun
to vanado de causas y efectos que hal la conjunción a través de la relación
con los f ines de la voluntad.^*
Hasta aqu i , Larenz reiv ind ica el concepto de acción de Hegel —a ban
donado algunas décadas antes a favor de la aproximación analí t ica del posi
t iv is m o- , e l lo , sin mayor relevancia respecto del s istema pen al . S in em bargo
- y aquí está e l paso decisivo en lo que aquí in t er es a- Larenz af i rma que a
d i ferencia del concepto de acción propuesto por Hegel , la acción - y conse
cuentemente, la imputación- no debe ser entendida en sent ido subjet ivo
sino objetivo}^ En este sent ido , Larenz pretende superar y completar e l
con
cepto de acción desarro l lado por H egel a l sostener que el concepto de im pu
tación por el propuesto es objetivo: no solo abarca la imputación de hechos
conocidos y queridos sino tam bién los que podrían haber const i tu ido ob jeto
La c ons t r uc c ión d ogm á t i c a de l a t eo r í a . , .
33
^J
Larenz, Hegeis Zurechnungslehre, pág. 67.
''
Larenz, Hegeis
Zurechnungslehre, pág. 63; ídem,
NJW1955,
pág.
1011
^ Larenz, Hegeis
Zurechnungslehre, pág.
45.
^ Larenz,
Hegeis
Zurechnungslehre,
págs. 21 y s., 64.
^ Larenz, Hegeis
Zurechnungslehre. pág. 66; ídem,
NJW 1955, pág 1011
38
i ^ ' ^J^^^ ^^rechnungslehre. pág. 68;
V. Bubnoff, Entwickiung pág 45
lídad Hp ? " ' ' ,
T l ^ ^ ^ ^ ^
P^9.68; es en este sentido en el que puede hablarse de "causa-
estabÍpL fin c A/ D ¿ ^^""^ "'^"'^'"'^ "^"^ "" ^'^"^^'^' ^^*^^"° ^' reconducible a una voluntad que
establece fmes (V. Bubnoff, Entwickiung
pág.
46.).
Larenz, Hegeis Zurechnungslehre, pág, 68.
de la v o l un t ad ( es dec i r, t r aduc id o a c a t ego r í as dogm á t i c as , l os hec hos im -
prudentes) .' *° Larenz , por tan to, in te rpre ta el c o n c e p t o de ac c i ón o r i g i na l de
Heg e l — q u e p r e t e n d e completar— c o m o l imitado a los delitos dolosos,"*^
una c ues t i ón s ob r e
la que hasta el
d ía de
hoy no
existe acuerdo."^^
^ Lo no conocido me puede ser imputado por cuanto el no conocer no es algo fortuito, sino obr
mi libertad , pues el conocer constituye una circunstancia que me era posible", Larenz,
Hegeis
Zurec
nungslehre,
pág.
53,68;
cfr.
también
ídem.
NJW 1955,
pág. 1011.
^ Al ser la acción "unidad de la voluntad subjetiva" (Larenz, Hegeis Zurechnungslehre,
pág.
imputación es para Hegel, en opinión de Larenz {Hegeis Zurechnungslehre,
pág.
50 y ss.), tan so
derecho de la voluntad subjetiva", de la voluntad que "reconoce y es algo en la m edida en que es s
en lo que ella existe como algo subjetivo"
(Hegel, Grundlinien,^
107
[p. 205],
cursiva en el original)
consecuenda,
lo
fortuito
en
la acdón
de Hegel es lo que no era
conocido por
la voluntad (Larenz, H
Zurechnungslehre, pág. 52).
^^ De hecho, sobre este punto de la teoría de la imputación de Hegel se han llegado a sostene
interpretadones muy diversas. En este sentido, mientras que la postura que parece mayoritaria, por
ejemplo, como se acaba de
reseñar,
la del propio Larenz, considera que la concepción de Hegel no p
abarcar la imprudenda (en el mismo sentido, cfr. V. Bubnoff,
Entwickiung, pág.
44 y
s.;
últimamente
por todos, Jakobs, AP ,
6/3;
Toepel, Kausalitát und Pflichtwidrigkeitszusammenhang, pág. 137
referendas; Eser,
FS
Mestmácker, pág. 1015) —con la consiguiente limitación de la virtualidad de la
concepción de Hegel como teoría general de la imputación—, hay autores que entienden, por el con
rio, que la doctrina de Hegel no excluye la imprudencia. Pero aún dentro de este entendimiento, la
interpretación se realiza desde presupuestos a veces enfrentados. En este sentido, Kohier (Die bew
Fahriássigkeit,
págs. 200 y s., 202 y ss.) entiende desde una perspectiva subjetivista (centrada en
determinadón axiológica de la "autonomía" como elemento esencial dentro de la teoría de la acdón)
que
la
teoría
de Hegel
debe aplicarse
también a
la
imprudencia,
evitando cualquier
tentación de
"de
zarse hacia una
imputación objetiva'..." (op. dt., pág. 202),
mientras
que Vehiing (Abgrenzung, pá
y ss., 27 y ss.) afirma que la doctrina de Hegel se ha de concebir como imputadón general, interpret
la "voluntad" en sentido normativo (como racional-general, por contraposidón a lo "particular" o "su
jetivo* en la tenninología de Hegel), de modo que precisamente la teoría hegeliana serviría como ba
de la moderna teoría jurídicopenal" de la imputación objetiva, es decir, justo lo contrario de lo que
sostiene
Kóhier.
Esta controversia es indicativa de que quizá no debiera sobrevalorarse la teoría de H
para la discusión dogmática en el campo del Derecho
penal,
dada su inserdón en un complejo sistem
filosófico.
Una buena
muestra
de
ello
se encuentra en que
Honig,
al
adaptar
con mínimas
modificado
la construcdón de Larenz a la dogmática específicamente penal
(cfr.
a contínuadón en el texto), renu
expresamente a realizar una funda mentación de índole filosófica, considerando, por el contrario, que
teoría puede obtener su justificación de su propio papel como instrumento dogmático (dr. Honig. FG
Frank,
pág.
181 y s.) o en que se haya considerado que la teoría de la imputación objetiva de Larenz
abandona ya en realidad completamente los postulados de la teoría de la imputadón de Hegel (cfr.
Toepel.
Kausalitát und
Pflichtwidrigkeitszusammenhang, pág.
139). En cambio, sí es de interé
para el
propósito
que aquí se
persigue constatar
que en este
contexto
se ha
llegado
a ver un
paralel
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 11/55
34
M a n u e l C a n d o M e l i á
En to do caso, hay que su bray ar qu e para Lare nz , de lo que se t ra ta es
de l a f und am en t ac ión de l c onc ep t o d e acc ión" * en c uan t o p r es u pues t o t e ó r i
c o gene r a l de c ua lqu ie r s i s t em a de im pu t a c ión , de ads c r i pc i ón de un hec ho a
un su je to . " *^ "En es ta medida —dice Larenz—, la teor ía sat is face una neces i
dad pu r am en t e t e ó r i c a , y no r es u l t a , po r t an t o , de i n t e r és pa r a l os p r ác t i c os ,
po r t r a t a r s e de una p u r a es pe c u lac ión j u r í d i c o f i l o s ó fi c a " .' ^ ^ S in em bar g o , a
r eng lón s egu ido La r enz a f i r m a que es a c ons t r uc c ión de bas e o f r ec e en e l
p l ano d ogm á t i c o " l a pos ib i l i dad de c ap t a r e l núc leo c en t r a l de las v i e j as t eo
r ías de la ' in ter rupc ión ' de l curso causal re fer idas a los casos englobados por
l a t eo r í a d e l a ' p r oh ib i c i ón de r eg r es o ' . . . , s upues t os en l os que en r e l ac i ón
c on qu ien ac t úa en p r im e r t é r m ino no s e i n t e r r u m p e e l c u r s o c aus a l , pe r o s í
la imputac ión ob je t iva" . " *^
La c ons t r uc c ión d ogm á t i c a de l a t eo r í a .
35
La i n t r oduc c ión de l a c ons t r uc c ión de La r enz en l a dogm á t i c a j u r í d i c o -
pen al fue l levada a cabo po cos años más tar de por Honig. "*^ Para este au tor ,
e l c om e t i do f u nd am en t a l de l a im pu t a c ión ob je t i v a es e l de c l a r i fi c a r l a
s ig
n i f i c ac ión que l a r e l ac ión de c aus a l i dad t i ene pa r a e l o r den am ien t o j u r í d i c o ,
sepa rand o los ju ic ios de caus al idad y de imputac ión. "** Par t ien do, com o se ha
dicho, de la apor tac ión de Larenz ,^^ Honig propuso como cr i t er io de dec is ión
la noc ión de " ob jek t i v e B ez wec k ba r k e i t " ( que pod r í a t r aduc i r s e de m odo
l i t e r a l c om o " s us c ep t i b i l i dad ob je t i v a de s e r t om ado c om o f i na l i dad " ) . E s t a
noc ión carac ter iza, en su op in ión, a aquel los supues tos en los que " . . . ex is te
ob je t i v am en t e una ' pos ib i l i d ad de c on t r o l d e l c u r s o c aus a l' " .^ ^ Es dec i r , des
de es t a pe r s pec t i v a , s o lo puede s e r r e l ev an t e aque l r es u l t ado que , s i endo
c ons ec uenc ia de un c om por t am ien t o hum ano c on e f ec t os c aus a les " s o lo
puede s e r im ag inado c om o p r oduc ido en pe r s ec uc ión de una de t e r m inada
meta" .5 i
entre Ja concepción de Hegel y la teoría final de la acción
(cfr.
V. Bubnoff.
Entwickiung,
pág. 46; así
también Meyec Autonomie. pág. 111); extendiéndose
esta
apredación al desarrollo hecho por
Larenz y
Honig (así recientemente Maiwald, FS Miyazawa,
pág.
472 y
ss.; cfr.
tam bién We lzel, ZStW 51 [1931],
pág. 719, nota 30, en la que dice —téngase en cuenta que se trata del artículo en el que Welzel dio e¡
impulso inicial decisivo a la teoría final de la acción— coincidir con los resultados alcanzados por La
renz). Como
se
verá
más
adelante
en
el tex to, esta apreciación no
es
casual.
^'
Cfr.
en este sentido solo Gímbernat
Ordeig,
Problematik der inadáquaten
Handiungen. pág.
83 y
ss., exponiendo las relaciones de esta construcdón con el posterior desarrollo del concepto sodal de
acción; cfr también Cerezo Mir, PG 11^, pág. 102, nota 9; Luzón Peña, voz "imputación objetiva^ en :
Enciclopedia Jurídica Básica,
vol.
II (COR-IND),
pág.
3465; Feijóo Sánchez, Homicidio y lesiones
impru
dentes, pág. 24,
nota 8. Que esto es así queda corroborado, por lo demás, por el hecho de que el propio
Larenz u tilice
posteriormente, en el
contexto
del Derecho de daños —54 años después de la
publicadón
de su monografía— la definición por él desan^ollada de Imputación objetiva para caracterizar el concep
to de acdón
(vid.
Larenz, Lehrbuch des
Schuldrechts. ZweiterBand.
Besonderer Teil,
12"
edición,
1981,
§
71
I.
a).
^
Cfr.
Hegeis
Zurechnungslehre, pág.
81 y
ss.; ídem,
NJW1955,
pág.
1012.
^'NJW1955,
pág.
1012.
^ NJW 1955, pág. 1012;
cfr.
también H.
Mayer,
AT,
pág. 131 y ss.; este proyecto de fundamentadón de
la prohibición de regreso "tradicional" (impunidad de hechos imprudentes que permiten la ejecudón de
un hecho doloso por parte de un sujeto que actúa posteriormente) es acometido —apoyándose en gran
medida en el desarrollo hecho por Larenz— en la dogmática jurídico-penal con posterioridad exhausti
vamente por Naucke,
ZStW 76
(1964), pág. 426
y
ss., espedalmente
428 y
ss.
Vid.,
por todos,
las
valora
ciones críticas
de esta
perspectiva realizadas por Jakobs,
ZStW 89
(1977), pág.
8 y
s.
y
Derksen, Handeln
aufeigene
Gefahr, pág.
63 y
ss.
2 .
La teoría d e la adecuación social de Welzel
Com o s e v e r á , s egún a lg unos r ep r es en t an t es de l a t eo r í a f i na l de l a
ac c ión , r es u l t a i nv i ab le l a p r e t ens ión de des a r r o l l a r una t eo r í a gene r a l de l a
imputac ión ob je t iva. ^^ Inc luso se ha d icho que la e laborac ión de la teor ía de
la im pu t ac ión ob je t i v a es uno de l os des a r r o l l os dogm á t i c os que s i guen de
m o do es pec ia l la t r ad i c i ón de l os adv e r s a ri os de W e lz e l , f unda do r de l a t eo
r ía f ina l de la acc ión.^^ E l prop io Welze l en la ú l t ima ed ic ión de su manual
*'FGFrankl,pág.174yss.
^
Honig,
FGFrankl,
pág. 181.
"^
Aunque
prescindiendo
de modo expreso del fundamento
filosófico
en la teoría de la imputació
Hegel, dr. Honig,
FG
Frank I, pág.
181 y
s.
^ En expresión de Gómez Benítez, PG ,
pág.
186,
^
Honig,
FG Frank
I, pág.
184,188; esta formulación,
que.
como se ha visto, es de difídl expres
castellano —y que en alemán, desde luego, no da la impresión de artificiosidad que puede produdr e
castellano—
ha
sido traducida de muy distintas formas
en
la doctrina española; la propuesta que má
fortuna parece haber hecho
es
la de Luzón Peña,
en:
Roxin, Problemas básicos, pág.
128 y
ss.: "p
dad objetiva de pretender".
"Cfr.//7frall.C.2.
^ En
este sentido, cfr. Hisrch,
en:
25 Jahre Rechtsentwickiung in Deutschland, pág. 48;
v
ídem, FS Un iversitát zu Kóln,
pág.
403; Roxin, ATP. 24/5.
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 12/55
36
M anue l Canc io M e l i á
La c ons t r uc c ión do gm á t i c a d e l a t eo r í a . . .
37
r es ue l ve e l c ono c ido e j e m p lo en e l que a l gu ien " en v í a a o t r o a l bos que c uan
do am enaz a una t o r m en t a , c on l a es pe r anz a de que un r ay o l o m a t a r á " ^ no
ex c luy e ndo l a t i p i c i d ad ob je t i v a — c om o ha r í a la t eo r í a de la im pu t a c ión
ob je t i v a— , ^ ^ s i no a f i r m ando que no c onc u r r e do lo , pues e l au t o r no t i ene
" v o lun t ad de m a t a r " . ^ ^
S in em bar go , a c on t i n uac ió n s e obs e r v a r á que , a pesa r de que e l l o n o
es r ec on oc ido c om únm en t e , ^ ^ W e lz e l debe f i g u r a r —^y en un l ug a r m uy des
t ac a do— e n t r e l os an t ec eden t es de l a t eo r í a de l a im pu t a c ión ob je t i v a : en su
es t ud io p r og r am á t i c o " S t ud ien z um S y st em des S t r a f r ec h t s " ^ p r ec i s am e n t e
e l s u p u e s t o a c a b a d o d e a l u d i r e ra a b o r d a d o d e m o d o c o m p l e t a m e n t e d i s t i n
t o :
" E s t e e j em p lo no t i ene que v e r n i c on l a c aus a l i dad , n i c on e l do lo , s i no
c on e l s i gn i f i c ado s oc ia l de l a ac c ión que hem os denom inado adec uac ión
social" .^^
P a r a W e lz e l , l a adec uac ión s oc ia l es l a " i n t e r p r e t ac ión de s en t i do
de l os t i pos " , ^ ° c on f o r m e a l a c ua l queda n ex c lu i da s " de l c onc e p t o de i n j us
t o . . .
t odas l as ac c iones . . . que s e ub iquen f unc iona lm en t e den t r o de l o r den
h i s t ó r i c am en t e gene r ado " . ^ ^ T an s o lo c on l a adec ua c ión s oc ia l s e en t r a en e l
" ám b i t o de l t i po , . . . en l as r eg iones de l i n j us t o t i p i f i c ado " . ^ ^
A l des a r r o l l a r l a f o r m u lac ión o r i g i na l de l a i dea de adec uac ión s oc ia l ,
an t es es boz ada , W e lz e l pa r t i ó de dos r e f l ex i ones de p r i nc i p i o : po r un l ado ,
s u a r gum en t ac ión s e i ns c r i be — de m odo pa r a le l o a l o que c abe dec i r de l
des a r r o l l o d e La r enz — e n e l m a r c o de l a c rí t ic a que f o r m u la f r e n t e a l a c on -
" Un caso de los "de manual" que goza de una popu laridad inmensa desde el s. XIX;
vid.
las referen
cias en Sancinetti, en: Cancio M eliá / Ferrante / Sancínetti, Estudios sobre la teoría de la imputación
objetiva, págAl, nota 2^.
" Cfr. solo Roxin, ATP,^^ /39; Wessels, AT26, n.m. 194 y ya en el mismo sentido —desde la perspec
tiva de la teoría de la causalidad adecuada— Engisch, Kausalitát, pág . 50 y s.
^ Welzel, Strafrechf, pág. 66; cfr. entre los representantes del finalismo de la actualidad, en este
mismo sentido respecto de este ejemplo. Cerezo Mir,
PG
If, pág. 145 con nota 88.
Q "y ' ^ " ' ^ ' " ^"^^^^90, y por ejemplo, Jakobs, Handiungsbegriff, págs. 29.45; Reyes Al varado, ZStW 105
(1993), pág. 114 y s.; ampliamente C ando M eliá, ADPCP 1993, pág. 697 y
ss.;
ídem, GA 1995, pág. 179
y ss.; Roxin, AT F, 10/38 in fine: Schünemann, GA 1999, pág.
211.
^^ZStW58(1939),pág.491yss.
"ZSt W 58 (1939), pág. 517.
' M r ,
pág. 33; >4F, pág. 40.
'^ZStW 58 (1939), pág. 516.
" WelzeUS tW 58 (1939), pág. 529.
(«4#
* 4 ^
c epc ión " na t u r a l i s t a - c au s a l " de l a ac c ión y de l b i en j u í d ic o . ^^ E n op i n i ón de
W e l z e l ,
es ta par t ía de una v is ión de la rea l idad prop ia de las c ienc ias natura
les, i nadec uada des de un p r i nc i p i o pa r a aba r c a r e l ob je t o de l De r ec ho pen a l .
De es t e m odo , l a c ues t i ón de l c u r s o c aus a l , que o r i g i na lm en t e no e r a m ás
que " una pequeña c ues t i ón pun t ua l " , s e hab í a h i pe r t r o f i ado has t a l l ega r a
s er e l p r ob lem a dom ina n t e de l l ado ob je t i v o de l de l i t o . E l p r ob le m a c aus a l
" . . . ha sabido co locarse en e l cent ro de l s is tema del Derecho penal , ha absor
b i do l a t o t a l i d ad de l l ado ob je t i v o de l a acc ión de l i c t i v a . . . " . ^ La t eo r í a de l a
l es i ón de l b i en ju r í d ic o , ^ ^ em p ar en t a da c o n " e l dog m a c aus a l " , s egún l a c ua l
"e l es tad o or ig ina l de los b ienes jur íd icos es la ausenc ia de les ión, de l ib er ta d
y s egu r i dad f r e n t e a l as l es i ones " , de m o do q ue " es s o lo e l de l i t o e l que hac e
suf r i r les iones"^^ a l b ien jur íd ico, había hecho pos ib le , s iempre según Welze l ,
que e l de l i t o pud ies e c onc eb i r s e c om o l a m er a l es i ón ex t e r i o r de un b i en
ju r í d i c o . E st o , s i n em bar g o , c ons t i t uy e una i n t e r p r e t ac ión e r r óne a de l a " r ea
l idad soc ia l de l De rec ho " , en la que so lo hay b ienes jur íd icos en la me did a e n
que " des e m pe ñan una ' f unc ió n ' " . ^ ^ S in que l os b i enes j u r í d i c os s e ex p ong an ,
es impos ib le que se desar ro l le la v ida soc ia l ; so lo una concepc ión de la
r e a l i
dad c om o " m undo m us ea l m ue r t o " puede pa r t i r de una v i s i ón es t á t i c a de
^ Sin
que aquí
sea
predso desentrañar hasta
qué
punto
su
critica
se
dirige
hacia el
causalismo
qué medida se refiere también a la
corriente neokantiana
en
la dogm ática
penal de la
época;
vid.
R
Barbero, yAofec¿/ac/dn social
y
teoría jurídica del
delito, pág.
23 y
ss.
Basta constatar que tampo
dirección dogmática había llegado, más allá del hallazgo de los "elementos normativos del tipo", a
ubicar una categoría normativa general en el tipo. Así, por ejemplo, lo sostiene Schünemann," Einfüh
in das strafrechtiiche Systemdenken",
en:
ídem (ed.), Grundfragen des modernen
Strafrechtsys
24 y ss.,
32,
nota 68. Cfr. también, por ejemplo, las amplias exposidonesde la evoludón doctrinal an
de Welzel realizadas por Zielinski, Handiungsund Erfoigsunwert, pág.
17 y
ss.
y Silva
Sánchez, A
ción,
pág. 48 y ss. En todo caso, suele afirmarse que e l pensamiento de Welzel también atacaba e
relativismo valorativo de los neokantianos, dr., por todos, Zielinski,
op.
d t,
pág. 58;
Silva Sánchez,
cit., pág. 55 y ss. y exhaustivamente Müssig,
Schutz
abstrakter
Rechtsgüter
und
abstrakter
Rechtsgüt
chutz,
págs. 27 y ss., 30,32.
^ZStW 58 (1939), pág. 492.
^ Aun después de la reformuladón que Welzel pretende realizar, dr. ZStW 58 (1939),
pág. 514.
Sob
el concepto de bien jurídico en
Welzel,
dr., por todos, W. Hassemer,
Theorie
u nd
Soziologie des
Ver
chens,
pág. 88 y ss.; Amelung, "Rechtsgutsverietzung und Soziaischádiichkeit", e n: Jung et al. (ed
Recht
und
Moral,
pág.
274 y
ss.;
Müssig,
Schutz
abstrakter
Rechtsgüter
und
abstrakter
Rechtsgüter
tz, pág. 31 y
ss.,
con referencias.
'^
Welzel, ZStW 58 (1939), pág. 509.
" ZStW 58 (1939), pág. 514 y s.
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 13/55
38
M anue l Canc io M e l i á
l os b i enes j u r í d i c os . E n l a v i da s oc ia l hab i t u a l , t odos es t án pe r m ane n t em en t e
ex pues t os a que s e pong an en pe l i g r o y se dañen s us b ienes j u r íd i c os , s in q ue
e l l o t enga r e l ev anc ia j u r í d i c o - pen a l a l gu na ; e l l o es as í, s egún W e lz e l , po r que
e l " m undo de l De r ec ho " es un " m undo de l s en t i do , de l s i gn i f i c ado " ; y es l a
adec uac ión s oc ia l e l c onc ep t o en e l que s e r e f l e j a l a i ns e r c i ón de l De r ec ho
pena l en l a s oc iedad , que r e f i e r e " l os e l em en t o s de l t i po . . . a l .. . c on jun t o d e
la soc iedad" . ^«
P o r o t r o l ado , l os t i pos j u r í d i c o - pena les s on , s egún W e lz e l , " t i p i f i c a
c i ones de c om p or t a m ie n t os an t i j u r í d i c os " ;^ ^ po r e l l o , l as ac c iones s oc ia lm en -
t e adec uadas , des de un p r i nc i p i o , no p ued en s e r t í p i c as ; e l s i gn i f i c ado de l as
ex p r es iones c on t en idas en e l t i po s o lo puede av e r i gua r s e en s u c on t ex t o
soc ia l .
La adec u ac ión s oc ia l , a l e l im ina r de l t en o r l i t e r a l de l os t i pos aque l l os
p r oc es os v i t a l es que des de e l pun t o de v i s t a m a t e r i a l no deben s ubs um i r s e
ba jo e l l os , es l a que hac e pos ib l e que e l t i po s ea l a t i p i f i c ac ión de l i n j us t o
me rec edo r de pena.^°
W e lz e l m od i f i c ó en v a r i as oc as iones l os s upues t os de hec ho enunc ia
dos com o casos de ap l ica c ión de la teor ía de la ade cua c ión soc ia l, ^^ y ta mb ién
cambió en var ias ocas iones su ub icac ión y re levanc ia s is temát icas ,^^ lo que ha
c on duc ido a que f r ec u en t e m e n t e s e hab le de l " es l óga n de l a adec uac ión
soc ia l " , ^^ en t end ido c om o r e f e r i da m er am en t e a l a ac ep t ac ión s oc ia l f ác t i c a
d e d e t e r m i n a d a s f o r m a s d e c o m p o r t a m i e n t o , a l a " n o r m a l i d a d " s o c i a l e n
^ZStW 58 (1939),
pág.
530.
' ZStW 58
(1939), pág. 527; ídem. AJ2, pág. 42:
"el tipo [es] tipificación del injusto jurídico-penar.
"el tipo es el injusto jurídico-penal. descrito con base en elementos típico s"..
'°Welzel, AV.
pág.
34 y s.; ídem, AV,
pág.
42.
^ En este
sentido, afirma
a
lo
largo de su obra que podían
resolverse
los
siguientes
casos a través de
la adecuadón
social:
el sobrino que manda a su tío rico a realizar un viaje en tren con la esperanza de
que éste muera; plantar una belladona en el bosque con la esperanza de que alguien la ingiera y muera
por ello; las amenazas con medios adecuados al tráfico; el coito realizado con una mujer aquejada de
una enfermedad pulmonar con la Intención de que muera durante el embarazo; los pequeños presentes
que habitualmente se entregan a los carteros en la época de Navidad; el "riesgo permitido" en aquellas
actividades peligrosas
que tienen
unas reglas ijas competiciones
deportivas;
fábricas
peligrosas);
limi-
tadones de la libertad de movimientos en el tráfico de masas, etc.;
cfr..
por lo demás, los casos recogidos
por Hisrch. ZStW 74 (1962). pág. 87 y ss.
' '
Cfr.
solo la exposídón en Cando Mella, ADPCP 1993,
pág.
700 y
ss.
^ En este sentido, por ejemplo, ¿^'-Hisrch.
n.m.
29 previo al §
32; Roxln.
FS Klug
II, pág. 304;
Armln
Kaufmann, FS Jescheck I,
pág.
268;
W.
Frisch. TatbestandsmáBiges Verhalten.
pág.
113; Serrano González
de
Murlllo,
Teoría
del
delito
imprudente, pág. 123;
sobre la sltuadón actual de la teoría de la adecuación
La c ons t r uc c ión dog m á t i c a de l a t eo r í a . . . 39
es te sent ido.^ "^ S in embargo, lo c ier to es que Welze l no par t ió de un determi
nado caso prob lemát ico para l legar a la adecuac ión soc ia l , s ino que, a la
i nv e rs a , la p l an t eó en p r im e r l uga r en e l m a r c o t eó r i c o de s u doc t r i na c om o
categor ía y después adujo e jemplos (más o menos afor tunados) . ^^ Por o t ra
pa r t e — c on i ndependenc ia de l des a r r o l l o pos t e r i o r de s u s i s t em a dogm á t i
co ,
dom inado po r una pe r s pec t i v a s ub je t i v a - on t o l óg i c a de l c onc ep t o de ac
c ión—^^ t am b ién es t á c l a r o que s u c onc epc ión quedaba r e f e r i da a l c on t en i
do no r m a t i v o - s oc ia l de l t i p o , ^ a aque l l o que v a m ás a l l á de los " m er os nex os
social,
dr. últimamente Roldan Barbero, Adecuación
social y teoría
urídica del
delito, pág.
67 y
referendas
en
Cancio Meliá. ADPCP1993, pág. 703
y
s.
con
nota 31.
" Y de procederse así, la adecuadón sodal necesariamente consistirá en "criterios valorativos ex
jurídicos" (así Zipf, ZStW 82 [1970], pág. 637); esto mismo lo constatan, para criticar la adecuadón
sodal.
Rodríguez M ourullo,
PG, pág. 265;
Muñoz Conde, Teoría general del
delito, pág. 51.
^ En
sentido similar, Martínez Escamilla. La imputación objetiva del resultado, pág. 145.
^ Cfr. solo la conocida crítica de Roxln. ZStW 74 (1962), págs. 531.534 y
ss.,
y la exposidón so
cuestión en reladón con la adecuadón sodal realizada en Cancio Meliá, ADPCP 1993,
pág.
724 y ss
ídem,
GA1995.
pág.
188 y
ss.
^
Cfr.
Canelo
Meliá,
ADPCP
1993, págs.
710 y
ss.,
728 y
s.; ídem.
GA
1995, págs.
183 y
ss.,
1
Esto, desde el punto de vista aquí sostenido, es independiente en su significado sistemático específi
para la teoría del delito, de cuáles fuesen las características que los valores incorporados a la tlpidda
tuviesen en la concepdón de Welzel: parece que se produce una evolución desde valores absolutos
(aunque inscritos en el momento históríco concreto) hacia consideraciones más bien de tipo funciona
(dr. la adecuación social como "concepto ordenador valora tivo" [ZStW 58 (1939)
pág. 517,
nota 38] y
como "comportamiento no necesariamente modélico
en
sodedad, sino
un
comportamiento dentro de
marco de la libertad de acción sodal" Welzel, Strafrechf\
pág.
56 [cursiva en el original]).
Vid.
tam
Peters (FS Welzel,
pág.
427), quien constata un progresivo vaciamiento del concepto de adecuacións
de valores sodales para ir evolucionando hacia la "habitualidad de la actuadón". Respecto de la evo
ción de Welzel en el ámbito de la filosofía del Derecho,
cfr. Loos, "H.Welzel.
DIe Suche nach dem Ü
sltiven
Im
Recht",
en:
ídem (ed.), Rechtswissenschañ in Góttingen, pág.
504 y
ss.,
y
la exposició
bases filosóficas de Welzel hecha por Zielinski,
Handiungs-
und Erfolgsunwert,
pág.
57 y
ss.
y M
Schutz abstrakter Rechtsgüter und abstrakter
Rechtsgüterschutz, pág.
27 y
ss.
Como ya s
embargo, en lo relativo al valor dogmático de la adecuadón
sodal,
lo relevante es que con la concep
se hace referencia a normas sociales o al menos permite esta interpretación (como ha puesto de rel
sobre
todo, W. Hassemer, Theorie und Soziologie des Verbrechens. pág.
88 y
ss.
[en
contra
d
pretaciones slmpliflcadoras], espedalmente págs. 90.92 y
ss.;
dr. también Müssig,
op.
d t,
pág.
28
Otra cosa —que no necesariamente afecta a la validez dogmática del impulso de Welzel— es el con
to político en el que fueron formuladas sus construcciones;
vid.
solo la reveladora exposidón en
Mül
tudcfeld, Integrationsprávention, pág.
371
y ss., con referencia a más de una página de Welzel
podríamos denominar "oscu ra" en este contexto.
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 14/55
40
M anue l Cane lo M e l l a
causales" , y e l lo tanto en e l t ipo de los de l i t os do losos como de los de l i t os
imprudentes .^^
B. Estado de la cuestión: principio de l riesgo vs. teo ría de l t ip o
Una v ez hec ha l a s om er a p r es e n t ac ión de l as apo r t ac i on es en m a t e r i a
de " im pu t ac ión ob je t i v a " y " adec uac ión s oc ia l " en l a déc ada de l os años
t r e i n t a en A lem an ia , p r oc ede aho r a c o loc a r l a a t enc ión en l o que es l a " im
pu t a c ión o b je t i v a " t a l y c om o es c onoc ida — y ap l i c ada — en l a ac t ua l i dad . ^ ^
P ar a e l l o , d e n u e v o h a y q u e h a c e r a l g o d e h i s t o r i a , p e r o p a r t i e n d o a h o r a
— ^ sob re t odo , aun que no s o lo , c om o s e v e r á — de l as c on t r i buc iones de Rox in
— ba jo e l r ó t u l o g l oba l de " p r i nc i p i o de l r i es go " — en l a déc ada de l os s e t en
t a ,
que m a r c an de m o do dec i s i v o la im agen de l a t eo r í a de l a im p u t ac ión
ob je t i v a en e l m o m e n t o ac t ua l . Des pués de es ta p r es en t ac ión s e pas a rá a l a
ex pos i c i ón de una c r ec ien t e t endenc ia doc t r i na l den t r o de l os pa r t i da r i os de
la t eo r í a de l a im pu t ac ió n ob je t i v a , que c abe s i n t e t i z a r ba jo l a i dea de " c o m
p o r t a m i e n t o t í p i c o " .
í.
Imputación objetiva y principio del riesgo
a ) Rox in , qu ien s i n duda es e l m á x im o r ep r es e n t an t e de un a pe r s pec t i
v a de l a im pu t ac ión ob je t i v a v i nc u lada a l " p r i nc i p i o de l r i es go " , ^ s i n t e t i z a e l
es t ad io de ev o luc ión de es t a t eo r í a — y , a l m i s m o t i em po , e l c on t en ido de
e se p r i n c i p i o — d e l s i g u i e n t e m o d o : " U n r e s u l t a d o c a u sa d o p o r e l s u j e t o q u e
^^" Las acciones socialmente adecuadas... nunca son antijurídicas, aunque tengan como consecuen
cia la lesión de un bien jurídico.
Si,
por consiguiente no son típicas en el sentido de los delitos dolosos,
tampoco lo son en el de ios delitos de causadón imprudentes...", Welzel, ZStW 58 (1939), pág. 557 y s.;
dn sobre esto Cando M eliá, ADPCP 1993,
pág.
716 y ss.; ídem, GA1995,
pág.
187 y ss.
^'
Cfr.
sobre lo que sigue con más de talle Suárez González / Canelo Meliá en: Jakobs, La imputación
objetiva, págs. 28 y
ss,
36 y
ss.; vid.
también Canelo Mella, Conducta de la victima e imputación objetiva,
pág.
57 y
ss.
^°Cuyo
desarrollo
se
atribuye,
con
razón,
el
propio Roxin,
Chengchl Law
Review
50
(1994), pág. 234;
dr. también Torio López, ADPCP 1986, pág. 33 y ss.; Martínez Escamilla, La imputación objetiva del
resultado, pág. 77; Wolter, en:
Gimbemat
/
Schünemann
/ Wolter (ed.),
Internationale
Dogmatik, pág.
5 y
ss.
La c ons t r uc c ión do gm á t i c a de l a t eo r í a . . .
41
ac t úa s o lo debe s e r im pu t ad o a l c aus an te c om o s u ob r a y s o lo c um p le e l t i po
ob je t i v o c uando e l c om por t am ien t o de l au t o r hay a c r eado un r i es go no pe r
mi t ido para e l ob je to de acc ión (1) , cuando e l r iesgo se haya rea l izado en e l
r es u l t ado c onc r e t o ( 2 ) y c uando e l r es u l t ado s e enc uen t r e den t r o de l a l c anc e
del t ipo (3) " . ^^ Cabe es t ima r que és ta es tam bi én la perspec t iva qu e adop ta la
doc t r i na a c t ua lm en t e m ay o r i t a r i a t an t o en A lem an ia^ ^ c om o en E spaña : ^ en
e f ec t o , l a t eo r í a de l a im pu t ac ión ob je t i v a s e c onec t a hab i t ua lm en t e a l a
c ues t i ón de la a t r i buc ió n de un r es u l t ado a l a c ond uc t a de l au t o r . ^ E n lo qu e
« Roxin, Chengchl Law Review 59 (1994),
pág.
221 y s.; dr. también Martínez Escamilla, La im
ción objetiva del resultado,
pág.
40.
^ Sobre la evoludón de la doctrina en lengua alemana en la materia dr. solo las consideracione
Roxin,
AV.
11 /36 y ss., 11 /41 a y s. y la exposición de Cuello Contreras, PG F.
pág.
477 y ss.
Vi
las reflexiones hlstóricodogmátlcas aquí expuestas supra II. A.
^^ Sobre la evoludón de la teoría de la imputación objetiva en la doctrina española, dr. sólo la
informadón contenida en Luzón Peña, "Causalidad e imputación objetiva como categorías distintas
dentro del tipo de injusto", en: ídem, Derecho penal de la Circulación^, págs. 36 y s., 41 y s
exposición de Cuello Contreras, PG P,
pág.
488 y
ss.;
respecto de la jurisprudencia española,
vid.
s
la Cuesta Aguado, Tipicidade imputación
objetiva, pág.
167 y
ss.;
Feijóo Sánchez, RCCP 3 (1999
yss.
^ Cfr.
solo
Roxin, ATP.Uñ:"
La imputadón al tipo objetivo tan solo constituye un problema de
Parte General en aquellos casos en los que el tipo exige un resultado en el mundo exterior separad
espado y tiempo del acto del autor"; en ese mismo sentido también S/S^ -Lenckner,
n.m.
72 previo
§§ 13 y
ss.;
también parece escéptica frente al intento de extender la teoría de la imputadón objetiv
fuera del problema de la conexión entre conducta y resultado Martínez Escamilla, La imputación
o
va del resultado, pág. 48 y s. y passim, para quien con las diversas posibilidades de expansión "
observa el peligro de confundir método o forma de proceder [= método normativo- teleológico] con
objeto
de la
imputadón objetiva" (op. d t . pág. 48);
en
la doctrina italiana dr.
el
desarrollo
de
Casta
Üimputazione oggetiva. passim, vinculado sobre todo a la posición de Roxin. Entre las primeras
dones a este desarrollo cabe destacar los trabajos de Gimbernat Ordeig y Roxin. Respecto de Gimb
Ordeig, puede afirmarse que las aportaciones de este autor, dicho en palabras de Mir Puig (Adicio
Jescheck, P G,
pág.
394), se produjeron "muy tempranamente y abriendo caminos originales"
(vid. t
bién,
en ese mismo sentido, por ejemp lo. Cerezo Mir, PG 11^,
pág.
183, nota
99;
Martínez Escamill
imputación objetiva del
resultado,
pág. 37 y s.). Cfr. Gimbernat Ordeig,
Problematik der ina
Handiungen,
pág.
133 y
ss.
y passim:
ídem.
ADPCP 1962, págs. 543 y
ss.,
558 y
ss.; ídem,
RDC
págs. 593 y
ss.,
673 y
ss.,
676 y
ss.; ídem.
Delitos
cualificados,
passim. Gimbernat Ordeig en lu
expresión "imputadón objetiva" utilizó Inicialmente las denominaciones "reprochabilidad" y "reproba
billdad objetiva" (ADPCP
1962, pág.
559 con nota
53),
término que coindde, sin embargo, en lo m
con los criterios de la teoria de la imputadón objetiva (en este sentido Luzón Peña, "Causalidad e
imputadón objetiva como categorías distintas dentro
del
tipo
de
injusto", en: ídem, Derecho penal
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 15/55
42
M anue l Canc io M e l i á
s i gue , s e i n t en t a r á t r az a r una pa no r ám ic a bás i c a de l os d i s t i n t os e l em e n t os
que han s i do u t i l i z ados pa r a a l c anz a r l a de f i n i c i ón an t es r ep r oduc ida . Uno
de l os p r im e r os ám b i t o s de ap l i c ac ión de l a t eo r í a de l a im pu t ac ión ob je t i v a
lo cons t i t uyen los as í l lamados
"comportam ientos alternativos ajus tados a
derecho",^^ r e f e r i dos a s upues t os en l os que e l r es u l t ado se hub ie r a p r o duc i
d o i g u a l m e n t e a ú n d e h a b e r a d o p t a d o e l a u t o r u n c o m p o r t a m i e n t o c o n f o r
me a deber , o , a l menos, no cabe exc lu i r que e l lo sucediera as í . Los e jemplos
m an e jados s on , en t r e o t r os m uc hos , l os s i gu ien t es : un em pr es a r i o e n t r ega a
s us t r aba ja do r e s m a t e r i a l es de t r aba jo s i n l le v a r a c abo l a des in f ec c ión r e g la
m e n t a r i am en t e ex ig i da . Los t r aba ja do r e s s u f r en daños a l qued a r i n f ec t ados
p o r u n g e r m e n c o n t e n i d o e n e l m a t e r i a l . P o s te r i o r m e n t e q u e d a d e m o s t r a d o
que l a des in f ec c ión no hub ie r a po d id o ev i t a r l os daños , pues t o que e l ge r
men era res is tente a los medios de des in fecc ión a emplear . ^ Un c ic l is ta es
a r r o l l ado po r un v eh í c u lo que no m an t i ene l a d i s t anc ia r eg lam en t a r i a de
s egu r i da d . P os t e r i o r m en t e s e c om p r ueba que e l c ic l is t a es t aba eb r i o , de m o do
que no c abe ex c lu i r l a h i pó t es i s de que hub ie r a s i do a r r o l l ado i nc l us o a u n
que s e hub ie r a r es pe t ado l a d i s t anc ia de s egu r i dad , c ay end o ba jo l as r uedas
de l c am ió n po r s u eb r i edad . ^ ^ G im be r n a t O r de ig p r opu s o pa r a l a s o luc i ón d e
es t os s upues t os l a u t i l i z ac ión de l c r i t e r i o de l " f i n de p r o t ec c ión de l a no r -
n^3" 88 Q g ac ue r do c on e l m i s m o , s i e l r es u l t ado p r oduc ido po r e l c om por t a
m ien t o no es uno de l os que s e que r í an ev i t a r c on e l es t ab lec im ien t o de l
debe r de r i v ado de l a no r m a de c u idado , e l au t o r es t a r á ex en t o de r es pons a
b i l i d a d .
Rox in , po r e l c on t r a r i o , e l a bo r ó p a r a es tos s upues t os l a doc t r i na de l
La c ons t r uc c ión do gm á t i c a de l a t eo r í a . .
43
Circulacióff,
pág. 37;
cfn la crítica de Antón Oneca [ADPCP1969,
pág.
195 y s.] a esa terminología, que
en su opinión podía llevar a confusiones con la culpabilidad;
vid.
también sobre esta cuestión terminoló
gica Torio López. ADPCP
1986, pág. 33,
nota
1).
Entre las aportaciones de
Roxin, cfr.
ZStW 74 (1962), pág.
411 y ss.; sobre todo, ídem, FS Honig, pág. 133 y
ss.;
ídem, FS Gallas, pág. 241 y
ss.;
vid. también a
continuación en el
texto.
85
Vid,
aquí iníra
III. B. 2.
b) 1.
^
Cfr.,
con una configuración similar, el famoso caso de los pelos de cabra, RGSt 63,211 y ss.
''Cfr.BGHSt11,pág.1yss.
^' RDCir 1965, págs. 593 y
ss.,
673 y
ss., 682; ídem,
Delitos
cualificados, pág.
135 y
ss.;
en la doctrina
de lengua española más moderna, cfr. por todos los estudios de Corcoy B idasolo, El delito imprudente,
pág.
451 y ss.; Martínez Escamilla, La imputación objetiva del resultado, pág. 259 y ss.; Eadem, en:
Gimbernat / Schünemann / Wolter (ed.), Omisión e imputación objetiva, págs. 103 y
ss.,
106 y
ss.;
Reyes
Alvarado, imputación objetiva, pág. 231 y ss.
" i nc r e m e n t o de l r i es go " ,^ ^ c on f o r m e a l a c ua l l o deci s i v o es de t e r m ina r s i la
c onduc t a de l au t o r gene r ó un r i es go po r enc im a de l pe r m i t i do ; c uando e l l o
es as í, de ac ue r do c on es t e pun t o de v i s t a , debe r á p r oduc i r s e l a im pu t a c ión .
Más a l lá de es tas cons te lac iones de casos , se propuso ut i l i zar como
c r i t e r i o gene r a l de im pu t ac ión , en e l ám b i t o de l de l i t o im p r uden t e , e l c r i t e
r i o de l
fin de protección de la norma
an t es m en c iona do . E st e ope r a r í a en
sus t i t u c ión de la idea de prev is ib i l id ad ob je t iva. ^°
S u ap l i c ac ión p r e t en d í a ev i t a r l as d i f ic u l t ades que p r es en t a e l j u i c i o de
p r ev i s i b i l i dad , y pe r m i t i r de t e r m ina r de m od o m ás c o r r ec t o s i c onc u r r e l a
nec es a ri a r e l ac i ón de an t i j u r i d i c i da d en t r e l a l es i ón de l debe r de c u idado y e l
resultado lesivo.^^
Estas pr imeras aprox imac iones c r is ta l izaron en una
construcción de
conjunto, l l e v ada a c abo s ob r e t o do p o r Rox in y c ons i s t en t e en l a e l abo r a
c i ón de una s e r i e de c ri t e r i os no r m a t i v o s ub i c ados en u n m is m o m ar c o s i s te
m á t i c o .
E l den om inad o r c om ún de es t os c r i t e r i os es tá , desde es ta p e r s pec t i v a ,
en e l " p r i nc i p i o de l r i es go " an t es m enc ionado , de ac ue r do c on e l c u a l , pa r
t i endo de l r es u l t ado , l a c ues t i ón es t r i ba en de t e r m ina r s i l a c onduc t a de l
au t o r c r eó o no un r i es go ju r í d i c am en t e r e l ev an t e de l es i ón t í p i c a de un b i en
jur íd ico en re lac ión con d icho resu l tado.^^ Sobre es ta base, Rox in propuso
«
ZStW 74
(1962). pág.
411 y
ss.; ídem,
FS
Honig. pág.
138 y
ss.;
su posidón actual viene expu
ídem, AT \\ 11 /76 y ss., 11 /88 y ss.; cfr. También 5/C-Rudolphi. n.m. 65 y ss. previos al § 1; coincide
teoría del incremento del riesgo, por ejemplo, Maurach / Gossel, >4F, 43/105 y
ss.;
Badgalupo,
PG^
199;
con un punto de vista original. Stratenwerth,
ATP, n.m.
215 y
ss., 225;
Schünemann. JA 1975,
582 y
ss.,
647 y
ss.;
ídem. GA
1991, pág.
225 y
ss.
Desde una perspectiva crítica, d r. por todos S/S
Cramer, § 15 n.m. 173; Cerezo M ir. PG I f, pág. 181 y ss.; Luzón Peña, PG I, pág. 385 y s.; Martín
Escamilla,
La imputación objetiva del resultado,
págs. 214 y
ss.,
219 y
ss.;
Jakobs,
La imputación objetiv
pág.
192 y ss.; vid. también
infra III.
C. 2. a).
^ Cfr. solo
Rudolphi.
JuS 1969. pág. 549 y ss., pág. 550, con referencias en notas 7 a 11; dr. sobre lo
orígenes jurídico-dviles de esta ideaToepel,
Kausalitát und
Pflichtwidrígkeitszusammenhang,
pág. 141
ss.;
Rudolphi. JuS 1969, pág, 550 con nota 7.
^ A modo de ejemplo respecto de esta fase ¡nidal cabe señalar que Rudolphi aplica el criterio, en
concreto, a los supuestos de "daños consecuendales", cursos de salvamento, favorecimientos de a uto-
puestas en peligro y puestas en peligro de un tercero con su consentimiento (JuS 1969, pág. 552 y ss.).
^^ Roxin,
FS
Honig, pág. 135 y
ss.,
donde señala, además, que es necesario vincular a este "p rindp io
del riesgo" el criterio de que una determinada meta pueda ser imaginada objetivamente como persegui
da finalmente formulado por Honig (cfr. sobre esto
supra II.
A. 1.). Por otro lado, partiendo de que lo
Z T ^
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 16/55
44 M an ue l Cane lo M e l i á
c o m o p a r á m e t r o s c o n c r e to s p a r a d e t e r m i n a r e l j u i c i o d e i m p u t a c i ó n o b j e t i
va de l resu l tado los s igu ientes : a) la d isminuc ión de l r iesgo; b) la c reac ión o
no c r eac ión de un r i es go j u r í d i c a m en t e r e l ev a n t e ; c) e l i nc r em e n t o o f a l t a de
aum en t o de l r i es go pe r m i t i do y d ) l a es f e r a de p r o t ec c ión de l a no r m a . ^ ^
La idea de la disminución del riesgo, v á l i da s egún Rox ln pa r a t odos l os
s upues t os en l os que s e a t em p er a p o r l a c onduc t a de un s u je t o un s uc eso qu e
c om por t a r í a un daño m ás g r av e , ex i ge l a ex c lus i ón de l a im pu t ac ión pes a r
de l a r e l ev anc ia c aus al de la I n t e r v en c ión . ^
E n e l ám b i t o de l a c r eac ión o f a l t a de c r eac ión de un
riesgo jurídica
mente relevante, Rox in i nc l uy ó , po r un l ado , s upues t os de i r re l ev anc ia de l
r i es go , y , po r o t r o , d i v e rs as c ons t e l ac iones ag r u padas en t o r n o de l as l l am a
das "desv iac iones de l curso causal " . ^^ E l incremento del riesgo l o s i gu ió r e
s e r v ando pa r a l a p r ob le m á t i c a de l os c om por t am ien t o s a l t e r na t i v os a j us t a
dos a De r ec ho , c o n f o r m e a los c r i t e r i os po r é l des a r r o l l ados y a c on an t e r i o r i
d a d ;
po r ú l t im o , r ec u r r i ó a l
fin de protección de la norma,
c om o c r i t e r i o
des t i nado , bás i c am en t e , a aba r c a r c as os de daños s ob r ev en idos pos t e r i o r
m en t e , c as os en l os que s e p r oduc e un s e gun do da ño y s upues tos de p r o v o
c ac ión de ac c iones de s a l v am en t o a r r i es gadas y de f av o r ec im ien t o de au t o -
pues tas en pe l igro . ^^
determinante en el juicio de imputación objetiva es conocer si el comportamiento conlleva un riesgo
jundicamente relevante de lesión de un bien jurídico, se ha señalado desde un principio la estrecha
vinculación existente entre las teorías de la adecuación y de la relevanda y la de imputación objetiva. Cfr.
en este sentido solo Jescheck, AF, §
28III. 2.
e ídem, AP, §
28III.
3.; Rodríguez M ourullo, PO .
pág.
299;
Bacigalupo,
PG', pág.
187 y
s.;
Luzón
Peña.
"Causalidad e imputación objetiva como categorías distintas
dentro del tipo de injusto",
en:
ídem. Derecho Penal de la
Circulación2. pág. 39;
Torio López, ADPCP1986,
pag.
38 y
s.; Frisch, TatbestandsmáBiges Verhalten. pág.
17 y
s.
con nota
48;
Larrauri
P ijoan, ADPCP1988.
pags.
729.731;
Eadem. EPCr XH (1989),
pág. 228; vid.
sobre esta reladón
—que,
en realidad, es tan solo
parcial— también infra 11 D. 1. Por lo demás, respecto de la discusión respecto de la teoría de la adecua
ción,
cfr.
solo Engisch,
Kausalitát.
pág. 41 y ss., el exhaustivo estudio realizado por Martínez Escamilla,
La
imputación objetiva del resultado,
pág.
79 y ss., y el análisis crítico de Jakobs, AP, 7/30 y ss.. 7/33 y s.
Roxin,
FS
Honig, pág.
136 y
ss.
^'FSHonig,pág. 136.
^^FSHonig,
pág.
136yss.
'[ S I bien ya se formula en FS Honig, pág. 140 y ss.. su aplicación a las consteladones de casos
mencionadas se desarrolla sobre todo en su contribución en FS Gallas,
pág.
241 y
ss.
La c ons t r uc c ión dog m á t i c a de l a t eo r í a . . . 45
E n es t e c on t e x t o , l a ex p r es ión " f i n de p r o t ec c ión de l a no r m a " es t aba
s iendo ut i l i zada con dos d is t in tas acepc iones .^^ Por una par te , e l c r i t er io ve
n í a s i endo r e f e r i do a l a l c anc e que t en í a " l a no r m a ob je t i v a de c u idado " de
los de l i t os im p r ude n t es — s en t i do o r i g i na l en e l que l o em p lea r on , po r e j em
p lo , G im be r na t O r de ig y Rudo lph i— ; po r o t r a , e l f i n de p r o t ec c ión de l a
no r m a hac í a r e f e r enc ia a l a lc anc e de l a no r m a de l a c o r r es p ond ien t e f i gu r a
de l i c t i v a . A l c om ien z o , Rox in l o u t i l i z ó en am bos s en t i dos de f o r m a i nd i s t i n
t a . M ás r ec ien t em en t e , s i n em bar go , pa r a ev i t a r c on f us iones , r ec u r r e a l a
ex p r es ión "alcance del tipo" c uand o u t i l i z a e l c r i t e r i o en s u s egunda ac ep
c ión;^® en es te sent ido, en e l marco de l "a lcance de l t ipo" , a pesar de concu
r r i r l a r ea l i z ac ión de un r i es go no pe r m i t i do , l a " . . . im pu t ac ión aún puede
f racasar porque e l a lcance de l t ipo, e l f in de protecc ión de la norma t íp ica. . .
no abarca resu l tados de las carac ter í s t icas que muest ra e l [ resu l tado] que se
ha produc ido, porque e l t ipo no es tá des t inado a ev i tar ta les sucesos" . ^^
^
Cfr.
ya
Wolter, Zurechnung, pág.
341 y
ss.,
distinguiendo los supuestos en los que se trata d
finalidad de la "norma de protección" previa al ordenamiento penal (supuestos
de
falta de realizadón
del iesgo
vid.
op. cit., pág. 341 y s.] que Wolter denomina "casos impropios del fin de protecdón d
norma") de los supuestos en los que se trata de la norma penal misma
(cfr.
op. cit., págs. 341.343 y
que en la terminología de Wolter son los supuestos de "fin de protecdón de la norma" propiamente
dichos. Posteriormente también el propio Roxin ha diferenciado entre ambos sectores, si bien con otra
terminología —dr.. por ejemplo, ATP, 11/71, nota 142—, como
se
expone
a
continuadón
en
el text
Está daro que puede hablarse desde el prindpio en Roxin de una utilización "residual" del criterio (co
señala Martínez Escamilla, La imputación objetiva del resultado,
pág.
37). Torio López propone,
parte, reservar la expresión "fin de protecdón de la norma" para los supuestos en los que el resultado
"no se considera objetiva, general o humanamente previsible", mientras que bajo el criterio del "ámb
de
protecdón
de la
norma" engloba
los
supuestos abarcados por
el
iesgo permitido (dr.
EPCr X
[198
pág.
396 y ss.). Por lo demás, respecto de la insegura utilizadón de este criterio, o incluso de esta de
minación, d r. sólo Martínez Escamilla, La imputación objetiva del resultado,
pág.
265 y
ss.,
para
existe en este ámbito un verdadero "imperio del caos"
(op.
cit.,
pág.
265).
^ Cfr. Roxin, AT
P, IMll y
ss., 11/88 y
ss.
La diferendadón se produjo de forma clara ya en la
contribudón de Roxin en FS
Gallas, pág.
242 y
ss.,
espedalmente
pág. 245,
nota
17,
mientras que e
Honig el criterio del fin de protección de la norma era utilizado aún de manera indiferendada (p. 140
ss.). Más recientemente, Roxin ha señalado que el criterio de la "pertenencia del resultado al ámbito
protecdón jurídico-penal" (alcance del tipo) y constituye un "segundo nivel de imputadón objetiva"
(respecto de los primeros dos escalones, creación y realización del iesg o), y afirma que las restricdon
de la imputación que se operan sobre la base de este criterio se agrupan en determinadas constelac
de casos
(cfr. Roxin,
CPC
1989, pág. 761; ídem, ATP, 11/90).
'^ Roxin,
>4r/ J
1/90.
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 17/55
46
M anue l Cane lo M e l l a
b ) E s tos c r i t e r i os p r opues t os s ob r e t o do po r R ox in — m en os e l es c a lón
d e l " a l ca n c e d e l t i p o " — p r o n t o c r i s t a li z a r o n e n la f ó r m u l a d o m i n a n t e c i t a d a
a l p r i nc i p i o de es t e apa r t ado , s egún l a c ua l pa r a que un r es u l t ado s ea ob j e t i
v am en t e im pu t ab le a un c om por t am ien t o c aus a l en r e l ac i ón c on d i c ho r es u l
t a d o , e s n e c e sa r io q u e e l c o m p o r t a m i e n t o i n c o r p o r e u n r i e s g o j u r í d i c a m e n
t e des ap r obado que s ea e l que s e r ea l i z a en e l r es u l t adoJ ^
S in em bar g o , en c i e r t o m o do pu ede dec i r s e que c on l a as unc ión ge ne
r a l i z ada de es t a f ó r m u la es en donde t e r m ina y a e l c ons ens o de l a doc t r i na
ac e r ca de l a es t r uc t u r a de l a im pu t a c ión ob je t i v aJ ° De m o do pa r t i c u l a r , c abe
c ons t a t a r q ue ex i s t en d i f e r enc ias m ás que s i gn i f i c a t i v as en l o qu e s e r e f i e r e a
l a inc o r p o r ac ió n de l a t eo r í a de l a im pu t ac ión o b je t i v a a l as cons t r uc c iones
en e l m a r c o r es pec t i v o de l os de l i t os im p r ud en t e y do los o y a l de l i t o de c om i
s i ón po r om is i ónJ ^ 2 ^ n es te s en t i do , pue de des t ac a rs e es pec ia lm en t e qu e l a
i n t enc ión dec la r ada de Rox in , p r oc lam ando que l a im pu t ac ión ob je t i v a v i e
ne a sus t i t u i r o t ras cons t rucc iones desar ro l ladas para e l de l i t o imprudente, ^°3
y así a un i f i c a r e l t i po ob je t i v o de d e l i t o im p r ud en t e y do los o ,^ ^ ^ aún no s e ha
as um ido en l a d i s c us ión doc t r i na l .
' ^
Ya en Jescheck,
AP,
§ 28IV, texto correspondiente a la nota 40;
cfr.
además, por ejemplo, desde
distintas perspectivas, S/C-Rudolphi,
n.m.
57 previo al §
1; 5/5 -Lenckner, n.m.
91 y
ss.
previos a los §§ 13
y ss.; Schmídháuser. AP, 8/49,8/63 y ss.; Mlr Puig, P G^ 10/47.
'° Cfr.
en
este
sentido
W. Frisch, Tipo penal e imputación objetiva, pág. 58.
'^^
Cfr.
solo la exposición en Suárez González / Cando Meíiá.
en:
Jakobs, La imputación
objetiva,
pág.
^°
Cfn
Roxin,
Chengchi Law Review 50 (1994),
pág. 229:
"Los conceptos con los que la dogmática
tradicional ha intentado aprehender la imprudenda —infracción del deber de cuidado, previsibilidad,
cognoscibilidad—
son
superfluos
y pueden
ser despedidos".
' ^ Cfr. solo Roxin, AT / , 24/10 y
ss.,
y, por otro lado y por ejemplo, las aproximaciones en S/S''-
Cramer,
§ 15
n.m.
116 y
ss.,
121 en relación con
n.m.
159 y
ss.;
Jescheck /
Weigend,
AV. §
541.4.
con nota
17,-Wessels,
AV ^ n.m. 664,
en
el marco
de las
cuales la imputación objetiva
no
sustituye
los
contenidos
tradicionales
del
delito imprudente.
Vid.
también
Glmbemat
Ordeig
("¿Qué
es
la imputadón objetiva?",
en:
ídem, Estudios de Derecho penaP, pág. 213 y s.), quien señala que en el delito imprudente la imputa
ción objetiva no puede identificarse con la infracción del deber objetivo de cuidado, ya que la primera
seria un elemento no escrito del tipo, m ientras que la segunda sí lo
es;
por otro lado, Octavio de Toledo
y Ubieto / Huerta Todldo
{PC?, pág.
614) sostienen que si falta la previsibilidad no "falta la imputación
Objetiva... sino la misma conducta típica de imprudencia"; respecto del iesgo permitido, Kindháuser ha
presentado un incisivo estudio (GA1994, pág. 197
y
ss., espedalmente pág. 215
y ss.) en
el
que
afirma
que aquel solo opera
en
el ámbito
del
d elito imprudente;
vid.
aquí infra III.
A,
2.105 Cfr.,
desde
distintas
perspectivas, por ejemplo, Badgalupo, PG', pág. 223 y s. (extensión de la imputación objetiva a los
La c ons t r uc c ión dogm á t i c a de l a t eo r í a . .
47
2 .
Imputación objetiva y tipicidad objetiva
F r en t e a l a c ons t r uc c ión de l a t eo r í a de l a im pu t ac ión ob je t i v a c om o
t eo r í a f un dam en t a lm en t e l i gada a de t e r m inac ión de la r e l ac i ón en t r e
c o n
duc t a y r es u l t ado , s on c ada v ez m ás f r ec uen t es l as apo r t ac i one s que — a ún
c om par t i endo e l pun t o de pa r t i da an t es es boz ado— adop t an , en r ea l i dad ,
una pe r s pec t i v a des l i gada de l " p r i nc i p i o de l r i es go " . Des de es t e pun t o de
v is ta , por un lado, a lgunos de los c r i t er ios de l ineados por la teor ía de la
im pu t ac ión ob je t i v a deben ex t ende r s e a ám b i t os d i s t i n t os de l os de l i t os de
resultado.^°^
Lo más im po r t an t e de es t a ap r ox im ac ión e s t r i ba , s i n em b ar go , en qu e ,
por o t ro lado, es ta perspec t iva conduce a des l igar es tos c r i t er ios de l curso
les iv o f ác t i c o — t am b ié n en l os de l i t os de r es u l t ad o— y a v i nc u la r l os a o t r as
delitos de peligro), Mir
Puig,
PG5.10/60,10/62 y ss.—en particular, Mir Puig (>4cf/c/ones a Jescheck,
pág. 915; ídem, P& , pág.
249 y
s.; dr.
también Corcoy
Bidasolo, El delito imprudente, pág.
347 y
s
sosteniendo desde hace tiempo que la teoría de la autoría también es un fragmento de la im putación
objetiva, dado que es al autor al que se le imputa objetivamente el hecho como obra suya (de todos
modos^ hay que señalar que la frase más explícita en este sentido ["La autoría se presenta, pues, des
este prisma, como parte de la teoría de la imputación objetiva"
(PG^,
pág. 250) ha sido eliminada po
Puig a partir de la cuarta edídón de su Parte General (dr. PG"*, 10/60)]—; una de las primeras apro
ciones en
la
línea de
ampliación
es
la de Triffterer, AT, pág.
138 y
ss.;
desde una
perspectiva
de base
peculiar—asentada en la cibernética—
dr.
también la aproximación de Kratzsch,
Verhaltenssteue
pág.
358 y
ss.; ídem,
FS
Oehler, pág.
65 y
ss.,
69 y
ss.;
defienden también una
aproximadón amplia,
demás. Octavio de Toledo y Ubieto / Huerta Tocildo, PG',
pág.
90 y s., quienes, al vincular la exigend
imputación objetiva
no al
resultado externo,
sino a la afección del bien
jurídico,
defienden una
extens
de la imputadón objetiva a todas las infracdones; también Torio López, ADPCP1986, págsu 33 y
ss.,
y ss.; ídem, EPCr
X
[1987], pág. 384 y ss., ha propuesto extender —aproximándose, según él mismo
señala, al punto de vista amplio de Triffterer
(vid.
ADPCP 1986,
pág.
41)— la teoría de la imputación
objetiva fuera de la conexión de acción y resultado,
ya
que para este autor
se
trata,
en
realidad, de u
"prindpio metódico superior" (loe. cit.,
pág.
35); particularmente amplia es la concepdón de
Wolter, e
Gimbernat / Schünemann
/Wolter (ed.), Internationale Dogmatik, pág.
3; en cuanto a la
coautoría,
ZStW
^^
(1993), págs. 271 y ss., espedalmente 274 y ss., 281 y ss.; igualmente con espedal amplitud
cuanto al alcance de la imputación
objetiva,
vid.
También el exhaustivo desarrollo monográfico de Rey
Alvarado, Imputación
objetiva,
págs. 72 y
ss.,
78 y
ss.,
81 y s. Por otra
parte,
los contenidos dogm
que presenta ahora Lesch (Revisión.
2.11.
y passim) bajo el rótulo "imputadón objetiva" no tiene
nada que ver con la discusión dogmática habitual, ya que este autor abandona por completo el parad
ma del concepto analítico de delito para volver a una concepción unitaria-hegeliana de la noción de
delito.
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 18/55
48
M anue l Canc io M e l i á
cons iderac iones d is t in tas de la a t r ibuc ión de ese curso les ivo. En ú l t ima ins
t anc ia , l a t eo r í a de l a im p u t ac ión ob je t i v a v a ap r o x im á ndos e a c onv e r t i r s e
en una t eo r í a ge ne r a l de l a c ond uc t a t í p i c a , en la que l a a t r i b uc ió n de l r es u l
t ado y a no es l a c ues t i ón dom inan t e .
E n pa r t i c u l a r , ha n p r es en t a do c ons t r uc c iones de c on ju n t o qu e l l ev an a
l a p r ác t i c a de m o do g loba l es t e pos t u l ado W . F ri s ch c on su t eo r í a de l a
c o n
duc t a t í p i c a y Jak obs c on s u des a r r o l l o de l a t eo r í a de l a im pu t a c ión ob je t i v a .
a) La teoría de la conducta típica de W. Frisch
E l e l em en t o nuc lea r de l a c onc epc ión de l a t eo r í a de l t i po de F r i s c h
es t á en que e l c r i t e r i o que pe r m i t e de t e r m ina r s i un c om por t am ien t o es t á o
no pe r m i t i d o es t r i ba en una pond e r ac ión de i n te r es es . S e t r a t a de pon de r a r
ent re la l iber tad de ac tuac ión y c ier tos in tereses de protecc ión de b ienes .^°^
E s t a ponde r ac ión debe r ea l i z a r s e , en s u op in i ón , t an t o en e l t i po de l de l i t o
im p r uden t e c om o en e l de l do los o , l o que s upone i n t r oduc i r en es t e s egun
do ám b i t o c o m o r equ i s i t o l im i t a do r l a c r eac ión de un pe l i g r o , que s ó lo c uan
do s upe r a l a m ed ida de l o t o l e r ab le r es u l t a des ap r obado . ^ ^ ^ Conc r e t am en t e ,
pa r a F r is c h la av e r i guac ión ha de l l ev a r s e a c abo en un p r oc e d im ien t o en dos
f ases : en p r im e r l ug a r , debe de t e r m ina r s e s i l a des ap r obac ió n de c i e r t as c o n
duc t as gene r ado r as de r i es go es un m ed io i dóneo , nec es a r i o y adec uado
pa r a l a c ons e r v ac ión de de t e r m in ado s b i enes . En s egu ndo l ug a r , debe c ons
t a t a r s e que pa r a e l m an t en im ien t o de l a no r m a r es u l t e nec es a r i o y adec ua
do que f r e n t e a las c r eac iones de r i es go des ap r obad as - - <o n f o r m e a l p r im e r
pas o— s e r eac c ione p r ec i s am en t e m ed ia n t e una pena . ^ ° S ob r e l a bas e de
es t a ponde r ac ión , l a pe l i g r os idad t í p i c am en t e r e l ev an t e de l a ac c ión es e l
c onc ep t o nuc lea r que da c ue r po a l p r im e r n i v e l s ob r e e l que s e p r oy ec t a l a
" i m p u t a c i ó n " : e l c o m p o r t a m i e n t o t í p i c o . Fr is ch p a r t e d e l m i s m o p r e s up u e s
t o de l que pa r t e n aque l l as ap r ox im ac iones v i nc u ladas a l p r i nc i p i o de l r i es go ,
es t o es , de que pa r a qu e un r es u l t a do s ea ob je t i v a m e n t e im p u t a b le es nec e
s a r i o que és t e s ea c onc r ec ión de un pe l i g r o ob je t i v a m en t e des a p r obad o , pe r o
' ^
Vid. W.
Frisch, TatbestandsmáBiges Verhalten, págs. 72 y
ss.,
75 y
ss.
^ Cfr. W.
Frisch, TatbestandsmáBiges Verhalten, pág.
36 y
ss.; ídem, Tipo penal e imputación objetiva,
Pág.71 ys.
^' Cfr. por ejemplo, W. Frisch,
TatbestandsmáBiges
Verhalten. pág.
79 y
s.
La c ons t r uc c ión dogm á t i c a de l a t eo r í a . . . 49
de ja de c ons ide r a r es te r equ i s i t o c om o un ex c lus i v o p r es upues t o de l a im p u
t ac i ón de r es u l t ados : m ed ian t e s u en t end im ien t o c om o c ua l i dad es pec í f i c a
de l a p r op ia c ondu c t a l o e l ev a a l a c a t ego r í a de p i ed r a a ngu la r de l a c onduc
ta típica.^^^
E l pe l i g r o ob je t i v am en t e des ap r obado da pas o a l a pe l i g r os idad
t í p i
camente re levante de la acc ión. Se pasa as í de la teor ía de la imputac ión
obje t iva de resu l tados a la teor ía de la conduc ta t íp ica. ^^^ En coherenc ia con
es t o , F r is c h r es e rv a l a ex p r es ión " im pu t ac ió n ob je t i v a " ex c lus i v am en t e pa r a
la imputac ión de l resu l tado en los de l i t os de resu l tado. Para prec isar e l c r i t e
r i o c en t r a l de l a ap t i t ud t í p i c am en t e r e l ev an t e de l a c onduc t a a p r oduc i r e l
resu l tado t íp ico, F r isch opera sobre la base de parámet ros que, como é l m is
m o r ec onoc e , y a apa r ec en s ub r ay ados po r e l s ec t o r doc t r i na l v i nc u lado a l
pr inc ip io de l r iesgo. En pr imer lugar , ex is ten r iesgos idóneos para provocar
en c om b inac ión c on de t e r m inadas c i r c uns t anc ias l a apa r i c i ón de r es u l t ados
t í p i c os que qu eda n ex c lu i dos de la es fe r a de f o r m as de c onduc t a p r oh ib i das
por t ra tarse de r iesgos genera les de la v ida y r iesgos usuales de la v ida so
cial.^^^
En segundo lugar , la concrec ión de los pr inc ip ios d i rec t ivos de los or
dena m ien t os p r im a r i os es un i ns t r um en t o es enc ia l pa r a de t e r m in a r c onc r e
tamente los r iesgos to lerados .^^^
La teo r ía de la condu c ta t íp ica de F r isch supo ne una re ducc ión de la
t eo r í a de la im pu t a c ión ob je t i v a de r es u l tados a l a im pu t ac ión de l r es u l t ado
y , en consecuenc ia , a la ex igenc ia de la rea l izac ión de un pe l igro t íp icamente
des ap r obado , a r ea l i z ac ión de l r i es go des ap r obado c om o ex igenc ia de l t i po
f a l t a r á c uan do en e l r es u l t ado s e m an i f i es t e e l r i es go r es idua l c ons en t i do de
dete rmin ada s acc iones o c ier tos r iesgos secundar ios no desaprobados . ^^ Para
Fr isch, por tan to, no se t ra ta d e buscar una " fó rm ula de rea l iza c ión" qu e p o n
dere la re levanc ia de l r iesgo desaprobado en atenc ión a l resu l tado ver i f icado,
sino de valorar "el propio curso ver if icado desde la perspect iva del r iesgo".^^"^
^° Cfr. W. Frisch,
TatbestandsmáBiges
Verhalten, págs.
23 y
ss.,
33 y
ss,.
66.
^ °
W.
Frisch,
Tipo
penal e imputación objetiva,
pág. 102 y ss.
^^ Vid., por ejemplo, W. Frisch,
Tipo penal e imputadón objetiva,
pág. 96 y s.
^^
W.
Frisch,
TatbestandsmáBiges
Verhalten, pág. 101 y ss.
^^
W. Frisch,
TatbestandsmáBiges
Verhalten,
pág. 518 y
ss.;
ídem,
Tipo
penal e imputadón objet
pág. 54 y ss.
^ *
Cfr. W.
Frisch,
TatbestandsmáBiges
Verhalten. pág.
526 y s.;
ídem, T ipo penal
e
imputadón obje
pág. 109.
Í:
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 19/55
50
M anue l Canc io M e l i á
En e l ámbi to de la rea l izac ión de l r iesgo, para F r isch no ex is te en r e a l i
dad n ingún p r ob lem a no r m a t i v o r e l a t i v o a l as ex igenc ias de r ea l i z ac ión , y a
que la cues t ión sobre s i e l curso causal rea l izado forma par te de los cursos
po r l os que l a c ondu c t a s e ha l l a des a p r obad a es p r ev io a la r ea l i z ac ión de l
pe l igro , pues afec ta a la misma desaprobac ión de la conduc ta. ^^^ La rea l iza
c ión de l r iesgo es , en consecuenc ia , un prob lema de prueba fác t icaJ^^ En
c ohe r enc ia c on s u p l an t ea m ie n t o , po r l o t an t o , pa r a F r is c h c a r ec e de u t i l i d ad
uno l os e l em en t os m ás em p leados po r l a doc t r i na m ay o r i t a r i a a l a ho r a de
en f r en t a r s e a l a s o luc i ón de de t e r m inada s c ons t e l ac i ones de c asos : e l f i n de
p r o t ec c ión de l a no r m aJ ^ ^
b) La teoría d e la imputación objetiva de Jakobs
T am b ién l a c ons t r uc c ión dogm á t i c a que ha i do des a r r o l l ando J ak obs
ba jo l a den om inac ión de " im p u t ac ión o b je t i v a " " ^ se a l e j a c ada v ez c on m a
yor c lar idad de una exc lus iva v incu lac ión a las cues t iones re la t ivas a la a t r ibu
c i ón de un r es u l t ado pa r a c onv e r t i r s e en una t eo r í a gene r a l de l as " c a r ac t e
r í s t i c as ob je t i v as gene r a les de un c om por t am ien t o im pu t ab le " J^ ^ Los c on t e
n idos de l a t eo r í a de l a im pu t ac ión ob je t i v a des a r r o l l ada po r es t e au t o r s e
enc u en t r a n es t r ec ham en t e v i nc u lados a l a i dea de que e l s i st em a de l a t eo r í a
de l de l i t o debe t om ar c om o pun t o de r e f e r enc ia l a es f e r a de adm in i s t r ac i ón
au t óno m a que c o r r es p onde a l c i udada no , a i a per s ona .^ ^ ^ E n es t e s en t i do , l a
"'W.Frisch, TatbestandsmáBigesVerhalten, págs.518yss.,529yss.;ídem. Tipo
penal
e imputadón
objetiva. pág.]]0 Y
ss.
'^' Cfr.
W.
Frisch, Upo penal e imputadón objetiva,
pág.
109 y
ss.;
"Esta categoría normativamente
está poco menos que vacía de contenido: las claves orientadoras han de desvelarse en su conjunto en el
ámbito de la conduaa típica... Para la realizadón del peligro como presupuesto de la presenda de un
resultado imputable no resta sino... la comprobación fáctlca" (op. cit., pág. 115
y
s.).
^'' Cfr. W. Frisch,
TatbestandsmáBIges Verhalten,
pág.
81 y
ss.
"^ Las aportadones de Jakobs en este ámbito dan comienzo sobre todo con su estudio sobre la
prohibición de regreso (ZStW 89 [1977], pág. 1 y ss.);
vid.
sobre la aportación de Jakobs en este ámbito,
detalladamente, Suárez González / Cancio
Meliá,
en:
Jakobs, La imputadón
objetiva, págs.
50 y
ss.,
59 y
ss.
y Peñaranda Ramos / Suárez González / Cancio Meliá,
en:
Jakobs, Estudios de Derecho penal,
pág.
55 y
ss.
^^'Jakobs,
4F, 7/4, 7/4a.
'^' Sobre la perspectiva sistemática de Jakobs en su conjunto, dr . solo Peñaranda Ramos / Suárez
González / Cancio Meliá,
en:
Jakobs, Estudios de Derecho penal, passim.
La c ons t r uc c ión d ogm á t i c a de l a t eo r i a . . .
51
t eo r í a de l a im pu t ac ió n ob je t i v a es pa r a J akobs un p r im e r g r a n m ec an i s m o
de de t e r m ina c ión de ám b i t os de res pons ab i l i dad de n t r o de l a t eo r í a de l de
l i t o , que pe r m i t e c ons t a t a r c uando una c onduc t a t i ene c a r ác t e r ( ob je t i v a
m en t e ) de li ct iv o .^ 2^ M e d ian t e l a t eo r í a de l a im pu t ac ión ob je t i v a , po r t an t o ,
en op in i ón de J ak obs s e de t e r m in a s i c onc u r r e una ex p r es ión de s en t i do
t í p i -
ca^2^
que ha de en t ende r s e en s en t i do g ene r a l , en c uan t o ex p r es ión de s en t i
do de l po r t ad o r de un r o l , c om o c on t r ad i c c i ón de l a v i genc ia de l a no r m a en
c ues t i ón . ^ ^
Conc retamen te, la teor ía de la imputa c ión ob je t iva se d iv ide para Jakobs
en dos n i v e les : po r un l ado , l a c a l i f i c ac ión de l c om por t am ien t o c om o t í p i c o
( im pu t ac ión ob je t i v a de l c om por t am ien t o ) , y , po r o t r o , l a c ons t a t ac ión — en
e l ám b i t o de l os de l i t os de r es u l t ado— de que e l r es u l t ado p r odu c ido qued a
ex p l i c ado p rec i s am en t e po r e l c om por t am ien t o ob je t i v am en t e im pu t ab le ( im
pu t ac ión ob je t i v a de l r es u l t ado ) . E n e l p r im e r n i v e l de l a im pu t ac ión ob je t i -
^^ "...es necesario fijar de modo objetivo qué es lo que significa un comportamiento, si significa
infracdón
de
la
norma o
algo inocuo.
Por lo
tanto,
ha de desanroHarse un
patrón conforme
al
cual pu
mostrarse el significado vinculante de cualquier comportamiento.
Y
si se quiere que este patrón cree
orden, este no puede asumir el caos de la masa de peculiaridades subjetivas, sino que ha de orienta
sobre la base de estándares, roles, estructuras objetivas. Dicho de otro modo, los autores y los demás
intervinientes no se toman como individuos con intenciones y preferendas altamente diversas, sino
como aquello que deben ser desde el punto de vista del
Derecho:
como
personas.
Es entre estas don
determina a quién le compete un curso lesivo: a un autor, a un tercero, o a ia víctim a..." (Jakobs, ZStW
107 [1995],
pág.
60).
^^^ Recuperando una terminología acuñada años atrás por Welzel en el marco de la teoria de la
adecuación
sedal;
es este uno de los ámbitos en el que Jakobs ha m anifestado en ocasiones la prete
sión de
enlazar
en su
dogmática
con
la obra
de su maestro
Welzel,
en este
caso, rescatando
la
verti
normativa expresada en un primer momento por Welzel para la dogmática del tipo mediante la teoría
la adecuación social (dr., por ejemplo, Jakobs,
Handiungsbegriff. pág. 29.
afinnando que Welzel re
los "trabajos preparatorios" para la moderna teoria de la imputadón objetiva con la idea de la adecua
ción
sodal;
vid.
también
Jakobs. AP, 7/4b).
Sobre la propuesta
de
Welzel desde la
perspectiva
de la
del tipo, dr. supra II. A. 1. y sobre la interpretación de la teoría de Welzel desde la perspectiva de
desarrollo del finalismo solo el exhasutivo análisis de Roldan Barbero,
Adecuación
social y teoría u
del delito,
pág.
23 y
ss.
y passim:
vid.
también Cancio Meliá, ADPCP 1993, págs. 704 y
ss.
con n
710 y s., 728 y s.;
ídem.
GA
1995, págs.
178 y
ss..
190 y s. con nota 78.
^^ Esta determinación (general-abstracta) del quebrantamiento de la norma que se produce en e
ámbito del tipo es provisional, pues en el pensamiento de Jakobs solo la afirmadón de culpabilidad
(como juido personal) hace que se pueda hablar verdaderamente de un ataque a la vigenda de la
norma; cfr.
solo
Jakobs, Handiungsbegriff, pág.
43 y
s.
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 20/55
52
M anue l Canc io M e l i á
va , l a im pu t ac ión de c om por t am ien t os , J ak obs p r opone c ua t r o i ns t i t uc i ones
dogm á t i c as a t r av és de l as c ua les ha de v e r t eb r a r s e e l j u i c i o de t i p i c i dad :
r i es go pe r m i t i do , p r i nc i p i o de c on f i a nz a , ac t uac ión a r i es go p r o p io de l a ví c
t im a y p r oh ib i c i ón de r eg r esoJ ^ ' J ak obs c on f i gu r a e l r i es go pe r m i t i d o pa r
t i e n d o d e u n a d e f i n i c i ó n c l a r a m e n t e n o r m a t i v a d e l " r i e s g o " , d e s l i g a d a d e
p r oba b i l i dad es es t ad í st ic as de l es iónJ ^ ^ E l r i es go pe r m i t i do s e de f i ne , e n t o n
ces, c om o e l es tado no r m a l de i n t e r ac c ión , es dec i r , c om o e l v i gen t e
status
quode
l i be r t ades de ac t uac ión , des v inc u lado de l a pon de r ac ión de i n te r es es
que d io l uga r a s u es t ab lec im ien t o , has t a e l pun t o que en m uc hos c as os s e
t r a t a d e u n m e c a n i s m o d e c o n s t it u c i ó n d e u n a d e t e r m i n a d a c o n f i g u r a c i ó n
s oc ia l po r ac ep t ac ión h i s t ó r i c a — de una ponde r ac ión om i t i da— , d i c ho en
o t r os t é r m i nos , s e r e f i e r e m ás a la i de n t i d ad de l a s oc iedad que a p r oc es os
ex p res os de ponde r ac ión
J^^
E l p r i nc i p i o de c on f i anz a d e t e r m ina c uánd o ex i s te ,
c on oc as ión de l des a r r o l l o una ac t i v i dad gen e r ado r a de un c i e r t o r ies go ( pe r
m i t i d o ) , l a ob l i gac ió n de t ene r en c u en t a l os f a l l os de o t r os s u je t os que t a m
b ién i n t e r v i en en en d i c ha a c t i v i dad ( de m od o que s i no s e p r oc ed ie r a as í , e l
r i es go de ja r í a de s e r pe r m i t i do ) , y c uánd o s e pue de c on f i a r l í c i t am en t e en l a
r es pon s ab i l i dad de es os o t r os s u je t os J ^ ^
La i ns t i t uc i ón de l a " ac t uac ión a r i es go p r op io " o " c om pe t enc ia de l a
v í c t im a" — m ed ian t e l a c ua l J ak obs p r opone t ene r en c uen t a l a i n t e r v enc ión
Cfr. Jakobs, ZStW 76 (1974) (suplemento), pág. 6 y ss.;
ídem,
ZStW 89 (1977), pág. 1 y ss • respecto
de la mten/encion de la víctima, ídem, "La organización de autolesión y heterolesión". en: ídem'. Estudios
aeuerecho penal,
pag. 395 y ss.. y las exposiciones de conjunto en
ídem, AP.
7/4 y ss.; ídem La
imputa-
c/on o¿)/ef/i/a passim; ídem. La autoría mediata, pág. 8 y ss. e ídem, "La imputación ob jetiva", en: ídem,
Estudios
de Derecho penal,
pág. 209 y ss.; sobre la doctrina de
Jakobs,
dr. solo las exposidones en Suárez
^onzae z Cancio Meliá. en: Jakobs. La imputación objetiva, pág. 69 y ss,; Peñaranda Ramos / Suárez
C:.onzalez / Cancio M eliá,
en:
Jakobs, Estudios de Derecho penal,
pág. 55 y ss
Z í f
*
^ t°^^ '
^^*^ ^^
^
'^^^' 5^P'e"^ento. págs. 12
y ss.. 14 y s.;
ídem. AF. IBS.
CtrJakobs.
AV.
7/36, especialmente notas 62 y 63;
ídem.
La imputación objetiva, pág. 119 y ss.; en
r f n? ? L ú J r ^ " " P '""' ' ^
P^'^^^
*^" ' ^' ^ ^ °^° "descendiente" del estado de necesidad justifi
cante (Jakobs. ZStW 89 [1977]
pág.
13); la "fundamentación del riesgo permitido está... emparentada
en h 1 m n ? f '" ' '' '? ' ' T " ' " ' "
^^'^°^''
^^ ' ^^^^' '^ ^"^^ ^^ " ^'
«^'9'"^')'
pero no su fundonamiento
en
la imputación; la ponderación
es
solamente la consideración
del
legislador
que
antecede
a la
fijación
? / I ? " . • T " ^ " ' ^ " " ' ' " ' ' ^ ' ^ ^^'^°^'' ^^' ^^^^^-''
^ ^ ^
e' "e^t^^o nonnal de interacción" (Jakobs,
La imputación objetiva, pág. 119). En e presente estudio, vid. infra III B 1 a) 3
^^^o^S'
ZStW 89 (1977), págs. 13 y ss., 29 y ss.; ídem. AP. 7/51; ídem. La imputación objetiva, pág.
La c ons t r uc c ión d ogm á t i c a de l a t eo r í a . . .
53
de l a v í c t im a en e l s uc es o— t a n s o lo ha si do es boz ada en a l gún t r ab a jo m o
nog r á f i c o y en s u t r a t a do s ob r e l a P a r te G ene r a l aún p r e s e n ta u n t r a t a m i e n
to d isperso y poco coherente en a lgunos puntos .^^^ Respec to de la ins t i t uc ión
de la proh ib ic ión de regreso^^^ cabe dec i r que lo que Jakobs pretende en
ú l t im a i ns t anc ia es enm ar c a r d e f o r m a s i s t em á t i c a la t eo r í a de l a pa r t i c i pa
c i ón den t r o de l a im pu t ac ió n ob je t i v a . Desde est a pe r s pec ti v a , la p r o h ib i c i ó n
de r eg r es o s a ti s fac e l a nec es idad de l im i t a r e l ám b i t o de l a pa r t i c i pac ión p u
n ib l e , t an t o pa r a c om por t am ien t os im p r uden t es c om o do los os , c on bas e en
cr i ter ios ob je t ivo-no rmat ivo s ;^^° de es te mo do , la proh i b ic ión de regreso se
presenta en c ier to modo como e l reverso de la par t ic ipac ión punib le . ^^^
Para Jakobs , la proh ib ic ión de regreso se re f iere a aqu el los casos en los
que un c om por t am ien t o que f av o r ec e l a c om is i ón de un de l i t o po r pa r t e de
o t r o s u je t o no p e r t enec e en s u s i gn i f i c ado ob je t i v o a es e de l i t o , es deci r , que
puede s e r " d i s t anc iado " de é l .
P o r o t r o l ado , f r en t e a l a l t o g r ado de des a r r o l l o que ha a l c anz ado e l
p r im e r n i v e l de l a im pu t ac ión ob je t i v a , e l s egundo n i v e l de im pu t ac ión , l a
r ea l i z ac ión de r i es gos o im pu t ac ión ob je t i v a de l r es u l t ado , t i ene un pes o
m eno r en l a c onc epc ión de J ak obs y puede s e r c ondens ada — c o inc id i endo
^^ Cfr. las distintas construcciones esbozadas en Jakobs.
AP.
7/61. 7/104 y ss., especialmente en
reladón con 7/124 y ss..
7/129;
29/53 y ss. (dr. Sobre la falta de coordinación existente entre las distinta
aproximaciones propuestas
por Jakobs Cando
Meliá, Conducta de la víctima e imputación objetiv
161 y ss.) vid. tam bién los apuntes en ídem. "La organización de autolesión y heterolesión". en: ídem.
Estudios de Derecho
penal, espedalmente pág. 410 y
ss.;
ídem,
La imputación objetiva,
pág. 109 y ss
ídem,
T un
und
Unterlassen.
pág. 28.
^ Que poco tiene que ver con la antigua doctrina de la "prohibición de regreso" como interrupción
del nexo de imputación entre un primer comportamiento imprudente y un posterior comportamiento
doloso; cfr. Sobre todo Jakobs. ZStW 89 (1977). pág. 1 y ss.; ídem.
AV.
7/56 y 21/14 y ss.; ídem,
La
imputación objetiva, pág.
145 y
ss.; ídem," La
imputación objetiva",
en: ídem. Estudios de Derecho
pen
pág. 255 y ss. En el presente trabajo, vid. infra
111
B. 1. c).
^^ Como ha señalado el propio Jakobs (por ejemplo, últimamente.
La
imputación objetiva, pág. 171
y s.; ídem, GA19 96, pág. 260 y
s.,
nota 15, con ulteriores referendas), las diferencias materiales —más
allá de la denom inación— con aquellas posturas que incorporan delimitaciones normativas de ám bitos
de responsabilidad y la correspondiente exdusión de responsabilidad por actos que carecen de significa
do delictivo no son de consideración.
^ ^ Cfr. respecto de la parte "n egativa " (exdusión de la responsabilidad por comportamientos obje
tivamente irrelevantes) sobre todo últimamente Jakobs, La imputación objetiva, pág. 145 y ss.; respecto
de la parte "positiva" repercusiones sobre la teoría de la participación, en especial respecto de la acce-
soriedad), ahora ídem, 6A 1996,
pág.
253 y ss.
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 21/55
54
M anue l Canc io M e l i á
La c ons t r uc c ión do gm á t i c a de l a t eo r í a .
55
en l o f undam en t a l c on l a op in i ón dom inan t e— en l o que s i gue : pa r a que e l
r es u l t ado s ea t í p i c o , es t e debe p r es en t a r s e c om o em a nad o de l r i es go t í p i c o ,
que c ons t i t u i r á l a
explicación
de és te . En es te sen t ido, en caso de co ncur r i r
v a r i os r ies gos a l t e r na t i v os , s o lo s i r ve de ex p l i c ac ión de l r e s u l t ado aque l r i es
go c uy a om is i ón hub ie r a ev i t ado de m odo p lan i f i c ab le e l r es u l t adoJ ^ ^
C. ¿ Imputac ión ob je t iva como categoría gene ral de la t ip ic idad?
7. Introducción
S im p l i f i c ando a l m áx im o , ¿ qué m od i f i c ac iones s upone l a t eo r í a de l a
im pu t ac ión ob je t i v a en l a t eo r í a de l de l i t o? F r en t e a l a s i t uac ión ba jo un
pa r ad igm a c aus a l i s t a , s upone l a no r m a t i v i z ac ión de l c on t en ido de l t i po ob
j e t i v o , que y a no puede en t ende r s e c om o m er a des c r i pc i ón v a lo r a t i v am en t e
neu t r a de u n s uc es o fí s i c o - caus a l . Es te en r i qu ec im ien t o de l t i po , de c a r ác t e r
ob je t i v o - v a lo r a t i v o , se s um a a l c ono c ido en r i qu ec im ien t o s ub je t i v o ( en l os
de l i t os do los os ) im pues t o po r e l f i na l i s m o c on e l t i po s ub je t i v o . E n t onc es ,
puede dec i r s e que e l e l em en t o c om ún m ás des t ac ado de t odas l as e l abo r a
c i ones doc t r i na les r o t u l ada s " im pu t ac i ón ob je t i v a " es t á , s i n dud a , en e l rec o
noc im ien t o de l a nec es idad de i n t r oduc i r f i l t r os ob je t i v o - no r m a t i v os en l a
t eo r í a de l t i po . Y p r ec i s am en t e en es t a d i r ec c ión s e d i r i gen a l gunas ap r ox i
m ac iones c r ít ic as^ ^^ f r en t e a l a t eo r í a de l a im pu t a c ión ob je t i v a , f o r m u lad as .
^^
Cfr.
Jakobs, AP, 7/72 y
ss.,
7/78 y
ss.,
7/90 y
ss.; ídem,
FS
Lackner, pág.
53 y
ss.; ídem,
La imputación
objetiva, pág. M3 y ss,
^^^ La validez de la teoría de la impu tadón objetiva también se ha puesto en duda, en ocasiones, por
diversos sectores doctrinales minoritarios desde otras premisas distintas de las aludidas en el
texto,
con
argumentadones que para lo que aquí interesa no
son
de un interés central, y que por ello tan solo se
reseñan a continuación de modo muy breve. Así, desde la perspectiva de un concepto avaíorativo de tipo
Baumann / Weber / Mitsch, AV^. 14/62 y ss., 14/88 y
ss.,
14/100, como es na tural, no comparten el
planteamiento de esta doctrina;
cfr.
tamb ién Rodríguez Devesa / Serrano Gómez,
PG^^,
págs. 371 y ss.,
378 y
ss.,
quienes aún optan por tratar en el plano de la causalidad diversos supuestos que hoy suelen
considerarse pertenecientes al ámbito de la imputación objetiva; por
su
parte. Cobo del Rosal / Vives
Antón,
PG ,
págs. 385 y ss„ 388 y ss., rechazando la teoría d^4a imputadón objetiva, distinguen entre
"relación de causación" y "reladón de causalidad", condbiendo la primera como algo material y la
segunda como reladón ideal que concurrirá de existir "p rededb ilidad"; en la doctrina italiana,
vid.,
por
ejemplo, el punto de vista de Pagliaro,
PG , págs.
342 y
ss.,
especialmente 342 y
s.,
370 y
ss.,
quien en
sobre todo, por representantes de l f ina l ismo.^^ "^ Es tas c r í t icas —que, pese a
con s t i t u i r un a pues ta en dud a rad ica l de ias tes is mayor i tar ias ,^^^ no han rec i -
atención a las
disposidones existentes
en el CP
italiano
acerca de la
relación
de causalidad
(arts.
40
CPit) prefiere mantener las restricdones a la causalidad material —s i bien coinddiendo en el fondo co
los contenidos de la teoría de la imputadón objetiva— bajo el rótulo de la reladón de causalidad "en
sentido del Derecho" en vez de llevar a cabo una construcdón autónoma. Se trata de puntos de vist
completamente m inoritarios en las doctrinas española y alemana, y de puntos de vista claramente
de
fasados cuando parten de una concepdón avalorativá del tipo. Sin embargo, por otra parte, queda d
que la mera rotuladón como "imputación objetiva" o como "causalidad", partiendo de un entendimi
to del tipo como categoría con elementos normativos, no tiene mayor relevanda; lo que ocurre es qu
ello impide una sistematizadón de esos elementos cuando no están referidos al resultado, sino a la
conducta típica (es
dedr,
impide abarcar buena parte de los problemas tratados por la teoria de la
imputadón objetiva
en
la actualidad).
Desde otra
perspectiva, por
otro
lado,
en alguna ocasión
tambi
se ha sostenido (dr. Bustos Ramírez, EPCr XII [1989], págs. 105 y
ss.,
136 y
ss.;
ídem / Hormazábal
Malarée.
P 6\ pág.
296 y
ss.; cfr.
también Larrauri Pijoan, EPCr XII [1989],
pág.
221 y ss.) que algun
los elementos de la imputadón objetiva, en realidad, excluye la antijurididdad. Desde esta óptica, la
imputadón objetiva opera
a
modo de "segundo correaivo" (así Bustos Ramírez,
EPCr
Xll [1989], pág
114; Larrauri Pijoan, EPCr Xll [1989], pág. 245) que presupone la existenda previa de un comportami
to doloso o imprudente. Este sector parece entender que resulta necesario contraponer tipo y antijuri
ddad.
adscribiendo a esta categoría la valoración del com portamiento
y,
por tanto, la imputadón del
resultado: "para que el resultado sea imputado es necesario si la imputación es de carácter valorativo
no física que haya una valoración por parte de alguna regla jurídica, lo que no puede suceder en la
tipiddad cuyo contenido valorativo viene de la norma prohibitiva que sólo valora actos y no resultad
(Bustos Ramírez / Hormazábal Malarée, PG\
pág.
312). Pero como señala
W.
Frisch con razón (Jipo
e imputación
objetiva, pág.
87) no queda daro por qué razón la presenda de valoradones ha de
que se conciba el curso subsiguiente a la acdón y la producdón del resultado como problema de
tip
dad.
En el
ámbito
de
la tipiddad
de los
delitos dolosos, Bustos
Ramírez
/ Hormazábal
Malarée
explíc
mente admiten como "criterios generales de atipicidad" la adecuación sodal y el consentimiento (PG
pág.
295) y como "criterios específicos" para determinar si los procesos de interacdón son o no pel
sos"
la "disminución del iesgo, el riesgo permitido y el fin de protección de la prohibición (norma de
cuidado)" y "el ámbito situacional ai ámbito de protecdón del tipo penal-autonomía de la víctima
pertenenda de la situación a un ámbito de responsabilidad ajena" (PG^ pág. 298 y ss.).
En
los delit
imprudentes señalan que la concreción de la lesión del deber de cuidado es también un problema de
rididdad (PG^
pág.
370). Por otra parte, sobre la posidón de Luzón Peña, de acuerdo con la cual e
mente el "riesgo permitido" debe entenderse como elemento de la antijurididdad. vid.
infra
III.
B.
1.
c
^ Aunque no
sólo,
como se verá a continuación; en especial, debe considerarse en este conte
importante trabajo de Burkhardt,
en:
Wolter / Freund.
Strañat,
pág. 99 y
ss.
y el reciente trabajo
Jakobs, FS Hirsch, pág. 45
y
ss.; sobre ello
más
adelante
en
el texto.
^ Y
afectar,
como ha señalado con razón Silva Sánchez
(en:
Schünemann
[ed.j. El
sistema m
del Derecho penal:
cuestiones
fundamentales, pág. 18),
sin duda alguna, a una de las "cues
tantes
en
la discusión" aau al.
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 22/55
56
M a n u e l C a n c i o M e l i á
La c ons t r uc c ión d ogm á t i c a d e l a t eo r í a . . .
57
b ido , po r l o gene r a l , una r es pues t a c onc luy en t e po r pa r t e de l os pa r t i da r i os
de l a t eo r í a de l a im pu t ac ión ob je t i v a— ^ ^ ^ ac ie r t an a p l an t ea r una de l as
c ues t i ones es enc ia l es en e l p l ano m e t odo lóg i c o de l as ap r ox im ac iones p l a n
t e a d a s b a j o el n o m b r e d e " i m p u t a c i ó n o b j e t i v a " ( p r e c is a m e n t e , e n q u é c o n
s is te —si es que ex is te— su carác ter "ob je t ivo" ) . Por e l lo , parece necesar io
l levar a cabo una brev ís ima expos ic ión de es tos puntos de v is ta para pos te
r i o r m en t e po de r pas a r a s i n t e t i z a r l os p r es upues t os que c abe es t ab lec e r e n
e l ám b i t o a l que es t as ap r ox im ac ione s c r ít i cas se r e f i e r en pa r a e l es t ud io q ue
aqu í debe r á des a r r o l l a r s e .
2. Las críticas del finalismo
a) Por un lado, se ha señalado, desde la perspec t iva de l f ina l ismo, que
la t eo r í a de l a im pu t ac ión ob je t i v a r es u l t a s upe r f l ua en e l ám b i t o de l os c / e -
Utos dolosos.
E n e s t e s e n t i d o , se h a a f i r m a d o q u e l a i m p u t a c i ó n o b j e t i v a — c u y o o r i
g e n e n e l d e l i t o i m p r u d e n t e l l e v a " s e l l a d o e n la f r e n t e " , e n f a m o s a e x p r e -
s i ó n d e A r m i n K a u f m a n n — 1 3 7 e n r e a l i d a d o c u p a e l e s p a c i o c o r r e s p o n d i e n
t e a l d o l o , y e n e s e s e n t i d o — e n i g u a l m e n t e c o n o c i d a e x p r e s i ó n d e H i s r c h —
1 3 8 n o r e s p e t a r í a e l a x i o m a d e q u e " l o q u e e s o b j e t i v o y l o q u e e s s u b j e t i v o
[ e s u n a c u e s t i ó n q u e ] n o e s t á a d i s p o s i c i ó n d e l a d o g m á t i c a " . ^ ^ ^
E n s u m a : e n e l d e l i t o d o l o s o , la i m p u t a c i ó n o b j e t i v a n o t i e n e n a d a q u e
h ac er , ^^ ^ y a q u e d e t e r m i n a d o s s u p u e s t o s l o q u e f a l t a r í a e s e l d o l o , m i e n t r a s
'/'
Cfr., sin embargo, las argum entad ones de Jakobs,
GS
Armin Kaufmann, págs.
271
y
ss
275 y ss
•
Koxm, GS Armm Kaufmann, pág. 249 y s., ambos sobre todo en reladón con la postura defendida por
Armin Kaufmann; con un análisis global de la crítica del sector del finalismo contrario a la imputadón
ODjetiva, Frisch,
f o penal e imputación objetiva,
pág. 63 y ss,; respeao del punto de vista de Hisrch,
ahora en profundidad Jakobs, FS Hirsch, pág. 45 y
ss.;
en polémica con el trabajo de B urkhardt acabado
de citar, exhaustivamente Frisch. en: Wolter / Freund,
Straftat
pág 167 y ss
Armm Kaufmann.
FS
Jescheck I, pág.
251.
''' FS
Universitát zu K oln, pág. 407.
m^Zn'^
^l^bargo, Hisrch
(FS
Lenckner,
pág.
119 y
ss.)
ha revisado alguno de sus puntos de vista, si bien
manteniendo las cnticas metodológicas a la teoría de la imputadón objetiva,
mprpr ^^^^^^^^ específica —m ás allá de lo que se expone en el texto que sigue e infra
III.
A .—
don n h - T '^ ^ ' ' ' '" '^ ' '^ "^^ proveniente del campo del finalismo, el análisis de la teoría de la imputa-
oDjetiva por parte de Sancinetti
{Subjetivismo e imputación objetiva, pág.
89 y ss.) Esta se sitúa en
q u e e n o t r o s , s i n e l a n á l i s i s d e l l a d o s u b j e t i v o n o r e s u l t a p o s i b l e v a l o r a r e l
hecho.^^^
realidad en un plano superior respecto de los contenidos dogmáticos concretos de esta teoría, de modo
que puede decirse que Sandnetti lo que discute no es tanto la configuradón de la imputación objetiva
como su idiosincrasia: la tesis central que este autor sostiene es que en realidad la teoría de la imputa
ción objetiva no es incompatible con un entendimiento subjetivomonista del injusto (op. cit . págs. 19
89 y
ss.,
94 y s., 96 y
ss.,
122 y ss.). Para Sancinetti, la teoría de la imputación objetiva tan solo acota la
materia de prohibición, mientras que es el dolo — que debe referirse a esa ma teria— el elemento
deci
sivo de fundamentación del injusto. En este sentido, la necesidad de elaborar requisitos de imputación
objetiva no es contradictoria con un entendimiento subjetivo del injusto, ya que la "subjetivización no
prejuzga acerca del contenido que hay que subjetivizar, es decir, acerca del 'tipo objetivo'" (op. cit., pág
94, cursiva en el original). En el contexto de este estudio no puede realizarse un análisis exhaustivo de
este original intento de tom ar el bastión de la imputación objetiva por sorpresa en vez de combatirlo—
como han hecho otros sectores del finalismo a los que se alude a continuación en el t exto —. Pero s
puede señalarse que parece dudoso que sea viable la convivencia feliz que Sancinetti parece pretende
alcanzar: en este sentido, lo cierto es que hay una diferencia entre configurar la teoría de la imputación
objetiva como una mera concredón de los límites del injusto (subjetivo) y el entendimiento que le suele
asignar sus defensores. Pues para estos, la imputación objetiva no solo acota la materia de prohibición
como una especie de límite externo derivado de la teoría de las normas, sino que —de acuerdo con un
concepción que reconoce la m isión social de la construcdón dogmática y consiguientemente de la "nor
m a " —
contribuye a la constitución del injusto, ya que no puede haber tipicidad sin relevancia objetivo
sodal de la conducta. En este sentido, es significativo que el propio Sancinetti reconozca que hay secto
res de la imputación objetiva en los que el ámbito de ésta queda definido de modo completamente
objetivo, sin que la adición de datos subjetivos pueda modificar los contornos de lo típico (op. c it, pág
110, nota 29, pág. 111 yss.).
^ ^ Cfr. Armin Kaufmann, FS Jescheck I, págs. 251 y ss., 271 y s., quien, además, sostiene que e
conclusión se trata, en realidad, de problemas de Parte Especial; en sentido próximo Hisrch, FS Univers
tát zu Kóln, págs. 403 y ss., 405; ídem, en: 25
Jahre Rechtsentwiclclung
in Deutschland. pág, 49;
También Cerezo Mir, PG11^, pág. 104 y ss., si bien para este autor (p. IOS), la nueva reguladón de
tentativa (a
su
juicio, excluyendo la punibilidad de la tentativa inidónea) en el CP1995, obliga ai meno
a incluir,
eso sí,
en virtud de una dedsión "equivocada" del legislador, al menos la previsibilidad objetiv
también en los delitos dolosos, aunque ello no pueda redundar en una incorporadó n de la nodón de
cuidado objetivamente debido en el ámbito del delito doloso (p. 106); para Küpper,
Grenzen,
págs. 83
ss., 92 y s., 96 y s. 115, 197, con un punto de vista algo distinto, faltaría el dominio final del hecho;
próximo (dominio del curso causal) ahora tam bién Hisrch, FS Lenckner, págs. 131 y ss., 135 y ss.; vid
también Gracia Ma rtin, en: Diez Ripollés / Gracia Martin, Delitos contra bienes urídicos
fundamentale
pág. 44, y coinddiendo parcialmente —e n cuanto a que es el referente subjetivo el que tiene la "últ ima
palabra"— Sancinetti,
Subjetivismo e imputación objetiva,
págs. 104 y
ss.,
107.
59
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 23/55
58
M anue l Canc io M e l i á
b ) P o r o t r o l a do , i gu a lm en t e des de l a pe r s pec t iv a de l f i na l i s m o , s e ha
s os t en ido que l a t eo r í a de l a im pu t ac ión ob je t i v a r es u l t a i nadec uada
t a m
b ién en e l ám b i t o de l delito imprudente. En es te ám bi t o , se u t i l i za n dos ar
gum en t ac io nes . E n p r im e r l uga r , se a f i r m a que l a t eo r í a de l a im p u t ac ión
ob je t i v a c a r ece de r e l ev anc ia , pe r o no po r s e r inadec uadas s us p r opues t as de
s o luc ión , s i no po r que es t as en r ea l i dad no ha r í an o t r a c os a que r ep r oduc i r
l os c on t en idos y a e l abo r ados po r l a dogm á t i c a de l a im p r udenc ia c on l a i n
f r ac c ión de l debe r ob je t i v o de c u idad o — en e l p r im e r n i v e l— y c on l a l l am a
da r e l ac i ón de c on t r a r i edad a debe r — en e l s egundo n i v e l de im pu t ac ión
ob je t iv a— J " * ^ S e t r a t a , po r l o t an t o , en c i e r t a m ed ida t an s o lo de una c ons e
c uenc ia de l a c r í t i c a an t e r i o r p l an t eada en e l ám b i t o de l de l i t o do los o : no
c abe e labo r a r una t eo r í a c on jun t a de l a im pu t ac ión ob je t i v a , y a que es t a
r es u l t a i nv i ab le en e l de l i t o do los o ; en e l ám b i t o de l de l i t o im p r uden t e , l os
c on t en idos p l an t eados po r l a im pu t ac ión ob je t i v a y a es t án r ec og idos po r l a
d o g m á t i c a tr a d i c i o n a l d e l d e l i t o i m p r u d e n t e .
P o r o t r o l ado , t am b ién s e ha p l an t eado — s ob r e t odo po r S t r uens ee—
ot r a a r g um en t a c ión que , est a sí , es pa r a le l a a la es g r im ida en e l ám b i t o de l
de l i t o do los o : s í puede e labo r a r s e una t eo r í a un i t a r i a pa r a l os p r ob lem as
t r a t ados po r l a t eo r í a de l a im pu t ac ión ob je t i v a , pe r o en r ea l i dad es t os s e
r e f i e r en , t an t o en e l de l i t o do los o c om o en e l im p r uden t e , a l t i po s ub je t i v o ,
t i p o s u b j e t i v o q u e — e n c o n t r a d e l a o p i n i ó n c o m ú n — h a b r í a q u e e l a b o r a r
t am b ién pa r a t odas l as f o r m as de im p r udenc ia
J^^
De m o do s i n t é t i c o c abe dec i r , ^ ^ en t onc es , que l as c r í ti c as f o r m u lada s
s e r e f i e r e n , en r ea l i d ad , a dos c ues t iones : po r u n l ado , se t r a t a de l a po s ib i l i
dad y j us t i f i c ac ión m a t e r i a l de la i n t r oduc c ión de c r it e r i os ge ne r a les — par a
la i n f r ac c ión do los a y l a im p r uden t e— de im pu t ac ión ob je t i v a . P o r o t r a pa r
t e ,
m ás es pec í f i c am e n t e , l o que s e d is c u t e es p r ec i s am en t e e l c a r ác t e r ob je t i
vo o no de esos c r i t er ios .
c ) En lo que se re f iere a la pr imera de las cues t iones —la pos ib i l idad de
es t ab lec e r f i l t r os c om unes pa r a e l de l i t o do los o y e l im p r uden t e— pa r ec e
'^^
Cfr.
solo
LK17-Hísrch,
n.m. 32 previo al §
32 ;
Küpper,
Grenzen. págs.
91 y
ss.,
99 y
s.,
100 y s.
'^^ Sobre esta cuestión, cfr. también a continuadón
2.
b.);
vid.
Struensee, GA1987,
pág.
97 y
ss.;
ídem,
JZ1987,
pág.
53 y
ss.;
en la doctrina española,
vid.
Cuello Contreras, Culpabilidad e
imprudenda.
pág.
180 y
ss.;
Serrano González de Murillo, Teoría del delito
imprudente, págs.
88 y
ss.,
109.110 y s., 118 y
ss.
^^ Siguiendo
a
W. Frisch, Tipo penal e imputadón objetiva, pág. 67.
La c ons t r uc c ión d ogm á t i c a de l a t eo r í a . . .
que la d iscus ión es más b ien ar t i f ic iosa. Pues que esos f i l t ros ex is ten —al
m enos en l a ex p r es ión m í n im a de l a ex i genc ia , c om o c r i t e r i o g ene r a l , de l a
r e l ac i ón de c aus a l i dad en l os de l i t os de r es u l t a do— es i nd i s c u t i b l e . Y de he
cho, las aproximaciones crí t icas más recientes por parte de los f inal istas^"*^ no
s e d i r i gen p r op i am en t e e n c on t r a de l a nec es idad de un f i l t r o ob je t i v o gene
ra l ,
s ino que af i rman que ese f i l t ro en los de l i t os do losos es en rea l idad la
" d o m i n a b i l i d a d o b j e t i v a " , c a r e c i en d o l a i m p u t a c i ó n o b j e t i v a d e l a d o c t r in a
m ay o r i t a r i a de un idad s i s t em á t i c a , y no r ec onoc iendo l a r e l ev anc ia de l e l e
m e n t o d e l a " d o m i n a b i l i d a d o b j e t i v a " .
As í las cosas, s im pl i f i can do a l máx imo , es te sec tor de la c r ít ica se
r e d u
c e en r ea l i dad a un dob le p l an t eam ien t o : po r un l ado l a s i ngu la r i dad de l a
ac c ión do los a — que im ped i r í a l a ap r ec iac i ón de un f i l t r o c om ún— , de r i v ada
de la teor ía f ina l de la acc ión. Por o t ro , la sus t i t uc ión de los e lementos pro
pues t os po r l a t eo r í a de l a im pu t ac ión ob je t i v a po r l a " dom inab i l i dad ob je t i
v a " . E n c uan t o a l o p r im e r o : s i n que aqu í pueda en t r a r s e en una d i s c us ión
po r m eno r i z ada , ^ ^ l o c i e r t o es que l a t eo r í a f i na l de l a ac c ión c om o bas e pa r
a f i r m a r una r ad i c a l d i v e r s i dad de de l i t os do los os e im p r ude n t es y a en l a es
t r uc t u r a t í p i c a no pueden enc on t r a r — abandonado en l a ac t ua l i dad de m od
a b r u m a d o r a m e n t e m a y o r i t a r i o e l p a r a d i g m a m e t o d o l ó g i c o d e la s e s t r u ct u
r as " l óg i c o - m a t e r i a l es " — un c ons um o m í n im o . En c ua n t o a lo s egundo : qu
la s i s t em a t i z ac ión de l f i l t r o ob je t i v o deba hac e r se ba jo e l r ó t u l o de l a " do m
nab i l i d ad ob je t i v a " u o t r o es , ev i de n t em en t e , l o de m enos . " ^ Q ueda e n t on
c es l a s egunda g r an l í nea de a r gum en t ac ión de l as que s e ha hab lado : e
c a r ác t e r ob je t i v o y s ub je t i v o de l os c r i t e r i os de l a t eo r í a de l a im pu t ac ió
ob je t i v a . Com o se v e r á i nm e d ia t a m en t e a c on t i nu ac ión , a es ta c rí t ic a — f o
m u lad a , c om o aho r a s e s eña la r á , no s ó lo po r au t o r es f i na l i s t as — le co r r e
ponde una r e l ev anc ia m uc ho m ay o r .
3. La perspectiva d e enjuiciamiento
Como antes se ha d icho, una de las l í neas c r í t icas formuladas cont ra
t eo r í a de l a im pu t ac ión o b je t i v a s e r e f i e r e p r ec i s am en t e a s u c a r ác te r " o b j
^^ Así, el trabajo de Küpper, Grenzen, passim, y ahora también el de Hisrch, FS
Lenckner,
^^
Vid.,
sin embargo, a continuación en 3. e infra
111
A. 2.
'''
Vid.
esta
argumentación
en
Jakobs.
FS
Hirsch. pág.
44 y
s.
y
passim.
60
M anue l Canc io M e l i á
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 24/55
La c ons t r uc c ión d ogm á t i c a de l a t eo r í a . . .
61
t iv o" o noJ"^ En este sentido , lo cierto es que un examen alg o más deten ido
de la doctrina de la imputación objetiva puede resultar sorprendente. Los
elemen tos a los que se ha venid o alu diend o en la exposición de las posturas
doctrinales referido s a la caracterización de la conducta (por ejem plo, "crea
ción de riesgo", "alcance del t ipo " o "creación desaprobada del riesgo", "ries
go permit ido", etc.) en realidad son una generalización de los contenidos
del tipo,^"^^ Como se ha dicho, se pretende que estos contenidos son de carác
ter "o bje tiv o" . Pero ¿cuál es la perspectiva desde la cual se valoran esos
con
tenidos ? La respuesta
es
que la perspectiva respecto de la conducta (por ejem
plo: riesgo permit ido no) es exante^^^ (mientras que en la constatación de la
t ipicidad del resultado, sería expost). ¿Y cómo se form ula esa perspectiva ex
ante? Es aquí dond e comien zan los problemas: de acuerdo con la posición
may oritaria , este juicio se hace desde la perspectiva de un sujeto ideal perte
neciente al con texto social en el que actúa el sujeto.
Es
decir, por ejem plo, en
el ámbit o de la impruden cia: ante el estado de la calzada, teni end o en cuen
ta la i lu mina ción, las característ icas del vehícu lo, etc. ¿qué valoración (riesgo
permit ido-riesgo no permit ido) hubiera hecho un "conductor racional"?^^^
Sin emb argo, com o inm ediata men te se pensará, en muchas ocasiones
el autor concreto no se corresponde con ese sujeto ideal. En lo que aquí
interesa, puede divergir en
dos direcciones:
puede que sepa
más;
con un
ejem plo de do lo: el sujeto "id ea l" desconoce que la persona a la que va a dar
un puñ etazo es nem ofí l ico, el sujeto concreto lo sabe. Puede que tenga ma
yores facu ltades: e l conductor profesional puede f renar a l l í donde e l " con
ductor idea l" co l is ione i r remediab lem ente. Puede que sepa
menos:
el con
ducto r inex perto (por eje mplo , es extran jero, del caribe) no sabe cómo de be
comp ortarse en caso de hielo en la calzada; el "con ducto r id ea l" en el ám bi-
cuf^^rJnl^ '^ ' interrelaciones entre uno y otro aspecto del hecho en las desviaciones del curso causal,
W o l í r n l . ' ' ^ " ' ^ " " ' ' ' ^ ' consideración, vid. solo Gómez Benítez, en Gimbernat / Schünemann /
woiter. Omisión e imputación objetiva, pág.
91
y ss.
is ^ '^ '
^^^^^ ^^^^
también a continuadón
líL A.
1.
te
ZíZT
" ""f '*^ ^'" '' '° ^^^^^ ^^ perspectiva
exantese
hace en la
praxis procesal,
como
es
eviden-
' o r o n ^ v n h ? ^ ' ' ' * ' ' " ' ' ~ ^ ' " ' ^ ^ ' ' ^ ^ ^ ' enjuiciamiento del hecho-
se
denomina habltualmente
drs^^ní^^^^^^^^ ^"" - '^ '°
' ^ ° ' '
^ ^ ' " / ^5 ' '"''^ d^ ^"^ ^^t^ denominación es incorrecta
a con ^nn .. ' ' '
° * '
^^' P"^ ' ^" '"^ ^ ' ' *^^^' [^ indiferente cuándo se haga]
y,
como
se
verá
a contmuacion, precisamente no es "objetivo").
''' Vid. por todos, Roxin,
ATI',
24/32 y s.
to de relación (la provincia de Me ndoza) sabe que no debe pisarse el freno
para evitar un deslizamiento del vehículo.
¿Cómo resuelve este la doctrina mayoritaria? Dicho en palabras de
Roxin,
hay que "ge neraliza r hacia abajo, [e] individualizar hacia arriba",^^^
es decir, los conocimientos y facultades inferiores a la media no se t ienen en
cuenta^^^ (la conducta típica), los conocimientos y las facultades superiores a
la media sí se t ienen en cuenta (la conducta es igualmente típica).^^
Tom ando el ejem plo de los "conocimie ntos especiales" (es decir,
ma
yores a
los del sujeto ideal) en m ateria de infrac ción dolosa, entonces, que
un dato perteneciente a la mente del autor (por ejemplo, el conocimiento
de que en el avión al que ma nda a su tío hay un artefacto explosivo) decida
acerca de la determina ción "ob jeti va" de la existencia de un riesgo típico d el
homic idio parece indicar que la crít ica planteada por algunos autores y seña
ladamente por Armin Kaufmann es correcta. ¿Qué imputación "objetiva" es
esta? También en la otra dirección (capacidades o conocim ientos
inferiores
a
los del observador ideal) vienen planteá ndose críticas a la posición de la doc
trina dom inan te. En efecto —a parte de las críticas formulad as po r Struensee
y otros representantes d el f nalismo, que convergen aquí en el resultado—^^^
recientemente se ha argumentado en contra de este procedimiento, funda
mentalmente,^^ que
es
completamente contrario
a
la economía conceptual:^^^
^'^
AW,
24/51; vid. también /V/C-Puppe, n.m. 145 previo al § 13; Mlr
Puig,
en: ídem,
El Derecho pena
en el Estado social y demo crático de derecho, pág.
234 y s.. con ulteriores referencias.
^^^ Conforme a la doctrina dominante, la Infracción Imprudente carece de tipo subjetivo, de modo
que esos elementos individuales deberían tenerse en cuenta a efectos exoneratorios en la culpab ilidad,
dr. por todos Jescheck / Weigend,
AP.
§ 541.
^^Tan sólo se ha apartado de este consenso (al menos respecto de Infracciones dolosas) Jakobs, G5
Armin Kaufmann,
pág.
237 y
ss.
e
ídem, Af,
7/49 y
ss.;
de acuerdo con su posidón, solo deben indulrse
en la base de enjuldamien to aquellos conocimientos que formen parte del rol social en el que actúa el
sujeto, ya que fuera d e este n o existe la obligación d e adquiridos, de modo que n o tendría sentido
establecer el deber de activados una vez adquiridos.
^^
Vid.
las referendas
supra
1 .
b) en notas.
^^^ Respecto de otras críticas slstemático-metodológlcas, vid. Exhaustivamente Burkhardt,
en
Wolter
/ Freund, Strañat, pág . 99 y ss.
^"
En
esta argumentación han coincidido últimamente Burkhardt, en: Wolter / Freund,
Strañat,
págs
103 y
ss..
109
y ss.;
Jakobs (apartándose al menos pardalm ente de
su
anterior
posición en
AT^ 7/47 y ss.)
FS
HIrsch, págs, 55
y ss.,
57, 58 y
ss.,
62
y
s.;
Lesch, Revisión,
2 .
IV.
c); también Schünemann, GA1991
pág. 217 (reformulando su propia posición, vid . ibídem. nota 42).
62
M anue l Canc io M e l l a
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 25/55
¿ q u é s e n t i d o p u e d e t e n e r f u n d a m e n t a r u n j u i c io " o b j e t i v o " p a r a a f i r m a r l a
t i p i c i d ad de l a c onduc t a s i en c as o de r es u l t a r i nev i t ab le i nd i v i dua lm e n t e s u
r ea l i z ac ión no p od r á ha be r r es pons ab i l i dad pena l?J ^ ^ Con es ta c r ít i c a — q ue
in t r od uc e en e l c on t e x t o de l a t eo r í a de l a im pu t ac ión ob je t i v a l a ya an t i gu a
d i s c us ión en t r e de t e r m inac ión ob je t i v a o i nd i v i dua l de l a im p r udenc ia— / ^ ^
c om o es ev ide n t e , a la m i s m a es encia de l a im pu t ac ión ob je t i v a .
S in t e t i z ando , en t onc es , l as c r í t i c as p l an t eadas : ¿ qué s en t i do t i ene e l
es t ab lec im ie n t o de un f i l t r o p r e t e nd id am en t e ) ob je t i v o " ? E s es t a una c ues
t i ó n que no pued e queda r si n c on t es t a r pa r a l a e l abo r a c ión de una t eo r í a de
la im pu t ac ión ob je t i v aJ ^ ^
Tengase en cuenta que desde el punto de vista de la doctrina dominante, se comprobará este
isT?/ " ^^,^^^P^^^^'^^^' 3Í no aceptarse la existencia de un "tipo subjetivo" del delito imprudente.
vid.
solo Roxm, ATP, 24/46 y ss.; Stratenwerth, ATP. n.m, 1097; Mir Puig, P(?, 11/40 y ss., con
mieriores referencias: la discusión versa acerca de si la evltabilidad individual debe valorarse ya en el
i l . . tipicidad o, como propone la opinión dominante, en la culpabilidad.
'^Vid,/n/raHI.A.2.
III.
LA TEORÍA DE LA IMPUTACIÓN
OBJETIVA: LÍNEAS BÁSICAS
T r as habe r ana l i z ado b r ev em en t e l os o r í genes y e l es t ado de ev o lu
c i ón de l a teo r í a de l a im pu t a c ión ob je t i v a , p r es en t ado l as c r ít ic as de p r i nc i
p i o m ás re l ev an t es que han s i do f o r m u lada s f r en t e a e l l a , pued e p r os egu i r
se : en lo que s igue, se o f rece una v is ión s in té t ica de cuáles son, desde e l
pu n t o d e v is t a aqu í s os t en ido , l as lí neas m aes t r as de l c on t e n ido dog m á t i c o
de la teor ía de la imputac ión ob je t iva. Para e l lo , en atenc ión a l aná l is is antes
e f ec t ua do , en p r im e r l uga r c abe s en t a r a l gunos p r es upues t os de los que pa r
t i r en l a c ons t r uc c ión dogm á t i c a {infra A . ) . A c on t i nua c ión pu ede pas a rs e a l
n i v e l d o g m á t i c o - o p e r a t i v o
{¡nfra
B . ), t a nt o en lo qu e se re f ie re a la imp uta
c i ón ob je t i v a de l a c onduc t a {infra B .1 .) c om o a l a im p u t ac i ón ob je t i v a de l
r es u l t ado
{infra
B. 2.).
A. Algunos presupuestos
Con l a pano r ám ic a t r az ada has t a e l m o m e n t o , se han hec ho , f unda
m en t a lm en t e , dos c ons t a t ac iones : en primer lugar, que — deba jo de l a f o r
m u lac ión de p r opues t as dog m á t i c as c onc r e t as — no es t á nada c l a r a la c on f i
gu r ac ión s i s t em á t i c a de l a t eo r í a de l a im pu t ac ión ob je t i v a ( c om o t am b ién
qued a r e f l e j a do en l a f a l t a de c l a r i dad ac e r c a de sus o r í genes h i s t ó r i c o - dog -
m á t i c os ) : po r un l ado , se enc u en t r an e l em en t os r e f e r i dos a la " do m in ab i l i -
d a d "
de los cursos causales , es dec i r , cons iderac iones l igadas a la a t r ibu c ión
" im pu t ac ión " de un r es u l t ado a una c onduc t a . P o r o t r o l ado , s i n em bar go ,
e l em en t os que t om an c om o pun t o de r e f e r enc ia m ás b ien l a v a lo r ac ión ( c om o
t í p i c a o no ) de una de t e r m inada c onduc t a . E n segundo lugar, que ba jo e l
c o n se n s o i m p l í c i t o — m a n i f e s t a d o p o r l a d e n o m i n a c i ó n " i m p u t a c i ó n o b j e t i -
64
M anue l Canc io M e l l a
La T eo r í a de l a I m pu t ac ió n O b je t i v a . .
65
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 26/55
v a " — de l a doc t r i na m a y o r i t a r i a , se enc u en t r a o t r o pun t o os c u r o des de l a
pe r s pec t i v a s i s t em á t i c a : l a c ues t i ón de l a " ob je t i v i dad " de l a im pu t ac ión ob
j e t i v a .
A m b a s c u e s t i o n e s se a b o r d a n a c o n t i n u a c i ó n b r e v e m e n t e p a r a i n t e n
t a r s en t a r a l gu nos p r es upu es t os an t es de pode r pas a r a la c ons t r uc c ión
d o g
m át i c a .
7.
Las dos raíces de la teoría de la imputación objetiva
a ) E n p r im e r l uga r c o r r es ponde , en t onc es , abo r da r , l a p r im e r a de l as
c ues t i ones abo r dadas : ¿ qué es l a im pu t ac ión ob je t i v a? ¿ im pu t ac ión de l r e
su l tado? ¿contendió de l t ipo? Par t iendo de las aprox imac iones h is tór icas antes
es boz adas — y , d i c ho s ea de nuev o , s i n p r e t ende r r ea l i z a r un aná l i s i s de l a
ev o luc ión h i s t ó r i c o - dogm á t i c a en s en t i do e s t r i c to— , pa r ec e c la r o que l a t eo r í a
de l a im pu t ac ión ob je t i v a des a r r o l l ada po r La r enz y Hon ig , en c on t r a de l o
q u e f r e c u e n t e m e n t e s u e l e a f i r m a r s e , ^ b i en poc o t i ene q ue v e r c on l a doc
t r i na que ex i s t e en l a ac t ua l i dad b a jo l a m i s m a denom inac ión . ^ ^ ^ P ues , c om o
s e ha v is t o , aque l l a ap r ox im ac ión pe r s i gue de l i nea r , pa r t i en do de un s i s t em a
pena l de r es pons ab i l i dad pe r s ona l ( de l o aba r c ab le po r l a v o lu n t ad ) , los l ím i
t es ( ob je t i v os ) m áx im os de l a a t r i b uc ió n de r es pons ab i l i dad , o , d i c h o de o t r o
m odo , de l a m ec án i c a ax io l óg i c a ex t e r i o r de l o dom inab le c om o l í m i t e de l a
im p u t ac ión e n un s i s tem a pe r s ona l de r es pons ab i l i dadJ ^ ^ En e f ec t o , es t e de -
Cfr solo Roxin,
FS
Honig, pág. 133 y s.; Roxín, sin embarga ha relativizado últimamente la co
nexión
de
la moderna teoría
de
la imputación objetiva
con las
aportadones
de
Larenz
y
Honig, afirman
do, por ejemplo, que "de hecho en Larenz y Honig solo cabe encontrar un punto de partida que no
permite presagiar
el
posterior
desarrollo de la
concepción" (Roxin, Chengchi
Law
Review
50
[1994], pág.
¿Sb),
o que la formulación dogmática en Larenz y Honig era aún rudimentaria (Roxin, ATP. 7/25); en
todo
caso
- ^ o m o
se expone a
continuadón
en el
texto—
lo
derto
es que se
trata
de
puntos
de
partida
muydistmtos. r r
'''
Así también, desde una perspectiva algo distinta —subrayando el origen jurídico-civil de algunos
ae IOS contenidos de la teoría de la imputación objetiva
moderna— Toepel,
Kausalitát und
PfUchtwidri-
gKeitszusammenhang, pág.
145.
\^rr ^fr^^^.este sentido, con razón en lo que se refiere a la interpretadón de las aportaciones de
Larenz y Honig, M aiwaid, FS Miyazawa, págs. 472 y ss., 476 y ss. Sin embargo, Maiwaid pretende
aemas
extender
esta valoración —equivocadamente, como se verá a
continuación—
a
la actual teoría
la imputación objetiva; una perspectiva de la que es sintomática, por ejemplo, la afirmadón de
Schü-
s a r r o l l o — que no en v ano f ue ub i c ado po r s us au t o r es en e l p l ano de l a
acc ión—^^ se l leva a cabo desde la perspec t iva de l su je to-autor y t raza tan
s o lo e l a l c anc e m áx im o de l a no r m a de c om por t am ien t oJ ^ ^ P ues t o que s e
t r a t a t an s ó lo de de l im i t a r es os l í m i tes m áx im os de l o que pu ede s e r en t end i
do c om o ob r a de un s u je t o , no es de ex t r aña r que m u y p r o n t o — de hec ho ,
y a en l a f o r m u lac ión de Hon ig— ,^^^ e l pun t o de m i r a de es t e des a r r o l l o s e
concent rase en la cues t ión de la a t r ibuc ión de l resu l tado,^^^ como mani fes ta
c i ón ex t e r i o r pe r c ep t i b l e p o r l os s en t i dos de los l im i t es de l a dom ina b i l i d ad ,
de m o do que l os r es u l t ados dogm á t i c os de es tas ap r ox im ac ion es no s upe r a
ran los a lcanzados por las re formulac iones de la teor ía de la causal idad de la
época, en par t icu lar , por la teor ía de la adecuac ión.^^^
b ) S in em bar go , pa r ec e c l a r o que g r an p a r t e de l os c on t en id os i nc l u i
dos en l a t eo r í a de l a im p u t ac ió n ob je t i v a — ^ t am b ién t a l y c om o es de f e nd id a
nemann (Chengchi Law Review 50 [1994], pág. 276 con nota 40) en el sentido de que la teoría de l
imputación objetiva —en su versión mayoritaria, desarrollada sobre todo por
Roxin—"
...en el fond
una 'teoría de la evitabilidad planificable'"; con un entendimiento
similar,
por ejemplo, Sanclnetti,
Fu
damentación subjetiva del ilícito, pág.
XIII,
290 y
s. (vid. lo dicho supra II. C. 1.
sobre
la aproxim
Sandnetti en nota). Pero lo derto es que la teoría de la imputación objetiva es bastante más que es
como se indica a continuación en el texto.
^^ Desde una perspectiva claramente deductiva, partiendo —en el caso de Larenz— de reflexio
de índole filosófica.
^ Y por ello no es de extrañar que en ocasiones se haya afirmado que existen paralelismos hac
concepto
final de
acdón; dr. V. Bubnoff, Entwickiung, pág. 46, respecto
del
concepto
de acdón en
Maiwaid, FS Miyazawa,
pág.
472 y ss., respecto de Larenz y Honig.
^^ A pesar que el propio Honig (FG Frank
1 pág.
196) siguiera ubicando la cuestión en el marco
teoría de la
acción,
lo de rto es que su análisis queda circunscrito básicamente a cuestiones de curso
causales irregulares; en este sentido Maiwaid (FS Miyazawa,
págs.
466,470 y s.) destaca que la ada
ción de la propuesta de Larenz a la discusión en la dogmática jurídico-penal estaba centrada en los
problemas con los que se topaban las teorías causales de la época al intentar resolver los casos con
cursos causales atípleos.
^^^ Como señalan W. Frisch,
TatbestandsmáBiges
Verhalten,
pág. 13 y s.; Wolter, en: Gim
Schünemann / Wolter (éd.), Internationale Dogmatik.
pág.
4; dr. más adelante la aportadón del p
Larenz, FS
Honig, pág.
79 y
ss.,
respecto del Derecho de daños, centrado en esta cuestión.
^^ Cfr.
en este
sentido, por ejemplo, Jakobs, AT^ 7/32; M artínez Escamilla, La imputación obje
resultado,
pág.
21; Roxin. Chengchi Law Review 50 (1994),
pág.
235;
W.
Frisch, Tipo penal e im
objetiva, pág. 26; Sancinetti, en: Cando Meliá / Ferrante / Sandnetti, Estudios sobre
la
teoría
imputación
objetiva, pág.
48.
66
Manuel Cancio Meliá
L a T e o r í a d e la I m p u t a c i ó n O b j e t i v a . . .
67
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 27/55
por la doctrina mayoritaria, tanto en el nivel de la "creación de riesgos des
aprobados" como en el de la "realización de riesgos"—, va más allá de esa
mecánica exterior . En efecto, po r ejem plo, los supuestos incluidos en el ám
bito del riesgo permit ido, o los abarcados desde el punto de vista de Roxin
por el así l lamado "alcance del t ip o" , sin duda algu na, sí cabrían dentro de la
def in ic ión de comportamiento ob je t ivamente imputab le en e l sent ido de
Larenz y Honig. Pues parece que no hay duda alguna acerca de que, por
e jemplo, puede " imaginarse como condic ión puesta de modo f i n a l " el resul
tado lesivo producido en el ejercicio de una actividad cubierta por un riesgo
permit ido, o el resultado que para la doctrina de la imputación objetiva es
consecuencia de una "autop uesta en pel igr o", etc. En realidad, estamos aquí
ante un fun dam ento mate rial dist in to. De lo que se trata es de los t ipos
penales —y especialmente, los t ipos de resultado "pobres" en elementos
descript ivos de la conducta— d eben ser completados , en todo caso, con ele
mentos normativos que determinen, más allá de la mera realización fáctico-
externa de la conducta típica,^^^ que en el plano objetiv o la conducta es una
expresión de sent ido t íp ica. Ese "com plem ento" normat ivo se corresponde
en lo esencial con lo esbozado por Welzel en su teoría de la adecuación
social como categoría del t ip o objetivo:^^^ se trata de los elementos q ue per
miten entender ob je t ivamente una determinada conducta como "expresión
de sent ido" t íp ica.
c) ¿Qué consecuencias cabe extraer de esto para el ente ndim ient o de
la teoría de la imputación objetiva? En prime r lugar, parece que las razones
existentes para un entendim iento norma t ivo de l t ipo no quedan l imi tadas a
los delitos de res ultado, como se ha señalado por un signif icativo sector de la
doctrina.^^^
Pero además, aún dentro de los delitos de resultado, parece que no
hay razón alguna para intentar vincular todos los elementos de la teoría de
la imputación objetiva a la producción del resultado, como se hace con el
"principio del riesgo", que en cierto modo "acompaña" al curso lesivo desde
^'' Cosa de la que nadie duda en eí ámbito de los delitos de comisión por o misión, como señaló ya
hace tiempo Jakobs, ZStW 89 (1977), pág. 2 y s.
^'' En este sentido, es significativo que Jakobs
{AP,
7/4) y Bagigalupo
{PG',
pág. 189) utilicen el
termino adecuación soda " como abreviatura de la imputación objetiva del comportamiento.
Cfr las referencias contenidas supra . 3. en notas.
la creación del riesgo hasta la realización del mismo en el re sultado. De este
modo, la teoría de la imputación objetiva quedaría configurada por dos raí
ces dist intas: la determinac ión de la t ipicid ad de la conducta y los problemas
específicos de la cone xión del r esulta do con esa conducta. '^^ Desde esta pers
pectiva, parece más razonable entender que algunos de los elementos in
c lu idos por la op in ión doct r ina l mayori tar ia —s ingularmente, por Roxin—
en el "tercer escalón" del "alcance del t ip o" —a analizar de acuerdo con este
sector después de la creación y realización de riesgos— forma, más
b ien,
parte de los elementos de determinación general de la t ipicidad de la con-
ducta.^^3
2.
Lo objetivo y lo subjetivo en la teoría de la imputación objetiva
a) En segundo lugar, es necesario l levar a cabo alguna reflexión res
pecto de la segunda cuestión que constituye un presupuesto para un desa
rrollo dogmático: se trata de determinar hasta qué punto es cierto que la
teoría de la imputación objetiva puede concebirse como parte de la teoría
del t ipo obje tivo, es decir, hasta qué pun to se trata de una categoría verda
deram ente objetiv a, cosa que, como antes se ha visto, está sometida a deba
te.
^ ^ Y ello con independencia de cuál sea el peso sistemático que se asigne al resultado en la teoría
del delito, ya sea como elemento indisolublemente ligado a los demás elementos de la tipidd ad objetiv
(como es el punto de vista mayoritario, dr. solo Roxin, ATI^ 11/42; Jakobs, AP . 7/4b con nota 2a) o qu
se considere que éste ocupa una posición distinta en el ámbito de la tipicidad (W. Frisch,
Tatbestan
máBiges Verhalten,
págs. 9 y
ss.,
67 y s., 509 y
ss.,
passim;
ídem, Tipo penal e imputación objetiva,
p
92 y ss., 107 y
ss.;
Mir Puig,
PG ^
10/48; Corcoy Bidasolo,
El delito imprudente,
págs. 34 y s., 434 y ss
Silva Sánchez,
A proximación,
pág. 415 y ss.).
^" Como han señalado, sobre todo. W.
Frisch. TatbestandsmáBiges Verhalten,
págs. 23 y
ss..
33
66 ;
Martínez Escamilla,
La
imputación objetiva del resultado,
pág. 365 y
ss.:
"...con esta ulterior limit
dón de la imputadón objetiva realmente lo que se está negando o afirmando es su presupuesto: la
creación de un riesgo típicamente relevante" {pág. 366); vid. también Luzón Peña, "La 'de terminadón
objetiva del hecho'", en:
ídem: Derecho penal de la circulación 2, pág.
108 y s.: "...se está sobrecarga
Indebidamente el ámbito de la imputación objetiva del resultado con problemas que pueden y debe
resolverse en otro lugar distinto dentro de la estructura del tipo..." (que Luzón Peña quiere encontrar la
solución en el ámbito de la determinadón de la autoría).
68
M anue l Canc io M e l i á
La T eo r í a de l a I m pu t ac ión O b je t i v a . .
69
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 28/55
E l pun t o de pa r t i da de es t e aná l i s i s es t á en e l p r og r es i v o en r i quec i
m i e n t o — p r á c t i c a m e n t e d e s d e s u m i s m a c r e a c i ó n — d e l c o n c e p t o d e t i p o d e
V on L i s z t be l i ng - Radb r uc h , ob je t i v o y av a lo r a t i v o , po r e l em en t os s ub je t i v os y
normat ivos .^ ' " *
E l c r i t e r i o de c l as i f i c ac ión s i s t em á t i c a que d io o r i gen a l a noc ión de
t i po , es dec i r , e l em en t os ob je t i v o - f ác t i c os en un s ec t o r de l a t eo r í a de l de l i t o ,
e l em e n t os v a lo r a t i v os y s ub je ti v os en o t r os , es t á , c om o es s ab ido , l i gad o a un
e n t e n d i m i e n t o m e t o d o l ó g i c o c o m p l e t a m e n t e o b s o l e t o . E n to n c e s, la j u s t i f i
c ac ión s is t em á t i ca pa r a m an t en e r de t e r m inadas es t r uc tu r as s i s tem á t i cas de be
p r ov e n i r de o t r o l ad o . P e r o t am b ié n pa r ec e c la r o que a l gún c r i t e r i o c l a r i f i c a
do r . P o r e l l o , s i l a op in i ón dom inan t e de f ens o r a de l a im pu t ac ión ob je t i v a
m ane ja l a d i s t i nc i ón en t r e " t i po ob je t i v o " y " t i po s ub je t i v o " , a t r i buy e a l a
im pu t ac ión ob je t i v a a l p r im e r o y des pués i n t r oduc e da t os s ub je t i v os ( c om o
los " c onoc im ien t os es pec ia l es " en e l de l i t o do los o ) pa r a de t e r m ina r es a " im
pu t a c ión o b je t i v a " , es ev iden t e que l a pe lo t a es t á en su t e j a do . E n es t e sen
t i do , dec i r f r en t e a l as f o r m u lac ione s de l os c r í ti c os que l a t eo r í a de l a im pu
t ac i ón ob je t i v a " n o s e de t i e ne an t e c i r c uns tanc ias s ub je t i vas " ^ ^^ o que e l ho
mic id io , las les iones , e tc . , es dec i r , e l hecho imputado es "a lgo ob je t ivo"^^^
no pa r ec e m ás que u na f i n t a pa r a s a l ir de l pas o .
b) En e l marco de la teor ía de l de l i t o —en s ín tes is— las d is t in tas cate
go r í as v i enen j us t i f i c adas po r que s on e l em en t os que t i enen una f unc ión de
f i l t r o , es dec i r , que s i r v en pa r a ex c lu i r de u l t e r i o r es aná l i s i s de t e r m inadas
c ons t e l ac i ones de c as os. Si l os e l em e n t os s ub je t i v os p ued en s e r t an de t e r m i -
nan tes ^^ ^ pa r a l a apa r i c i ón de una c on duc t a r e l e v an t e pa r a e l t i p o o b je t i v o ,
¿ pa r a qué es a f i gu r a de l t i po ob je t i v o? La r es pues t a depende , en p r im e r
l uga r , de que e l t i p o ob je t i v o pueda c ons t i t u i r s e en f i l t r o . E l pu n t o de pa r t i
da que debe r í a queda r c l a r o es que e l t i po ob je t i v o no es nada m ás que un
e lem en t o de l i n j us t o g l oba l ; no es un es c a lón de v a lo r ac ión p r op io . ^ ^ * S o lo
'''
Sobre esta evolución cfr. solo últimamente Frisch, en: Wolter / Freund,
Straftat
pág. 167 y ss.;
Lesch, Revisión. IV.
2,
b) aa).
^^1^ Wolter. en:
Gimbernat / Schünemann /
Wolter.
Intemationaie
DogmatiJ<, pág.
3.
^'
Roxin.
GS Armln Kaufmann,
pág.
250 y s.;
ídem.
Chengchi Law Review 50 (1994),
pág.
247.
De modo indiscutido en el delito doloso, y conforme a un creciente sector de la doctrina, también
en
el mjusto del delito imprudente.
''' Jakobs,
FS
Hirsch. pág.
45
nota 2.
4 i - #
hay i n j us t o c uando s e pued e a f i r m a r l a t i p i c i da d
in toto.
Pero aun así , cabe la
pos ib i l i dad que pueda e l im ina r de l p r oc es o de im pu t ac ión de t e r m inados
supuestos de hecho. Y a l menos para aquel los autores que sos t ienen que hay
de t e r m inado s s upues t os en l os que c i e r t os c onoc im ien t o s o f ac u l t ades es pe
c ial es s upe r i o r es no de ben s e r t en idos en c uen t a en l a de t e r m inac ió n de l a
t ip ic idad, queda c laro que s í ex is te esa func ión de f i l t ro . ^^^ Pero es que, en
segundo lugar , hay buenas razones —^íns i tas en la func ión de la teor ía de
de l i t o c om o i ns t r um en t o dogm á t i c o— pa r a que e l l o s ea as í : " . . . en e l De r e
cho pen al de un Es tado de l iber tades no se t ra ta de l co nt r o l de los aspec tos
in t e r nos , c on i nc l us i ón de l os m o t i v os , s i no de l c on t r o l de l o ex t e r n o . La p r e
gun t a ac e rc a de l o i n t e r no s o lo est á pe r m i t i da pa r a l a in t e r p r e t ac ió n de aqu e
l l os f enóm enos que s on y a , en c ua lqu ie r c as o , pe r t u r bado r es " , ^ ^ es dec i r
que l a des c om pos i c i ón ana l í t i c a de l hec ho l l ev ada a c abo po r l a t eo r í a de
de l i t o s o lo puede i r av anz ando en l a i n t r oduc c ión de e l em en t os de c on t ex t o
en l a m ed ida en que es t os i nd iquen l a r ea l i z ac ión de un hec ho j u r í d i c o - pe
n a l m e n t e r e l e v a n t e .
c ) A ho r a
b i e n ,
que es ta de l im i tac ión de suces ivos "n ive les de contex
t o "
no puede hac e r s e c on f o r m e a un es quem a s im p l i s t a " de n t r o de l a cabe
^^
Así, señaladamente Jakobs,
AV,
7/49 y ss. Por ello, no se entiende que Jakobs en una recie
contribución —FS HIrsch, págs. 57,62 y s.— sostenga que el establea miento de un filtro objetivo p
"en todo caso" sirve para la exclusión de ciertos conocimientos especiales, o que el establecimiento
tal filtro no hace daño, pero tampoco sirve para nada, ya que en última instanda el nivel máximo d
imputadón viene determinado por el lado subjetivo. Pues si pueden exduirse algunos supuestos, ya
justificada la función
de
filtro y la validez del juicio objetivo. Que Jakobs indique que esto —como
general la pertenenda de algún elemento a Injusto o culpabilidad—sea una mera cuestión "didác
pero no del "concepto de delito" {ibidem,
pág.
62) indica su creciente proximidad a un modelo un
hegeliano de delito (en lo que aquí interesa: sin distíndón entre injusto y culpabilidad; d r. el desarr
en
Lesch, Revisión,
lil y IV). Sin poder abordar aquí cuestión de tal magnitud, como es
natural,
sí
constatar
lo
siguiente:
es
indiscutible
que todo el proceso de imputadón jurídico-penal se ve
deter
do por la meta hacia la que camina: la constatación o no de culpabilidad. En ese sentido, una teor
ordenamiento penal (en palabras de Jakobs: el "concepto de delito") tiene que estar dominada por
su esenda. Ahora
bien,
no hay ninguna razón que haga pensar que una descomposición analítica d
"concepto" sea mera "didáctica ": en
efecto,
la teoría del delito es un mecanismo de análisis de
su
tos, de reconstrucción dogmática
de
la norma.
Y en
ello, como
se
observará
a
continuación
en
pueden pesar puntos de vista alejados de una percepdón teórico esencialista.
^^
Jakobs,
ZStW 97
(1985), pág. 761;
vid.
en el mismo sentido respecto de la cuestión debatida
texto Frísch,
en:
Wolter / Freund,
Straftat, pág.
194.
70
M anue l Canc io M e l i á
La T eo r í a de l a I m pu t ac ió n O b je t i v a . . .
71
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 29/55
z a "
- " f ue r a d e l a c abe z a " t am b ién es ev ide n t e . E n es t e s en t i d o , " ob je t i v o "
s i gn i f i c a c onc r ec ión de l a no r m a c on f o r m e a l os pa t r ones gene r a les de un
s u je t o en un de t e r m inado pape l s oc ia l . Des de es t a pe r s pec t i v a no pueden
resul tar conv incentes las c r í t icas que se han p lanteado en e l sent ido de que
la t eo r í a de l a im p u t ac i ón ob je t i v a es t a rí a us u r pand o de t e r m inad as c ues t i o
nes per tenec ientes a lo sub je t ivo. Pues s i de lo que se t ra ta es de una deter
m ina c ión ge ne r a l de l os lí m i t es de l a t i p i c i d ad ob je t i v a en e l s en t i do de ge
n e r a l ,
n o pu ede s e r dec i s i vo que l os da t os i n t r o duc ido s en es t e j u i c i o s ean ,
d e s d e u n p u n t o d e v is t a e x t e r n o - n a t u r a l , d e n a t u r a l e z a " o b j e t i v a " o " s u b j e
t i v a " . A l i gua l que o t r os da t os de l c on t ex t o que pe r m i t en es a v a lo r ac ión
ob je t i v a en e l s en t i do de gene r a l , un da t o s ub je t i v o c om o e l c onoc im ien t o
de de t e r m inado hec ho puede i nc l u i r s e en e l t i po ob je t i v o s i n que s e des t r u
y an l as ba r r e r as en t r e t i p o ob je t i v o y s ub je t i v o : pues l a v a lo r a c ión en l a que
es i n t r od uc ida es e da t o es d i s t i n t a de l a que p r oc ede r ea l i z a r en e l t i po s ub
j e t i v o . Lo que im po r t a pa r a es te aná l is i s es e l s i gn i f i c ado — e n ex p r es ión de
M i r P u ig— ^ ^^ " i n t e r s u b je t i v o " de l a c onduct a .^ ^ ^ Y es t e puede v a r i a r en
f u n
c ión de l os da t os c onoc idos p o r e l s u j e t o ac t uan t e .
^^
V\d. "Sobre lo objetivo
y
lo subjetivo
en el
injus to", ahora
en:
ídem. El Derecho penal en el Estado
social y
democrático de
derecho,
pág. 184; ídem, "Antijurldicidad objetiva y antinormatividad en Derecho
penal", ahora
en:
ídem, op. dt., págs.
233,241.
^^ A los efectos que aquí se persiguen —mostrar que la introducción de datos subjetivos, como
pueden ser determinados conocimientos, en la teoría del tipo objetivo, no supone un sacrilegio sistemá
tico—, baste lo dicho
en el
texto. Otra cuestión
es cuál es el peso que debe asignarse a
lo "subjetivo" y
a
lo "objetivo"
—esta
vez, entendidas
estas expresiones en su
sentido habitual—
en la
fundamentadón
del injusto. Esta problemática —para Mir Puig, "Sobre lo subjetivo y lo subjetivo en el injusto",
en:
ídem.
El Derecho penal en el Estado social y democrático de derecho,
pág.
1 8 1 , "
el debate doctrinal tal vez más
importante que ha tenido lugar en este siglo acerca de las bases de la teoría del de lito ", y cuya conside-
radón como tal, evidentemente, excede del ámbito del presente estudio— se ha manifestado en el
contexto que aquí interesa sobre todo, en la cuestión de si el hecho de que una conducta sea dolosa
puede afectar a su peligrosidad, es decir, si el comportamiento doloso es "más peligroso" que el impru
dente, lo que conllevaría la imposibilidad de un tipo objetivo común para dolo e imprude nda (afirm ati
vamente, por ejemplo, Mir Puig, "Función de la pena y teoría del delito en el Estado social y democrático
de Derecho", 2^
ed.,
en: ídem.
El Derecho
penal
en
el
Estado
social y
democrático
de derecho,
págs. 67
y
ss,, 69; ídem,
"La perspectiva ex ante en Derecho pena l", en:
ídem,
op. cit , pág. 102 y s.; ídem, "Sobre
lo objetivo y lo subjetivo en el injusto", en ídem, op. cit, pág. 187; ídem, "Antijuridicidad objetiva y
antinormatividad en Derecho pena ", en: ídem, op. cit,, pág. 236 y s.; Silva Sánchez, Aproximación, págs.
388 y 400; Luzón Peña, "La 'determinadón objetiva del hecho '", en: ídem.
Derecho
penal
de
la circula
ción 2,
pá g. 116; Torio López, ADPCP 1986, págs. 39 y s., 42; Sancinetti, en: Can do Meliá / Ferrante /
m ^
E s t a d i f e r enc iac i ón en c uan t o a l c on t ex t o r e l ev an t e pa r a e f ec t ua r e l
j u i c i o de t i p i c i dad pu ede i nc l us o tr as l ada rs e den t r o de l a t eo r í a de l a im pu t a
c ión ob je t iva: desde es ta perspec t iva, las d is t in tas ins t i t uc iones dogmát icas
que l a c on f i gu r an pueden ob t ene r s u d i f e r en t e pos i c i ón s i s t em á t i c a en f u n
c ión de la c lase y cant idad de datos que se incorporen desde e l contex to a l
j u i c i o de im pu t ac ión , y endo des de v a lo r ac iones m ás abs t r ac t as has t a l a i n
t r oduc c ión d e e l em e n t os m ás c onc re t os de l c on t ex to . ^ ^^
B. Insti tuciones dogmáticas de la teoría de la imputación objetiva
Una vez sentados los presupues tos que anteceden resu l ta pos ib le des
c ende r y a a l n i v e l dogm á t i c o c onc r e t o , es dec i r , o f r ec e r un a o r den ac ión de l
mater ia l des t inada a ser ap l icada en la reso luc ión de casos .
Com o ya se ha ind i cad o, no se t ra t a en es te es tu d io de l leva r a cabo un
aná l i s i s ex haus t i v o de l c ons ide r ab le núm er o de p r opues t as dogm á t i c as e l a
bo r adas en l a doc t r i na , s i no t an s o lo de o f r ec e r una pos ib l e c on f i gu r ac ión
"operat iva" (es dec i r , una propues ta de ap l icac ión en la so luc ión de casos)
en e l aná l is is de es ta teor ía .
Cabe a f i r m a r , de ac ue r do c on l o an tes ex pues t o , que t od a l a t eo r í a de
la imputac ión ob je t iva responde a dos ra íces d is t in tas : por un lado, se t ra ta
de dete rmi nar s i las carac ter í s t icas de la conduc ta l levad a a cabo por e l au tor
s e c o r r es ponden c on l a p r ev i s i ón de l t i po . P o r o t r o l ado , en l os de l i t os de
r es u l t ado , se t r a t a de c om pr ob a r — una v ez v e r i f i c ado e l c a r ác te r t í p i c o de l a
c onduc t a— s i e l r es u l t ado c onec t ado c aus a lm en t e a es a c onduc t a puede r e -
c onduc i r s e no r m a t i v a m e n t e a es ta , es dec i r , s i t am b ié n e l r es u l t ado es t í p i c o .
A es tas dos ra íces^^ respon den los dos n ive les de anál is is que a c ont in uac ión
s e p r o p o n e n : i m p u t a c i ó n o b j e t i v a d e l c o m p o r t a m i e n t o
{infra B. ^.) e
i m p u
t ac i ón ob je t i v a de l r es u l t ado {irifra B. 2.).
Sandnetti, Estudios sobre la teoría de la imputación objetiva,
pág.
58 y
ss.;
Schünemann, GA1999,
220 y
ss.
En contra, Martínez Escamilla, La imputación objetiva del resultado,
pág.
108 y ss.).
'^^
Cfr. ya Cancio Meliá.
Conducta de la víctima e imputación objetiva,
págs. 303 y ss., 315 y ss.
^^ Cfr.
supra 111
A.
1.;
vid. solo Jakobs.
AF,
7/4, y Bacigalupo,
PG',
pág. 189.
72
M a n u e l C a n d o M e l l a
La T eo r í a de l a Im pu t ac ión O b je t i v a ,
73
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 30/55
1.
Imputación del compo rtamiento
En es te n ive l de anál is is , com o se acaba de señalar , ha de co mp rob arse
que l a c onduc t a en c ues t i ón r es ponde a l os pa r ám e t r os no r m a t i v os gene r a
l es de l t i po ob je t i v o . Des de e l pun t o de v i s t a aqu í adop t ado , es tas c a r ac te r í s
t i c as gene r a les pueden r es um i r s e en t r es i ns t i t uc i ones dogm á t i c as :
riesgo
permitido, prohibición de regreso e imputación al ámbito de responsabili
dad de la víctima. E stas i ns t i t uc i ones deben en t ende r s e no c om o pun t os de
v is ta a is lados , s ino como verdaderos esca lones suces ivos de anál is is : e l orden
de ex am en r es ponde a una c l as i f i c ac ión p r og r es i v a de l o m ás gené r i c o a l o
m ás es pec í fi c o ; en c ada una de l as i ns t i t uc i ones v an i n t r od uc ién dos e , c om o
s e v e r á , m ás da t os de l c on t ex t o de l c om po r t am ien t o e n ju i c i ad o .
La comprobac ión suces iva de es tos esca lones de anál is is conduce, en
c as o nega t i v o ( no hay n i r i es go pe r m i t i do , n i p r oh ib i c i ón de r eg r es o , n i im
pu t ac ión a l ám b i t o de r es pons ab i l i dad de l a v í c t im a ) , a l a a f i r m ac ión de l a
t i p i c i d a d d e l c o m p o r t a m i e n t o .
a) Riesgo permitido
1. E n t r e e l s ec t o r de l a doc t r i n a qu e ha adop t ad o l a t eo r í a d e l a im pu
t ac i ón ob je t i v a , puede dec i r s e que hay un c ons ens o f undam en t a l — s i b i en
c on m ú l t i p l es d i f e r enc ias en l a c on f i gu r ac ión c onc r e t a— a l a ho r a de ac ep t a r
que en e l m a r c o de l a rea l i z ac ión de ac t i v i dades a r r i es gadas ex i s t en de t e r m i
nados es pac ios que y a des de un p r i nc i p i o no s e ha l l an aba r c ados po r l as
n o r m a s p e n a l es d e c o m p o r t a m i e n t o p o r r e s p o n d e r a u n a c o n f i g u r a c i ó n v i t a l
que es t á t o l e r ada de m odo gene r a l ; l as c onduc t as r ea l i z adas en es e m ar c o
es t án c ub ie r t as po r un riesgo permitido.
2 .
B a jo es t e r ó t u l o s e ag r upan dos g r andes g r upos de c as os : po r un
lado , aque l l os s upues t os en l os que una a c t i v i dad gen e r ad o r a d e r i esgos es
pe r m i t i da en de t e r m inadas c i r c uns t anc ias , b i en ex i s t i endo una r eg lam en t a
c i ón ex p r es a ( po r e j em p lo : e l t r á f i c o r odado , e l f unc ionam ien t o de i ndus
t r i as , l a rea l i z ac ión de c om p e t i c i ones de po r t i v as , e t c .) o s i n t a l r eg la m en t a
c i ón ( l as " no r m as de c u idado " c onoc idas de l de l i t o im p r uden t e : l os s upues
tos de lexartisen la ac t iv idad médic a, en la cons t rucc ió n, las precau c iones en
la edu cac ió n de los h i jos , e tc .) . Por o t ro lado , aquel los supues tos en los que e l
e l em en t o p r eponde r an t e es l a no r m a l i dad s oc ia l de l a c onduc t a gene r ado r a
de r iesgo (por e jemplo, en e l supues to de l sobr ino que env ía a su t ío a pasear
ba jo l a t o r m en t a ) ,
3 . En es te con tex to , se suele habla r , según los casos , de qu e no co ncu
r r e un " r i es go j u r í d i c a m en t e r e l ev an t e "^ ^ ^ — es p ec ia lm en t e , en l as ac t i v ida
des s oc ia lm en t e no r m a les o c on una c onex ión m uy déb i l c on e l pos t e r i o r
r es u l t ado
("cursos
c ausa les i r r egu la r es " ) — o qu e s e t r a t a de un " r i es go pe r
m i t i d o " ^ ^ — es p ec ia lm en t e , c uando se t r a t a de una ac t i v i dad que gene r a
r i esgos , pe r o es tá pe r m i t i d a de m od o gene r a l— , de m ane r a que l a c onduc t a
en c ues t i ón , en ú l t im a i ns t anc ia , c on l l ev a un r i es go que no es t í p i c am en t e
relevante.^^^
S in que sea necesar io a los e fec tos que aquí se pers iguen ent rar en
p r o f und idad a l as d i s t i n t as c on tr ov e r s i as que han ac om pañ ado a l a de t e r m i
nac ión de l concepto y de la ub icac ión s is temát ica de l r iesgo permi t ido,^^ -^^^
''' Cfr. solo Jescheck / Weigend, AP,
§
28IV. 1.
«
Cfr. solo Roxin, ATP, 11/59 y ss.
^ En la terminología que prefiere Mir
Puig,
PG^, 10/57, para evitar posibles confusiones con ot
ámbitos en los que el riesgo queda permitido en virtud de un permiso excepdona , de una causa de
justificadón. Vid.
también Corcoy Bidasolo, El delito
imprudente, pág. 438.
^^ Cuya exlstenda pennite afirmar a Roxin que sobre"... el significado y ubicadón sistemática" d
esta ¡nstitudón existe una "falta de daridad absoluta"
(ATP,
11/59). Cfr. acerca de esta figura sobr
todo el exhaustivo estudio y la completa información contenidos en los trabajos monográficos de Pre
Untersuchungen, passim,
y de
Paredes Castañón, El riesgo permitido, passim
y
especialmente
ss.
Vid.
también las referencias en Suárez González / Cancio Meiiá,
en:
Jakobs, La imputadón obje
pág.
71 y s.
^^Han solo conviene subrayar que la imagen comunmente u tilizada para explicar su fundamenta-
ción, en el sentido de que el establecimiento de los niveles de riesgo permitido es un producto de un
proceso de ponderadón decostes y beneficios (para los distintos bienes jurídicos implicados, en el se
do de una ponderación global), no se corresponde en todos los casos con la realidad, puesto que en
muchos supuestos el riego permitido se establece sin tener en cuenta tales cálculos (por ejemplo: ¿e
una ponderación costes-beneficios que merezca tal nombre
en
relación con la práctica —pe rmitida—
de determinados deportes de competición con vehículos de mo tor?), sino más bien en función de las
características generales de la sociedad en cuestión. Cfr. en este sentido Jakobs, AT^
7/36,
espedalm
notas 62 y
63;
Bacigalupo, PG ^
pág. 190;
exhaustivamente Lesch, Revisión, 2. IV.
1. a);
también F
Sánchez, Homicidio
y
lesiones
imprudentes, pág.
201 y
ss.
Y en contra, por ejemplo.
Frisch, T
máBiges Verhalten, pág. 72 y ss., afirmando que siempre cabe reconstruir la ponderadón; en sen
similar, por ejemplo, también Wolter,
en:
Gimbernat / Schünemann / Wolter (ed.): Internationale Do
74
M anue l Canc io M e l i á
La T eo r í a de l a I m pu t ac ió n O b je t i v a . , .
75
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 31/55
aqu í s e pa r t e — c on aque l s ec t o r de au t o r es que puede c ons ide r a r s e que
c on f i gu r a l a doc t r i na m a y o r i t a r i a — de la idea de r i es go pe r m i t i do c om o aque
l l a i ns t i t uc i ón dogm á t i c a que de t e r m ina e l " es t ado de i n t e r ac c ión no r m a l " ^ ^
en e l t r a t o de de t e r m in ados r i es gos — e n e l s en t i do de que s e t r a t a de un a
d e t e r m i n a c i ó n g e n e r a l p a r a d e t e r m i n a d o s t i p o s d e a c t iv i d a d , n o v i n c u l a d a
( a d i f e r enc ia de l ám b i t o de l a j us t i f i c ac ión ) a l c on t ex t o pa r t i c u l a r — / ^ ^ y , en
es e s en t i do , im p l i c a l a " l eg i t im ac ió n de es pacios de l i be r t a d de ac t ua r gen e
r a l es " / ^ ^ en c uan t o e l em en t o de l t i po ob je t i v o de l os de l i t os do los os e im -
p r uden t es J ^ ^
Q ueda c l a r o , en t onc es , que des de l a pe r s pec t i v a aqu í adop t ada no
pue de c ons ide r a r s e ac e r t ada l a opc ió n de qu ienes no y a a f i r m an q ue e l ri es
go pe r m i t i do s e bas a en un p r oc es o de ponde r ac ión en e l m om en t o l eg i s l a
t i v o , s i no que debe c ons ide r a r s e un e l em en t o pe r t enec ien t e a l a j us t i f i c a
c i ó n , ^ ^
es dec i r , que r equ ie r e una pon de r ac ión e f ec t i v a c on pos t e r i o r i d ad a l
hecho y en atenc ión a l caso concreto . ^^^ Pues en cont ra de lo que se ha af i r -
tik,
pág. 5.
Sin em bargo, lo cierto es que, como señala Jakobs, nopuede hallarse el criterio comparativo
rector a partir del cual pueda efectuarse la ponderación:
cfr.
Jakobs, La imputación
objetiva, pág.
119 y
ss.; también relativiza una visión mecanlcista del cálculo de costes y benefidos Martínez Escamilla,
La
imputación objetiva del resultado, pág. 134 y ss.
En
este sentido, el riesgo permitido aparece tan sólo
como "descendiente" del estado de necesidad justifican te (Jakobs, ZStW 89 [1977],
pág.
13); la "funda-
mentación del
iesgo
permitido está... emparentada con la ponderación de intereses" (Jakobs, AP, 7/35,
sin subrayado en el original), pero no su funcionamiento en la imputación; la ponderación es solamente
la consideradón del legislador que antecede
a
la fijación del estándar descontextualizado (Jakobs, ibí-
dem, 7/40),
es
dedr,
el
"estado normal
de
interacción"
al que aludiere a
continuación
en el
texto.
En
todo
caso, con independencia de la fundamentación, lo cierto es que —y aquí coincide Jakobs con otras voces
de la doctrina— se trata de una ponderación de índole general, de la "legitimación de espacios de
libertad de actuar generales".
^^
Jakobs,
La imputación
objetiva, pág.
119.
'''
Vid.
por
todos
Roxin, ATI , 11/60.
'^^ 4/C-Zielinski, §§ 15,16 n.m. 100; en sentido similar, dr., por ejemplo, Roxin, ATP, 11/60; Jakobs,
AV,
7/35
y
ss.; Bacigalupo, /'G^, pág. 188; Martínez Escamilla, La imputación objetiva del resultado, pág.
159 y s.;
W.
Frisch,
Tipo penal e imputación
objetiva,
pág.
71.
^^ Cfr. solo Martínez Escamilla, La imputación objetiva del resultado, págs. 125 y
ss.,
139 y
ss.
^^
Vid.
también supra
II. C. 1.,
nota,
^^ Cfr., por ejemplo,
en
esta línea Schünemann,
JA
1975, págs.
435 y
ss.,
576 y
s., 577, proponiendo
una clasificación a efectuar ex posten atención al valor soda de la actividad en cuestión; Luzón Peña,
voz "imputación objetiva",
en:
Enciclopedia Jurídica Básica,
vol.
II [COR-IND], pág.
3467 y
s.; ídem, PG I,
pág. 382,
sosteniendo que si los supuestos que se suelen ubicar bajo la rúbrica del "riesgo permitido"
m ad o pa r a f und am en t a r es ta posi c ión ,^ ^ ^ no hay r i es go de c on f us ión en t r e
j us t i f i c ac ión y t i p i c i d ad po r i nc l u i r el ri es go pe r m i t i d o en l a t i p i c i d ad : qu eda
c laro que cabe es tab lecer d i ferenc ias ent re la va lorac ión (excepc ional / nor
m a l ) de l pe r m is o de una ac c ión en l eg í t im a de f ens a de l pe r m is o de una
c o n
duc t a l l ev ada a c abo den t r o de una ac t i v i dad t an no r m a l c om o puede s e r l a
c onduc c ión d e au t om óv i l es . E n un c as o, es p r ec i s o ana l i z a r de t e n ida m e n t e
e l c on t e x t o de l a c onduc t a qu e c onduc e a la l es i ón , en e l o t r o l a n o r m a l i dad
s oc ia l gene r a / de l c om por t am ien t o ex im e de t a l aná l i s i s de ponde r ac ión . De
lo cont rar io , se le a t r ibuye a l t ipo un a lcance desmedido.^^^
4 . Des de e l pun t o de v i s t a aqu í adop t ado ,^ ^ ^ t am b ié n f o r m a pa r t e de l a
i ns t i t uc i ón de l r i es go pe r m i t i do e l as í l l am ado "principio de confianz a".^^^
De ac ue r do c on es t e p r i nc i p i o — pr es c ind iendo t am b ién aqu í de en t r a r de
modo deta l lado en la d iscus ión acerca de la ub icac ión s is temát ica de es ta
i ns t i t uc i ón—
,^ ^
e l s u j e t o que r ea l i z a una ac t i v i dad a r r i es gada , en p r i nc i p i o
quedan
exduidos
del ámbito
jurídico-penal,
ello sucede en función de una
ponderadón
de intereses q
pertenece a la an tijuridicidad.
^ Así
Luzón Peña, PG I. pág. 382.
'^^
Badgalupo,
PG \
pág. 189.
^^
Vid.
Suárez González / Cando
Meliá,
en:
Jakobs, La imputación
objetiva, pág.
69 y
s.;
Cando
Conducta
de la víctima e imputación objetiva, pág. 321 y ss.
^^ Cfr. sobre este principio solo las exposidones de Stratenwerth, ATP, n.m. 1155 y
ss.;
S/S^^'-Cramer,
§ 15 n.m. 1 47.14 9 y ss., 151 y ss.; Schumann, Selbstverantwortung, pág. 7 y
ss.;
Wehrie,
Fahriássig
Beteiligung, pág, 52 y ss.; Jorge Barreiro,
La imprudencia punible,
pág. 117 y ss.; materialmente en e
mismo sentido, aunque crítico con la denominadón "principio de confianza", vid. también W. Frisch,
TatbestandsmáBiges
Verhalten. págs. 185 y ss„ 188 y s., 2 18 y ss.
^^ Mientras algunos lo tratan como una institudón más o menos autónoma dentro del primer nivel
de la imputad ón objetiva (así, por ejemplo, Jakobs, ZStW 89 [1977 ], págs. 13,29 y
ss.;
ídem,
AV,
7/51,
donde concibe en parte el principio de confianza como un "supuesto particular" del riesgo permitido [y
en otro sector como parte de la prohibición de regreso]; últimamen te
ídem,
La imputad ón objetiva, pág.
106 y s.; en este sentido también Bacigalupo, PG \
191;
vid, también Corcoy Bidasolo,
El
delito impruden
te,
pág . 327 y ss.: el principio de confianza está "estrechamente relacionado con el riesgo permitid o",
pero ha de distinguirse entre ambos [op. dt., pág. 327], aunque finalmente se llega a la condusión [p.
333] que se trata de una "forma particular de aparidón del riesgo permitido"; en una línea similar
también Stratenwerth,
AT
P, n.m. 1155), otros niegan con mayor daridad tal autonomía al prindpio de
confianza y lo entienden — perspectiva de la que también aquí se parte— como un ámbito que pertene
ce a la determinación del riesgo permitido (así, por ejemplo,
Roxin, ATP,
24/22;
Reyes
Alvarado,
Imputa
ción objetiva,
pág. 141 y
ss.,
especialmente págs. 145 y s., 149 y s.; Suárez González / Cando Meliá , en
76
M anue l Canc io M e l i á
La T eo r í a de l a I m pu t ac ión O b je t i v a .
7
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 32/55
l í c it a , puede c o n f i a r e n que qu ienes p a r t i c i pan j u n t o a é l en l a m is m a s e v an
a c om por t a r c o r r ec t am en t e — de ac ue r do c on l as r eg las ex i s t en t es — m ien
t ras no ex is tan ind ic ios de que e l lo no va a ser as í . D icho en pa labras de
S t r a t enwer t h , " po r r eg la gene r a l no ha de r es ponde r s e de f a l t as de c u idado
a jenas , s i no s e puede c on f i a r en que t odos c um p l i r án c on s us debe r es de
cuidado" . ^°^ E l pr inc ip io de conf ianza, entonces , se re f iere a aquel los casos
en l os que e l s u je t o que ac t úa " en p r i nc i p i o " es r es pons ab le de l a s i t uac ión
de r i es go po r é l c r eada o que a é l c o r r es po nde c o n t r o l a r , y , en l a i n t e r ac c ión
soc ia l , l e es t á pe r m i t i do c on f i a r en que e l c om por t am ien t o de o t r os en es a
s i t uac ión s e r á c u idados o ; a l dec i r s e que " en p r i nc i p i o " es r es pons ab le , en
t onc es , queda c l a r o s enc i l l am en t e s e qu ie r e de c i r que es una f ue n t e de p e l i
g r o c uy a adm in i s t r a c i ón l e c o r r es pon de a l s u je t o .
E s te pe r m is o no qu eda l im i t ad o a l ám b i t o de l t r á f i c o r odado^ ^ ^ — e n e l
que s u r g ió o r i g i na r i am en t e— ; ^ °^ po r e j em p lo , qu ien s eña l i z a deb idam en t e
un f os o no r es p onde s i un pas ea n t e des c u idado c ae en
él;^°^
no r es ponde , en
g e n e r a l ,
qu ie n de ja de t e r m in adas c osas o apa r a t os en un c on t ened o r d e
bas u r a c on l as que s e l es i ona después a l gu ien a l m a n ipu la r l as de m od o des -
c u idado , ^ ° en l o que s e r e f i e r e a la m an ip u lac i ón de p r odu c t os c om er c ia l i z a -
Jakobs,
La imputación
objetiva,
pág. 69 y s.). Otro sector doctrinal —con independencia de la cuestión de
la autonomía sistemática— considera al principio de confianza no como elemento de una teoría general
de imputación o bjetiva, sino como criterio para la determinación del deber objetivo de cuidado en el
ámbito del de lito imprudente:
cfr.,
por ejemplo. Cerezo
Mir,
PG11^,
pág.
170 y
ss.;
Jescheck /
Weigend, AP.
§ 55 1.3. d); B urgstaller, Fahriássigkeitsdelikt, pág. 58 y ss.; Jorge Barreiro, La imprudencia punible, pág.
117 y
ss.;
próximo también Feijóo Sánchez, Homicidio y lesiones
imprudentes, pág.
226 y
ss.
^°Mr/^,n.m.1155.
^ Las
constelaciones
que surgen en
este contexto
son
muy numerosas.
En
relación
con
la conducta
del sujeto perjudicado, puede darse un supuesto de apjicadón, por ejemplo, en caso del conductor de un
automóvil que puede confiar en que el peatón no invadirá de modo inopinado la calzada (así, por
ejem
plo,
S/S^ -Cramer, § 15
n.m. 212; vid. también,
entre muchas, la STS 7.5.1934 [JC
226]).
Ulteriores
referen
cias a la jurisprudencia del
TS
español en esta materia últimamente, por ejemplo, en Feijóo Sánchez,
Homicidio y lesiones
imprudentes, pág.
225 y s., nota 1.
^° Afirman,
en este
sentido,
que el
principio
de confianza debe
operar
en otros
sectores,
por
ejemplo,
Welzel,
Strafrecht
1 1,
pág. 133; Stratenwerth,
ATF, n.m.
1156: el principio de confianza
ige
en todos los
casos en
los
que en
la vida social "las normas
de
comportamiento
de
varias personas entran
en
contac
to";
vid.
también 5/5^^-Cramer, § 15
n.m. 151;
Bacigalupo,
PG^, pág. 191;
Cerezo Mir, PG
11^. pág.
171 y
s.;
Maurach /
Góssel, y4F, 43/72;
Corcoy Bidasolo, El delito
imprudente, pág.
327.
^ E ejemplo es de Stratenwerth, ATP. n.m. 1012.
^° W. Frisch,
Tatbestandsmáí3lges
Verhalten, pág.
220.
dos,^°^
en d iversos ámbi tos abora les , ^°^ en e l equ ipo médico-qu i rúrg ico,^°
t od o e l l o , s i em pr e que n o ex i s t an i nd ic i os de que s e t r a t a o pod r í a t r a t a r
de personas no responsables o de que los su je tos en cues t ión, a pesar d
todo, van a emprender e l ac to que puede les ionar les . ^°^
Esta conf igurac ión de las reg las a ap l icar es expres ión de que tambié
en es t e c on t e x t o s e t r a t a de es t ab lec e r ám b i t os de r es pons ab i l i dad gene r a l
qu e h an d e inc id i r sobre la determ inac ión de la t ip ic idad de la conducta^^° —
en l a t e r m ino log í a aqu í u t i l i z ada— , en la im pu t ac ión ob je t i v a de la c ondu
t a . P a r t i end o de l o an t e r i o r , s on j us t i f ic adas en a l guna m ed ida — s ob r e t o
en l a e l ec c ión de una t e r m ino log í a que pue de r es u l t a r i nadec uada— las c
t icas ver t idas por W. F r isch en cont ra de l uso habi tua l de l pr inc ip io de co
f ianza:^^^ pues , en efec to , parece que se superponen dos prob lemas mater
les d is t in tos : por un lado, se hace re ferenc ia a la de l im i tac ión de los ámbi t
de r es pons ab i l i dad — has t a qué p un t o l as r eg las es t ab lec en r es p ons ab i l i d
de l o t r o en r e l ac i ón c on una c onduc t a c o r r ec t a— , y , en s egundo l uga r ,
c ues t i ón de l a c ognos c ib i l i dad de l c a r ác t e r res pons ab le de l os dem ás i n t e r
n i en t es . A dem ás , es c i e r t o que pu ede pa r ec e r q ue es e l p r i nc i p i o de c o n f i a
z a l a r az ón , e l f undam en t o de l a s o luc i ón , c uando s o lo es ex p r es ión de
m is m a , es dec ir , que e l au t o r s e ha m a n t en ido d en t r o de l os " es quem as
c oo r d in ac ió n " qu e r i gen l a ac t i v i dad en c ues t i ón . Desde es ta pe r s pec t i v a ,
c i e r t o que e l " . . . p r i nc i p i o d e c on f i anz a no es m ás que u na descripción apro
mativa ypsicologizantede
la conc lus ió n de las re f lex io nes norm at ivas dec
vas...".^^^
T am b ién en e l c as o de l p r i nc i p i o d e c on f i anz a s e t r a t a , en t onc es ,
^* Respecto
de
la responsabilidad por productos,
vid.
por
todos
Kuhlen, Produkthaftung, p
yss., 138y s.
^° Cfr. con respecto de las peculiaridades en este contexto solo Arroyo Zapatero, Manual de
penal del trabajo,
pág. 90 y ss.
2^ Vid. solo Jorge Barreiro, en:
Responsabilidad
del
personal
sanitario, pág. 361 y ss.
20^ Vid . acerca de los detalles solo 5/5^^-Cramer. § 15 n.m. 213 y ss.; Jakobs,
AV ,
7/53 y ss.
2^°Cfr. W. Frisch,
TatbestandsmáBiges Verhalten.
págs. 186 y ss., 189 y s., quien, sin embar
diferencia entre casos de falta absoluta de vinculación del significado del comportamiento inida
subsiguiente (pr ohlbidón de regreso, dr. a continuación b) en el texto) y aquellos otros en los qu
principio existe posición de garante derivada de organlzadón respecto de la contlnuadón del cu
(prindpio de confianza).
^" TabestandsmáBiges Verhalten, pág. 190 y s.
^'^
W. Frisch,
TatbestandsmáBiges
Verhalten, pág. 191,
cursiva en el original; dr. en sentido
también Jakobs AV. 7/51.
78
M a n u e l C a n c i o M e ü á
La T eo r í a de l a Im pu t ac ión O b je t i v a .
79
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 33/55
una mo dal idad genera l de determinación de ámbitos de responsabi lidad, y,
conc retam ente, d e cuáles son los límites del riesgo permit ido:^^^ el prin cipio
de confia nza es, como antes se decía, un supuesto específ ico del riesgo per-
mit ido.^^"^ El hecho de que el principio de confianza deje de ser efectivo,
como antes se ha señalado, en casos en los que hay indicios suficientes de
que pueden verse afectadas personas no responsables por el riesgo creado
(ejem plo clásico: el conductor no pue de confiar lícitamente que una persona
de avanzada ed ad o unos niños que están juga ndo al borde de la calzada se
vayan a comportar de acuerdo con el esquema de coord inación " no invadir
la calzada"), o cuando sea evidente que el otro interviniente no va a atener
se al "esqu ema de coor dina ción " (por e jemp lo, en el supuesto clásico a estos
efectos, cuando un condu ctor al aproximars e a un cruce en el que le corres
pon de a él la preferencia, observa que ot ro veh ículo no la va a respetar), no
le otorga especif icidad al princip io de confia nza. En efecto, lo que sucede es
que e l r iesgo perm it ido no es una permis ión absolu tamente contra fáct ica,
sino que requiere de una concreción por parte del sujeto que realiza la act i
vidad. Y ello es una característ ica que concurre en muchos otros supuestos
dist intos de l ámb ito del así l lamado p rincip io de confianza. Así, no cabe duda
alguna de que el permiso general de circular a determinada velocidad con
un vehículo de m oto r por una vía no rige cuando se den ciertas condiciones
ambien tales (n iebla, nieve en la calzada). En este sentido, tam bién el princi-
n. r . rn
' í I "
^ü
'' f^"'^^^^^^^
clíferencias respecto de otros supuestos de riesgo permitido, éstas no
parecen afectar, desde
la
perspectiva aquí ado ptada,
a la
unidad sistemática de todo
e l
sector riesgo
permitido-p nncipio de confianza. En efecto, al afirmarse, como hace, por ejemplo, Stratenwerth {ATP,
n ^ m i l 55) que en el caso de los riesgos "natura les" - p a r a los que este autor quiere reservar
la
deno-
m P n t r .
' ' ' ^ ' '
f / ^ t i d o " ™ se trata de evitar todos los iesgos, a menos que éstos estén permitidos,
Z r l n ^ l " "
f
" " ^ P''"""P'°
^^
' ° ^ ' ^ ' ' P^^ ^^ ^°"*^3"o,
la
regla es la opuesta, ya que en
Sprn
1 M
P , ' Í
V ^ ^ ' ^ ^ ^ ^ ^" ^"^ '^ ^^ nducta de los demás será correcta, e llo sin dud a alguna es c orrecto.
d TJ ^^'^ ' ' afirmación de la existencia de una institución autónoma parece que
pyorpcTl
i T ' ^ " ^ " ' ' ^ "
^ " ' 9 " ' ' ^ '
'
^^'
'^9las
en
ella sintetizada,
y
esta función
^ o m o se
P . r n n l
V ^ ' ^ ' "^^- ^^'^^^
^ °'
''^'^^^ ^^ <°generalmente
permitido.
A ello no obsta que
tidn nnr n ? 3^"^' '^ ' ' '^ ' ^^ ^^
^^P^"^
^ continuación en el texto, tanto en los supuestos de
iesgo
permi-
o p r l n l f f
^•' ' ' ' " ' '
í ' ' " ^ ^ °'
^ '
personas como en los upuestos de riesgos derivados de la actuación de
contexto
" ' " ^ ' ' '
confianza) deba adaptarse
en
determinados ámbitos
a las
circunstancias
del
^^'
Cfr. solo SK-Samson, anexo al § 16, n.m. 2 1 .
mj m
pió de confianz a consiste en un proceso de concreción en atenc ión al carác
ter responsable de los sujetos que intervien en en la actividad.
De lo que se trata —^también en este ámbito, desde la perspectiva del
autor y su conducta— , es de f i jar los límites de lo genera lmente perm it ido.
b) Prohibición de regreso
1.
En segundo lugar, ha de mencionarse el siguiente escalón de la im
putación de l comportamiento: la
prohibición de regreso.
Esta institución,
que no t iene prácticamente nada en común —en cuanto a la formulación
dogmática— con la antigua idea de prohibición de regreso como interrup
ción d el curso causaP^ en casos en los que con pos terio rida d a una c ondu cta
imprudente se produce un com portamie nto doloso, ha sido desarrollada como
parte de la teoría de la imputación objetiva en los últ imos t iempos sobre
todo por Jakobs.^^^ Según el punto de vista de este autor, "...el carácter
con
junto de un comportamiento no puede imponerse de modo u n i la tera l-arb i-
trari o. Por tan to, quie n asume con otro un vínculo que de modo e stereotipa
do es inocuo, no quebra nta su rol como ciudada no aunque el otro incardine
dicho vínculo en una organización no permit ida. Por consiguiente, existe
^^^ Cfr., en todo caso, por
ejemplo,
la valoradón positiva de los componentes normativos, más allá d
afirmadones incorrectas en materia de
causalidad,
implídtame nte contenidos en la antigua teoria de la
prohibidón de regreso llevada a cabo por Roxin, FS Honig, pág. 144, nota 28; ídem, ATP.^^/104, desde
la perspectiva de la conducta de la
víaima; vid.
también BurgstaWeiFdhrlássigkeitsdefikt, pág.
106,
not
54;
Spendel.
JuS
1974,
pág.
749;
Meyer, Autonomie, pág. 109y
s.; Schumann,
Selbstverantwortung, pág
6; Peñaranda Ramos,
La participación,
págs. 288 y
ss.,
289
y s.,
Feijóo Sánchez,
Limites
de la participa-
dón criminal, pág. 17
y
ss.,
ambos tanto respecto de la teoría de la ¡nterrupdón del nexo causal como de
la prohibición de regreso. Vid. por otro lado el intento de reinterpretadón de esta última teoría como
teoria de autoría y participación realizado por Walther, Eigenverantwortiichkeit págs. 84 y ss., 87 y ss;
respecto del uso de esta
y
otras doctrinas de
la
causalidad por parte de la jurisprudencia española
en
reladón con
la
problemática
de la
víctima, vid. Cando Meliá, Conducta de la víctima e imputación
objetiva,
págs.
95
y
ss.,
107
y
ss.
^^ cfr. tam bién acerca de lo que sigue
supra
I I. B.
2. b); vid.
el desarrollo en Jakobs, ZStW 89 (1977),
pág. 1 y ss.; ídem, AP, 7/56 y 21 /14 y ss,,
29/105a;
ídem. La imputadón objetiva, pág. 145 y ss.; ídem ,"
imputación objetiva",
en:
ídem, Estudios de Derecho penal, pág. 215 y ss.; le sigue Lesch, Revisión, 2.
2.
c)
ce), con
u na
amplia discusión
de
posidones críticas. Vid. también acerca
d el
punto de vista
de
Jakobs, Suárez González
/
Cancio Meliá,
en:
Jakobs, La imputación objetiva, pág. 72 y ss.
80
M a n u e l C a n c i o M e l i á
La T eo r í a de l a I m pu t a c ión O b je t i v a . . .
81
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 34/55
una prohibición de regreso c u y o c o n t e n i d o es q u e u n c o m p o r t a m i e n t o q u e
de m odo es t e r eo t i pado es i noc uo no c ons t i t uy e pa r t i c i pac ión en una o r gan i
z ac ión no pe r m i t i da " . ^ ^ ^
Para Jakobs , en lo que se re f iere a su encuadre s is temát ico —y es te es ,
c om o s e ha d i c ho , e l pu n t o de v i s t a que aq u í s e de f i e nde — , l a p r oh ib i c i ón de
r e g r e s o ex c l uy e l a i m p u t a c i ó n o b j e t i v a d e l c o m p o r t a m i e n t o .
T a m p o c o e n e s te á m b i t o p u e d e e n t r a r s e e n p r o f u n d i d a d e n l a d i s c u
s i ón ac e rc a de la f un dam en t ac ió n y ub i c ac ión s i s t em á t i c a de es t a i ns t i t uc i ón
dogmát ica. ^^^
En todo caso, lo c ier to es que, como ha af i rmado e l prop io Jakobs ,^^^
l as d i f e r enc ias m a t e r i a l es — m á s a l l á de l a den om inac ión o de l a ub i c ac ión
s i s t em á t i c a den t r o de l a im pu t ac ión ob je t i v a— c on aque l l as pos t u r as que
inc o r po r an de l im i t ac i ones no r m a t i v as de ám b i t os de r es pons ab i l i dad y l a
c o r r es pond ien t e ex c lus i ón de r es pons ab i l i dad po r ac t os que c a r ec en de
s ig
ni f icado de l ic t ivo, no son determinantes . -^^ "
2 . Como casos en los que puede ser de ap l icac ión es ta ins t i t uc ión se
m en c iona n hab i t ua l m e n t e s upues t os en l os que ex i s te una apo r t ac i ó n i n i c i a l
s u b j e t i v a m e n t e d o l o s a , p e r o o b j e t i v a m e n t e a m b i v a l e n t e a u n p o s t e r i o r d e
s a r r o l l o de l i c t i v o o a una au t o l es i ón : as í , po r e j em p lo , c uando e l em p leado
de una gas o l i ne r a l l ena e l depós i t o de c om bus t i b l e de un au t om óv i l c uy as
c ub ie r t as s e enc uen t r an de m odo t an ev iden t e en m a l es t ado que es pa lm a
r i o que v a a p r oduc i r s e un ac c iden t e ( qu e p r oduz c a l es iones a l c on duc t o r o a
los ocupantes de l vehícu lo , o a o t ros terceros) s i se s igue c i rcu lando con e l
v eh í c u lo , es t a apo r t ac i ón c aus a l de l em p leado no puede da r l uga r a una
r es pons ab i l i dad po r un de l i t o de l es ión^^ ^ — d o los o o im p r ude n t e , de pen -
m rf ^^^' ^ ^
' ^P^^^^'^
^^¡^^'^^^'
Pág-106 y
s.
(cursiva en el original),
nán ^70 ^ °' c °í ' " 't '^^mente Roxin, FS Tróndle,
pág.
177 y
ss.;
Reyes Alvarado, Imputación objetiva.
iitiir^^^^^
passim.
con ulteriores referencias.
2
r í^ " ^^.
7 ^ ^ ^ ^ ^ ^ ''^J^^'^^'
pág. 171 y s.; ídem, GA 1996, pág. 260 y s., nota 15
StrM^n^l^^A^^^^
^^^"'^''^ ^^' conslderadones, muy próximas en cuanto a su contenido material, de
Mratenwerth, 4r/^, n.m. 1162 y ss.
. P ñ J b n ' "
^^ '^^"^'°
f^
"""^ ^''^"^"^' responsabilidad por
un
delito de omisión del deber
de
socorro, como
señalan,
por ejemplo, Frlsch,
TatbestandsmáBiges
Verhaften. pág. 215; Jakobs, La imputación objetiva,
diendo de l lado subje t ivo—.^^^ Lo mismo sucede s i un su je to —sin tener
n i n
gún t i p o de c onoc im ien t os s ob r e e l pa r t i c u l a r — a f i r m a en una r eun ió n s oc ia l
que en e l m es de m ar z o , en de t e r m in ada z o na de m on t a ña , s ue le habe r una
t em per a t u r a m uy a l t a , l o que a l gu ien que l e es c uc ha t om a c om o bas e pa r a
rea l izar una excurs ión a esa zona con un equipo de verano, por lo que suf re
les iones por congelac ión o de ese modo provoca que las suf ran sus h i jos de
c o r t a eda d que l o ac om pañan . ^^ ^ T am b ién p uede s os t ene r se que l a c ondu c t a
de l au t o r no t i ene s i gn i f i c ado de l i c t i v o s i es t e gua r da en un r ec i p i en t e de
apa r i enc ia i noc ua — por e j em p lo , en una bo t e l l a de r e f r es c o— un l í qu ido
v enenos o , en c i r c uns t anc ias t am b ién apa r en t em en t e i noc uas — por e j em p lo ,
en l a nev e r a— , y l a v í c t im a , qu ien pene t r a de m odo no au t o r i z ado en l a
v iv ie nda , ing ie re e l l í qu ido y suf re les iones ,^^' ^ o e l su je to q ue e nt ra en la
v iv ienda se aprop ia de l envase y se lo vende o regala a terceros . O e l tax is ta
que t ras lada a un su je to a una sucursa l bancar ia en la que es te comete un
de l i t o c on t r a l a p r op ie dad , s i n hac e r nada m ás que un s e r v ic i o de t r ans p o r t e
no r m a l , en pa r t i c u l a r , si n habe r s e c onc e r t ado c on e l au t o r , pe r o c onoc ie ndo
s u p r opós i t o , O e l f a r m ac éu t i c o que v ende una de t e r m inada s us t anc ia — de
com erc io l ib r e— a pesar de que sospecha de que co n e l la se va a com eter un
"^ Ejemplo de Jakobs, ZStW 89 (1977),
pág. 4;
también
ídem, AT2,
7/52; llegan a la misma soiu
Stree, JuS 1985, pág.
181
(respecto de un supuesto similar); Herzberg, JA 1985, pág. 272; W. Frlsch,
TatbestandsmáBiges Verhaften,
pá g. 198; Derksen,
Handein aufeigene
Gefahr. pág. 199.
"^ Cfr. los ejemplos similares en
S/S^'^-Cramer.
§ 15 n.m. 157: no habría responsabilidad del suje
que,
sabiéndose perseguido, entra a alta velocidad en una curva peligrosa, o del die nte que sube a un
taxi y observa que el vehículo no está en condiciones de drcular; sí habría imputadón si en el caso de la
persecudón el sujeto perseguido ded de cruzar por un puente que sabe defectuoso; vid. también Schu-
mann,
Selbstverantwortung,
pág. 107 y s.,
115; W.
Frisch,
TatbestandsmáBiges
Verhalten, pág. 198
todo caso, estos autores formulan estos y similares ejemplos desde una perspectiva sistemática algo
diversa (en el caso de Cramer y Schumann: el principio de autorresponsabilidad —genérico, no limitado
a la víctima— como delimitación de una intervención típica; en el caso de
Frisch:
la teoría de la conducta
típica).
^ * En este sentido, por ejemplo,
W.
Frisch,
TatbestandsmáBiges
Verhalten,
pág. 220;
Derksen,
Ha
in aufeigene
Gefahr,
pág.
198 y s.; de otra opinió n, sin embargo, probab lemente S/S ' -Cramer. § 15 n.m
154.
Respecto del muy similar supuesto que concurría —si bien con una diferencia ese ndal— en caso
clásico del arsénico (RGSt 1, pág. 373 y ss.; la acusada había dejado una botella corriente de vino o
aguardiente llena de arsénico dísuelto en el poyete de la ventana de la sala de estar de su vivienda. Su
mando, que era dado
a
la bebida, entró en la habitación y bebió de la botella, muriendo
a
las pocas horas
por efecto del arsénico) y su "re edición" rédente, dr. las consideraciones a continuación en el tex to.
82
Manuel Cancio Mella
La T eo r í a de l a I m pu t ac ión O b je t i v a . . .
83
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 35/55
delito o realizar un intento de suicidio. O el sujeto que elucubra en un bar
acerca de un plan para u n crimen perfec to, a pesar de que sospecha de que
algu no de los que le escuchan puede estar dispuesto a ejecutar tal p lan/^^
3. Como parece claro, las dif icultad es aparecen cuando se trata de es
tablecer los
límites de
la pro hibició n de regreso. Hay casos en los que resulta
prácticamente evidente que la conducta del primer sujeto en actuar no pue
de ser interpre tada en ningú n caso —con independe ncia de las intenciones o
deseos del sujeto— como una provocación delict iva de la ulterior conducta
delictiva.22^ Sin emb argo, por e jem plo, si en el caso de la info rma ción inco
rrecta acerca de las condiciones me tereológicas que se acaba de pla ntear se
trata de un sujeto que hace la af irmación en cuestión siendo el responsable
de protec ción civil de la zona y, conc retame nte, al ser pregu ntad o al respec
to por la víct ima —aunque se produzca la pregunta igualmente en el marco
de una reunión informal—, puede que la situación sea dist inta y que su con
ducta pueda vincularse a la lesión que po sterio rme nte se produce. ^^ O en el
caso de la b otella con con tenido venenoso: el contexto en el que se guarde la
misma en la vivienda puede ser también sig nif icativo :
s i,
por e jemplo —como
sucedía en el llamado caso del arsénico—^^^ el autor lleva a cabo su conducta
en una vivienda en la que convive con otras personas, que, por lo tanto,
pueden acceder a la sustancia guardada en la nevera, parece claro que su
conducta sí puede tener el signif icado de generar un riesgo de envenena
miento.^^^
''^' Ultenores ejemplos, con referencias, en Jakobs, AP , 24/15 y ss.
.',''
O
autolesiva, pues el problema también aparece en términos similares en el ámbito de la determ i
nación de los limites de la responsabilidad de la víctima, cfr. Cancio Mella,
Conducta de la víctima e
imputación objetiva,
pág. 354 y ss.
n.m
ISB'
^ " ^^"^'^ ^ ^'" '^ "^ Schumann, Selbstverantwortung, pág.
114;
y\d. También 5/5^^-Cramer, § 15
' ' 'RGSt1 ,pág .373y s s .
229 r -* j
ñcruc
u^^l
^^" *'^ ° ^^ pronuncian con razón W. Frisch,
TatbestandsmáSiges Verhalten,
pág. 220;
tJerksen,
Handefn
aufeigene Gefahr. pág.
198 y s.
Para marcar estos límites, W. Frisch ha propuesto^^^ recurrir al criterio
del " con tenid o de s entido " de la conducta del autor. ^^ Desde esta perspec
t iva,
solo si la conducta del autor muestra el específ ico sentido de ser un
favorecimiento o una inc i tac ión a un comportam iento de l ic t ivo o a una
con
ducta arriesgada de un sujeto que carece de los conocimientos relat ivos al
riesgo, podrá hablarse, en principio, de una cond ucta típica del primero. ^^
Este conte nido de sentido específico no concurre cuand o quien dispone de
los conocimien tos se l imita a no hacer uso de estos para form ular una adver
tencia, pero también puede faltar cuando se realicen determinadas conduc
tas activas normales (como seguir un de term inado camino que se sabe pel i
groso para los forasteros cuando se es seguido po r otr o, o hacer entrega de
sustancias inocuas si son usadas de mod o n orm al, aunqu e el recep tor mues
tre una disposición cognoscible de hacer un uso autolesivo de esa sustancia,
por ejemplo, inhalando un pegamento, o delict ivo, envenenando a un ene
mi go , etc.).^^
Que en los casos extremos la solución no puede ser sencilla queda de
mostrado ^^ por lo que puede considerarse una reciente "re edic ión" del caso
del arsénico del Reichsgericht:^^^ el acusado, farmacéutico, había descubier
to qu e en su vivienda habían pe netrad o unos ladrones. Aparte de beber de
alguna botella de l icor y comer de las provisiones del acusado, habían apar-
^^ Si bien sin distinguir entre los ámbitos del inid o del principio de confianza y de la prohibidón de
regreso, como aquí se hace.
"1
Cfn
W, Frisch,
TatbestandsmáBiges
Verhalten,
págs. 214 y
ss..
218,222 y s., respecto de condu
"descuidadas" de la víctima; respecto de las conductas delictivas de terceros — que es el ám bito que
normalmente suele discutirse con más intensidad en este con texto—, vid. op. cit., pág. 280 y ss. El
criterio delineado por Frisch puede considerarse próximo a la form ulación original de Jakobs para delimi
tar la ¡nstitudón de la prohibidón de regreso frente a la partidpadón delictiva (dr. Jakobs, ZStW 89
[1977], pág. 23 y ss.), y muestra también sim ilitudes con las ideas paralelas de "tenden da al hecho"
(Tatgeneigtheit), desarrollada por Roxin (vid. FSTróndle,
pág.
177 y
ss.. ídem,
ATP, 24/28 y s.) o con la de
la "solidarización" con un injusto ajeno, manejada por Schumann [Selbstverantwortung. pág. 56 y ss.
2 ^
W.
Frisch,
TatbestandsmáBiges
Verhalten, pág. 214.
^^ W. Frisch,
TatbestandsmáBiges Verhalten,
pág. 215 y s.
^ Aparte de que—p ara tranq uilidad de los teóricos—queda demostrado con este supuesto que la
realidad soda genera casos más extraños que la imaginación más calenturienta de cualquier autor de
trabajos teóricos, como se observará a continuación en el texto.
^^^Cfr.RGSt1,pág.373yss.
84
M a n u e l C a n c i o M e l i á
La T eo r í a de l a I m pu t ac ió n O b je t i v a . . .
8
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 36/55
t ado a l gunos apa r a t os e l ec t r ón i c os , de m odo que daba l a im p r es ión de que
p r e t end í an v o l v e r a l l e v á r s e los .
La po l i c ía , a l e r t ada po r e l ac us ado , env ió a c ua t r o agen t es a es pe r a r a
l os l ad r ones . Sin em ba r go , e l ac us ado , en f u r ec ido , hab í a c o loc ado una b o t e
l l a de l i c o r c on un po t en t e v eneno , c on l a i n t enc ión de que l os l ad r ones
beb ie r an de é l y m u r i e r an . A l c ons ide r a r que l os agen t es c o r r í an pe l i g r o , l es
avisó.^^^
Des de e l pun t o de v i s t a aqu í adop t ado , es te c as o debe s e r c ons ide r ado
en e l m a r c o de l a p r oh ib i c i ón d e r eg r es o . No se t r a t a de un s upues t o en e l
que hay a que c ons ide r a r l a im pu t ac ión a l ám b i t o de r es pons ab i l i dad de l a
v í c t im a en c uan t o i ns t i t uc i ón es pec í f i c a pa r a l a v a lo r ac ión de l a v í c t im a , y a
que aq u í l o dec i s iv o es c om pr oba r , c om o pas o p r ev io , si ex i s t e una d e f i n i c i ó n
c on t r a f á c t i c a de l a c ond uc t a de l au t o r c o m o i noc u a , s i n nec es idad de v a lo r a r
l a c ond uc t a d e l a v í c t im a .
Q ueda c l a r o que l a c ondena p r oc ede en c as o de que s e p r e t enda l a
e l im inac ión de un s u je t o que c onv i v e c on e l au t o r o que de a l gún o t r o m odo
es t á au t o r i z ad o a es t a r en l a v i v i enda ( una v i s i t a , po r e j em p lo ) .
T a m b i é n e s c l a r o q u e n o p u e d e h a b e r r e s p o n s a b i l i d a d d e q u i e n a l m a
c ena as í una s us t anc ia pe l i g r os a s i n s os pec ha r que a l gu ien puede pene t r a r
en s u v i v i enda .
P e r o ,
¿qué sucede en es te caso in termedio?^^^ Como se ha v is to antes ,
n o s e t r a t a d e s i u n c o m p o r t a m i e n t o d o l o s o e s m á s o m e n o s " o b j e t i v a m e n t e
pe l i g r os o " qu e una c o nduc t a im p r uden t e . ^ ^ ^ De l o que s e t r a t a es de s i e l
da t o s ub je t i v o — e l c onoc im ien t o , o , m e jo r d i c ho , l a s os pec ha de l a v ue l t a d e
los a l l anado r es — puede i nc l u i r s e en e l j u i c i o ob je t i v o o no . Y es t a es una
c ues t i ón no r m a t i v a : s i s e da p r e f e r enc ia a l f ac t o r " d i s pos i c i ón s ob r e l a p r o p ia
m o r a d a " — l o q u e p a r e c e a d e c u a d o — , se negará la t ip ic idad.^^^
'^'
Vid.
NJW1997,
pág.
3453; el farmacéutico, acusado de tentativa de homicidio, fue condenado en
instancia y por el BGH solo por una infracción específica de puesta en circulación de alimentos adultera-
Hoh"' ^''^.^.^'"^''^"^° ^^ ulteriores problemas como si concurre ya comienzo de la tentantiva o si ésta
aeoe^considerarse cometida en autoría dire rta o mediata;
vid.
Roxin, JZ 1998, pág 211 y s
,39
Asi,
sin embargo, respecto de este caso Kudiich, JuS 1998,
pág.
596 y ss.
Cfr. en este sentido tamb ién Derksen, GA 1998, pág. 592 y ss.
4 . Des de l a pe r s pec t i v a aqu í adop t ada , en c onc lus i ón , puede dec i r s
que e l ám b i t o de l a p r oh ib i c i ón de r eg r es o queda d i f e r enc iado de l c o r r e
pond ien t e a l r i es go pe r m i t i do , p r i nc i p i o de c on f i anz a po r e l hec ho de qu
— un a v ez de t e r m in ado e l ám b i t o en e l que ex i s t e un s i gn i f i c ado un í v oc o n
de l i c t i v o de l a c ond uc t a de l au t o r — la c ondu c t a de l au t o r , c om o s e ha v i s
queda des v inc u lada de l pos t e r i o r des a r r o l l o l es i v o c on i ndependenc ia de
c ognos c ib i l i dad o c on oc im ien t o p o r pa r t e de l au t o r de l m i s m o , es dec i r , q
ope r a de m odo c om p le t am en t e c on t r a f ác t i c o . ^ " ^ D i c ho de o t r a m ane r a , s
t r a t a de c onduc t as a m b iv a len t es en s u s i gn i f i c ado — d es de e i pun t o de v i s
na t u r a l - ex t e r no— r es pec t o de l as c ua les c abe es t ab lec e r un s i gn i f i c ado ob
t i v o v i nc u lan t e . Y f r en t e a la t e r c e r a i ns t i t uc i ón de l a im pu t a c ión de l c o
po r t am ien t o , que s e abo r da s egu idam en t e , l a im pu t ac ión a l ám b i t o de r e
pons ab i l i dad de l a v í c t im a — qu e , c om o s e v e r á a c on t i n uac ió n , ope r a en
p l ano s i s t em á t i c o pos t e r i o r — , l a p r oh ib i c i ó n de r eg r es o s e p r es en t a c o m
una espec ie de reverso: m ient ras en la proh ib ic ión de regreso se es tab le
que no ex i s t e un c om por t am ien t o en c om ún , que l a c onduc t a de l au t o r
de se r i n t e r p r e t ada e n t o do c as o c om o un a apo r t a c i ón i noc ua , en e l ám b
de l a im pu t a c ión d e l a v í c tim a es p r ec i s am en t e e l hec h o de que l a ac t i v i d
c on jun t a pueda s e r a t r i bu ida a l r es pons ab le p r e f e r en t e — e l t i t u l a r de
b i enes — lo que pe r m i t e a f i r m a r l a f a l t a de t i p i c i dad de l a c onduc t a de l a
t o r .
c) La imputación al ámbito de responsabilidad de la víctima
1.
La t e r c e r a y ú l t im a i ns t i t uc i ón de la im pu t ac ión de l c om por t a m ie
se re f iere a la re levanc ia que puede tener para la t ip ic idad de la conduc ta
un s u je t o que en l a r ea l i z ac ión de la m is m a hay a i n t e r v en id o de a l gún m o
e l s u je t o que r es u l t a l es i onado pos t e r i o r m en t e , l a " v í c t im a" ( a l m enos a
r e n te ) d e es e c o m p o r t a m i e n t o .
B a jo de t e r m ina das c i r c uns t ancias , que pas an a de l i nea r s e a c on t i n
c i ó n ,
es ta i n t e r v e nc ión pued e a f ec t a r a la c a l i fi c ac ión que m er ec e l a c ond
ta de l pr im er su je to , e l im ina nd o su carác ter tí pico,^ "*^ a l ent rar lo suced ido
2^ Siguiendo el planteamiento
de
Jakobs;
vid.
solo Jakobs, La imputadón objetiva, pág. 1
'''
De modo que en
realidad,
resulta que no hay ni "víctima" (sujeto pasivo de una conduc
ni "autor".
86
Manuel Cancio Mel iá
L a T e o r í a
de la
I m p u t a c i ó n O b j e t i v a . . .
87
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 37/55
el ámbito de responsab ilidad de la víctima. Esta cuestión es la que q uizá m ás
producción b ib l iográf ica ha m ot ivado en relación con la teor ía de la impu ta
ción objetiva, y, en todo caso, es la que mayores repercusiones ha generado
en la jurispru den cia de diversos países. ^^
2 .
Realizando una primera ordenación del material de casos,^ *^ puede
decirse que en los últ imos tiempos han atraído la atención de la doctrina
jurídico-penal en este contexto sobre todo dos grupos de casos.
Por un lado,
supuestos en los que en la génesis del riesgo que acaba
lesionando a la v íct ima han in terven ido tanto la v íct ima como el autor . A
este respecto, se han planteado, por ejemplo, los casos en los que se hace
entrega a a lgu ien de una determ inada cosa o sustancia —por ejemplo , de un
medicamento , de una máquina o de una sustancia estupefaciente—, y e l
receptor resulta lesionado al hacer uso del objeto o consumir la sustancia.
También han despertado mucho interés los supuestos en los que se produce
un contag io de una persona a o tra de una enfermedad mortal —en part icu
lar , del S índrome de Inmu nodef ¡c iencia Ad qui r ida— o las numerosas conste
laciones de casos en las que en el tráfico rodado quien resulta lesionado por
una co l is ión se ha comp ortado de alguna m anera de m odo descuidado.
Por
otro lado,
se han debatido numerosos supuestos en los que la conducta des
cu idada de la v íct ima se produce después de un comportamiento del autor
que lesiona o pone en pel igro los bienes de esta. Así , por ejemplo, en los
casos en los que una víctima lesionada por un ataque doloso del autor des
cuida sus heridas o se niega a recibir tratamiento médico.
3. Para abordar la relevancia de la conducta de la víctima en este con
texto , hay que preguntarse, en pr imer lugar , qué relevancia puede tener
que precisamente sea el t i tular de los bienes afectados el que intervenga
jun to al autor. Porque solo cuando sea esa la cual idad decisiva estaremos , en
^ Sobre el estado de la cuestión vid. Cando Meliá,
Conducta
de la víctima e imputación objetiva,
pág.
94 y
ss.;
de modo más sintético,
ídem.
RDPCr n.° 2 (1998),
pág.
49 y
ss.; ídem, ZStW
(1
999),
pág.
357 y ss.; respecto de la bibliografía posterior a 1997 —e n particular, española—, vid. ídem. Conducta
de la víctima e imputación objetiva, 2^
edición, en prensa para
J.
M. Bosch, Barcelona, §1 1.
^ ^^
Cfr. referencias sobre supuestos enjuiciados ante tribunales españoles, alemanes, italianos, suizos
y del círculo jurídico anglosajón en Cancio Meliá,
Conducta
de la víctima e imputación objetiva, sobre
todo págs. 22 y
ss.,
94 y
ss.,
177 y ss.
real idad , a n t e un supuesto espec í f ico de intervención de la víctima; ya se ha
señalado en los ejemplos corres pondientes a las dos insti tuciones anteriore s
que también en el marco de estas existen supuestos en los que de algún
mo do interv iene el sujeto lesionado; solo que entonce s se tra ta d e supuestos
en los que la cal idad de ti tular de los bienes jurídicos afectados no es la
decisiva.
La fundamentación de la especial relevancia de la víctima que aquí
interesa suele plantearse —cuando el lo se hace, lo que no es nada común—
bajo el rótulo del principio de autorresponsabilidad .^ *^ Entre los extremos
metodológicos de una pura deducción de tal principio de autorrespo nsabi-
l idad
de premisas axiológicas prejurídicas^ ^^ y una d eterm inació n pur am en
te funcional de tal principio dentro del sistema de imputación jurídico-pe-
naP ^ existe también la v ía in termedia —adoptada impl íc i tamente por la
mayoría de la doctrina que se ha ocupado de la cuestión—^ ^^ de constatar las
decisiones normat ivas del ordenamiento jur íd ico como punto de part ida
material de la reconstrucción dogmática. En este sentido, el contenido del
artículo 10.1 de la Constitución española —o de otras normas constituciona
les similares—, que establece el l ibre desarrol lo de la pers onalida d como
funda men to de la organización social , no puede ser entendido fuera de un
sistema en el que está consagrada implícitamente una noción del ciudadano
como su jeto autónomo.
Además de la genérica atribución de autonomía a cada sujeto, con el
correlativo principio de respons abil idad personal que esta conlleva, al t i tular
de los bienes jurídicos personales d ebe atribuírsele una posición especial .
^^ Vid. sobre lo que sigue con detalle Cancio Meliá,
Conducta de la víctima e imputación objetiva
pág. 259
y
ss.
2^ Así espedalmente Zaczyk,
Seíbstverantwonung¡
pág. 19 y ss., especialmente pág. 22, sobre l
base del concepto de libertad de Kant.
2^ Así
las aproximadones
de
W.
Frisch,
TatbestandsmáBiges
Verhalten, pág.
148 y
ss.,
especialme
págs. 157,182 y s. (autorresponsabilidad como fund ón de su teoría de la conducta típica) o Derksen,
Handein
aufeigene
Gefahr,
págs. 138,169 y
ss..
191 (autorresponsabilidad como función de la preve
dón general positiva en cuanto fin de la pena).
2* Cfr. desde una perspectiva más general solo 5/5^^-Lenckner, n.m . 100 y ss. previos a los §§ 13 y ss
5/5^ -Cramer, § 15 n.m. 148 y ss.; Mir Puig, PG ^ 19/10 y ss.; Schumann, Selbstverantwortung, págs. 1
ss., 6 y passim; de modo específico respecto de la conducta de la víctima vid. Neumann, JA 1987, pá
247 y ss.; Walther,
Eigenverantwortiichkeit,
pág. 78 y ss.; dr. además Cancio Meliá,
Conducta
de l
víctima e imputación objetiva,
pág. 259
y
ss.
88
M a n u e l C a n c i o M e l i á
La T eo r í a de l a I m pu t ac ión O b je t i v a . . .
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 38/55
P ues t o que e l s ac r i fi c i o po r pa r t e de l p r op io t i t u l a r de es os b ienes no
es r ep r im ido po r e l De r ec ho pe na l , y las in t e r v enc iones d e te r c e r os en ac t i v i
dades au t o l es i v as es i nc r im inada de m odo ex c epc iona l po r no r m as es pec ia -
les,^^^ queda a l a l bed r í o de l t i t u l a r de es os b i enes c on f i gu r a r s u ac t i v i dad
v i t a l de t a l m od o que s e gene r e un r i es go pa r a s us p r op ios b i ene s . Com o
c o r r e l a t o de es a l i be r t ad de o r gan i z ac ión a r r i es gada , s e r á t am b ién e l t i t u l a r
qu ie n deba as um i r de m odo p r e f e r en t e los daños que pue dan de r i v a r d e
e l l a . Com o pun t o de pa r t i da p r ev io a l a c ons t r uc c ión dogm á t i c a , po r l o
t a n
t o , e l p r i n c i p i o d e au t o r r espons ab i l i dad^" * ^ c ons i s te en e l r ec o noc im ie n t o de
l i be r t ad de o r gan i z ac ión , y , c o r r e l a t i v am en t e , en l a a t r i buc ión de una r es
pon s ab i l i d ad p r e f e r en t e^ ^° a l t i t u l a r de l os b ienes .
La i ns t i t uc i ón que t r aduc e en t é r m inos dogm á t i c os es t a nec es idad de
t ene r en c uen t a e l v a l o r no r m a t i v o de l a au t o r r es pons ab i l i dad en e l m a r c o
de l a t eo r í a de l a im pu t ac ión ob je t i v a puede denom ina r s e
imputación al
ámbito de responsabilidad de la víctima.^^^ Es ta ins t i t uc ión opera en los su
pues t os en l os que e l t i t u l a r de un b i en j u r í d i c o ("víct ima") e m p r e n d e c o n -
^ Así, señaladamente, las que incriminan las formas de intervendón en un suíddio ajeno;
cfr.
sobre
esto Cancio Meliá, Conducta de la víctima e imputación objetiva,
pág.
41 y ss.
^
Ni la terminología ni los contenidos asignados
a
este principio
son
uniformes. Cfr., por ejemplo,
4/r-Zielinski, §§ 15,16 n.m.
104;
5/5^^-Lenckner, n.m. 101a previo a los § 13 y
ss.;
IW-Burgstaller, § 80
n.m. 38,69;
Jakobs, AF,
29/54; Kühl, Al 4/83
y
ss.;
Stratenwerth,
ATP, n.m.
1116,1162;
5/524-
Lenckner,
n.m. 70b previo a los § 13 y ss.; 5/5^^-Cramer, § 15 n.m. 148 y ss., espedalmente 155 y s.; Zaczyk,
Selbstverantwortung, passim:
desde una perspectiva más general, Schumann.
Seibstverantwortung, pas-
sinr. también en lajurisprudencía, dr . sólo BGHSt
32, pág.
262 y
ss.;
BGH NStZ
1991, pág. 392;
R Hasse-
mer, Sdiutzbedürñigiceít, pág.
34 y
ss.;
Neumann, JA 1987, págs. 244 y
ss.,
248 y s.; Frísch,
Tatbestands-
máBiges Verhalten, pág. 153. En España, vid ., por ejemplo, Bacigalupo, PG4, págs. 217, 219; Larrauri
Píjoan, ADPCP 1988,
pág.
761; Eadem, EPCr Xfl (1989),
pág.
240 y s.; Bustos Ramírez, EPCr XII (1989),
pág. 127; M artínez Escamllla, La imputación objetiva del resultado, págs. 355. 358; Silva Sánchez, en:
CGPJ (ed.). La victimología, pág. 26.
^^^ Cfr. Neumann, JA 1987, pág. 247 y s.; en el mismo sentido, Puppe habla —si bien de modo
limitado al delito imprudente— de una "competencia preferente del titular del bien jurídico"
{NK,
n.m.
175 previo a los §§ 13y ss.).
"^
Vid.
sobre lo que sigue con detalle Cancio Meliá, Conducta de la víctima e imputación objetiva,
págs. 280 y
ss.,
282 y
ss.,
347 y
ss.,
e
ídem,
RDPCr 2 ' época,
n.°
2 (1998),
pág.
49 y
ss.;
también
en:
Cando
Meliá /
Ferrante
/ Sancinetti, Estudios sobre la teoría de la ¡mputadón objetiva, pág.
75 y
ss.; ídem, ZStW
111 (1999).
pág.
357 y ss.
j u n t a m e n t e c o n o t r o ( "au tor " ) una ac t i v i dad que puede p r oduc i r una l es i
de ese b ien jur íd ico. La ac t iv idad generadora de l r iesgo debe ser imputada
ám b i t o de r es ponsab i l idad p r e f e r en t e de l a v í c tim a , en l a m ed ida e n que —
pr im e r l uga r — la ac t i v i dad pe r m anez c a en e l ám b i t o de l o o r gan i z ado
c o
j un t am en t e po r au t o r y v í c t im a — en s egundo l uga r — la c onduc t a de l a v í
t ima no haya s ido ins t rumenta l izada por e l autor , por carecer es ta de la re
ponsabi l idad o de la base cogni t iva necesar ias para poder ser cons idera
au t o r r es pons ab le , y — f i na lm en t e , en t e r c e r l uga r — e l au t o r no t enga
deber de protecc ión espec í f ico f rente a los b ienes de la v íc t ima.
La im pu t ac ión d e l a ac t i v i dad a l ám b i t o de r es pons a b i l i dad de l a v íc
m a no depende de l a c on f i gu r ac ión f enom eno lóg i c a de l as apo r t ac i ones
e j ec uc ión m a t e r i a l de v í c t im a y au t o r perse}^^ E n es t e s en t i do , pued e hab
t an t o s upues t os de e j ec uc ión en m anos de l au t o r en l os que en c as o de da
es te se impute a la v íc t ima, como supues tos en los que, a pesar de que es
v í c t im a qu ien e j ec u t a d i r ec t am en t e l a ac t i v i dad a r r i es gada , e l hec ho se p
senta como conduc ta t íp ica de l autor . ^^^ Una vez def in ida la ac t iv idad c
j un t a de au t o r y v íc t im a , e l s uces o debe s e r im pu t a do , en p r i n c i p i o , a l ám b
de responsabi l idad de la v íc t ima. La razón de e l lo es tá en que la es fera
au t o nom í a de l a v í c t im a da l uga r a una a t r i buc ión p r e f e r en t e de l os pos ib
daños a s u p r op io ám b i t o de r es pons ab i l i dad .
E n a t enc ión a es e c a r ác t e r p r e f e r en t e de l ám b i t o de r es pons ab i l i d
de la v íc t ima, la a t r ibuc ión de los daños no puede segui r las mismas reg
que de t e r m inan , m ed ian t e l a t eo r í a de au t o r í a y pa r t i c i pac ión , ^ ^ c uá l es
"2 Vid. Cando Meliá,
Conducta de la víctima e ¡mputadón objetiva,
págs. 195 y ss., 205 y ss.
2^ Sobre estos últimos supuestos, en los que a pesar de la interve ndón fenomenológicamente
ponderante de la víctima (aún sin concurrir una situación normativa especial) el hecho es obra del a
dr. en detalle Cancio Meliá,
Conducta
de la
víctima
e imputadón objetiva, pág. 347 y ss.
^^ Por ello, la extendida opinión de acuerdo con la cual debe distinguirse entre " part idpad ón en
autopuesta en peligro" y "heteropuesta en peligro co nsentida", desan-ollada sobre todo por Roxin (
damentalmente en su trabajo en FS Gallas, pág. 243 y ss.; vid.
supra
H. B. 1.) no resulta convincen
embargo, cabe dedr que el uso de la distinción es doctrina m ayoritaria: por ejemplo, vid. ¿/C^°Jáhn
222n.m.21;¿/0 -Schroeder,§16n.m.177yss.,181;5/C-Horn,§212n.m.21a;5/C-Rudolphi,n.m.79y
81 a previos al §
1; ídem,
JZ1991,
pág.
572 y
ss.;
S/S -Eser, § 216 n.m. 11 a, § 222 n.m. 3; 5/524-Len
n.m. 107 previo a los §§ 32 y
ss.;
Jescheck / We igend,
AP,
§ 28IV.
4.,
§ 54. IV 3.; Maurach / Zipf,
AT
48; Kühl. AT, m i y ss., 17/82; Schünemann, JA 1975, pág.
721;
ídem. NStZ 1982, pág. 60 y
s.;
Hisr
1979,
pág. 430; Dólling, GA1984, pág. 71 y ss.. 77; Prittwitz, NJW1988. pág. 2942 y s.; también de
llan sus respectivas concepciones sobre la base de este plantea miento Fiedler, Fremdgefáhrdung,
90
M anue l Canc io M e t i á
La T eo r í a de l a I m pu t ac ió n O b je t i v a . . .
91
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 39/55
g r ad o de r es pons ab i l i dad que c o r r es p onde a l os d i s t i n t os i n t e r v i n i en t e s en
un hec ho c ons i s t en t e en l a r ea l i z ac ión de una i n f r ac c ión que a f ec t a a un
t e r c e r o . Una v ez c ons t a t ada que es l a i n t e r ac c ión ex i s t en t e en t r e au t o r y
v í c t im a a la que hay que r ec ondu c i r — en l os t é r m in os que aú n han de p r ec i
s a r s e m ás ade lan t e— la ac t i v i dad a r r i es gada , l a o r gan i z ac ión c on jun t a no
p u e d e s e r f r a g m e n t a d a e n a p o r t a c io n e s d e m a y o r o m e n o r r a n g o e n
a t e n
c ión a s u re l ev anc ia en l a e j ec uc ión . La d i s t r i buc ión de l as d i s t i n t as ap o r t ac i o
nes m a t e r i a l es a la e j ec uc ión de l a ac t i v i dad a r r i es gada , c om o pue de s e r , po r
e jem p lo , l a dec i s i ón de qu ién en t r e dos s u je t os que han dec id i do pa r t i c i pa r
en una c om pe t i c i ón de m o t oc i c l e t as c onduz c a e f ec t i v am en t e e l v eh í c u lo ( s i
es qu ien no c onduc e qu ien r es u l t a l e s i onado y s e p r es en t a ex post c o m o
" v í c t im a" ) , no m od i f i c a en nada l a c a l i dad de t odo e l s uc es o de s e r una ac
t uac ión c on jun t a den t r o de l ám b i t o de au t o r r es pons ab i l i dad de l a v í c t im a .
P ues en es t e ám b i t o no s e t r a t a de c om pr ob a r — c om o s uc ede en l a d i s t i n
c i ó n e n t r e a u t o r í a y p a r t i c i p a c i ó n — l a m a y o r o m e n o r " p r o x i m i d a d "
— d e
t e r m inad a de l m od o que s ea den t r o de l a t eo r í a de la pa r t i c i pa c ión— de l a
c onduc t a de d i s t i n t os s u je t os a l c om por t am ien t o t í p i c o — ac e r c a de c uy a
c o n
c u r r enc ia , a l m enos r es pec t o de un o de e l l os , no hay dud a— , s i no de de t e r
m ina r s i l a c ond uc t a de l " a u t o r " pue de s e r t í p i c a . Si l a i n t e r ac c ión es r ec on -
duc ib l e a l ac t ua r im pu t ab le a la v í c tim a , des de e l pu n t o de v i s t a no r m a t i v o e l
f ac t o r dom ina n t e es s u c ond uc t a a u t o r r es po ns ab le .
Una v ez de f i n i da l a ac t i v i dad c on ju n t a e n l a que s e em ba r c a l a v í c t im a
jun t o a l au t o r , l a im pu t ac ión de es a ac t i v i dad c on jun t a a l ám b i t o de r es pon
s ab i l i dad de l a v í c t im a — c on c u r r i e ndo l os dem ás r equ i s i t os — s e p r odu c e en
t é r m i n o s objetivosP^ Q ue es t o deb a se r así v i ene de t e r m inad o po r un r as go
c a r ac t e r ís t i c o de l as c ons te l ac i ones en c u es t i ón : l a i n t e r ac c ión en t r e au t o r y
v íc t ima. En efec to , en e l presente ámbi to e l r iesgo para los b ienes es c reado
c on jun t am en t e po r au t o r y v í c t im a . Des de es t a pe r s pec t i v a , no t i ene s en t i do
5 y s., 94 y
ss.
y passim, y
Walther, Eigenverantwortiichkeit.
págs. 2 y
ss.,
128 y s. y passim: respecto de la
doctrina austriaca, dr. solo Burgstaller,
Fahriássigkeitsdelikt.
pág. 112 y
ss.
con n. 93; en la doctrina
italiana, Castaldo,
ú'mputazione oggetiva.
pág. 210, n. 63, págs. 210 y ss.. 220 y ss.; en Portugal, Da
Costa
Andrade, Consentimento e acordó, pág.
271 y
ss.;
en España
Mír Puig, PG^, 19/28; Bacigalupo, P6^,
pág. 247 y s.; Luzón Peña, notas a Roxin, Problemas básicos, pág. 189 y s.; Corcoy Bidasolo, El delito
imprudente, págs. 316 y ss., 540,550 y ss„ especialmente
pág.
551. Cfr. la critica de este planteamiento
en Cancio M eliá,
Conducta de la víctima e imputación objetiva,
pág. 188 y ss.
^ ^ Vid. Cancio Meliá,
Conducta de la víctima e imputación objetiva,
págs. 162 y ss, 362 y ss.
p r egun t a r de m odo a i s l ado r es pec t o de c ada uno de e l l os qué r ep r es en t a
c i ón s ub je ti v a debe t ene r e l " au t o r " pa r a pode r s e r au t o r , n i qué r ep r es en t a
c ión subje t iva cabe requer i r de la "v íc t ima"^^^ para que no se la cons idere
v í c t im a en s en t i do es t r i c t o — s u je t o pas i v o de un hec ho de l i c t i v o— , s i no r es
pon sable de sus pérd idas.^^^
Pues e l hor iz on te re lev ante para cons iderar ha s ta qué pu nto es tas cues
t i ones m er ec en una r es pues t a a f i r m a t i v a o nega t i v a s o lo puede ha l l a r s e en
lo c on f i gu r ado c on jun t am en t e , en es t e s en t i do— y c o inc id i endo c on e l s i gn i
f i c ado de l t é r m i no e n e l m a r c o de l a t eo r í a de l a im p u t ac ió n ob je t i v a ( de l
c o m p o r t a m i e n t o ) — , e n u n p l a n o o b j e t i v o . D i c h o d e o t r o m o d o , e n n i n g u n a
de las dos d i recc iones (autor -v íc t ima) la cues t ión puede hacerse depender de
la representac ión subje t iva de los in terv in ientes . Es to no s ign i f ica, s in embar
g o ,
que la representac ión de v íc t ima y autor carezca de re levanc ia a la hora
de c on f i gu r a r e l m a r c o de l a ac t uac ión c on jun t a . E s ta , po r e l c on t r a r i o , qu e
dará def in ida en la mayor ía de las ocas iones inc luyendo las perspec t ivas , las
r ep r es en t ac iones s ub je t i v as de l os i n t e r v i n i en t es .
Lo que se qu iere dec i r es que no pueden ser los datos subje t ivos "des
nud os " , no i n t r odu c idos en l a ac tuac ión c on ju n t a de au t o r y v í c t im a , los que
deba n dec id i r una u o t r a c a l i f i c ac ión . P ues de ac ue r do c o n l a es t r uc tu r a i n t e
r ac t iv a de l as cons t e l ac i ones en c ues t i ón , s o lo de un m o do r e l a t i v o , i n t r odu
c i endo l a pe r s pec ti v a c om ún d e au t o r y v í c t im a , pued e l l ega r s e a l a c a l i f ica-
ción.^^^
25
Es
dedr, que la institudón dogm ática del consentimiento no acaba de cuadrar
a
estas conste
dones
ni es otra cosa que
la especificadón,
para el
sector
del
reparto cuasi-doloso
de tareas en la
le
de bienes del
titular,
de los
principios generales
de
imputación;
vid.
sobre esto el
desarrollo
en el
tr
citado en la nota anterior y sobre la discusión en las doctrinas alemana y española desan-ollada rede
temente, por todos. De Vicente Remesal,
en:
Luzón Peña / Mir Puig (ed.). Cuestiones
actuales, pá
ss.
"^ Téngase en cuenta que cualquier aproximadón que plantee exigencias de principio demasiado
elevadas a los conodmientos de la víctima estará exduyendo un nutrido grupo de supuestos de cond
tas, en las que la víctima actúa de modo inconsciente, grupo que desde el punto de vista empírico e
menos tan numeroso como el de las conductas consdentes (como señala con razón
W. Frisch, Tatb
tandsmáBiges
Verhalten, p ág. 180 y s.).
"8 De modo coherente con lo acabado de dedr, no podrá haber imputación a la víctima cuando e
autor ni siquiera se mantenga dentro del ámbito de la organización conjunta de víctima y autor (cfr.
sobre esto a continuadón en el texto).
92
M anue l Cane lo M e l l a
La T eo r í a de l a I m pu t ac ión O b je t i v a . . . 93
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 40/55
P r es upues t o y ob je t o de r e f e r enc ia de l a im pu t ac ión a i ám b i t o de r es
pons ab i l i dad de l a v í c t im a es que l o s uc ed ido — la ac t i v i d ad a r r i es gada que
p r oduc e e l da ño — s e c o r r es pon da c on l a organización conjunta^^^ de au t o r y
v í c t im a . E s t a o r gan i z ac ión c on jun t a no debe en t ende r s e en e l s en t i do de
una ac t i v i dad c om ún en l a que t an t o v í c t im a c om o au t o r i n t r oduc en , de
m o do pa r a le l o a l a c oau t o r í a , apo r t ac i ones a l hec ho de c i e r t a r e l ev anc ia . P or
e l c on t r a r i o , l a i n t e r v enc ión de v í c t im a y au t o r debe s e r de m uy d i v e r s as
c a r ac t e r í s t i c as , y endo des de un m er o ac t o de c om un i c ac ión — por e j em p lo ,
e l r uego a l au t o r o a l a v í c t im a de hac e r u om i t i r de t e r m inada c onduc t a—
has t a la e j ec uc ión d i r ec t a de l a ac t i v i dad gen e r ad o r a de l r i es go . Y c om o ac a
ba de ex pone r s e , adem ás , no r es u l t a per se dec is ivo cuál sea e l s ign i f icado
que au t o r o v í c t im a as ignen en su ám b i t o i n t e r no a l c on t ex t o de i n t e r ac c ión .
La i n t e r ac c ión en t r e v í c t im a y au t o r c r ea un c on t ex t o c om ún de un m is m o
s ign i f i c ado ob je t i v o . Es te s i gn i f i c ado ob je t i v o s e de t e r m in a c on f o r m e a pa
t r ones no r m a t i v os : s o lo aque l l os as pec t os de l a o r gan i z ac ión s on " c on jun
t o s " que s e p r es en t an c om o un e l em en t o i nhe r en t e a l a ac t i v i dad e l eg ida
po r l a v í c t im a . Nad ie pu ede s e r d i s t anc iado de l os ri es gos im p l í c i t os en una
ac t i v i dad s uy a que p one en p e l i g r o s us b i enes si n s e r au t o c on t r ad i c t o r i o y s i n
que se pon ga en duda s u au t o r r es po ns ab i l i dad .
E l pu n t o dec i s i v o , po r l o t an t o , es tá en de t e r m in a r — a l a ho r a de
c o n
c r e t a r c uándo l a ac t i v i dad c on jun t a es " s uy a " , l e es im pu t ab le— en qué m e
d ida e l c on t ac t o puede s e r de f i n i do po r l a v í c t im a de m odo un i l a t e r a l c om o
inoc uo , c uándo es e l au t o r e l que i ns t r um en t a l i z a a t r av és de s u o r gan i z a
c i ón a l a v í c t im a , y a pa r t i r de qué pu n t o l a o r gan i z ac ió n c on jun t a aba ndon a
e sa e s f e ra y o b t i e n e u n s i g n i f i ca d o o b j e t i v o a u t ó n o m o i n d e p e n d i e n t e d e l
arb i t r io d e los in terv in ientes . ^^°
4 . Cum p l i éndos e l os c r i t e r i os ac abados de ex pone r , puede a f i r m a r s e
que l a c ond uc t a de l " au t o r " no es ob je t i v am en t e im pu t a b le — a pes a r de no
c onc u r r i r n i un r i es go pe r m i t i do n i una p r oh ib i c i ón de r eg r es o— en s upues -
^^
Cfr.
Canelo Melíá, Conducta de la víctima e imputación objetiva,
pág.
290 y
ss.
^^ En todo caso, de lo que no se trata es de establecer "deberes de autoproteccíón" de la víctima, ni
de decidir en función de las posibilidades fácticas de evitación del daño por parte de la víctima, por lo
que no resultan adecuadas las llamadas aproximaciones "victlmodogmáticas";
vid.
sobre esto Cando
Mella,
Conducta de la víctima e imputación
objetiva, pág.
219 y
ss.; ídem,
NDP
1997/B, pág.
513 y
ss.
t os como la ent rega de es tupefac ientes^^^ u o t ras sus tanc ias pe l igrosas , las
c onduc t as c on jun t as a r r i es gadas en e l m a r c o de l t r á f i c o r odado , c om o l as
c om pe t i c i ones i r r egu la r es o e l hec ho de que un c ond uc t o r eb r i o t r ans po r t e a
ot ro su je to , ^^^ o determinados casos en los que se produce un contag io de
una pe l i g r os a en f e r m edad . ^ ^ ^
2 .
La imputación objetiva d el resultado
a) Planteamiento
La t eo r í a de l a im pu t ac ión ob je t i v a n o s o lo es tab lec e c ri t e r ios no r m a t i
v os pa r a l a de t e r m inac ión de l a t i p i c i dad de l a c onduc t a , s i no que t am b ién
— y es te es e l ámb i to a l qu e inc luso suele ser cone c tada d e mo do pr io r i t a r io
es ta t eo r í a— o f r ec e l as m áx im as pa r a c ons t a t a r , una v ez que s e ha a f i r m ado
que l a c onduc t a es t í p i c a , c uándo e l r es u l t ado p r o duc id o debe s e r rec onduc i -
d o ,
im pu t a do , a l a c ond uc t a : es es ta l a im p u t ac ió n ob je t i v a de l r es u l t ado^ ^ o
im pu t ac ión ob je t i v a en s en t i d o es tr ic to . ^^ ^ Con i nde pende nc ia de l as c on t r o
v e rs i as que han a c om pañ ado a la de t e r m inac ió n de l as r e l ac iones s i s t em á t i
cas ex is tentes ent re los dos sec tores de la imputac ión ob je t iva, lo c ier to es
que ex i s t e un c ons ens o gene r a l i z ad o ac e r c a de que t am b ié n en e l s egund o
s ec t o r hay una s e r i e de c r i t e r i os no r m a t i v os qu e pe r m i t e n r ea l i z a r es a a t r i b u
c i ón de l r es u l t ado a l a c ondu c t a . ^ ^
'^'
Vid.,
por ejemplo, e l caso STS 20.2.1993 (RA1383).
''' Cfr.
solo los casos BGH MDR1959.
pág. 856;
STS 23.12.1963 (JC1542); OLG Karlsruhe, NJW
pág.
2321 y
ss.
''' Vid.
solo BGHSt 36,1 y
ss.
^^
Vid.,
por todos,
y desde
d istintas perspectivas. Gimbernat O rdeig, Delitos cualificados, pág
ss.; Jakobs, AP. 7/4b; Mir Puig, PG', 10/47 y s., 10/58 y s.; Roxin, ^ r / , 11 /39 y ss.; Bajo Fernánde
págs. 13yss.. 17ys s.
^ ^ Terminología que prefiere, por ejemplo, Corcoy Bidasolo, El delito imprudente, págs. 34 y s..
^^
Cfr.
por todos Martínez Escamilla,
La imputación objetiva del
resultado,
págs. 177 y ss.,
"también el resultado ha de poder ser contemplado como obra del a utor", debe ser materializadón d
desvalor de acción
(p. 189).
En este sentido, no se comparte aquí el criterio de
W.
Frisch
(vid.,
por e
TatbestandsmáBiges Verhalten, págs. 447,452
y
s., nota 301), para quien (vid. también las re
supra II. B. 2. a) la imputación del resultado está poco menos que "vacía" de contenidos normativo
Como se indicará a continuación en el texto, desde la perspectiva aquí adoptada, sí cabe distinguir e
94
M anue l Cane lo M e l i á
La T eo r í a de l a I m pu t ac ión O b je t i v a . . .
95
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 41/55
Como ha señalado con par t icu lar c lar idad Jakobs ,^^^ de lo que se t ra ta
en es te segu nd o esca lón de anál is is es de explicar el r es u l t ado l es i v o p r oduc i
d o . S o lo pod r á c ons ide r a r s e e l r es u l t ado c ons ec uenc ia de l a c onduc t a t í p i c a
c uando es t a apa r ez c a c om o e l f ac t o r c aus a l de t e r m inan t e de l r es u l t ado . E n
es t e s en t i do , c om o es na t u r a l , es ta c ues t i ón adqu ie r e r e l ev anc ia c ua ndo
c o n
c u r r e j un t o a l c om por t a m ien t o t í p i c o o t r a ex p l i c ac ión a l t e r na t i v a , c om o puede
s e r un ac c ide n t e o l a c onduc t a de o t r o s u je t o .
Como se verá a lo largo de la expos ic ión, e l aná l is is de es tas cons te la
c iones de casos en ocas iones conduce a una d iscus ión acerca de s i c ier tas
c ues t i ones deben ub i c a r s e r ea lm en t e en e l p l ano de l a im pu t ac ión ob je t i v a
de l r es u l t ado , o pe r t enec en m ás b ien a l p r im e r n i v e l de la im pu t ac ión o b je t i
va .
En un n úm er o cons idera b le de casos se con s tata rá qu e son acer tadas las
pa lab r as de Luz ón P eña — ex p r es ando una p r eoc upac ión c r ec ien t e en de t e r
m inados s ec t o r es de l a doc t r i na que s e han oc upado de l ám b i t o que aqu í
i n t e r es a— en e l s en t i do de que " . . . s e es t á s ob r ec a r gando i ndeb idam en t e e l
ám b i t o de l a im pu t ac ión ob je t i v a de l r es u l t ado c on p r ob lem as que pueden y
deb en r es o l v e r s e en o t r o l uga r d i s t i n t o de n t r o d e l a es t r uc t u r a de l t i po .. . " .^ ^ ^
Con c r e t am en t e , s e obs e r v a rá que a lgunas de l as c ons t e l ac i ones de c a
s os que v i enen t r a t ándos e po r l a doc t r i na c om o p r ob lem as pe r t enec ien t es a
l a i m p u t a c i ó n d e l r e s u l t a d o — p r o b a b l e m e n t e , p o r r a z ó n d e la e xi s te n c ia d e
una s ec uenc ia t em po r a l en t r e c onduc t a de l au t o r y o t r o f ac t o r c on c u r r en t e—
deb en cons iderarse cues t iones que afec tan ya a l carác ter t í p ico de la conduc ta ,
es dec i r , a a lgun as de las ins t i tuc iones de l ine adas en e l apar tado anter ior .
b) Criterios de interrupción del nexo de imputación
En lo que s igue, se examinarán a lgunas de las cons te lac iones de casos
que s ue len p l a n t ea r s e en l a doc t r i na en es t e c on t ex t o — ^ t am b ién aqu í , des de
problemas pertenecientes al primer nivel (imputación objetiva de la conducta) y al segundo nivel (impu
tación objetiva del resultado) dentro de la imputación objetiva; de todos modos, en lo que sí se coindde
con Frisch es en que hay un buen número de cuestiones ubicadas tradicional mente en la imputación
objetiva de resultado que pertenecen, en realidad, al primer nivel de la imputación objetiva del compor
tamiento;
vid.
a continuación en el texto.
^^
Cfr. AP,
lili;
ídem.
La imputación
objetiva, pág.
173 y
ss.
^^ La 'determinación objetiva del hecho'",
en:
ídem, Derectio penal de la drculadón^,
pág.
108 y s.
luego, s in án imo de exhaus t iv idad— ^^ ^ c on m ay o r f r ec uenc ia : por un lado,
dos cues t iones prev ias {infra 1 .) : en pr ime r lugar , la re levan c ia de las fo rm u
l ac i ones h i po t é t i c as pa r a de t e r m ina r l a c onex ión en t r e c ond uc t a y r es u l t ado
{infra
1 . a ) , en s egundo l uga r , l a p r ob le m á t i c a que gene r a e l t r ans c u r s o de
un l a r go l aps o de t i em po e n t r e l a r ea l i z ac ión de l a c ondu c t a t í p i c a y l a p r o
duc c ión de l r es u l t ado {infra 1 . b) . Por otro lado, l a p r ob le m á t i c a de la im p u
tac ión d e resu l tad os en s í, es dec i r , la ex is tenc ia de r iesgos concur re ntes
j u n
t o a l gene r a do po r l a c onduc t a t í p i c a
{infra
2 . ) . Aqu í , la l ínea d i rec t r iz es tá en
la iden t i f i c ac ión de l r i es go que apa r ez c a c om o ex p l i c ac ión de l r es u l t ado
{in
fra 2 . a) . En pr imer lugar , han de abordarse, los supues tos de in ter rupc ión
de l nex o de im pu t ac ión , b i en po r r ies gos que f o r m an pa r t e de l a no r m a l i da d
soc ia l , de lo que se podr ía l lamar " r iesgo
v i t a l " ,
b i en po r r i es gos gene r ados
po r l a i n t e r v enc ió n de o t r os s u je tos que i n t r o duc en r i es gos nuev os c on pos
t e r i o r i dad a l a c onduc t a t í p i c a i n i c i a l
{infra
2 . b ) y c ) . F i na lm en t e , pu ede n
abordarse aquel los supues tos en los que, a pesar de la ex is tenc ia de var ios
r i esgos c onc u r r en t es , no se p r oduc e una i n t e r r upc ió n de l nex o de im pu t a
c i ó n ,
s i no que s e da una r es pons ab i l i dad m ú l t i p l e ; en c as o de t r a t a r s e de
r iesgos in t roduc idos por var ios autores , ha de cons iderarse la concur renc ia
de un s upu es t o de au t o r í a ac c es o r i a ; s i n em bar g o , c uando e l r i es go c onc u
r rente es obra de la v íc t ima, debe pensarse en una reducc ión de la pena
( / n f r a2 . d ) .
c) Cuestiones previas
1. Las h i pó t es i s , l os s upues t os de " c o m p or t a m ie n t o a l t e r na t i v o
a jus t ado a De r ec ho " y la doc t r i na de l i nc r em en t o de l r i es go
a ) Des de m uc ho an t es de l s u r g im ien t o de l a t eo r í a de l a im pu t ac ión
ob je t i v a — en e l m a r c o de l a c aus a l i dad— v iene d i s c u t i éndos e en l a doc t r i na
(y en reso luc iones jud ic ia les) acerca de la re levanc ia que debe cor responder
en l a v a lo r ac ión de un hec h o , c onc r e t am e n t e , en l a a t r i buc ió n de un r es u l t a -
^ Pues es
especialmente
en
este ámbito
en
el
que cabe
observar
la
verdadera hipertrofia
de
pu
caciones de la que se hablaba al principio;
vid.
solo la bibliografía recogida en Jescheck / Weigend. A
§ 28 o en Luzón Peña,
PGI.
págs. 358 a 360,373 a 376.
96
Manuel Canelo Mel iá
La Teoría de la imputación Objetiva. . .
97
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 42/55
do a una conducta, a consideracione s h ipotéticas de haberse producido cir
cunstancias al menos parcialmente distintas.^^°
En este contexto , se sost iene de modo práct icamente unánime que
estas consideraciones carecen de relevancia cuando de lo que se trata es de
valorar una causa de reemplazo}^^ en efect o, en lo que se refier e a la impu
tación de la muerte al autor de un disparo, es indiferente que su víctima
fuera a morir minutos después por una enfermedad. Pues los del i tos de re
sultado no se refieren al aseguramiento de las posibi l idades de superviven
cia de un bien, sino a su efectiva destrucción.^^^
b) La fórmula hipotética más extendida en la imputación del resultado
incorpora a esta no cualesquiera otras hipótesis, sino solo la hipótesis de qué
hubiera sucedido si el autor se hubiera c omp ortad o correctam ente
{ compor-
tamiento alternativo ajustado a Dereclio )}^^ En este sentido, se dice —p or
parte de la doctrina tradicional— que el resultado no resulta imputable cuan
do este se hubiera producido con certeza rayana en la seguridad aunque el
sujeto se hubiera comportado correctamente.^^^ Esta fórmula plantea espe
ciales dif icultades cuando precisamente no es seguro lo que hubiera sucedí-
do:^^^
así, por e jemplo , cuando un médico prescr ibe equivoca dame nte un
determinado medicamento (por e jemplo , por t ratarse de un medicamento
con efectos secundarios que ha sido sustituido en la
lex artis
por otros más
modernos), el paciente muere, y un posterior dictamen pericial indica que la
muerte, qu izá también , se hubiera producido de haberse recetado el medi
camento indicado por la ¡exartis, al mos trar el paciente —sin que el lo pudie
ra percibirse— una acusada sensibi l idad hacia todos los medicamentos de
esta clase, permitidos y no permitidos.^^^
"° Cfr. acerca de lo que sigue exhaustivamente Martínez Escamilla,
La
imputadón objetiva del resul
tado, pág,
197 y ss.; Reyes Alvarado,
Imputación objetiva,
págs. 217 y ss.,
23
y ss.
^^ Vid. solo Roxin,
ATP,
11/52 y
ss.;
Jakobs,
Af,
7/74; Badgalupo,
PG',
pág. 195.
"^ Jakobs, AP, 111
A]
otra cuestión es que quepa pensar en determinados casos —cuando el riesgo
hipotético no es imputable a nadie— en una reducdón de la pena; vid. Jakobs,
AV .
7/92 y ss.
'''
Problem ática que según Roxin
(ATP.
11/76) es la más discutida en relación con la noción de
nesgo desde 1945.
' ' ^Vid. solo 5/5^^-Cramer, § 15 n.m. 173 con ulteriores referendas.
''' Cfr. también los supuestos referidos supra H. B.
1.
a) y los recogidos por Reyes Alvar ado, /mp¿yía-
cion objetiva, pág. 2V y
ss.
" ' Cfr. la referencia a un caso de estas características en Jescheck / Weigend, AJ^, §
55. II. 2.
b) aa).
Para resolver estos supuestos, fre nte a la doctrina tradicional que
exi
ge seguridad rayana en la certeza respecto de la evitación de haberse com
portado el autor correctamente, un nutr ido grupo de autores propone im
putar al resultado aunque no sea seguro que la conducta ajustada a Derecho
hubiera evitado el resultado.
Conforme a esta teoría del incremento del riesgo , ^^ una ve z que se
ha comprobado que el autor generó un r iesgo desaprobado —y que no es
seguro que su ausencia no hubiera evitado el resultado— debe imputarse el
resultado como real ización del riesgo típico, ya que no sería l íci to disgregar
arti f iciosamente el riesgo que se real iza en el resultado en un segmento per
mitido (en el caso referido: el riesgo derivado—por la constitución del icada
del paciente— de la administración de cualquier medicamento, específica
mente, de los medicamentos indicados por la lex artis) y uno no permitido (la
administración de un medicamento no indicado).^^^
Lo cierto es que un examen algo más detenido de la fórmula uti l izada
por la doctrina tradicional no tiene valor cognitivo alguno: en efecto, la hi
pótesis de que haya sido el riesgo no permitido el que se ha real izado en el
resultado y la hipótesis de qu e ha sido el riesgo perm itido el que se ha rea l i
zado se bloquea n mutuamente,^^^ al poder m anipularse las distintas alte rna
tivas hipotéticas de conducta alternativa ajustada a Derecho. Por el lo, más
allá de la formulación de hipótesis lo que procede es determinar si la norma
de cuidado infringida estaba dirigida a la evitación del resultado en cues
t ió n , es decir, si su respeto sirve a evitar de modo planificable ese tipo de
resultados. En el caso al que se está haciedo referencia, parece claro que la
exclusión de determinados medicamentos de los que resultan indicados para
su prescripción está destinada a evitar daños en el paciente. Lo que sucede
en el caso es que se desconoce si es ese riesgo (evitable de mo do planificable
mediante la no prescripción) el que se ha real izado, o, por el contrario, el
riesgo general (no evitable mediante la no prescripción) que conlleva la ad
ministración de todo medicamento, también de los indicados, es decir, el
^ '
Vid.
solo
Roxin,
ATP,^^
116
y
ss.;
dr. las referencias
supra
II.
B.
1.
a);
sobre la discusión últimame
te
Toepel,
Kausalitát und Pflíchtwidrigkeitsznsammenhang, pág.
1 36
y ss.; Reyes Alvarado. Imputadó
objetiva,
pág,
23
y ss.
"« Roxin./¿ir/^, 11/78 y s.
"^ Vid. solo la crítica en Martínez Escamilla. en: Gimbernat / Schünemann / Wolter (ed.).
Omisión e
imputadón objetiva,
pág. 103 y
ss.;
Jakobs,
La
imputadón objetiva,
pág.
184
y s.
98
Manuel Cancio Mel iá
L a T e o r í a d e l a I m p u t a c i ó n O b j e t i v a .
99
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 43/55
riesgo que podem os denom inar hipersen sibi l idad del pac iente . Así las co
sas, lo que sucede es que no hay prueba de que fuera efect ivam ente la
con
ducta t ípica la que produjo el daño: la doctrina del incremento del riesgo
infringe el principio in dubio pro reo y convierte un del i to de resultado en
una infracción de peligro.^^°
2.
La relevancia del transcurso del
t iempo entre conducta y resu l tado
Existe un nume roso gru po de constelaciones de casos que vien en plan
teán dose en la doctrina bajo la rúbrica de daños consecuenciales o
der i -
vados ^«^ y cuyo denominador común está en que, una vez real izada la con
ducta t ípica, el resultado se produce después de transcurrido un considera
ble lapso de tiem po, es decir, que el dañ o es consecue ncia de la conducta
del autor , pero n o una consecuencia inmed iata en el t iem po.
En este contexto, puede pensarse en dos grandes grupos de supues-
tos:2«2 por un lado, aquellos en los que existen lesiones de carácter perma
nente o t ransi tor io producidas por e l autor que un t iempo después —por
ejemp lo , años más tard e— son la base de un u l ter ior daño: e l su jeto lesiona
do que qu edó par al í t ico por una lesión produ cida, no puede sal ir de un
edificio en l lamas décadas después; la niña que es ingresada en un hospital
por un envenenamiento producido por una prescr ipción farmacéut ica in
adec uada y m uer e por un a infección en el hospital.^^^ Por otro lado, a quellos
casos en los que las lesiones iniciales conduce n por su propia natu ralez a a un
proceso lento al f inal del cual está un ulterior daño: así , por ejemplo, enfer
medades como el S índrome de Inmunodef ic iencia Adqui r ida, o un envene-
^°Vid.
solo Jakobs. La imputación objetiva, pág. 192 y ss.
J ^
Cfr. por todos Roxin,
FS
Gallas,
pág. 253
y
ss.; ídem, ATI'. 24/44
y
s.;
Jakobs,
AP . 7/81 in fine,
ídem,
o L T f
" ' T A Í ^ ^ ^ U ^ '
pág. 186 y
ss.;
Bacigalupo,
P64.
pág. 196 y s.; Burgstaller, Fahriássigl eitsdeiikt.
nán
^iV
^"'
1 '
^^^^^^f^^dsmáBiges
Veriíalten,
pág.
4 94
y
ss.;
Silva Sánchez,
LH
Fernández
Albor,
NAMiAc
I ?'' ' t . " l '
^ ^ ^^^ ^' P^9. 207 y ss.; Reyes Alvarado,
Imputación objetiva,
pág.
303 y
ss.;
M i Z f ^ ^ ^ '
P^'^f'f^'
í'eijóo Sánchez,
Hom icidio y lesiones
imprudentes, pág.
167 y ss.,
con
ulteriores referencias. ' K y / ^
Z ?r ¡ ^n^y^ ^^
clasificación propuesta por Silva Sánchez, LH Fernández Albor, pág. 677 y ss.
Vid,
Rudolphi, JuS 1969, pág. 555 con nota 45.
namiento o una contaminación con sustancias radioactivas que producen la
muerte muchos años después.
El tratamiento de ambos grupos de constelaciones es diferente. En el
primer grupo de casos se trata de supuestos de concurrencia de riesgos; es
decir, se tra ta d e det erm inar si el riesgo surgido con posterioridad (el incen
dio y la imposibi l idad de escapar, la infección) interrumpen el nexo de impu
tación.^^ Tan solo hay que señalar que la existencia de determinados daños
permanentes, como es lógico, imponen ciertas precauciones exigibles a la
víctima.
En el segundo grup o de casos, sin emb arg o, no h ay tal concurrencia de
riesgos: el riesgo inicial es el que se realiza, solo que después de un lapso de
tiempo muy considerable.^^^ A este mero transcurso del t iempo^^ se le ha
atribuido distinta relevancia en la doctrina; mientras que unos piensan que
el mero paso del t iempo no afecta per se a la imputación del resultado,^®^
otros quieren excluir esta imputación, al menos respecto de determinadas
constelaciones de casos; ^ tam bién se ha prop uesto estimar una reducción
del injusto en atención a que no se trata de supuestos de destrucción inme
diata de la vida, sino de acortamiento de esta.^^^
Parece claro que los inconvenientes procesales que pue dan deriva r del
gran lapso de tiempo existente entre la conducta del sujeto y la lesión no
pueden hacer desaparecer sin más el vínculo entre riesgo y resultado: en
efecto, lo que atribuye, por ejemplo, gravedad precisamente al VIH no está
en las molestias o enfermedades oportunistas que va produciendo, sino el
desenlace final después del colapso del sistema inmun ológico.
Sí parece razonable, sin embargo, pensar en una disminución de la
pena por reducción del injusto.
2^
Cuestiones que en el presente estudio se tratan en el siguiente apartado.
'''
Cfr. Silva Sánchez, GA
1991,
pág. 210 y ss.
^ ^
Dejando de lado las cuestiones jurídico-procesales; cfr. Jakobs,
AJ^,
7/81.
'''
Por todos, Jakobs,
AF. 7/81,
con nota 131 m; Roxin,
ATI'.
24/44.
^^ Específicamente respecto de los supuestos de contagio
con VIH, vid.,
por
todos,
Schünemann, en:
SWARC (e d.),
AIDS
und Strafrecht, pág. 18 y
ss.,
con ulteriores referencias.
^ ^ Silva Sánchez, LH Fernández Albor, pág . 682 y ss.
100
M anue l Cane lo M e l i á
La T eo r í a de l a I m pu t ac ió n O b je t i v a . . .
101
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 44/55
d) Riesgos concurrentes
1. I n t r o d u c c i ó n
Cabe ident i f icar un sec tor de supues tos en los que ya desde un pr inc i
p i o pa r ec e c l a r o que e l r i es go c r eado po r e l au t o r c a r ec e de r e l ac i ón c on e l
r es u l t ado p r oduc ido , pues aunque ex i s t e una c onduc t a t í p i c a po r pa r t e de l
au t o r , e l r i es go qu e s e r ea l i z a en e l r es u l t ado es o t r o d i s t i n t o .
a ) S e debe l l ega r a es t a c onc lus i ón , en p r i nc i p i o , en dos ám b i t os : en
primer
lugar, pued e s uc ede r que e l ri es go c r eado po r e l au t o r s o lo c on t r i bu
y a de m odo c aus a l a l a p r oduc c ión de l r es u l t ado , pe r o que en r ea l i dad s e
rea l ice un riesgo gene ral de la vida. E s ta pos ib i l i dad c onc u r r e , po r e j em p lo , s i
un su je to secues t ra a la v íc t ima y es ta muere en un acc idente de c i rcu lac ión
— inev i t ab le— du r an t e e l s ec ues t r o : no hay , en pu r i dad de t é r m inos , s i qu ie
r a un r i es go t í p i c a m e n t e r e l e v an t e de m ue r t e . ^^ ° A es t e c on t ex t o pe r t ene c en
t am b ié n l os daños de r i v ados de una c onduc t a de l i c t i v a m ed iad os po r una
g r an im p r es ión em oc ion a l : en l os l l am ados c asos de shock;
si ,
po r e j em p lo , a l
t ene r c onoc im ien t o un pad r e de l a m ue r t e po r hom ic i d i o de s u h i j o , s u f r e un
a t aque a l c o r az ón , es t a l es i ón no l e r es u l t a a t r i bu ib l e a l au t o r de l hom ic i -
dio.2^^
Por o t ro lado, aún en casos en los que s í ex is te ta l r iesgo in ic ia l —por
e jem p lo , en e l f r ec uen t em en t e c i t ado c as o en e l que l a v í c t im a m ue r e , des
pués de se r apuñ a lada , c am in o de l hos p i t a l en l a am bu lanc ia—,^^^ e l resu l ta
do no r es u l t a im pu t ab le — s í una t en t a t i v a c uando s e t r a t a de una c on duc t a
do lo s a— c ua ndo es e r ies go i n i c i a l se v e s us t i t u i do po r o t r o r i es go c onc u r r en
te que forma par te de los r iesgos genera les de la v ida —en e l caso de la
a m b u l a n c i a : e l r i e s g o " t r á f i c o r o d a d o " — .
b )
En segundo lugar,
puede que e l r i es go c r eado po r e l au t o r es t é
r e l ac i on ado c on e l ám b i t o en e l que s e p r oduc e e l r es u l t ado — es dec i r, que
no pueda c ons ide r a r s e un ac c iden t e deb ido a un r i es go
v i t a l — ,
pero es te no
'^ Ejemplo y solución de
Jakobs,
AV, 7/79.
^^
Cfr.
en este sentido, por todos,
Roxin,
FS Gallas,
pág.
256 y s.;
ídem, ATP.
24 /43; 5/C-Rudolphi, n.m.
78 previo al §
1;
Schünemann, JA
1975, pág. 720;
otro punto de vista en A//C-Puppe,
n.m.
233 previo al § 1 .
^^
Vid.
solo Roxin, ATP, 11/40.
s e r ea l i ce po r q ue l a c onduc t a de o t r o s u je t o — q ue puede s er l a p r op ia v íc t i -
rna—
i n t r o d u c e u n
riesgo nuevo
d is t in to de l c reado po r e l auto r . Es to es
bas t an t e ev iden t e , po r e j em p lo , en e l c as o de un au t om ov i l i s t a que c i r c u la
po r e l l ado i z qu ie r do de l a v í a — in f r i ng iendo s u debe r de hac e r l o po r l a
de r ec ha— c uando un pea t ón s e aba lanz a de m odo r epen t i no s ob r e l a c a l z a
d a ;
no c abe es t ab lec e r c onex ión e n t r e l a i n f r ac c ión de l c ond uc t o r y e l r es u l
tado produc ido.2^^
S in em ba r go , l a s o luc i ón no r es u l t a t an s enc i l l a c uando n o puede es t a
b l ec er s e de m od o n í t i do qu e e l ri es go i n i c ia l no es t í p i c am en t e r e l ev an t e
respec to de l espec í f ico resu l tado produc ido, o , lo que es lo mismo, que la
c onduc t a de l s u je t o que ac t úa c on pos t e r i o r i dad r ea lm en t e i n t r oduc e un
r iesgo nuevo. En efec to , en muchas ocas iones , e l resu l tado se produce como
c onc r ec ión de l r i es go i n i c ia l gene r a do po r e l au t o r , pe r o l a c onduc t a pos t e
r i o r — d i c h o , de m o m e n t o , d e m o d o a p r o x i m a t i v o — e s d e a l g ú n m o d o d e s
c u idada o i nadec uada .
E n es t e c on t ex t o , pa r ec e ac ons e jab le d i s t i ngu i r á^ en t r e aque l l os s u
pues tos en los que ex is te ident idad ent re e l ob je to de l r iesgo in ic ia l y aquel
que r es u l t a l es i onad o y r es pec t o de l cua l se p r oduc e l a c ondu c t a de l t e r c e r o
o de la v íc t ima {infra b) , de aquel los o t ros supues tos en los que hay un a
d i v e r s i dad en t r e am bos {infrac); e l l o , s ob r e t o do , po r q ue en l a doc t r i na am
bas cons te lac iones de casos se han so l ido abordar por separado.
2. I den t i dad en t r e ob je t o a f ec t ado po r
e l r iesgo in ic ia l y ob je to les ionado
Son es tos los casos en los que la conduc ta pos ter ior inc ide de a lgún
m odo s ob r e un r i es go — que t am b ién puede de r i v a r de una l es i ón i n i c i a l—
c r eado po r e l au t o r .
^ ^ Ejemplo y solución propuestos por Gimbernat Ordeig, RDCir 1965, pág . 677 y s.; Burgstaller
Fahriássigkeitsdelikt, pág.
101 y s.; Luzón Peña, PG I,
pág.
527.
^^ Siguiendo a
Derksen,
Handein aufeigene
Gefahr, págs.
232 y
s.,
233 y
ss.
102
M anue l Canc io M e l i á
La T eo r í a de l a I m pu t ac ió n O b je t i v a . . .
103
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 45/55
a) En es te contex to , son de in terés , por e jemplo, los supues tos en los
que a una l es i ón i n i c i a l s e s um a un t r a t am ien t o m éd i c o i nadec uado , ^ ^ ^ o l a
om is i ón de t a l t r a t am ien t o m éd i c o , ^ ^ o m ú l t i p l es c on f i gu r ac iones de c as os
en l os que l a c onduc t a " d es c u idad a " es l l ev ada a c abo c on pos t e r i o r i dad a l a
les ión in ic ia l por par te de la v íc t ima: as í sucede, por e jemplo, en e l caso de l
l í qu ido cáus t ico resuel to por e l TS español , ^^^ en e l que la omis ión —por par
t e de l a pe r s ona a f e c t ad a— de l av a r una z on a de p i e l roc i ada c on un l í qu ido
cáus t ico condujo a les iones ,^^» o en supues tos s im i lares en los que la v íc t ima
om i t e r ea l i z a r de t e r m inadas m ed idas de p r ev enc ión o de t r a t am ien t o , ^ ^ ^ o
^^
Vid.
en la doctrina española solo Martínez Escamuja, La imputación objetiva del resultado, pág.
326 y
ss.
Cfr. sobre un supuesto de estas características, en relación con un error médico —en el caso
concreto, la posible relevancia de la conducta del propio afectado no queda clara—, el trabajo de Bolea
Bardón,
ADPCP 1994,
pág.
375 y
ss.,
con referencias sobre el estado de la cuestión en
pág.
380 y ss.;
numerosas referencias sobre supuestos de estas características en la jurisprudencia española última
mente
en
Feijóo
Sánchez,
Homicidio y lesiones imprudentes, pág.
134 y
s., nota 12.
^*
Vid.
sobre esto últimamente Feijóo Sánchez,
Homicidio y
esiones
imprudentes, pág.
144 y
ss.,
con
referencias jurisprudenciales en nota 31.
^^^STS 17.9.1993 (RA 6697).
^^ La acusada, en el marco de una discusión de
vecindad,
había lanzado a la víctima un líquido
desengrasante cáustico, que la había alcanzado en la cara, cuero cabelludo y pabellones auriculares. La
víctima,
en vez de
lavarse,
se quedó en las
inmediadones
del
lugar
y solo la
insistencia
de los agentes
de
policía que acudieron a la llamada de la acusada logró —una hora y media después de ocurrido el
suceso— que consintiera en buscar asistencia médica. El líquido produjo heridas que tardaron tres
meses en curar y dejaron cicatrices visibles, después de varias intervenciones quirúrgicas en las que se le
practicaron injertos en las zonas afectadas. Conforme a los hechos dedarados probados, no se hubiera
producido lesión alguna si la zona afectada hubiera sido lavada con
agua.
E Tribunal de instancia
con
denó a la acusada por una falta de malos tratos y la absolvió del delito de lesiones del que se la acusaba.
E TS casó la sentencia de instancia y condenó por lesiones afirmando que no puede hablarse en este
caso de una interrupción del curso causal por la actuación de la víctima, ya que esta ignoraba las
características del líquido
con
el que había sido rodada.
^^ Cfr., por ejemplo, el caso resuelto en RG GA 42 (1894),
pág.
386 y s.: el acusado del caso había
causado por imprudencia unas lesiones a su esposa. A consecuenda de estas lesiones, la mujer fue
sometida
a
tratamiento médico.
Debido al
incumplimiento
de las
prescripciones
del
médico
por parte de
la mujer (dejó de guardar cama antes de que lo hubiese autorizado el médico), se produjo la muerte (se
considera hecho probado por parte del tribunal de instanda que si hubiese cumplido las indicaciones del
médico, no habría tenido lugar la muerte). El tribunal
a
quo condenó sobre esta base al marido por
homicidio imprudente sosteniendo que "el acusado podía prever que el accidente podría llegar a ser
mortal por algún comportamiento de la lesionada contrario
a
los requerimientos médicos";
el
Tribunal
Supremo del Reich absolvió precisamente negando esa previsibilidad.
Vid.
también el supuesto de "dolo"
l
<
l«
1
l<
^i
s e n i ega a de t e r m inado t r a t am ien t o m éd i c o — c om o en e l c as o de qu ien ,
des pués de habe r r e c i b i do un a pa l i z a , se n i ega a queda r s e i ng r es ado en un
cent ro hospi ta lar io a pesar de que se le ind ica que e l lo es necesar io en a t e n
c ión a pos ib les les iones in ternas—
^^
que r es u l t a i nd i c ado pa r a neu t r a l i z a r
los r iesgos para su sa lud que der ivan de una les ión produc ida por e l autor. L a
p r ob lem á t i c a en es t e ám b i t o , c om o s e v e r á a c on t i n uac ión , es abo r d ada en
la doc t r ina sobre todo desde la perspec t iva de la conduc ta que se anuda a la
conduc ta y les ión in ic ia les .
b) En es te sent ido, un sec tor de la doc t r ina ha propues to exc lu i r la
im pu t ac ión c u ando l a c onduc t a po s t e r i o r de la v íc t im a o de l s egund o s u je t o
ac tuante sea (a l menos) "gravemente imprudente" . ^°^ O t ros autores , en cam-
en la víctima planteado ya por Otto, FS Maurach,
pág. 99:
la víctima, envenenada con una sustand
aún puede neutralizarse sin dificultad, se niega a ingerir el antídoto que le ofrece el autor arrepentid
^
Como sucedió en el caso BGH NStZ
1984, pág. 394;
vid.
también, por ejemplo,
los casos
ingl
V.
Blaue (una joven murió a consecuenda de heridas produddas con amna
blanca,
pues se negó
testigo de Jehová— a recibir una transfusión de sangre; en este caso el tribunal afirmó que no había
interrupción de la relación causal con base en la regla" take the victim
as
you find her [cuyo co
podría resumirse como "la constitución anormal' [evidentemente, en sentido muy amplio, pues se in
yen las creendas religiosas] de la víctima no intenrumpe la re ladón caus al"]; dr. sobre este caso, po
ejemplo, la información
en Smith
/ Hogan, Criminal Law, pág.
338 y
s.)
y
/?. v. Dear(en
el
supu
se
refiere
esta
resoludón, el acusado había produddo heridas
con
arma blanca
a
la víctima. Frente
a
alegación del acusado en apeladón de que la víctima había "inten-umpido la cadena causal" reabrié
dose las heridas o no hadendo nada para impedir que se desangrara al haberse reabierto estas esp
neamente, la Corte considera que en el caso enjuiciado "...la causa de la muerte [de la víctima] fue e
hecho de sangrar por la arteria que el acusado había seccionado. Con independencia de que el r
o la continuación del flujo de sangre fuera causado deliberadamente por [la víctima], e
autorizado
a
considerar
que
la conducta
del
acusado
supuso una
contribudón operativa
a
la muerte
por tanto, a condenar; vid. CrimLR 1996, pág. 595 y s,), y el supuesto de la jurisprudencia austriaca
referido por Burgstaller, FS Jescheck
I, pág.
359 y s.
^°
Así, por ejemplo, con diversos matices y partiendo de distintas posidones de base: P Frisc
Fahriássigkeitsdelikt,
págs. 147 y
ss.,
151; Burgstaller,
Fahriássigkeitsdelikt, pág.
122 y
ss.,
e
pág. 123, ídem, FS Jescheck I, págs. 365 y ss., 367 y s.;
Wolter, Zurechnung,
pág. 345 y ss., para
cuando
la
conducta posterior
de la víctima sea en una
medida considerable descuidada
e
impruden
que
con
tales "'actos heroicos' no tienen por
qué
contar ni la comunidad jurídica ni el autor" (p. 34
Hillenkap,
Vorsatztat, pág. 302;
pardalmente
(vid.
nota siguiente) también en esta línea la posidó
Roxin, >Ar/ ,
11
/111.
En la doctrina anglosajona,
vid.
en el mismo sentido —la gross negligence
pe la relación de causalidad— Hart / Honoré, Causation in the Law, págs. 319 y s., 406.
104
M a n u e l C a n d o M e l i á
La T eo r í a de l a I m pu t ac ión O b je t i v a .
105
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 46/55
b io , adop t an una pos i c i ón que en v ez de v a lo r a r l a g r av edad de l a im p r u
d e n c i a d e l c o m p o r t a m i e n t o d e l s u j e t o q u e a c tú a c o n p o s t e r i o r i d a d o d e
ca l i
f i c a r po r an a log í a l a c onduc t a de l a v í c t im a — y a que es t a , c om o es l óg i c o , n o
es ac c es ib l e a una c a l i f ic ac ión j u r í d i c o - pen a l— , pa r t e de un i n i c i o v i nc u lad o a
las carac ter í s t icas de l r iesgo in ic ia l y que resu l ta potenc ia lmente más es t r ic to
respec to de la exc lus ión de la imputac ión de l resu l tado a l autor . ^°^
Respec to de es tas dos tendenc ias —carac ter izadas de es te modo so lo a
g r andes r as gos — , puede dec i r s e , en p r im e r l uga r , que no pa r ec e adec uado
hac e r depende r l a c ons t a t ac ión — r ea l i z ada
expost—
de l a m a t e r i a l i z ac ión
de l r i es go c r eada po r l a c onduc t a de l au t o r de l a ' ' c a l i f i c ac ión " que pueda
l levarse a cabo respec to de la conduc ta pos ter ior de la v íc t ima o de la va lora
c i ó n ju r í d i c o - p e n a l q u e m e r e z c a e l c o m p o r t a m i e n t o p o s t e r i o r d e u n t e r c e
ro.^°^
En efec to , la pos ib le re le vanc ia de las carac ter í s ticas de la cond uc ta de la
víctima en c uan t o a s u s i gn i f i c ado no r m a t i v o ha de t ene r s e en c uen t a — c om o
s e h a p r o p u e s t o a q u í — e n e p l a n o d e l a t i p i c i d a d d e l a c o n d u c t a d e l a u t o r
— e n s u c a s o , i m p u t a n d o l o s u c e d i d o a l á m b i t o d e r e s p o n s a b i l i d a d d e l a
v í c t im a y ex c luy endo l a im pu t ac ió n ob je t i v a de l a c onduc t a de l au t o r — , c u a n -
^^^
Vid-,
por ejemplo, S/T-Rudolphl, n.m. 72 y
ss.,
72a, 73 previos al §
1; Kühl, AT,
4/52, acudiendo
ambos al
principio
de
confianza
para
fundamentar
su solución (desde la
perspectiva
aquí adoptada
[vid.
supra
III.
B.
1.
d)J, solo podrá hablarse de un supuesto de "principio de confianza" en sentido estricto —en
cuanto elemento Integrante del riesgo permitido, ubicado en el primer nivel de la imputación o bjetiva—
cuando se trate de una conducta cuya licitud general dependa de la previsión de la conducta posterior de
la víctima o del tercero; en los casos en los que —como los supuestos que se han mencionado en el
texto—
la creación del iesgo nicial en cuanto
iesgo
ípico esta fuera de
duda,
se trata, en cambio,
como viene señalándose en el texto, de un problema de imputación del resultado);
cfr.
también en esta
línea
de
fijar
la atendón en el
iesgo
nicial
Schünemann,
JA
1975, pág.
718 y
s.; diferenciando
en
función
del
iesgoW.
Frisch, TatbestandsmáBiges Verhalten, págs. 446 y
ss.,
449 y
ss.,
454 y s.: lo dedsivo es que
el riesgo
se
encuentre
ya
"ínsito " (angelegt)
en
la conducta Inldal;
le
sigue ahora,
en
lo
que se
refiere
a
la adopción de esta distindón,
Roxín, ATP,
11/111
(quien,
sin embargo, dentro de los riesgos "ínsitos"
quiere distinguir, más en la línea de los autores otados en la nota anterior, entre conductas posteriores
gravemente Inadecuadas [exdusión] y otras que no lo
son);
en sentido similar al de
W.
Frisch en última
instanda, la posición de Derksen, Handein aufeigene Gefahr,
pág.
234 y
ss,:
debe ser la "planíficadón de
la víctima" la
que
explique
el
suceso;
Reyes Alvarado, Imputación
objetiva, págs. 338
y
ss.,
341 y
ss.: lo
decisivo es cuál es el
iesgo
que explica" el resultado; Bolea Bardón, ADPCP 1994, pág. 386 y s., para
quien la
soludón depende de que se produzca o no una
"sustitudón"
de un
iesgo por otro;
vid.
también
en esta línea Cando Meliá, Conducta de la víctima e imputación
objetiva, pág.
332 y
ss.
^^^ Muy críticos respecto de esta postura, por ejemp lo, Martínez Escamilla, La imputación objetiva
del
resultado, pág.
328 y
ss.;
Feíjóo Sánchez, Homicidio
y
lesiones
imprudentes, pág.
137 y
ss.
do la ex is tenc ia de una in teracc ión conv ier ta e l suceso en a lgo común de
autor y v í c t ima.^^^ S in embargo, una vez cons tatada la re levanc ia t íp ica de la
c onduc t a de l au t o r , o , l o que es l o m is m o , l a im pu t ac ión ob je t i v a de l c om
por tamiento de es te —ya que en los casos que ahora son de in terés no ex is
t e ,
po r de f i n i c i ón , una " o r gan i z ac ión c on jun t a " en e l s en t i do an t es ex pues
t o — ,
l a pos ib l e r e l ev anc ia de una c onduc t a pos t e r i o r de l a v í c tim a s o lo pue
de de r i v a r de que es ta a f ec t e a l a " em an ac i ón " de l a c ondu c t a ob je t i v am en
t e im pu t a b le d e l au t o r , es dec i r , que a f ec t e a la d im ens ió n de r i es go de es t a .
Y para ver i f icar esa pos ib le re levanc ia , como parece c laro, es necesar io par t i r
de l r iesgo c reado, es dec i r , de la pos ib le in f luenc ia de la conduc ta pos ter ior
en e l m i s m o , y no de l a c a l i f i c ac ión — " g r av em en t e im p r uden t e " o no— que
merezca la conduc ta de la v íc t ima. Y
mutatis mutandis
r ige lo mism o respec
t o de una c onduc t a i nadec uada pos t e r i o r de un
tercero]
d i c h o b r ev em en t e :
la ca l i f icac ión de su conduc ta a fec ta , como es lóg ico, a su r es pons ab i l i dad
pena l ; pe r o no pued e i n f l u i r en e l ju i c i o de a t r i buc ión d e l r es u l t ado a l p r im e r
s u je t o .
E n es t e s en t i do , pa r ec e p r e f e r i b l e s egu i r , en p r i nc i p i o , l a o r i en t a c ión
p r opue s t a po r l a s egunda de l as t endenc ias doc t r i na les a l ud idas . La r e f e r en
c i a a l a " im p r udenc ia " de l s u je t o que ac t úa en s egundo l uga r hec ha po r e l
p r im e r o de l os s ec to r es doc t r i na les m en c ionados pu ede en t ende r s e , en t o do
c as o, p r ec i s am en t e c om o una r e f e r enc ia t e r m in o lóg i c am en t e poc o p r ec is a a
lo que se acaba de exponer .
c ) Pasando ya a de l in ear la so luc ió n a los d is t in tos supues tos , en p r ime r
lugar , debe es t imarse —
y
a es te respec to ex is te un consenso genera l izado en
la doc t r i na— que t r a t ándos e de una c onduc t a po r pa r t e de l a v í c t im a que
im p l i c a l a de jac i ón de m ed idas es enc ia l es y e l em en t a les de neu t r a l i z ac ión
de l r i es go i n i c i a l , no pue de p r oduc i r s e im pu t ac ión d e l r es u l t ado a l a c onduc
ta del autor.3°5
^^
Cfr.
especialmente supra
III. B.
3.
^^
Se trata de una soludón alcanzada desde el punto de vista material —si bien a través de un
definición subjetiva de la cuestión: "do lo" o no de la víctima o del sujeto que actúa con posteriorid
en gran medida también por la doctrina de la interrupción del nexo causal; en este sentido, por eje
resolvía ya el llamado caso del aguardiente (GA14 [1866],
pág.
532 y
ss.:
un soldado que se encon
en una tienda se vanaglorió de que era capaz de beberse de un trago cierta considerable cantidad d
aguardiente. Frente
a
esta afirmadón, el tendero replicó
que si
realmente
era
capaz
de
bebérselo
de
106
M a n u e l C a n d o M e l i á
La T eo r í a de l a I m pu t ac ión O b je t i v a . . .
107
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 47/55
Esta debe ser la so luc ión, por e jem plo , en e l caso en e l qu e la v íc t ima se
n iega a l a r ea l i z ac ión de una m ed id a m éd i c a c o r r i en t e y s egu r a a e f ec t os de
neu t r a l i z ac ión de l r i es go , c om o puede s e r s om e t e r s e a una obs e r v ac ión i n
terna —así , en e l caso de una v íc t ima que rec ibe una pa l iza y se n iega a
qued a r i ng r es ada en un c en t r o m éd i c o , a pes a r de que as í s e l e p i de d e m o do
ins is tente por par te de l personal san i tar io—,^°^ o a una t rans fus ión de sangre
— c om o s uc ed ió en e l c as o R. v. Blaue—,^^^ o d i r e c t a m e n t e i n u t i l i z a u n a m e
d ida t e r ap éu t i c a de es tas c a rac t e rí s ti c as — por e j em p lo , a r r anc ándos e l os
v e n
da jes , o r ea b r i en do he r i das en p r oc es o de c i c a t r i z ac ión , c om o en e l c aso
R. v.
Dear—,^^^
o
em peo r a e l es t ado de una l es i ón m ed ian t e una c onduc t a abs o lu
t a m e n t e d e s c u i d a d a — p o r e j e m p l o , g e n e r a n d o u n a i n f e c c i ó n p o r f a l t a d e
hig ien e— ,^^ e tc .^^^ Lo mism o sucede resp ec to de aq uel lo s casos en los que la
trago, le regalaría el aguardiente, debiéndolo pagar si no lo lograba. E soldado bebió en un espacio de
tiempo muy corto, y de un trago, el aguardiente ofreddo. A continuación, el tendero le sirvió más
aguar
diente, que el soldado bebió igualmente de un trago. La ingestión del aguardiente le produjo la muerte
por intoxicación etílica al día siguiente) Ortmann. GA 23 (1875),
pág.
271 y s. La doarina de la interrup
ción del nexo causal ha venido siendo adoptada por la jurisprudencia del TS español en parte hasta el día
de hoy
(vid.,
por ejemplo, las referencias en Cancio
Meliá,
Conducta de la víctima e imputación
objetiva,
pág. 104 y ss.), doctrina que el TS recientemente sintetiza del siguiente modo: "La doctrina de esta Sala
con reladón al accidente extraño a la actividad del sujeto, lo ha concebido, unas veces, en un sentido
muy restringido, comprendiendo tan sólo la acción dolosa del propio ofendido o de un tercero—Senten
cias, por todas, de 2-4-1904.13-3-1934,18-10-1946,26-10-1983.31-10-1987,5-10-1988 y 5-11-1990—
y otras, las actuadones culposas de la víctima y terceros,
SS.
2-4-1903, 24-5-1967 y 10-11-1978" (STS
17.9.1993 [RA 6697]).
^^BGHNStZ 1984.
pág.
394.
^^ Recogido, por ejemplo, en Smith / Hogan, Críminal Law,
pág.
338 y s.
^^ Recogido en CrimLR 1996,
pág.
595 y s.
'•^
Vid.
el supuesto de hecho de la STS
6-11
-1986 (JP1402), en el que la víctima agravó unas lesiones
dolosas producidas por el autor por su propia falta de cuidado —infección ocasionada por falta de
higiene—;
el TS
confirmó
la
sentenda
de la
Audiencia,
que tan solo
condenó [vigente
en aquel
momento
aún la regulación de los delitos de lesiones que hacía depender la calificadón del tiempo de curación]
por las lesiones [se. con base en el tiempo de curación] realmente produddas por el autor, y no por el
resultado de mayor gravedad achacable al comportamiento descuidado de la víctima), y las considera-
dones de Silva Sánchez
(en:
CGPJ
[ed.],
Victimología.
pág.
36 y s.) al respecto.
^^^
Llegan a
este resultado, por ejemplo,
y desde
distintas perspectivas, 5/CRudolph¡, n.m.
72a
previo
al § 1; Roxln, ATP. 11/95,11/111; ya ídem, FS Gallas. 248 y s.; Jakobs, AP.
7/59;
Jescheck / Weigend, AP,
§ 28 IV. 4.; Wessels, AP'.
n.m.
166; Oüo, FS Maurach,
pág. 99;
Burgstaller.
Fahrlássigkeitsdelikt. pág.
121
y s.;
ídem,
FS Jescheck, págs. 357.363 y
ss.; Wolter,
Zurechnung,
pág. 346; W.
Frisch, TabestandsmáBiges
l i
c onduc t a des c u idada de l t e r c e r o que ac t úa c on pos t e r i o r i dad c um p le c on
esas carac ter í s ticas : cua ndo e l er ror méd ico, por e j em plo , se apa r ta de l es tán
da r de t r a t am ien t o , y s e t r a t a de un r es u l t ado ev i t ab le , e l r es u l t ado y a no
aparece como expl icac ión de la les ión in ic ia l .
d) A es tos e fec tos , por lo demás, no parece que deba d is t ingu i rse de
m od o es quem á t i c o en t r e que s e t r a t e de una omisión o d e u n c o m p o r t a
miento ac t ivo pos ter ior de l tercero o de la v íc t ima,^^^ pues cuando las medi
das om i t i das t i e nen l as c ar ac te r í st i cas an t es enunc iadas — m ed idas hab i t u a
les y seguras a e fec tos de n eut ra l izar e l r iesgo in ic ia l— , a pesar de que de sde
e l pu n t o de v i s ta ex t e r no no hay a i n t e r f e r enc ia a l g una en t r e l a c r eac ión
i n i
c ia l de l r iesgo y la les ión, lo c ier to es que desde e l punto de v is ta normat ivo,
la ex is tenc ia de ese t ipo de medidas debe ser ten ida en cuenta para va lorar
l a v e r dade r a d im ens ión de l r i es go i n i c i a l . P on iendo un e j em p lo ex t r em o : e l
hec ho de que un c o r t e en un b r az o c on un c uc h i l l o — s upongam os que p r o
d u c i d o d e m o d o i m p r u d e n t e — , q u e s a n g ra p r o f u s a m e n t e , d es d e e l p u n t o
de v i s t a ex t e r no o m éd i c o - b io l óg i c o pueda pe r f ec t am en t e des enc adena r un
c ie r t o r i es go de m ue r t e po r ga ng r ena s i no s e des in f ec t a l a he r i da , no a f ec t a
a l a c ons ide r ac ión que e n una s oc iedad en l a que l a h i g i e ne es un e l em en t o
es enc ia l de l a m ed i c i na — adem ás de una m ed ida de c u idado e lem en t a l en
es t e t i p o de he r i das , c onoc ida po r t odos — , es e r i es go — s upo n ien do q ue l a
e l im ina c ión m ed ia n t e l a s im p le des in f ec c ión es s egu r a— ^^ ^ no debe c ons ide -
Verhalten,
pág.
447 y
ss.;
Reyes Alvarado, Imputación
objetiva, pág.
341 y s. Otra cuestión —q
de trascendencia respecto de la valoración de la conducta del autor de la lesión inicial— es que la
conducta posterior de la víctima pueda calificarse de "suicidio" en el sentido de las normas espedales
que incriminan la intervención
en
un suiddio ajeno;
vid.
solo Silva
Sánchez, ADPCP
1987, pág.
455 y
^^ Cfr. en el sentido del tex to sólo Burgstaller,
Fahrlássigkeitsdelikt, pág.
122; Jakobs, AP,
7/
AT,
4/52 .4/84; Feijóo Sánchez, Homicidio y lesiones
imprudentes, pág.
144 y
ss.; vid.,
sin emba
gando mayor relevanda a esta circunstancia, por ejemplo, 5/f-Rudoiphi,
n.m.
74 previo al § 1 — si b
propio Rudolphi (SK,
n.m.
72a previo al § 1) también afirma que cuando el resultado se deba exdus
mente
a
que la víctima "de modo completamente irrazonable" se niegue
a
un tratamiento médico (es
decir,
una omisión), debe interrumpirse el nexo de imputadón; muy crítica con la postura de Rudolph
este punto (a la que califica de "incomprensible") se ha mostrado desde una perspectiva más genera
Martínez Escamilia, La imputación objetiva del resultado,
pág.
333 y s. con nota 414— ; próxim
línea defendida por Rudolphi es la posición de Bolea Bardón, ADPCP 1994,
pág.
384 y s.
^ Como parece
daro,
no puede imponerse a la víctima —exduyendo, en caso de incumplimien
imputación al
autor—
el "deÍ3er" de acudir a medidas de neutralización que solo de modo casual pu
108
Manuel Canelo Mel iá
La Teoría de la Imputación Objetiva. . .
109
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 48/55
r a r s e " í ns i t o " en el r i es go producido por el corte. En este sentido, que la
víct inna — o el m é d i c o — omi ta toda desin fección f rente a un corte que de
modo evidente necesita esa desinfección, o que la víctima se revuelque, con
la herida aún sangrante, en un estercolero, o el médico uti l ice material en
malas condiciones, no debe c omportar d i ferencia a lguna. Y el lo no supone
que se recurra a la may or o me nor imp rude ncia del médico o de la víctima:
sencil lamente, esta posición deriva de la idea de que el riesgo debe definirse
también en atención a las medidas de neutral i zación estándar que existen
en d e t e rmi n ad o mo men t o .
A la hora de establecer cuál es el horiz onte de med idas corrientes o
esenciales en el sent ido alud ido puede aparecer a lguna d i f icu l tad . Puede
apuntarse c omo cr i ter io de determ inación q ue las medidas en cuest ión sean,
en lo que se ref iere a la v íct ima, de común conocimiento , con independencia
de la faci l idad táctica de obten ción de la me dida en cuestión, o, en lo que
se refiere a l médico , form en parte de los conocimientos estándar conform e a
la
lex
artis. Dicho con un ejemplo extre mo: e l hecho de que el envenena
mien to producido por e l autor mediante una sustancia exót ica, enorme me n
te pel igrosa, pero cuyos efectos pueden ser inmedia tam ente revert idos me
diante la ingestión de una pequeña cantidad de ácido aceti lsal icí l ico, pueda
ser neutral i za do senci l lamente tom and o una asp i r ina, no impl ica que se t ra
te en este caso de una medida de las antes aludidas.
Desde esta perspectiva, es éste el cri terio decisivo también para abor
dar el caso del l íquido caústico^^^ antes aludido: en efecto, como afirma el
TS^ *
en ate nción a lo establecido en los hechos probad os, no cabe excluir la
impu tación del resultado, partien do de la exigencia de que la . . .víctima ave
rigüe por su intuición o extremada di l igencia y cuidado la clase de l íquido
con el que se le ha rociado y cuya toxicidad no se percibe po r el mer o contac
to cutáneo . En este caso, a pesar de que la medida en cuestión —sencil la
mente, lavar con agua las zonas cutáneas afectadas— era muy simple, el
desconocimiento de las características del l íquido uti l izado por la autora im-
den tener éxito, o a su vez generan riesgos elevados, etc.; vid. en este sentido Derksen,
Handeln auf
eigene
Gefahr,
pág.
235.
STS 17-9-1993 RA 6697).
^^^ Si bien con una argumentación que sitúa el caso en el ámbito de la "interrupción del curso
causal".
pide considerar que se tra ta de una med ida que cuadre al concepto de me
dida corrie nte antes esbozado .
En tod o caso, ha de insistirse que en el prese nte ám bito no se trat a de
cal i ficar la conducta de la víctima o del tercero , sino de deter min ar la concre
ción del riesgo inicial del que es responsable el autor. En efecto, debe recor
darse que en el ám bito de los supuestos que ah ora interesan lo que ha suce
dido es que se ha impuesto —con la conducta del autor— un riesgo a la
víctima. Por el lo, el hecho de que posteriormente se real ice una aportación
ulterior que incide sobre el riesgo inicial no pue de hacer desaparecer sin más
la fue rza exp licativa del riesgo .^^^
3. Diversidad de objeto puesto en riesgo y objeto lesionado
La necesidad de hal lar cri terios para determinar cuándo un resultado
puede reconduci rse a una conducta ob jet ivamente imputab le también se
plantea en supuestos en los que la conducta del autor crea un riesgo jurídi
camente desaprobado ex ante y esa generación de r iesgo es la que conduce
—dicho, de momento , en términos de aproximación— a un comportamien
to posterior de un terc ero o de la víctima qu e incide de algún m odo sobre la
lesión final de un objeto o bien jurídico distinto al inicialmente puesto en
peligro.
a )
En primer
lugar, puede suceder que a una primera conducta que
genera un riesgo se anude otra conducta de un sujeto que acaba conducien
do el riesgo hacia la lesión de sus propios bienes. Son de interés en este
contexto supuestos como los casos que podemos denominar: el caso de la
reacción de pánico,^^^ el caso del salto del camión^^^^^^'^'^ pág^ o el del incen-
^^^ En este sentido, con una solución más restrictiva que la aquí propuesta, W. Frisch, Tatbestand
máBiges
VerbaIten, pág. 45 y s.
^ ^
STS
27-1 -1984 (RA
42 1
):
E
acusado había invadido la acera por una conducción imprudente de
vehículo, dirigiéndose este hacia
tres
peatones. Dos de ellos lograron eludir la colisión, pero uno de ellos
fue alcanzado y m urió de modo inmediato por el im pacto. Uno de los dos acompañantes que habían
logrado evitar el choque, una mujer, salió corriendo hacia la calzada —presa de una reacción de pánico
al ver el cuerpo del peatón arrollado en el suelo— en la que fue atropellada —s ufriendo lesiones— por
otro vehículo cuyo conductor no pudo evitar la colisión.
El TS
confirmó la condena del acusado por las
110
M anue l Cane lo M e l i á
d io. ^^s En e l seg un do de ios casos c i tado s , se t ra ta d e una c ond uc ta de la
La T eo r í a de l a I m pu t ac ión O b je t i v a .
111
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 49/55
p r op ia v í c t im a a f ec t ada po r l a pues t a en r i es go , m ien t r as que en e l p r im e r o
y en e l tercero, e l su je to a fec tado por e l r iesgo y la v íc t ima de la les ión de
cuya im pu tac ión se t ra ta son dos su je tos d is t in tos . En los t res supues tos e l
ob je t o o b i en j u r í d i c o a f ec t ado po r e l r i es go o l a l es i ón i n i c i a l ( r es pec t i v a
m en t e : l es i ón de l p r im e r pea t ón , l i be r t ad s ex ua l de l a p r op ia v í c t im a , v i da
de l he r m ano de l a v í c t im a ) s on d i s t i n t os de l ob je t o a f ec t ado en r e l ac i ón c on
la c ond uc t a p os t e r i o r d e l a v íc t im a .
lesiones produddas en el segundo atropello a la mujer que salió corriendo, afirmando que no hay razón
alguna para no imputar este resultado a la conducta imp rudente inicia l del acusado, ya que fue esta la
que motivó la reacción de pánico de la segunda víctima.
Cfr.
Los comentarios de Luzón Peña, "Autoría e
imputadón objetiva en el delito imprudente",
en:
ídem, Derecho penal de la circulación \ pág.
83
y ss.;
Silva Sánchez, La Ley 1984-4,
pág.
1040 y ss., y la anotación de Silva Sánchez / Corcoy Bidasolo / Baldó
Lavilla, Casos PG ,
pág.
173 y
ss.
^ STS 8-11-1991 (RA 8298): el acusado, que conducía un camión, había recogido a una joven que
hacía autostop y había comenzado poco después a hacerle explícitas proposiciones de índole sexual. La
víctima se negó rotundamente a estas, pero el conductor siguió planteándolas de modo insistente; la
joven le pidió entonces que detuviera el vehículo, anunciándole que de lo contrario se lanzaría en mar
cha.
Al ver que el acusado no paraba el
camión,
hizo realidad su anuncio, resultando con lesiones graves
al ser arrollada por las ruedas traseras del vehículo. El tribunal de instancia condenó al acusado por un
delito de lesiones imprudente. E TS mantuvo la condena. Frentea la alegación del recurrente de que fue
la joven la que decidió voluntariamente lanzarse del camión en marcha, el TS afirma que la conducta de
la
víctima, al poder prever razonablemente
que iba a ser objeto de un
delito
contra la libertad
sexual, era
"legítima", siendo la única causa reprochable de las lesiones el comportamiento del acusado, y las
lesiones objetivamente imputables a este.
^ BGHSt
39, pág.
322 y
ss.:
El acusado había participado junto con otras personas —entre ellas, la
posterior víctima— en una fiesta celebrada en una casa. El acusado prendió fuego en la planta superior
del inmueble, en la que se encontraban dos personas: el hijo, de doce años, del matrimonio anfitrión, y
uno de los invitados, que estaba dormido. A l progresar el incendio, el niño pudo salvarse, mientras que el
invitado sufrió una intoxicación por humo que condujo poco después a su muerte. Otro hijo del matrimo
nio anfitrión, que en el momento de desencadenarse el incendio se encontraba en el exterior —y que
había ingerido una considerable cantidad de alcohol—, intentó subir a la planta superior de la casa, en
la que quería
salvar
los
bienes materiales
o las
personas
que ahí
estuvieran, especialmente
a su
hermano
de
12
años. Llegó al pasillo de la planta superior,
en
la que cayó al suelo por los efectos producidos por
la inhalación del humo, muriendo también él por una intoxicación de monóxido de carbono. E tribunal
de instancia condenó al acusado por un delito de incendio,
y,
en lo que se refiere a la muerte del hermano
que intentó el salvamento, por homicidio imprudente. El BGH mantuvo la condena, argumentando que
en este supuesto no concurre una autopuesta en pe ligro responsable, ya que no queda excluido el fin de
protección de la norma.
b ) La doc t r i n a s e ha oc upa do s ob r e t od o de l g r up o de c as os r ep r es en
t ad o en t r e l os an t es m enc ionados po r e l de l i nc end io , ba jo l a r úb r i c a " p r o v o
cac ión de acc iones de sa lvamento ar r iesgadas" . Respec to de es tos supues tos
s e ha gene r a do una i n t ens a po lém ic a ; de m ane r a es quem á t i c a , c abe s i n t e t i
z a r la s i tuac ión en l a doc t r i na d e l s i gu ien t e m o do : un p r im e r g r up o de au t o
res a f i rma que en es tos casos no debe produc i rse la imputac ión de l daño
s u f r i do po r qu ien em pr ende l a ac c ión de s a l v am en t o . L l egan a es t a c onc lu
s ión aduc iendo, en pr imer lugar , que en los casos en los que e l sa lvamento
no v i ene im pues t o po r una ob l i gac ión j u r í d i c a — c om o en e l c as o de l i nc en
d i o — ,
debe c ob r a r r e l ev anc ia l a i dea de la " au t o pue s t a en pe l i g r o " , es dec i r ,
la responsabi l idad de qu ien dec ide ponerse a s í m ismo en pe l igro a l asumir la
ac c ión de s a l v am en t o .
E n es t e s en t i do , s e u t i l i z a e l a r gu m e n t o de que de l o c on t r a r i o hab r í a
que l l ega r a l a c onc lus i ón de im pu t a r , po r e j em p lo , a qu ien s e ha pues t o a sí
m is m o en r i es go y p r ov oc a una ac c ión de s a l v am en t o , l a r es pons ab i l i dad po r
los daños que pueda suf r i r e l su je to que in tenta sa lvar lo . Pues en todos es tos
casos , en ú l t ima ins tanc ia , se d ice, la conduc ta in ic ia l es una mera causac ión
de una au t o pues t a en pe l i g r o v o lun ta r i a .^ ^ ^ En s egun do l uga r , a l gu no de l os
au t o r es ac abados de c i t a r v a aún m ás le j os y p r op one ex c lu i r la im p u t ac i ón
de l r es u l t ado t am b ién en aque l l os s upues t os en l os que e l s u je t o que em
p r ende l a ac c ión de s a l v am en t o c um p le c on una ob l i gac ión j u r í d i c a , c om o
puede s e r e i c as o , po r e j em p lo , de un m iem br o de c ue r po de bom ber os en
una var ia c ión h i poté t ica de l caso de l ince ndio a l que se acaba de hacer re fe-
renc ia . ^^^ En apoyo de es ta so luc ión se af i rma que en c ier to modo también
en es tas cons te lac iones se t ra ta de una e lecc ió n l ib re por pa r te de qu ien
rea l iza la acc ión ar r iesgada, ya que a l e leg i r la profes ión en cues t ión se ha
br ían asumido los r iesgos que es ta con l leva. Por o t ro lado—argumentan es tos
autores—, la responsabi l idad de la co lec t iv idad a l es tab lecer las normas en
cues t ió n n o de be ser t ras ladad a a l au tor d e la c reac ión de r iesgo in icia l. ^^^
^'^
Vid.,
por ejemplo, 5/5^^-Cramer, § 15 n.m.
157; Roxin, ATP.
11/94; Maurach / Gossel,
AP\ A3
Otto, JuS 1974, pág. 710 Schünemann, JA 1975, pág. 722; Castaldo,
L'imputazione
oggetiva,
pág.
s.; Corcoy Bidasolo, El delito imprudente,
pág.
554 y s.; M artínez Escamilla, La imputación objetiv
resultado, pág. 362 y ss.
^ °Pues en
e l supuesto
de
referencia,
el
salvamento fue emprendido por
uno de
los miembros
de
la
familia propietaria de la vivienda incendiada, no por un profesional de tos servidos de salvamento.
''' Vid.
solo
Roxin,
FS
Honig, pág.
142.
112
M anue l Cane lo M e l i á
A dem ás s e aduc en r az ones de po l í t i c a c r im ina l : e l es t ab lec im ien t o de
La T eo r í a de l a I m pu t ac ió n O b je t i v a .
113
dor n o es l ib re en su e lecc ión de em pre nde r la ac t iv idad a r r iesgad a, ya que es
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 50/55
l a im pu t a c ión de l r es u l t ado c ond uc i r í a en m uc has oc as iones a que e l c r ead o r
de l r i es go i n i c i a l se abs t uv ie r a de l l am ar ay uda , si t uv i e r a que t em er qu e e l l o
pud ie r a gen e r a r u l t e r i o r es r es po ns ab i l i dades j u r íd i c o - pena les . ^ ^^ P o r ú l t im o ,
t am b ié n s e d i c e que no pa r ec e adec uad o hac e r r es pond e r a l au t o r po r u n
suceso que no es tá autor izado a impedi r . ^^^
F r en t e a es t e s ec t o r doc t r i na l , aque l l os au t o r es que p ued e c o ns ide r a r
s e que c on f o r m an l a op i n i ó n m ay o r it a ri a ^^ " ^ s os t i enen , po r e l c on t r a r i o , q ue
en es tos casos debe imputarse e l resu l tado a la c reac ión in ic ia l de l r iesgo por
p a r t e d e l
autor.^^^
P a ra est os au t o r es , s i em pr e qu e e l i n t en t o de s a l v am en t o
no " c a r ez c a , des de un p r i nc i p i o , de t od a pos ib i l i dad de éx i t o " y " no c o n l l ev e
la asunc ión de r iesgos desproporc ionados" , ^^^ habrá de imputarse la les ión a l
autor de l r iesgo in ic ia l . ^^^ Desde es te punto de v is ta , se sos t iene que e l sa lva-
^"
Cfr.
en este sentido, con diferendas en la argumentación, solo
Roxin, ATPJ^
/106,y ya
ídem,
FS
Honig, pág. 143; ídem,
FS Gallas,
pág,
247 y s.; Burgstaller,
Fahrlássigkeitsdelikt,
págs. 112 y
ss.,
115 y s.;
Schünemann, JA 1975,
pág.
721 y s.; Schumann,
Selbstverantwortung, pág.
70 y s., nota 2 (admitiendo
responsabilidad del sujeto que genera el riesgo ¡nida l solo para los supuestos de dolo); Corcoy Bidasolo,
El delito imprudente,
pág.
555 y s.; M artínez Escamilla, La imputación objetiva del resultado, págs. 358
y ss., 362 y ss.
^" Una vez creado el riesgo inicia l, el autor no está autorizado a interferir en el intento de salvamen
to; vid. Roxin,
FS
Honig, pág.
142 y s.; Burgstaller,
Fahrlássigkeitsdelikt, pág.
115.
^ * A l menos en Alemania, como señala, por ejemplo,
W.
Frisch, TatbestandsmáBiges Verhalten,
pág.
473.
^" Así, por ejemplo, S/C-Rudolphi, n.m. 80 y s. previos al § 1 y ya ídem, JuS 1969, pág. 557; LIC'-
Schroeder, §
16, n.m. 182;
A//C-Puppe,
n.m.
168 y
ss.
Previos a los §§ 13 y
ss.;
Jescheck / Weigend, A^. § 28
iV.
4.;
Jakobs, 4F, 21/89 y ya
ídem,
ZStW 89 (1977), págs. 15 y
ss.,
31 y
ss.; Wolter, Zurechnung, pág.
344
y
ss.;
exhaustivamente
W.
Frisch, TatbestandsmáBiges
Verhalten,
págs. 472 y
ss.,
480, 481 y
ss.,
484;
Derksen, Handein aufeigene Gefahr. págs. 202 y ss.. 207
y
ss.; Cando Meliá, Conduaa de la víctima e
imputación objetiva,
pág.
338 y
ss.;
en el mismo sentido, si bien solo respecto de los casos en los que
existe obligación por parte del salvador,
5/5 -Cramer,
§ 15 n.m.
157;
Maurach / Góssel, AF^, 43/73.
^^ Como lo formula el BGH en el caso del incendio al que se viene haciendo referencia en el texto
(BGHSt
39, pág.
326); en sentido próximo, por ejemplo. NK-Puppe. n.m. 168 previo a los § 13 y
ss.
^" Jakobs va más allá al sostener que cualquier conducta de salvamento razonable puede dar lugar
a imputadón, vid. ZStW 89 (1977), págs. 15 y ss.. 31 y ss., 33 y s., argumentando en analogía al estado
de necesidad justificante, ya que la conducta del salvador que se mantenga en el marco delineado en esa
institución es "correcta", de modo que para Jakobs no elimina como explicadón del suceso lesivo —a
diferencia de una conducta "arbitraria" por parte del salvador— la conducta inicial;
vid.
también ídem,
AF . 21/89; en sentido similar se pronunda —sumándose a Jakobs—Wolter,
Zurechnung, pág.
345 y s.:
mientras la reacción sea "comprensible" o "explicable"
(p.
345);
¿^ -Schroeder,
§
16,
n.m. 183.
en t od o c as o — t am b ié n en l os s upues t os en los que e l s a l v ado r c um p le c on
u n deber— e l autor de l r iesgo in ic ia l e l que impone la neces idad de sa lva-
m en t o . ^ ^ ^ E l a r gum en t o de l a c on t r ad i c c i ón en t r e r es pons ab i l i dad po r l os
daños de r i v ados de l s a l v am en t o y la p r oh ib i c i ó n de im p ed i r l o es c on t es t ado ,
po r l o dem ás , r ec o r dand o que no es es t e e l ún i c o c aso en e l que e l o r den a
m ie n t o j u r í d i c o hac e r es ponde r a l au t o r po r un s uc eso que no es tá au t o r i z a
do a im ped i r : t am b ié n en e l s upues t o en e l que un s u je t o es au t o r m e d ia t o
de una ag r es ión an t i j u r í d i c a f r en t e a l a c ua l e l ag r e d ido r eac c iona en l e g í t i
m a de f ens a , e l au t o r m ed ia t o no puede im ped i r l a l eg í t im a de f ens a , y , s i n
em bar go , puede s e r r es pons ab le de l os daños que es t a p r oduz c a en s u i ns -
t rumento.^^^
c)
En segundo lugar,
t am b ién puede oc u r r i r que l a c r eac ión de r i es go
im pu t ab le a l au t o r i n i c i a l s ea " t r ans f o r m ada" po r o t r o s u je t o en un r i es go
que ac aba a f e c t and o a un t e r c e r o . A s í s uc ede , po r e j e m p lo , en e l s upues t o
de hec ho que pod em os l la mar caso de la qu em a de ras t ro jos ;^^° o en e l caso
en e l que un su je to da ins t rucc ione s incor rec tas a l con duc tor de un camión,^^^
que por e l lo a t ropel la a un tercero, o en múl t ip les supues tos en los que la
^ En este
sentido, di , por todos, 5/C-Rudolphi, n.m.
80 y
s. previos
al §
1 ; Wolter, Zurechnun
344 y
ss.
^'^
Cfr.
5^-Rudolphi.
n.m.
80 previo al § 1 .
5°STS
3-6-1989
(RA 5021): el sujeto A realizó —supongamos que de modo daramente incorrec
respecto
del
iesgo al que
se
aludirá
a
continuadón—
cerca de
una carretera la quema
de
los rastroj
que quedaban en una finca de su propiedad después de la recolección. El humo de la quema de ras
invadió la calzada, dificultando de modo esencial la conducción por la vía, de manera que no cabría d
alguna acerca del riesgo que se habría generado respecto de los vehículos que hubiesen drculado en
momento por el tramo afectado por el humo.
Pero,
afortunadamente, no había ninguno. Así las cosas
conductores penetraron desde fuera de l ámbito cub ierto por
el humo
—a pesar
de
advertir la falta de
visibilidad— el tramo afectado por el humo y, al desviarse hacia el carril contrario, colisionaron con u
vehículo cuyo conductor, con mejor criterio, estaba esperando del otro lado de la zona falta de visibili
dad,
produdendo la muerte al ocupante de este. EITS absolvió al sujeto que realizó la quema de rast
(argumentando, de modo algo confuso, que no hay ni previsibilidad, ni imprudenda, que se rompe la
relación
causal y que
tampoco
cabe
imputación objetiva)
y
mantuvo la condena
de
los
dos
automovi
tas, por haber estos asumido "de forma autorresponsable el iesgo creado por la acción de otro".
^'' Cfr. Rodríguez Mourullo,
ADPCP
1969, pág.
485 y
ss.
114 M a nue l Cane lo M e l i á
en t r ega de un ob je t o de f ec t uos o ac aba p r oduc iendo l es i ones a un t e r c e r o ,
La T eo r í a de l a I m pu t ac ión O b je t i v a . . .
115
c om por t am ien t o de l c onduc t o r es en es te s en t i do l a base de la c onduc t a de
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 51/55
etc.^^^
d ) Con i ndep enden c ia de l a s o luc i ón m a t e r i a l a l os d i s t i n t os s upues t os ,
hay que i nd i c a r qu e c on c a r ác te r p r ev io s e p l an t ea en r ea l i dad u n d i f í c i l p r o
b lema de carác ter s is temát ico: ¿per tenece la so luc ión de es tas cons te lac iones
a l n i v e l de l a im pu t ac ión ob je t i v a de l r es u l t ad o , o deb en r es o l v e rs e m ás b ien
y a en e l p l ano de l a t i p i c i dad de l a c onduc ta?^ ^ ^ E s te i n t e r r o gan t e no pued e
des pe ja r s e de m odo un i f o r m e en r e l ac i ón c on t odos l os e l em en t os que c o n
cur ren en es tos supues tos .
En primer lugar, l a ex i s t enc ia de una c one x ión s u f i c i en t e en t r e l a
c o n
ducta in ic ia l de l autor y la pos ter ior de l tercero o de la v íc t ima es , en es te
ám b i t o , una c ues t i ón que pe r t enec e a l p r im e r n i v e l de l a im pu t a c ión ob je t i v a .
E n e f ec t o , s o lo si puede a f i r m a r s e que e l c om por t a m ien t o de l au t o r — adem ás
de l a c a l i f i c ac ión j u r í d i c o - pena l que pueda m er ec e r de m odo a i s l ado— gene
r a una s i t uac ión en l a que e l pos t e r i o r c om por t am ien t o de l a v í c t im a o de l
t e r c e r o apa r ec e ex p l i c ado po r esa c ond uc t a i n i c i a l , c om o pa r t e de una m is
m a un idad de s en t i do im pues t a po r e l au t o r , ^ ^ pod r á c ons ide r a r s e que és t a
es ob je t i v am en t e im pu t ab le en r e l ac i ón c on l a l es i ón s u f r i da . E n es t e s en t i
d o , s e t r a t a de de t e r m ina r s i pued e hab la r s e de una autoría mediataP ^ Así ,
por ejemplo, en el caso del salto del camión,^^^^^^ '^ ' ' '^
P^ ^
hay qu e ana l izar s i e l
^^
Cfr. otros ejemplos ofrecidos por Lenckner {S/9\ n.m. 101a previo a los §§ 13 y ss.): el informe
prestado por
un abogado,
dictámenes técnicos, las instrucciones
de uso de aparatos,
etc.
^ En este
sentido,
dice Roxln
(ATP. 11/106),
quien
aborda
los supuestos de acciones de
salvamento
arriesgadas similares al caso del incendio antes citado
en
el marco del escalón del "alcance del tip o"
(vid.
supra
II. B.
1.) que en determinados casos la cuestión resulta "prácticamente imposible de distin
guir" de la "autopuesta en peligro", es
dedr,
de aquel ámbito que en el presente estudio se ha ubicado
en el marco del primer nivel de la imputación objetiva (riesgo permitido, prohibición de seguro, ámbito
de responsabilidad de la víctima).
^ A la inversa formula Derksen —partiendo de un contexto sistemático desligado de la teoría de la
imputadón objetiva— que la conducta del autor debe eliminar «as alternativas de planificación de la
víctima; vid.
Handeln aafeigene
Gefahr,
págs. 203,239.
^5 Lo que plantea ciertos problemas dogmáticos en la mayoría de estos supuestos, al tratarse de
casos en los que concurre Imprudencia por parte del autor; como es sabido, partiendo de un concepto
presidido por un entendimiento subjetivo del dominio del hecho como base de la autoría mediata, no
podrá apreciarse ésta en el ámbito de los delitos imprudentes. Es esta la que podría considerarse opinión
mayoritaria en Alemania, también representada en España;
vid.
solo Jescheck / Weigend. AP. § 62 1.2.;
au t opue s t a en pe l i g r o de l a j ov en , o , f o r m u la do des de l a pe r s pec t iv a de l a
v íc t ima, s i es ta se encuent ra en una s i tuac ión en la que pueda af i rmarse que
s u dec i s i ón — s a l t a r de l c am ión — ha s ido l l ev ada a c abo de m o do " r es pons a
b l e " , la ha s ido impuesta. Pues s i , por e jemplo, la conduc ta, en rea l idad, no
pas a r a de c ons t i t u i r un c om por t am ien t o g r os e r o de l que no c abe ex t r ae r l a
ex is tenc ia de un r iesgo para la joven, no ex is t i rá la conex ión ent re una
c o n
duc ta y o t ra . S in emba rgo , si — com o sucede en e l caso— las c i rcuns tanc ias la
hac en pens a r — c on una v a lo r ac ión r ac i ona l— que s e enc uen t r a en una s i
t uac ió n en l a que es i nm i nen t e un a t aq ue a s u l i be r t ad s ex ua l , r es u l t a rí a q ue
ex is te la re lac ión de " impos ic ión" . De igua l modo, en e l caso de l incendio^^^
debe c om pr oba r s e s i l a c onduc t a i n i c i a l r ea lm en t e " j us t i f i c a " l a ac c ión de
salvamento de l su je to ; es te no ser ía e l caso, por e jemplo, s i a lo que se ha
p r en d ido f u eg o no es una v i v i enda , s i no un c obe r t i z o v ac í o , y a que e n t onc es
no hay nada que sa lvar . Pero s i la conduc ta de l sa lvador —sigu iendo a la
doc t r i na m ay o r i t a r i a en es te ám b i t o an t es ex pues t a en s egundo l uga r — c ons
t i t uy e una m e d ida r a z onab le , r es u lt a a r t i fi c i os o s os t ene r que se t r a t a de una
c onduc t a l i b r e .
Gómez Benítez, PG .
pág.
150. Sin em bargo, desde otras bases distintas, hay numerosos autores — q
pueden considerarse el sector mayorítario en la doctrina española— que no ven obstáculo alguno a
afinnación de autoría m ediata Imprudente: en este sen tido, por ejemplo. Rodríguez Mourullo, ADPCP
1969, págs. 477 y ss., 484; ídem,
ComCP
I, pág. 818 y ss.; Cobo del
Rosal / Vives
Antón, PG \ pá
Luzón Peña, PG , pág. 509; Jorge B arreiro, La imprudencia punible, pág. 125 y s.; Peñaranda Ram
participación, págs. 288 y
ss.,
292 con nota 158,294; Calderón Cerezo,
en:
CGPJ (ed.). La impru
págs. 29 y
ss.,
63; González Rus,
en:
CGPJ (ed.). Problemas de
autoría,
pág. 114 y s.; Díaz y Ga
Conlledo, voz "autoría",
en:
Enciclopedia Jurídica
Básica, vol.
I (ABA-COR),
pág. 698. y,
últimam
una
fundamentación de tenida, Hernández Plasencia, La autoría mediata, págs,
332 y
ss.,
334 y
s
ss.; en la doctrina alemana, por ejemplo, ya Exner, F6 Frank I, pág. 570 y s.; Jakobs, AT, 21/113; íd
autoría mediata, passim, insertando el problema en la teoría de la imputación objetiva; Schum
Selbstverantwortung. pág. 110; W.
Frisch habla —en relación con la conducta de la víctima— de
dones ''paralelas en el ámbito de la imprudenda" (vid., NStZ 1992. pág, 64 con nota 80); en sentid
similar, Seier,
JA
1984, pág. 534;
en
lo material,
también
Walther, Eigenverantwortiichkeit, pág.
vid.
también Cando Meliá, Conducta de la víctima imputación objetiva, pág. 347 y ss.; Feijóo
Homicidio y lesiones
imprudentes, pág.
109 y
ss..
con ulteriores referencias.
''^STS8-1M991 (RA8298).
'^^BGHSt39.pág.322yss.
116
M anue l Canc io M e l l a
A unque e l s a l v ado r t enga , en e f ec t o , l a pos ib i l i dad de op t a r po r no
La T eo r í a de l a I m pu t a c ión O b je t i v a . . .
117
En términos s im i lares han de reso lverse los supues tos en los que se
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 52/55
r ea l i z a r e l i n t e n t o de s a l v a m en t o , s u c om por t am ien t o n o se ex p l i c a si n e l
c on t ex t o de l r i es go i n i c i a l : en e f ec t o , es e l au t o r e l que l e ha im pues t o es a
c onduc t a . Con pa r ám e t r os s im i l a r es debe abo r da r s e e l s upues t o de l a r eac
c ión de pánico: ^^^ au nq ue en es te caso no se t ra ta de un a reacc ió n consc ien
t e ,
l a c ues t i ón es enc ia l — des de e l pun t o de v i s t a s i s t em á t i c o— ^ ^ ^ t am b ién
aqu í es t á en de t e r m in a r s i la c onduc t a i n i c i a l c um p le s i qu ie r a c on l a ex i gen
c ia de imputac ión ob je t iva de la conduc ta. ^ ' *^ En re lac ión con es te supues to,
pued e pens a r s e que , en e f ec t o , en la s egunda v í c t im a c onc u r r e un " de f ec t o
de r es pons ab i l i dad s i t uac iona l " ( c om o d i c e la s en t enc ia : s i t uac ión de pán i c o
que p r ov o c a l a " c i ega c a r r e r a " de l a m u je r ) . T am b ié n pa r ec e c l a r o que ex i s t e
una r e l ac i ón de c aus a l i dad f ác t i c a en t r e l a c onduc t a i n i c i a l de l au t o r y l a
reacc ió n de la v íc t ima . E l pro b le ma se encuentra^"^^ en e l es tab lec im ien to e la
c onex ión en t r e c ond uc t a i n i c i a l y r eac c ión de la v í c tim a . Des de l a pe r s pec t i v a
aqu í de f en d ida pa r ec e m ás adec uada l a s o luc i ón de ex c lu ir l a im p u t ac i ón : en
e f ec t o , e l da t o de l a ir r es pon s ab i l i dad s i t uac ion a l ( r eac c ión de pán i c o ) de l a
v í c t im a , a pes a r de l a c onex ión c aus a l , no s e i n t r oduc e en e l c on t ex t o de l
s uc es o c om o a lgo l i gado a l a p r im e r a c onduc t a de l au t o r , c om o s í puede
suceder , por e jemplo, en e l caso en e l que e l autor narcot iza a la v íc t ima y la
aban don a en u na au t ov í a . E n es t e c as o, po r e l c on t r a r i o , pu ede pens a r s e qu e
s e t r a t a d e un r i es go nue v o , que s i b i en pa r t e de un a r eac c ión a la c on duc t a
in ic ia l ,
n o p u e d e s e r r e c o n d u c i d o a u n c o n t e x t o c o m ú n .
'^«STS 27-1-1984 (RA 421).
' En
cuanto
a la
solución m aterial mientras
Luzón Peña
("Autoría
e
imputación objetiva
en el
delito
imprudente", en: ídem, Derecho penal de
la circulación2.
págs. 99 y
ss.,
101) --coincidiendo, por lo
tanto, el punto de vista sistemático aquí adoptado (no se trata de un problema de imputación del resul
tado)
con el de este
autor—
considera que puede
afirmarse
la
existencia
de una
autoría mediata impru
dente. Silva Sánchez
(LL,
1984-4,
pág.
1040 y
ss.; ídem,
ADPCP 1987,
pág. 469,
nota
76,
discutiendo la
argumentación de Luzón Peña), Corcoy Bidasolo (El delito imprudente,
pág.
539 y s. con nota 1004) y
bilva
Sánchez
/ Corcoy
Bidasolo
/ Baldó Lavilla
(Casos
PG . pág.
174 y
s.) sostienen
que debe
exduirse la
imputación.
^ ^ Como afirma con razón Corcoy B idasolo, El delito
imprudente, pág.
539 y s.;
vid.
sobre la proble
mática de autoría m ediata respecto de víctimas
con
defectos
de
responsabilidad, ampliamente, Cando
iviena. Conducta de la víctima e imputación objetiva,
pág.
354 y
ss.
fh n r
1^^"
'"^^P^"^^nc'3 de los problemas de previsibiJidad que se pueden presentar en el lado subje
tivo aei autor a los que aluden Silva Sánchez / Corcoy Bidasolo / Baldó Lavilla, Casos PG pág 173
t r a t a de una c ondu c t a pos t e r i o r de un s egundo s u je t o que l es i ona a un t e r
cero: así , en el caso de la quema de rastrojos,^"*^ más al lá de la falta de c la r i
dad de l a a r gu m en t ac ió n de l T r i buna l en la s en t enc ia , l a s o luc i ón — abs o lu
t o r i a pa r a e l au t o r i n i c i a l— es m a t e r i a lm en t e c o r r ec t a : en es te c aso , la m ás
e lem e n t a l de l as p r ec auc iones hu b ie r a ac ons e jado a l os c onduc t o r es no en
t r a r en e l t r am o a f ec t ado y es pe r a r que e l hum o des apa r ec ie r a . No puede
af i rmarse, entonces , que e l r iesgo c reado de una co l is ión por fa l ta de v is ib i
l i dad a f ec te t am b ié n a qu ienes puede n ev i t a r l o s enc i l l am en t e es pe r ando unos
m inu t os ; est os no s e v en " f o r z ad os " po r l a c onduc t a i n i c i a l . Lo c on t r a r i o
sucede, s in embargo, en e l caso de c ier tas apor tac iones de l su je to in ic ia l de
las que no t i ene q ue des c on f i a r e l s egund o ac t uan t e y po r e l l o s i gue ac t uan
d o : así , po r e j em p lo , c uand o un m éd i c o c i e r r a la c av idad abdom ina l c on f i an
do en que — c o m o l e as egu r a l a en f e r m er a — y a han s i do r e t i r adas todas l as
gasas , ^^ o cuand o e l con du c to r de l camió n que rea l iza la man iob ra conf ía en
que la sa l ida es tá despejada a l haber le s ido ind icado as í por e l su je to que
d i r i ge l a m an iob r a .
Es te anál is is , en to d o caso, com o se dec ía, per te nec e a la con s tatac ió n
de la t ip ic idad de la conduc ta de l autor en re lac ión con la de la v íc t ima o de l
t e r c e r o . ^ ^
Por lo tanto, cor responde su anál is is s is temát ico—en la es t ruc tura aquí
s egu ida— en e l m a r c o de l os l í m i tes de la im pu t a c ión a l ám b i t o de r es pons a
b i l i dad de l a v í c t im a , de t e r m ina ndo s i l a c ondu c t a po s t e r i o r de l a v íc t im a se
ve condic iona da en térm ino s qu e exc luyen su autor responsabil idad,^" *^ o , cuan
do s e t r a t a d e l a c onduc t a de un t e r c e r o , de l a t i p i c i dad de l a c onduc t a de l
autor , por e jemplo, desde e l punto de v is ta de l pr inc ip io de conf ianza.^ "^
V i s t o des de la pe r s pec t i v a de l a c onduc t a de l au t o r , t am b ién puede dec ir s e
que de l o que s e t r a t a es de i n t e r p r e t a r s u c onduc t a pa r a a v e r i gua r s i " f ue r -
^ STS 3-6-1989 (RA 5021).
^'^^ Jorge Barreiro, La imprudencia punible,
pág.
159 y
ss.
^ Vid. en este sentido
W.
Frisch,
TatbestandsmáBiges
Verhalten,
págs. 472 y ss., 474.
^^^ Concretamente, dentro del análisis de los defectos de responsabilidad en la víctima
de
carácte
"situacional"; Cancio Meliá,
Conducta de la víctima e imputación objetiva,
pág. 360 y ss.
^ ^
Pues se trata de determinar si la creación inicial del riesgo (quemar los rastrojos, maniobrar e
camión, etc.) queda abarcada por un riesgo permitido al poder confiarse en que el sujeto que actúa va a
neutralizar el riesgo.
118
M anue l Canc io M e l i á
z a " , en l os t é r m inos an t es es boz ados , l a pos t e r i o r d e l a v í c t im a . Q ueda c l a r o ,
La T eo r í a de l a I m pu t ac ió n O b je t i v a . . .
119
e) En segundo lugar, en e l p r es en t e c on t ex t o , e l n i v e l de la im pu t ac ión
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 53/55
en t onc es , que e n l o que s e r e f i e r e a l os s upues tos de s a l v am en t o a r r i es gado ,
des de l a pe r s pec t i v a aqu í adop t ada ha de de f ende r s e l a s o luc i ón d i f e r enc ia -
do r a p r opues t a po r l a doc t r i na m ay o r i t a r i a : en e f ec t o , l a nec es idad de l aná
l i s i s ac abado de a l ud i r im p ide s egu i r l a s o luc i ón es quem á t i c a de no im pu t a
c i ó n p r o p u g n a d a p o r e l s e c to r m i n o r i t a r i o e n c a b e z a d o p o r R o x i n .
E n r e l ac i ón c on es t os s upues t os de s a l v am en t o a r r i es gad o m er ec e aún
un b r ev e c om en t a r i o un a c ons t e l ac i ón de c asos es pec í f ic a : l a c ons t i t u i da po r
aque l l os s upues t os en l os que l a nec es idad de s a l v am en t o es p r ov oc ada po r
una c onduc t a de au t opues t a en pe l i g r o , c om o , po r e j em p lo , l a de l es c a lado r
q u e m e d i a n t e u n c o m p o r t a m i e n t o i m p r u d e n t e s u f r e u n a c c i d e n t e y p o r e l l o
neces i ta de l aux i l io (ar r iesgado) por par te de terceros . Es tos supues tos han
s ido u t i l i z ados po r pa r t e de l s ec t o r m ino r i t a r i o pa r a hac e r v e r que es i nade
c uada l a s o luc i ón d i f e r enc iado r a de l a op in i ón dom inan t e , m ás f av o r ab le a
l a im pu t ación : ^ ^ ^ en e f ec t o , pa r ec e abs u r do hac e r r es pon de r po r un de l i t o de
hom ic i d i o a l es c a lado r des c u idado an t es m enc io nado s i uno de l os m iem b r os
de l equ ipo de s a l v am en t o m ue r e en e l i n t en t o de ac c ede r a l l uga r en e l que
s e enc u en t r a e l ac c ide n t ado ( un a h i pó t es i s que , po r l o dem ás , no s e r á nada
in f recuente en la prác t ica) . Pero s i la so luc ión mater ia l en es te caso no es la
de im pu t a r , n o es po r que s ea c o r r ec t a l a s o luc i ón es quem á t i c a de l a d oc t r i na
m ino r it a ri a ,^ " * ^ s i no po r qu e l a c ua l i d ad de c onduc t a t í p i c am e n t e i r r e l ev an t e
d e l a a u t o p u e s t a e n p e l i g r o i m p i d e u n a r e i n t e r p r e t a c i ó n e x p o 5 í c o m o t í p ic a
pa r a ev en t ua les s a l v ado r es des pués de una ev en t ua l s i t uac ión de nec es idad .
''' Cfr. solo Roxin, ATI', 11/106,
IJ
Tampoco parece
convincente, por
lo
demás, la explicadón
que
ofrece W. Frisch, TatbestandsmáB'h
ges Verhalten. pág.
491
y ss., quien sostiene - ^ n coherencia con su posición general en cuanto a la
conducta
típica",
vid.
Supra
II. B. a)—
que en estos supuestos, si bien concurre una creación desaproba-
aa del nesgo, no puede considerarse que la reacción penal sea un medio "Idóneo, necesario y adecua-
ao , ya que quien está en la situadón del ejemplo "...no se apartará de la realización de su plan por una
norma queje prohibe su conducta bajo amenaza de pena por comportar esta riesgos para potenciales
salvadores
(op,
cit,
pág,
491). Pues lo cierto es que aquí hay que indagar si una conducta que no genera
responsabilidad alguna para quien la emprende (autopuesta en peligro) puede interpretarse en términos
ODjetivos como generadora de un riesgo típico para terceros, cuestión que debe ser respondida en senti-
ao negativo;
vid.
en el texto.
de r es u l t ados , debe r í a ana l i z a r s e , en t onc es , s o lo una pequeña pa r t e — no
d i f e r enc iad a po r l a doc t r i na ha b i t ua lm e n t e— de l as c ues t i ones que p uede n
p lan t ea r s e en e l p r es en t e c on t ex t o : l as que s e r e f i e r en a una e jec uc ión i n -
adec uada de l a ac c ión de s a l v am en t o — u na v ez c ons t a t ada l a c onex ión en
t r e c onduc t a i n i c i a l y ac c ión de s a l v am en t o— , c om o , po r e j em p lo , s e r í a e l
c aso si e l bom be r o que em pr end e una ac c ión de s a l v am en t o l o hac e de m o do
descuidado s in su t ra je igní fugo o s in su máscara de ox ígeno. Es tos supues
tos , c om o pa r ec e c l a r o , no m u es t r an d i f e r enc ia a l gun a f r en t e a l os c asos de
iden t i dad en t r e ob je t o i n i c i a l de l r i es go y ob je t o l es i onado y debe r án s e r
abo r dados , po r l o t an t o , c on f o r m e a l o ex pues t o en e l pun t o an t e r i o r .
4 . Con f l uenc ia de r i esgos
a ) F ina lm en t e , ex i s t en s upues t os en l os que c onc u r r e , s in duda a lgun a ,
una conex ión suf ic iente ent re e l r iesgo in ic ia l c reado por e l autor y e l resu l ta
d o f i n a l , y en los que esa con ex ió n no se ve desv i r tuad a po r una cond uc ta de
la v íc t ima o u na con duc ta de ot r o su je to . En los supues tos en los que se t ra ta
de una c on duc t a c o nc u r r en t e de o t r o s u je t o , c uando s on l os dos r ies gos l os
que ex p l i c an e l r es u l t ado — c adena de im p r ud enc ias — , l a s o luc i ón es s enc i
l la : s e t r a t a r á de un s upues t o de a u t o r í a ac c es o r ia , am bos s u je t os r es ponde
rán .
b) Más d i f í c i l es la cues t ión cuando la conduc ta concur rente es la de la
v íc t ima. En efec to , hay supues tos en los que la conduc ta de la v íc t ima no
in t e r r um pe e l nex o de im pu t ac ión , y , a pes a r de e l l o , pa r ec e y a a p r im e r a
v i s ta que debe t ene r s e en c uen t a de a l gún m od o e l c om por t am ien t o de es t a
pues r es u l t a ev i den t e que l a p r oduc c ión de l r es u l t ado t am b ién es t á r e l ac i o
nada con la conduc ta de la v íc t ima. En es tos casos podr ía hablarse de modo
f i gu r ado , pa r a le l am en t e a l o ac abado de dec i r , de una " au t o r í a ac c es o r i a "
de autor y v í c t ima.^ " *^ Para que a es ta cons te lac ión de casos le cor responda
r e lev anc ia au t ónom a es p r ec i s o — apa r t e , c om o es l óg i c o , que no c onc u r r a
n inguna c aus a de ex c lus i ón de l a im pu t ac ión ob je t i v a de l c om por t am ien
Como
dice Corcoy Bidasolo,
El delito
imprudente, pág. 358.
120
M anue l Canc io M e l i á
t o — que e l r iesgo que se rea l iza sea un r iesgo respec to de l cua l ex is te una
La T eo r í a de l a I m pu t ac ión O b je t i v a . . .
1
m en t e ex c lu i da l a im pu t ac ión de l r es u l t ado a l a c onduc t a de l au t om ov i l
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 54/55
r es pons ab i l i dad m ú l t i p l e , l o que es e l c as o , es pec ia lm en t e , c uando ex i s t en
deb eres o func io nes de con t ro l rec íprocos.^^°
Des de e l pun t o de v i s ta aqu í s os t en ido , de ben r ec onduc i r s e a es t e s ec
to r de casos much os de los supue s tos que e l TS espa ñol ub ica en e l ámb i to de
s u doc t r i na d e l a " c onc u r r en c ia de c u lpas" .^ ^ ^ P e ro c om o s e hab r á adv e r t i do
po r l o ex pues t o has t a aho r a , no t od o s upues t o en l os que c onc u r r en c on duc
t as equ i v oc adas po r p a r t e de au t o r y v í c t im a pe r t enec e a es te c on t ex t o . P ues
es nec es a r i o que s o lo l a p r es enc ia c on jun t a de am bas c onduc t as e r r adas c o n
duzca a la lesión.^^^
E jempl i f icando lo d icho con base en los f recuentes^^^ casos en los que
un c ond uc t o r qu e gu í a s u v eh í c u lo de m o do a r r i es gado a t r e pe l l a a un pea
t ón que ha pene t r ado t am b ién de m odo des c u idado en l a c a l z ada , s o lo s e
t r a t a r á de un s upues t o de l os que aho r a i n t e r es an s i t an t o una c om o o t r a
c ond uc t a q ueda c onec t ada , en l os t é r m inos an t es ex pues t os , c on e l r es u l t a
d o .
S i l a in f r ac c ión de l c ond uc t o r nada t i en e que v e r c on la l es i ón — c o m o
en e l cas o de l c ond uc t o r q ue c i r c u la po r e l l ado i z qu ie r do de l a c a l z ada— , o
es e l r iesgo c reado por la v í c t ima e l que se rea l iza —un su ic ida se lanza ba jo
las ruedas de un coche que c i rcu la a ve loc idad exces iva—, quedará senc i l la -
^ °
Cfr.
Jakobs,
AT, 7IS3:
con más detalle e introduciendo alguna precisión respecto de la obra acaba
da de citar,
vid.
ídem, FS Lackner,
pág.
63 y
ss.
^ Que consiste en una adaptación de la institudón de la compensadón de culpas del Derecho dvil
a
este
tipo
de
supuestos; cfr. ampliamente Cancio Meliá, Conducta de la víctima e imputación objetiva.
pág.
94 y
ss.
^^
Cfr. materialmente
ya Torio López, LH Fernández
Albor, pág. 720
y
s.
^^
Cfr.
las referencias jurisprudendales recogidas en Cancio Meliá, Conducta de la víctima e
imputa
ción objetiva, pág. 120 y
ss.
en relación con la "concurrenda de culpas", y el planteamiento (teórico) de
este mismo supuesto por Jakobs, FS Lackner,
pág.
65. o el caso —resuelto por el TS mucho antes del
surgimiento de la doctrina jurisprudencial de la concurrencia de culpas— del peatón y la locomotora
comentado por Del Rosal,
Comentarios
a l a
doctrina penal del Tribunal
Supremo,
pág. 327 y ss., STS
28.6.1949, en el que la víctima había intentado cruzar de modo repentino la vía del ferrocarril por un
lugar
que
no era paso
a
nivel, siendo alcanzada por
una
locomotora.
E
procesado, trabajador
del
ferro
carril,
no se encontraba en su puesto precediendo a la máquina a una distancia de veinte metros, obliga
ción establecida por las normas adm inistrativas en cuestión, según parece claro, precisamente también
con el objeta de evitar atropellos.
t a . ^ ^
Si,
s i n em bar go , c on f l uy en en e l m om en t o de l r es u l t ado am bas
c
duc t as — e l c ondu c t o r no pu do f r ena r s u v eh í c u lo p r ec i s am en t e po r que
cu laba a ve loc ida d exces iva; la co l is ión no se hub iera p rod uc ido s i la v í c t i
hub ie r a c r uz ado l a c a lz ada de m od o c u idados o— , s e t r a t a r á de l a s i t uac
de " c on f l uenc ia " a l a que s e es t á hac iendo r e f e r enc ia . ^ ^ ^ T am b ién pue
contemplarse desde la perspec t iva de l grupo de casos a l que se qu iere a lu
e l s igu iente supues to: en e l curso de una c lase teór ica acerca de l uso de
m ode lo de l anz ag r anadas , un s a r gen t o de l e j é r c i t o hab í a es t ado u t i l i z an
un s imulador de l arma. Después de var ias demost rac iones prác t icas ace
de l f unc ionam ien t o de l a r m a , e f ec t uadas s i n m un i c i ón en e l s im u lado r ,
s a r gen t o l o gua r dó e n s u f und a de t r ans po r t e pa r a pas a r a ex p l i c a r e l m e
5
Vid.
sapra
III. B. 2. a).
^^
Vid.
el análisis de Jakobs, FS Lackner, pág. 65 y s. Desde esta perspectiva, no puede com
opinión de Martínez Escamilla, para quien en estos supuestos —a salvo de reglas espedales—
rece toda responsabilidad del conductor una vez constatada la impmdenda de la víaima: "Por lo
respecta a las conductas imprudentes de peatones que pretenden cruzar la vía o simplemente ca
por la
calzada...
en
principio
no puede considerarse este un
iesgoprevisible..., por
lo que el
cond
está obligado a contar con
él.
a mantener una velocidad que le permita controlar la situadón fre
estos com portamientos, salvo cuando la propia norma impone una m oderación en la veloddad e
sideradón precisamente a la posibilidad de conductas imprudentes por parte de peatones [por ej
cerca de
colegios].
No se nos ocurre otra razón a la que pueda responder esta limitación que a
irrupción de peatones
en
la calzada. Por ello, partiendo
de
que... cuando... la ley ha querido redu
riesgos de atropello de peatones que no respeten las normas del tráfico ha impuesto una espe
tadón de la veloddad en consideración predsamente a esa drcunstanda, cabe dedudr que, com
general,
los acodentes en los que interviene el factor iesgo por imprudenda de los peatones no
objetivamente imputables al conductor en atendón a una veloddad no permitida" (La imputac
tiva del resultado, pág.
294 y
s.).
En
efecto,
no puede
compartirse
la opinión de esta autora po
que extrae consecuencias demasiado amplias de la existencia de límites de veloddad específico
áreas donde se presume que hay sujetos respecto de los cuales se reducen de modo drástico la
tativas de una conducta adecuada a las reglas del tráfico. Y parece que extrae demasiado de e
ya que el establecimiento de esos límites excepcionales no implica en modo alguno que la razó
establecer otros límites de velocidad de índole general no pueda venir determinada también p
posibilidad de conductas descuidadas por parte de los peatones. En este sentido, puede pensars
una de las razones de la introducción del límite de veloddad de 50 km/h en zonas urbanas pued
precisamente, la posibilidad de conductas inadecuadas por parte de peatones. Entonces, se pod
a la condusíón que existe, en los términos acabados de exponer, una responsabilidad comparti
cumulativa entre peatón y conductor del vehículo de evitar el resultado.
122 M a nue l Canc io M e l i á
n i s m o de l v i s o r de l apa r a t o m ed ian t e unas l ám inas . M ien t r as e l s a r gen t o
La T eo r í a de l a I m pu t ac ión O b je t i v a . 123
Ante es ta s i tuac ión, lo más adecuado parece ser a f i rmar que debe apre
7/21/2019 CANCIO MELIA (2004) - Líneas Básicas de La Teoría de La Imputación Objetiva
http://slidepdf.com/reader/full/cancio-melia-2004-lineas-basicas-de-la-teoria-de-la-imputacion-objetiva 55/55
estaba dando esas exp l icac iones , e l t en iente je fe de la secc ión sacó e l s imula
do r de l a f un da y l o c a r gó c on e l c a r t uc h o c o r r es po nd ien t e pa r a que es t uv ie
r a p r epa r a do pa r a qu e é l m i s m o d ie r a a l f i na l de l a cl ase una ú l t im a ex p l i c a
c i ó n . E s t o no f ue adv e r t i do po r e l s a r gen t o , y e l t en ien t e no qu i s o i n t e r r um
p i r l a ex p l i c ac ión que es t e es t aba des a r r o l l ando . E n es e m om en t o / e l t en ien
t e f ue l l am ado po r e l enc a r gado de l apa r a t o de r ad io . M ien t r as e l t en ien t e
es t aba aún aus e n t e , e l s a r gen t o v o l v i ó a c oge r e l s im u la do r c on e l ob je t o de
expl icar con é l lo acabado de exponer con ayuda de las láminas . A l rea l izar la
ex p l i c ac ión , dos c abos que l e ay udaban en l a c l as e s e s i t ua r on de t r ás de l
s im u lado r , de t a l m odo que uno de e l l os r es u l t ó a l c anz ado po r l a de f l ag r a
c i ón de l c a r t uc ho — que s e p r oy ec t a hac ia a t r ás — a l ap r e t a r e l s a r gen t o e l
ga t i l l o en e l c u r s o de l a ex p l i c ac ión — c on f i ando en que e l apa r a t o s egu í a
des c a r gado— s in v e r i f i c a r — c om o es ob l i ga t o r i o— s i hab í a a l gu ien s i t uado
de t r ás . E l c abo s u f r i ó l es i ones en un o j o . ^ ^ Lo c i e r t o es que t a n t o e l t en ien t e
debe ev i t a r c a r ga r e l a r t e f a c t o y después pe r de r l o de v i s t a , c om o e l s a r ge n t o
t i en e l a ob l i g ac ión de c om pr ob a r qu e e l s im u la do r no es t á c a r gad o y que no
hay nad ie de t r ás de é l , c om o l a v í c t im a de ev i t a r en t odo c as o c o loc a r s e
de t r ás de qu ien es t á m an ipu lando e l s im u lado r .
O b l i gac ione s que s e es t ab lec en , p r ec i s am e n t e , pa r a ev i t a r e r r o r es en
supue stos en los que se c ree desca rgad o e l ar te f ac to . Por e l lo , en es te caso, e l
daño s o lo puede gene r a r s e po r t r es c onduc t as des c u idadas .
Como se acaba de ver , en es tos casos no hay una exc lus ión de la impu
t ac i ón ob je t i v a de l r es u l t ado . S in em bar go , l a c onduc t a de l a v í c t im a t i ene
una i n f l uenc ia r ea l y dec i s i v a en l a p r oduc c ión de l r es u l t ado : d i c ho en l a
t e r m ino log í a de J ak obs , s o lo l as dos c onduc t as i nadec ua das , l a de l a v í c t im a
y l a de l au t o r , ex p l i c an^ ^ ^ e l r es u l t ado p r oduc ido , de m odo que ex i s t e un
s o lapam ient o^ 5« en t r e l os ám b i t os de r es p ons ab i l i dad de am bos .
'
STS
(Sala Quinta) 23-5-1995 (RA4156); el tribunal de ínstanda absolvió al teniente
de un
delito
contra la eficacia del servicio previsto en el artículo 159, párrafo 2°del CP Militar. E TS casó la sentencia
y condenó al teniente— argumentando que no falta
r\i
la relación de causalidad ni la de imputación
objetiva. Frente a la alegación de que la conducta negligente de la víctima debería excluir la imputación
objetiva,
el TS
afirma que
el
cabo no podía prever que alguien hubiera cargado el simulador, de modo
que subsistía la reladón hada la conducta imprudente del teniente
' " Vid. Jakobs,
FS
Lackner, pág. 53, nota 3.
' ' 'Vid.
Jakobs, FS Lackner, págs.
54,
57.
c iarse una d isminuc ión de l in jus to en e l lado de l autor . ^^^ Dicho en términos
c o loqu ia l es , des de e l pu n t o de v i s ta no r m a t i v o s o lo s e ha p r od uc ido e l r es u l
t ad o a m ed ias : en t onc es , debe r á l l eva r s e a c abo — c o inc id i end o en es t e
p u n
t o (y so lo para e l sec tor que acaba de de l inearse) con la praxis del TS en
m a t e r i a de c onc u r r enc ia de c u lpas — una r ed uc c ión de l a r es pons ab i l i dad de l
autor , ^^ * ' Pues a d i ferenc ia de la s i tuac ión para le la que puede ex is t i r cuando
s on dos au t o r es ac c es o ri os im p r ude n t es q ue c on t r i b uy en am bos a l a l es i ón
de los b ienes de un tercero —un caso en e l que debe af i rmarse la autor ía de
am bos — , en e l p r es en t e c on t ex t o , s i b i en no s e p r oduc e una a t r i buc ión de
t od o e l s uces o a l ám b i t o d e r es pons ab i l i dad , sí pa r ec e adec uad o v a lo r a r l a
apo r t ac i ón de l a v í c t im a m ed ian t e una r educ c ión . Q ue es t a r educ c ión deba
ope r a r s e , de m odo pa r a le l o a l a j u r i s p r uden c ia , c am b ia ndo l a c a l i f i c ac ión de
la imprudenc ia —de grave a leve, lo que impl icar ía en muchos casos la impu
n ida d de l a c onduc t a de l au t o r — o m ás b ien en e l m a r c o de l a m ed i c i ón de l a
pena^^^
— c om o pa r ec e , en p r i nc i p i o , m ás adec ua do pa r t i end o de que se
t r a
t a de una p r ob lem á t i c a p r op ia de l t i po ob je t i v o c om ún a de l i t os do los os e
im p r u den t es — es una c ues t i ón c uy o aná l is i s queda f u e r a de l m a r c o de l p r e
sente es tud io .
^^ Siguiendo a Corcoy Bidasolo, El delito imprudente, págs. 359 y s., 367 y ss.; Jakobs, por su
no llega a proponer esa soludón en FS
Lackner, pág.
53 y
ss.
^^ Predsamente descartando
esta posibilidad —desde una
perspeaiva general—, Roxin,
FS
Galla
pág. 251; de modo crítico, en reladón con la praxis del TS, por ejemplo, Zugaldía Espinar, RDCir 1981
pág,
347; Mir Puig, ADPCP
1991,
pág. 262; especialmente crítica Martínez Escamilla, La imputació
objetiva del resultado, págs. 303 y
ss.,
310; Gracia Martin, en: Diez Ripollés / Grada Martin, De
contra
bienes
urídicos
fundamentales, pág. 61;
a favor de la posibilidad de "disminuir" la respo
dad del autor, con distintas ubicaciones, sin embargo, Luzón Peña, PG I. pág.
527;
Arroyo Zapatero
Manual de Derecho penal del
trabajo, págs.
112,114 y
ss.,
respecto del ámbito de accidentes la
Corcoy Bidasolo, El delito imprudente, págs.
359 y
s., 367
y
ss.; le
sigue Joshi Jubert, ADPCP
198
740; Rodríguez Montañés,
en:
Enciclopedia Jurídica Básica,
vol. íí,
pág. 3380 y s.; apunta la posi
la reducción tamb ién Jakobs, Tun und Unterlassen,
pág. 28;
a favor de la posibilidad de realizar u
atenuación en el marco de la medición de la pena, por ejemplo,
W.
Frisch, TatbestandsmáBiges V
pág. 453;
ampliamente Hillenkap,
Vorsatztat. pág.
294 y
ss.
^ Una vía que, por otro lado, ya ha sido abierta por el TS —si bien con una fundamentadón d is
y con un alcance material también distinto del que aquí se propone— en la STS 17-7-1990.