CAP. 20 – REGIÃO CENTRO-
OESTE
Prof. Clésio
A região Centro-Oeste é formada pelos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.
Ocupa cerca de 18% do território e abriga pouco mais que 7% da população do país.
1 – O MEIO NATURAL E OS
IMPACTOS AMBIENTAIS
Clima:
O clima predominante na região é o tropical, com estação bem seca no inverno e outra chuvosa no verão.
O norte da região está sob influência do clima equatorial úmido e da massa equatorial continental.
No extremo sul da região as frentes frias da massa polar atlântica causam instabilidade no inverno e queda de temperatura, ocasionando as friagens.
Vegetação:
O Cerrado predomina na região Centro-Oeste.
Em seu limite oeste localiza-se o Pantanal.
No limite norte caracteriza-se a presença da
Floresta Amazônica.
Ao sul ocorrem remanescentes da Mata Atlântica.
Hidrografia:
A região é drenada por quatro bacias
hidrográficas:
Amazônica (rio Xingu e afluentes do Amazonas);
Paraguai;
Tocantins-Araguaia;
Platina (rios Paraná e Uruguai).
Relevo
O relevo do Centro-Oeste é predominantemente planáltico.
Nele, destacam-se os Planaltos e Serras de Goiás-Minas, os Planaltos e Chapadas dos Parecis, os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná e as Serras Residuais do Alto Paraguai.
Entre os planaltos estão encaixadas depressões como a Marginal sul-amazônica, a do Alto Paraguai-Guaporé e a do Araguaia.
O Pantanal é uma planície sujeita a alagações sazonais, devido à pequena declividade de seu terreno e ao padrão de drenagem da bacia do rio Paraguai.
A vegetação é mista (cerrados, florestas, campos, charcos inundáveis e ambientes aquáticos).
No Pantanal, a expansão da agropecuária e as queimadas acarretaram a supressão da parte da vegetação e a contaminação dos corpos d’água por agrotóxicos.
1.1 – O Pantanal
A Floresta Amazônica se estende pela metade
norte do estado do Mato Grosso, e se
encontra bastante ameaçada por
desmatamentos e queimadas provocados pela
expansão da agropecuária.
A partir do séc. XVI bandeirantes paulistas se dirigiram para a região com a finalidade de aprisionar e escravizar indígenas.
No final do séc. XVII, subindo o rio Cuiabá e alcançando o território bororo, os bandeirantes encontraram ouro e iniciaram a conquista do território que atualmente corresponde ao Mato Grosso.
Enquanto isso, expedições pelo sertão descobriram minas de ouro no território que hoje corresponde a Goiás.
2 – A MARCHA PARA O OESTE
Muitas transformações aconteceram a partir de então, até que a partir do séc. XIX, com o declínio da mineração, as províncias de Mato Grosso e de Goiás conheceram um longo período de decadência econômica e de isolamento.
Apenas as atividades agrícolas de subsistência, como a extração da borracha, a criação de gado e a exploração de erva-mate sobreviveram na região.
Ao longo do séc. XX, com a inauguração de
Goiânia, em 1936, a Marcha para o Oeste,
iniciada por Getúlio Vargas na década de 1940,
a construção de Brasília, assim como as
políticas de integração nacional consolidadas
pela ditadura militar da década de 1970,
incentivaram a migração para o Centro-Oeste,
contribuindo para acelerar o povoamento da
região.
2.1 – A Ocupação Moderna do
Centro-Oeste
Na década de 1970, teve início um intenso período de desenvolvimento econômico nos estados do Centro-Oeste, motivado principalmente pela modernização da agricultura.
A mecanização, a introdução de novas culturas e o desenvolvimento de tecnologias e técnicas como adubação e correção dos solos de cerrados impulsionaram a produtividade da agricultura regional, que se tornou fortemente competitiva nos mercados internacionais.
3 – DINÂMICAS ECONÔMICAS
A indústria do turismo também está
apresentando rápido crescimento da região
Centro-Oeste.
O Pantanal Mato-Grossense é a área mais
visitada, embora os parques nacionais da
Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, da
Chapada dos Veadeiros, em Goiás das Emas, no
sudeste goiano.
A rede urbana do Centro-Oeste desenvolveu-se de maneira linear, seguindo as rodovias de integração e as ferrovias que ligam à Região Sudeste.
Brasília, metrópole nacional, assim como Campo Grande e Cuiabá, capitais regionais, situam-se sobre os grandes eixos viários.
As cidades que exibem forte crescimento – como Dourado (MS), Rondonópolis (MT) e Anápolis (GO) – também estão situadas nesses eixos.
4 – OS CENTROS URBANOS
A singularidade de Brasília reside na finalidade
específica que orientou o planejamento
urbano – a criação de uma cidade-capital.
Condição que determinou a expansão
demográfica e econômica da região, embora o
setor de serviços tenha se desenvolvido de
modo endógeno.
4.1 – A Cidade-Capital
Brasília recebeu a denominação de metrópole
nacional, por concentrar os órgãos de poder
do Estado.
O plano urbanístico não eliminou a clássica
estruturação espacial das grandes cidades
brasileiras: o contraste entre as áreas
reservadas às classes médias e às elites, de um
lado, e as periferias populacionais, de outro.
A capital cresceu como uma cidade
polinucleada: uma única aglomeração urbana
dispersa territorialmente em diversos núcleos
separados.
Esses núcleos são chamados de regiões
administrativas, já que a Constituição impede a
formação de municípios autônomos no
Distrito Federal.
A base espacial do plano urbanístico reside na segregação funcional.
No interior do Plano Piloto, definiram-se áreas reservadas às diferentes funções urbanas – administração pública, residências, comércio local e central e etc.
Um eixo viário retilíneo, chamado Eixo Monumental foi implantado e reservado aos palácios e edifícios destinados aos órgãos de poder político, à administração e às embaixadas.
Esse eixo é cortado por um outro, arqueado, chamado Eixo Rodoviário, destinado à circulação expressa. Nele alinham-se as superquadras, destinadas à moradia. Nessas áreas encontram-se escolas, igrejas, e espaços de comércio local. Esses serviços localizam-se no interior dos conjuntos de superquadras, direcionando a circulação de pessoas para dentro e não para as ruas.
Por dentro do Plano Piloto