Date post: | 13-Oct-2015 |
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Cluster de Alta Disponibilidade com Ferramentas Open Source
High Availability Cluster With Open Source Tools
Fernando Luis Diesel, Ms. Fernanda Pamplona Ramo2
1.2Curso de Especializao em Redes de Computadores de Alta Velocidade - Faculdade Alfa Brasil - FAAB Cascavel - Brasil
Resumo:A necessidade de se ter servios de rede em alta disponibilidade vem crescendo a medida que as empresas dependem primordialmente dos mesmos para seu pleno funcionamento. A exigncia de investimento em equipamentos de rede para que haja segurana em disponibilidade de servios na rea computacional grande, e por isso que empresas buscam solues viveis atravs de softwares gratuitos para o gerenciamento de Clusters de Alta Disponibilidade. Este artigo tem como principal intuito, dar uma ampla viso ao leitor e administrador de redes sobre o que venha ser e como funciona a computao em cluster, solues em ferramentas e hardwares utilizados, tambm as vantagens e a necessidade de se ter este tipo de infra-estrutura, tem como foco principal em cluster de Alta Disponibilidade com ferramentas Open Source.Palavras-chave: artigo; cluster; disponibilidade; ferramentas.
Abstract: The need to have network services for high availability is growing as companies rely primarily on the same for their full operation. The requirement for investment in network equipment to provide safety in the availability of services in computing is great, and why companies seek viable solutions through free software for managing High Availability Clusters. This article has as its main purpose, to give the reader a broad overview and network administrators about what will be and how the cluster computing solutions, tools and hardware used, also the advantages and the need to have this type of infrastructure structure, focused primarily on cluster High Availability with Open Source tools.Key-words: Article; cluster; availability; tools.
1. Introduo
Atualmente com o avano dos sistemas informatizados e o seu papel importante perante o
mercado, fez com que a necessidade de manter determinados servios ativos e com o menor tempo
inoperante possvel, se tornasse um dos principais requisitos para o mercado. Isso vem a prevalecer
s solues Open Source voltadas ao servio de alta disponibilidade, seguindo no princpio e
focando em clusters de Alta Disponibilidade. Assim, o objetivo apresentar no s o conceito de
clusters como tambm solues de ferramentas Open Source, tambm como, algumas opes de
hardware e redundncia entre os mesmos, e por fim problemas e solues que podero ocorrer e
intervir neste tipo de ambiente.
2. Clusters
Um cluster pode ser definido como um conjunto de dois ou mais computadores, denominados
nodos ou ns, que resulta em um nico sistema que responda por um ou mais servios.
denominado Sistemas de Imagem nica (Single System Image Operating System - SSI OS),
independente da infra-estrutura por detrs de um ambiente de alta disponibilidade, um nico sistema
ir responder a solicitao pelo servio requerido (PITANGA, 2003).
Clusters so usados em ambientes crticos onde h a necessidade de servios estarem sempre
disponveis e/ou processados em menor tempo possvel. Provedores de internet, sites de comrcio
eletrnico, redes sociais requerem alta disponibilidade e balanceamento de carga escalvel em seus
servios.
3. A necessidade da utilizao de um Cluster
De acordo com Pitanga (2003), os clusters ou combinaes de clusters so utilizados a fim de
processar contedos crticos ou disponibilizao de servios durante a maior parte do tempo. Os
clusters de Alta Disponibilidade e Balanceamento de Carga normalmente so utilizados por lojas
virtuais, Data Centers onde possuem recursos para detectar, recuperar e ocultar eventuais falhas,
pois a porcentagem de disponibilidade destes servios precisa ser o mais alto possvel, por isso
usado em ambientes crticos onde a paralisao de determinados servios, podem afetar gravemente
o funcionamento do ambiente como um todo. Clusters de Processamento Paralelo so utilizados em
ambientes onde h necessidade de se obter alto desempenho, como por exemplo, a renderizao de
grficos de altssima qualidade e animaes. J em ambientes com clusters Beowulf ou aglomerado
Beowulf so utilizados no processamento de dados com finalidade na pesquisa cientfica.
As necessidades de implementao de clusters surgem em empresas que desejam incrementar
sua escalabilidade, gerenciamento de recursos, disponibilidade ou processamento a nvel
supercomputacional com um investimento vivel.
4. Tipos de Cluster
Segundo Pitanga (2003), basicamente, existem quatro tipos de clusters mais conhecidos e
utilizados:
4.1 Balanceamento de carga (HS Load Balancing): este tipo de cluster tem como funo
receber o trfego de entrada e direcionar aos nodos para que executem os mesmos programas e ao
mesmo tempo entre as mquinas que compem o cluster. Este tipo de ambiente se faz necessrio
onde h uma demanda de processamento em larga escala e em determinados ambientes onde uma
mquina s no conseguiria manter o servio no ar, como por exemplo, as lojas virtuais.
4.2 Alta disponibilidade (HA High Availability): este tipo de cluster tem como funo
permanecer o sistema ativo por um longo perodo de tempo e em plena condio de uso; sendo
assim, pode se afirmar que eles nunca param seu funcionamento, alm disso, conseguem detectar
erros se protegendo de possveis falhas;
4.3 Combinao HA & HS: combina as caractersticas de dois tipos de cluster, aumentando assim
a disponibilidade e escalabilidade de servios e recursos. Este tipo de configurao de cluster
geralmente utilizado em servidores de web, mail ou ftp.
4.4 Alto desempenho (HPC): este tipo de cluster associado ao projeto Beowulf e usado onde h
a necessidade de executar tarefas ou servios que exigem alto poder de processamento, seja ele
paralelo ou distribudo, fazendo com que as mesmas sejam processadas em menor tempo possvel.
Essas tarefas podem ser divididas em pequenas tarefas que so distribudas entre os ns do cluster.
Este tipo de ambiente computacional comumente utilizado em reas ligadas onde so feito
clculos cientficos, anlises financeiras, entre outros.
5. Cluster de Alta Disponibilidade
A busca por solues plausveis e a tolerncia a falhas em sistemas computacionais faz com
que haja um avano na rea de alta disponibilidade, resultando em necessidade de se ter ambientes
de clusters com o propsito de ter redundncia caso haja quedas ou falhas em sistemas crticos.
Quando se fala em alta disponibilidade, aglomera-se uma srie de fatores que atuam em conjunto
para que haja disponibilidade propriamente dita.
A disponibilidade de um sistema operacional pode ser calculada a partir de alguns fatores:
MTBF(Mean Time Between Failures): Tempo mdio entre as falhas.
MTTR(Mean Time To Repair): Tempo mdio para a reparao.
Essa disponibilidade pode ser calculada pela seguinte frmula:
Disponibilidade = MTBF/(MTBF+MTTR)
O resultado aceitvel em um ambiente crtico dever ser de aproximadamente acima de 99%,
logicamente que quanto mais um ambiente se aproximar de um resultado de 100% mais tolerante a
falhas ele vai ser e o custo de sua implantao ser mais alto (PITANGA, 2003).
6. A composio de um Cluster de Alta Disponibilidade
A composio de um ambiente Cluster HA vria muito da necessidade de cada empresa,
geralmente quando projetado este tipo de ambiente deve-se conter um projeto detalhado no s das
necessidades e problemas como tambm solues de implantao com base no custo e benefcio
que a empresa dispe-se de investir.
Um cluster de Alta Disponibilidade visa manter a disponibilidade dos servios prestados por
um sistema computacional replicando servios e servidores, atravs da redundncia de hardware e
reconfigurao de software. Vrios computadores juntos agindo como um s, cada monitoramento
os outros e assumindo seus servios caso alguns deles venham a falhar (IKE, 2008). Um Cluster de
Alta Disponibilidade alm dos ns ou nodos tambm formado pela disponibilidade de hardware,
software para gerenciamento, monitoramento, e a estrutura de rede instalada no ambiente.
6.1. Hardware
A importncia de se ter alta disponibilidade de hardware dentro de um ambiente Cluster HA
de suma importncia, uma vez que o hardware vital para o ambiente, logo se ele falhar como um
todo, tudo estar comprometido no mesmo momento da falha.
A redundncia do hardware instalado no ambiente Cluster HA depende muito da prioridade
dada na necessidade em que montado o ambiente, isso implica na quantidade e estrutura dos
equipamentos na rede, a seguir ser mostrado em quais equipamentos pode-se obter proveito,
disponibilidade e segurana no ambiente com base em detalhes tcnicos.
N ou Nodo: Toda mquina existente por trs de um ambiente Cluster denominado n ou
nodo, logo se ela se integra ao ambiente tambm denominada Membership (The Cluster
Membership Object). A quantidade de ns existentes em um Cluster pode variar dependendo
da necessidade e do propsito que ele vai ser instalado.
Hard Disk Disco Rgido: Os discos rgidos ou comumente chamados de HDs, tem como
funo o armazenamento de dados, em um ambiente Cluster HA eles podem ser utilizados
para implantao de RAID, LVM ou Storage iSCSI.
Fonte Redundante: A fonte tem funo de gerar energia e prover o funcionamento a todos
os componentes de um computador, se tornando vital no funcionamento do mesmo. Por isso
h a necessidade de fontes redundantes, pois quando houver a necessidade de uma potncia
maior no ambiente, a mesma no deixar o ambiente cair por falta de potncia de energia.
Storage: um hardware que contm slots para vrios discos rgidos, ele pode ser ligado aos
ns do cluster atravs de iSCSI ou fibra ptica. Storages pode aceitar diversas conexes de
servidores diferentes, ao mesmo tempo, logo poder ser utilizado para criar RAID, LVM, se
tornando seguro e altamente portvel.
Controladora RAID: um dispositivo dedicado para fazer RAID, pois ao invs de se fazer
via software e hardware de uma mquina comum, as controladoras tm a funo dedicada a
isto, com isso se ganha mais confiabilidade, segurana e desempenho.
Switch Fibre Channel: Dispositivo de comunicao de alta velocidade, comumente
utilizado para interligar servidores a sistemas de armazenamento do tipo SAN (Storage Area
Network), pode ser utilizado tanto por cabeamento de fibra ptica como por cabeamento
metlico.
Adaptador de Rede: So os adaptadores de rede que fazem a diferena na comunicao
entre os ns do cluster, pois so teis para bonding de interfaces, no ambiente cluster h
exigncia se tratando do tipo de interface a se utilizar, pois as mesmas devem ser de boa
qualidade sendo gigabit ou fibre channel para se obter melhor desempenho e segurana na
comunicao dedicada entre os nodos do cluster.
6.2. Softwares e Ferramentas Open Source
As falhas ocorridas por software em um ambiente cluster normalmente so contornadas atravs
da redundncia entre os nodos, j se tratando de falha de hardware dependendo da estrutura do
ambiente, ainda haver redundncia para que o sistema no fique inoperante. O custo com a
redundncia de equipamentos de um ambiente cluster torna-se alto, por isso a busca por solues
Open Source torna-se um fator relevante devido o alto custo direcionado aos equipamentos.
6.2.1. Distributed Replicated Block Device (DRBD)
DRBD (Distributed Replicated Block Device) consiste em um mdulo do kernel Linux, que
somado com alguns scripts, oferece um dispositivo de bloco projetado para disponibilizar
dispositivos de armazenamento distribudos, comumente utilizado em ambientes de cluster de alta
disponibilidade. Geralmente sua implementao espelhada em conjuntos de blocos via rede
dedicada, inclusive este espelhamento de rede de dados totalmente transparente, com isso consiste
em fazer Raid1 em rede em tempo real. Trabalha no nvel mais baixo do filesystem, pois seu
mdulo est devidamente localizado entre o sistema de arquivos e o I/O Sheduler.
O DRBD no tem capacidade de detectar nenhum corrompimento no filesystem, porm isto
no diminui sua importncia no ambiente, toda e qualquer leitura e escrita ser feita apenas no nodo
primrio e replicado via rede para o nodo secundrio, sendo que o dispositivo replicado no
montado no nodo secundrio para no haver conflitos na rede do ambiente, pois os nodos tero que
ter um filesystem suportado para escrita concorrente, juntamente com respectivo storage, ambiente
este que ser citada posteriormente. Outro fator que deve ser observado que quando o DRBD faz a
replicao de dados pela rede, conseqentemente h uma perda de desempenho tanto pela rede
como nos nodos. Devido ao problema de desempenho o DRBD possui mais de um protocolo de
comunicao para ser escolhido conforme a necessidade de cada ambiente, dentre eles so:
- Protocolo A (assncrono): Protocolo assncrono o mais rpido, porm tem uma maior
probabilidade de perda dados, este protocolo tem seu processo de escrita contnua independente da
confirmao de escrita do nodo primrio para o nodo secundrio. Por isso quando o nodo primrio
falhar, a replicao ser feita para o nodo secundrio e as requisies no confirmadas estaro
inconsistentes.
- Protocolo B (semi-assncrono): Completa as operaes de gravao local no nodo primrio e
so consideradas concludas assim que ocorreu a gravao do disco local e o quadro de replicao
alcanar os nodos pares.
- Protocolo C (sncrono): Protocolo mais seguro, pois s completa a requisio quando a
operao local for concluda e for recebida a mensagem de WriteACK do nodo secundrio.
Figura 1 - Viso de nvel conceitual do funcionamento do DRBD.Fonte: Adaptado de REIS et al.
6.2.2. Heartbeat
Heartbeat o software responsvel por monitorar os nodos do cluster e tomar atitudes de
acordo com os casos encontrados, pode-se dizer que o heartbeat o corao do ambiente HA (alta
disponibilidade).
O heartbeat um daemon que fornece infra-estrutura de cluster, provendo a comunicao e
participao de servios aos seus nodos. Isso permite que os nodos comuniquem entre si para que os
mesmos saibam qual deles esto inoperantes, assim havendo a replicao e levantamento de
servios no outro nodo. A partir do momento em que o nodo master parar de responder, o heartbeat
ir automaticamente levantar os servios e o ip virtual juntamente com o DRBD fazendo a
replicao dos dados existentes no nodo master, lembrando que ele monitora somente o nodo em si,
se acaso um servio cair, o mesmo no ser levantado no nodo slave, por causa do heartbeat, ele
no monitora o servio e sim o nodo.
Figura 2 - Viso de nvel conceitual do funcionamento do Heartbeat.Fonte: Elaborao do autor.
6.2.3. Mon
Mon um utilitrio, para gerenciamento e monitoramento de processos, programas, arquivo,
diretrio e sistema de arquivos em um sistema UNIX. O Mon realiza manuteno e reparao
automtica e pode executar aes casuais em situaes de erro.
No ambiente cluster, ao contrrio do heartbeat, o mon ir monitorar os servios ao invs do
nodo em si, para que quando um servio cair no nodo master, o mesmo seja levantado no nodo
slave. Com isso o mon vem como soluo perante a deficincia do heartbeat de monitorar s o nodo
em si e no os servios e aplicaes que por ventura venham a falhar no ambiente.
6.2.4. Ethtool - Channel-Bonding de Interfaces
Ethtool um utilitrio cuja funo a configurao de placas de rede ou comente chamada de
interfaces, o mesmo permite consultar e alterar configuraes como velocidade, porta, auto-
negociao, PCI locais e descarregamento de checksum em muitos dispositivos de rede, inclusive
tambm possui suporte a funo de channel-bonding.
Channel-Bonding ou comumente citado como trunking ou at mesmo chamado de link
agregation uma tcnica que permite o agrupamento de interfaces de rede como se fosse uma s,
para garantir redundncia do servio nelas instalado. Qualquer nodo que se utilize deste servio,
necessitar de ao menos de duas interfaces de rede, que o mesmo poder perder uma interface e o
servio nela instalado ainda estar operante, sem a queda do mesmo. Alm de redundncia,
dependendo do modo operante do bonding, pode-se tambm obter velocidade de conexo, e
tambm a soma da velocidade de cada uma das interfaces envolvidas. Esta redundncia de
interfaces garante que a comunicao entre os nodos torne-se segura, pois uma vez que ocorra o
rompimento desta comunicao, o ambiente pode sofrer com Split-Brain (crebro dividido), ou seja,
os dois nodos acham que so master e levantam os mesmos servios causando problemas de
consistncia de dados.
Dependendo do ambiente e da estrutura instalada existe vrios modos que bonding pode operar,
abaixo citado os principais modos:
- Modo 0 (balance-rr): modo mais utilizado, transmite os pacotes em ordem seqencial do
primeiro slave ao ltimo. o modo padro, tambm o nico modo que permite com que o trfego
seja distribudo entre as interfaces slave simultaneamente.
- Modo 1 (active-backup): neste modo apenas um slave estar ativo, as demais placas de rede
apenas sero ativadas no caso de falha do slave ativo. Este modo propicio para tolerncia a falhas
e alta disponibilidade.
- Modo 2 (balance-xor): os dados transmitidos neste modo passam por uma poltica adotada
baseada em hashs, as funcionalidades deste modo so as mesmas do modo 0. Neste modo tambm
possvel configurar polticas alternativas modificando xmit_hash_policy ao carregar o mdulo.
- Modo 3 (broadcast): transmite todos os pacotes em todos os slaves. Prov tolerncia a falhas
e alta disponibilidade.
- Modo 4 (padro 802.3ad): permite agregao dinmica de links. necessrio um switch que
suporte 802.3ad e que o ethtool consiga configurar os parmetros speed e duplex em todos os
slaves.
6.2.5. Oracle Cluster File System - OCFS2
OCFS2 um CFS (Cluster File System), sistema de arquivos de cluster de disco compartilhado,
capaz de fornecer alto desempenho e alta disponibilidade. OCFS2 tem o propsito de suprir a
deficincia dos tipos de sistemas ext4, ext3, entre outros, pois os mesmos no possuem suporte a
DLM (Distributed Lock Manager), fazendo com que no tenham sucesso em ambientes com escrita
de arquivos de dois ou mais nodos em discos compartilhados. Atualmente mantido e suportado
pela Oracle, e usado em empresas de mdio porte at em grandes estruturas de cluster, onde a
necessidade de se ter este tipo de CFS muito grande. Dentre as solues Open Source, a mais
cabvel h um ambiente cluster seria formatar parties e discos compartilhados com OCFS2,
justamente por ser livre, e est ao nvel de muitos filesystems de solues pagas.
6.2.6. Openfiler - iSCSI
Openfiler um poderoso software para armazenamento Open Source, considerado por muitos a
melhor e mais completa ferramenta livre para esta categoria, alm de leve e ter um bom
desempenho tambm pode ser gerenciado via broswer facilitando e muito o seu acesso. suportado
a diversos hardwares podendo se tornar um poderoso servidor NAS (Network Attached Storage).
Openfiler construdo sobre o Linux Metadistribuio rPath e distribudo como um dispositivo
stand-alone, os protocolos de rede baseados em arquivos suportados pelo Openfiler incluem: NFS,
SMB, CIFS, HTTP, FTP e WebDAV. Diretrios de rede suportados pelo Openfiler incluem NIS,
LDAP (com suporte para SMB, CIFS senhas criptografadas), Active Directory nos modos nativos e
mistos, protocolos de autenticao Kerberos, e gerenciamento de servidores iSCSI, alm de ter
suporte a RAID e LVM.
ISCSI (Internet Small Computer System Interface) um protocolo da pilha TCP/IP, utilizado
para criar uma ligao entre rede e armazenamento de dados. Para isso, este carrega comandos
SCSI sobre redes TCP/IP para armazenamentos em redes locais e remotas. Este servio atua
rodando em portas 860 e 3260, alm de suportar clientes, chamados de initiators enviem
comando SCSI para os dispositivos de armazenamento SCSI denominados targets. um
protocolo SAN (Storage Area Network), permitindo que empresas consolidem sua rea de
armazenamento dentro de Data Centers enquanto prov hospedagem de servidores como banco de
dados, web, com a iluso que possuem discos localmente anexados.
Figura 3 - Viso de nvel conceitual do funcionamento Servidor iSCSI com o OpenfilerFonte: Elaborao do autor.
.6.2.7. Nagios
Em um ambiente cluster essencial que se tenha monitoramento tantos dos servios como seus
membros, para tal tarefa designada a ferramenta nagios, por ser robusta e totalmente intuitiva, a
mesma distribuda sob a licena GPL (General Public License) com isso sendo de cdigo aberto.
O nagios atualmente mantido por Ethan Galstad junto com uma equipe de desenvolvedores que
ativamente mantm plugins oficiais e nooficiais.
Dentre as caractersticas do nagios pode-se citar:
Monitoramento de servios de rede (DHCP, SMTP, POP3 ,HTTP ,FTP ,SSH, IMAP, etc);
Monitoramento de recursos (CPU, disco, memria, etc);
Monitoramento do estado dos dispositivos;
Define hierarquia da rede;
Possui sistema inteligente de notificaes (sons, pop-up, e-mail, sms, etc);
Possui checagem paralela de servios;
Possui interface WEB capaz de informar sobre status de rede, hosts, servios, logs e
notificaes.
6.2.8. Ganglia
Em um ambiente cluster h a necessidade de monitorar os nodos deste ambiente, tanto o
desempenho como eventuais falhas e at prover antecipao de erros e falhas que podem ocasionar
interoperabilidade do ambiente. Alm da ferramenta nagios citado anteriormente para o
monitoramento de servios, o ganglia pode atuar como um complemento a esta, fazendo o que a
mesma no faz, que monitorar o desempenho dos nodos.
Ganglia uma ferramenta de monitoramento de desempenho, destinando a computao de alto
desempenho com foco em clusters. Permite a visualizao remota de estatsticas em tempo real,
histrico de utilizao de carga de rede, utilizao de CPU, entre outros, para todas as mquinas que
esto sendo monitoradas. O ganglia possui alguns daemons dentre eles existe o gmond, que usado
para monitorar as mudanas no estado de host, anunciar mudanas relevantes, alm de ouvir o
estado dos outros nodos com o ganglia instalado atravs de um canal unicast ou multicast.
7. Problemas
A segurana em um ambiente cluster no se limita somente em um sistema implantado
propriamente dito, mas sim como um todo, somando a estrutura com comunicaes dedicadas entre
os nodos, redundncia de energia, redundncia de link WAN, entre outros que garantem uma maior
segurana e estabilidade do ambiente, abaixo uma tabela com alguns desses requisitos:
Tabela 1 - Problemas ocasionados em um cluster.Fonte: Elaborao do autor.
Problema Conseqncia SoluoPerda de dados Inconsistncia no ambiente Raid, Backup local e remotoPerda de energia Ambiente Inoperante Links redundantes de energiaPerda de comunicao WAN Comunicao afetada Link WAN redundantesInterrupo na comunicao entre os nodos
Resulta perda parcial ou completa dos servios gerando
inconsistncia
Comunicao dedicada entre os nodos com cabeamento fibre-channel ou interface e cabeamento gigabit.
Superaquecimento Queima dos equipamentos Boa Refrigerao, e evitar aglomerao de equipamentos
Eventuais Furtos de informaes Pode-se manchar a imagem da empresa
Implantao de firewall, segurana, hardening de servios, etc.
Hora no igual para os nodos Gravao de dados inconsistentes Implantao de servidor ntp.
Quando se trata de redundncia de link WAN, deve-se observar se a ltima milha provedora do
servio a mesma que prov para os links do cluster, porque se for, e a mesma chegar a ser
derrubada, conseqentemente ambos os links iro cair e o ambiente ter seus servios inoperantes.
O mesmo acontece com a redundncia de energia, se a empresa que fornece energia, for a mesma
que fornece para ambos os links de energia do ambiente, e a mesma chegar a ser derrubada ambos
os links de energia iro cair e o cluster parar de funcionar devido ao problema.
Segundo Tanenbaum (1996), quando se comea a trabalhar com vrias mquinas em ambientes
distribudos, cada uma com seu prprio relgio, o risco de inconsistncia de a hora ficar diferente
entre as mquinas grande, pois embora a freqncia de um oscilador de cristal ser muito estvel,
dificilmente cada um ter exatamente a mesma freqncia. Para contornar este problema
recomenda-se a utilizao de um servidor NTP (Network Time Protocol), onde os nodos do cluster
consultaram de tempo em tempo na internet a hora certa.
8. Datacenter
A consistncia de um cluster depende muito da forma com que o ambiente implementado, isso
varia desde a escolha por solues at o custo com que vai ser investido para que se tenham
vantagens. Vantagens essas que garantem a segurana do servio e das informaes neles contidos.
Figura 4 - Sistema de Alta Disponibilidade com dois nodos e sendo acessados por trs clientes. Nodo primrio(ativo) e nodo secundrio(passivo)
Fonte: Adaptado de REIS et al.
9. Concluso
Atualmente ambientes clusters esto se tornando essenciais para suprir a demanda de alto trfego
de dados e a disponibilidade de servios em sistemas crticos, a busca tambm muito grande para
solues Open Source devido ao alto investimento de equipamentos. Solues estas que s vezes
so difceis de escolher, de implantar, ou at quais escolher na hora de implantao de um cluster,
por isso este artigo teve seu principal objetivo alm de apresentar as definies de ambientes aos
mais diferenciados, como tambm apresentar ferramentas fceis de ser implementadas e tambm
esclarecer alguns detalhes que devem ser observados atentamente.
Referncias
PITANGA, Marcos. Computao em cluster: O Estado da arte da computao. Rio de Janeiro: Brasport, 2003a.
PITANGA, Marcos. Construindo supercomputadores com Linux. 2. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2003b.
IKE, Fernando. O mximo da disponibilidade: Sempre Alerta. Linux Magazine. 43 edio, 2008.
TANENBAUM, Andrew S. Sistemas Distribudos. Rio de Janeiro: Editora Pearson Prentice Hall, 1996.
REIS, Adrieli C. et al. Cluster de Alta Disponibilidade. So Paulo: Faculdade de Tecnologia de Guaratinguet (FATEC-GT),.
Fernando Luis DieselFiliao institucional: Faculdade Alfa Brasil (FAAB)Aluno.Rua Domingos Correa Ribas, 611 Centro. Foz do Jordo-PR. CEP: 85.145-000(42)[email protected]
Fernanda Pamplona RamoFaculdade de Cincias Sociais Aplicadas de Cascavel (UNIVEL)Docente.Mestre.Rua Padre Anchieta, 266 Pq So Paulo. Cascavel-PR. CEP: [email protected]
1. Introduo2. Clusters3. A necessidade da utilizao de um Cluster4. Tipos de Cluster