Date post: | 26-Sep-2018 |
Category: |
Documents |
Upload: | nguyenthien |
View: | 214 times |
Download: | 0 times |
! es
Puc t i c n c t . en común í ' e n ó n i c n o . s a c t u a l e s c o m o
s a c i o l e s c c n c í a s e t e r n a s , l o s a l u m n o s q u e s a b e n
las cjLic sus i l o c c f í t e s , o l o s p a d r e s q u e y a n o
> n c i l í e n e l e s f u e r z o p o r s u s h i j o s c o m o u n a v i r t u d
x r i a l m e n t e r e e o n o c i d a ?
¡ v i m o s i m t i e m p o e n e l q u e l o s a d u l t o s q u e r e m o s
i r e c e r j ó v e n e s y l o s m á s c h i t o s n o q u i e r e n c r e c e r .
11 t i e m p o d e c a m b i c x s t a n v e r t i g i n o s o s q u e h a c e n
l e t e m a m o s s e r o b s o l e t o s , i n s e r v i b l e s . U n t i e m p o
1 o l q u e h a c e r s e v i e j o n o t i e n e p e r d ó n .
1 e s t e l i b r o , M a r i a n o N a r o d o w s k i r e c u r r e a
e n t e s t a n v a r i a d a s c o m o a v i s o s c o m e r c i a l e s ,
i r a s d e r x x ' k , p e l í c u l a s , s e r i e s , t e x t o s l i t e r a r i o s
t r a b a j o s a c a d é m i c o s p a r a r e f l e x i o n a r p r o f u n d a y j .
" o v o c a t i v a m e n i e s o b r e r e a l i d a d e s c o n t e m p o r á n e a s
j e p a r e c e n d i s í m i l e s — < x ) m t ) c\ y e l
v ( . í r c i o e x p r é s — , y p a r a p o n e r e n e v i d e n c i a e l
' s v a l o r q u e h o y r e p r e s e n t a l a a d u l t e z .
•i mundo sñi adj^lfos d a c u e n t a d e u n p r o f u n d o
m b i o d e é p o c a c j u e n o d e j a i n m u n e n i n g ú n r o l
i d i c i o n a í , e i d e n t i f i c a u n a p a r a d o j a i n c ó m o d a : t a n t o
' m o s r e c u i m a d c : ) c j u e l o s n i ñ e a s y l o s a d o l e s c e n t e s
e r a n l i b e r a d o s d e l d o m i n i o a d u l t o q u e , finalmente,
s a d u l t o s n o s h e m o s l i l x ? r a d o d e e l l o s .
987 ; i / S 2 - 3 9 - l
Hi IB m DI ^ K'J-'*''' 'e<-'r Argentina , •H ifl 11 IR 13 @mc-j»Li-stalocr;irg -?^-3 7 b 23 9 1 w v w nit^LLStaleerOJinai
i'
* • •
m W- c o
^ ' , 1 m
Familia, escuela y medios frente a la desaparición de la autoridad de los mayores
DEBATE
2. Cuando la infancia era una carencia
M E N O R E S D E E D A D
E n u n o p ú s c u l o c l ave c u e l pensamiento de I n m i a n u e l K a n t — Qiii
es la ilustración— de 1784,"^ el autor despliega un con jun to de razona
mien tos destinados a def ini r c u á n d o y c ó m o se p roduce la salida del
ser h u m a n o de l estado de " m i n o r í a de edad" . E s dec i r ei m o i n e n t i i
e n que las personas, pe ro t a m b i é n las sociedades, ya no dependen de
otros, y a n o e s t á n bajo la tutela o la p r o t e c c i ó n de otros, s i i n > que son
capaces de conduc i r se por sí m i s mos y así lo manifiestan y lo haí i - n .
Es t a o b r a s e r á de te rminan te e n la c o s m o v i s i ó n kant iana de la^
modernas sociedades, aunque es t a m b i é n insoslayable en la taiea ó<-
c o m p r e n d e r el n u e v o estatuto de la infancia en la n i o d e m i d a d . Para
K a n t esta m i n o r í a de edad no es una condena eterna a la que se (.Ic--
t inan las personas, s ino un estado perfectamente distmguibU- \e
Inmianucl Kant, "Contes tac ión ;i l.i pregunta; ¿qué es la ilustr.u i ó i j ? ' .
ísegoria, N-° 25 ,2001 . E n este caso también somos tributarios del pensamiento y la intoprtt.i
ción de Michel f-oucault. "Cla.se del 5 de enero de 1983", Hlgobierno de -i i ./i los otros, Uuenos Aires. Fondo de Cultura Económica, 2009.
2 7
U N M U N D C 5 S I N A D U L T O S
en ese pun to m a r c a u n a e n o r m e d i fe renc ia c o n la t r a d i c i ó n p rev ia : la
infancia y a n o se rá u n m e r o contra to entre el padre poderoso y el h i j o
vu lne rab le , c o m o l o h a b í a d i s t ingu ido la t r a d i c i ó n f i losóf ica p r ev i a
representada p o r e l pensamien to de T h o m a s H o b b e s en Leviatán.-'
A h o r a la i n f anc i a v a a poseer u n estatuto especia l y a d e m á s su fin
ú l t i m o se rá pa rado ja lmente l a a u t o n o m í a adulta.
E n e l c o n j u n t o d e l a p r o d u c c i ó n filosófica y p e d a g ó g i c a de los
siglos X V I y X V I I , l a i n f a n c i a estaba v is ta apenas c o m o u n grado
p r e v i o en l a e v o l u c i ó n h u m a n a hac ia la adultez. Al l í las c a r a c t e r í s t i c a s
infanti les son m i n i m i z a d a s y desvalorizadas en una r e p r e s e n t a c i ó n del
n i ñ o c o m o u n a especie s ingu la r y malversada de " h o m b r e peque
ñ o " , u n adul to e n m i n i a t u r a que posee las mismas cua l idades que
las personas m a y o r e s solo que depreciadas, inc ip ien tes , atrofiadas o
subdesarrolladas.
A l con t ra r io de esta t endenc ia , a parr i r de ese tex to de K a n t se
va a dar lugar a u n a c o n c e p c i ó n que c o m p r e n d e estas d i s t inc iones
entre n i ñ o s y adul tos c o m o diferencias de esencia y no s imp lemen te
de grado e n u n a escala e v o l u r i v a p rede t e rminada . U n a esencia c o n
sus leyes y sus l ó g i c a s propias , tal c o m o fiae desarrol lado en esta l í nea
p r i m e r o p o r R o u s s e a u y l u e g o p o r la escuela de G i n e b r a : É d o u a r d
C l a p a r é d e y J e a n P iage t .
E n n u m e r o s o s t ex tos de l pensamien to m o d e r n o se h a in ten tado
d i luc idar en q u é consiste esta esencia p rop iamente infant i l . D e s d e que
R o u s s e a u e n Émiíe^ n o m b r a r a a l a in fanc ia c o m o tal —-un " n o m
b r a r " que c o m o b i e n s e ñ a l a A l a i n G r o s r i c h a r d supone sobre todo
inaugurar la pos ib i l idad de i d e n t i f i c a c i ó n de lo n u e v o ^ ' — se instaura
" 'Thomas Hobbes, Leviaíán o la materia, forma y poder de una república eclesiástica y civil, Madrid, Sarpc, 1984.
Jean-Jacques Rousseau, Émile ou de l'édtuation, Paris, Flamboyant, 1967. Alain Grosrichaid,"Gravité de Rousseau", Cahiers pour ¡' anaiyse, N . ° 8,1972.
2 8
C ; U A N D O L A I N F A N C I A E R A U N . \A
una t r a d i c i ó n que e n c u e n t r a en l a in fanc ia e l emen tos e s p e c í f i c o s
que le son prop ios y no cons t i t uyen una d e s v i a c i ó n o una debi l idad
h u m a n a que se subsana c o n la adultez. L a d i ferencia entre in fanc ia -
adul tez y a n o se rá u n a d i v e r g e n c i a de grado en u n a de te rminada
escala, s ino u n a di ferencia de esencia: el ser n i ñ o es esencia lmente
dis t into a l ser adulto.-"'
A l con t ra r io de aquella v i s i ó n que ve ía en la infancia u n desorden
i r regular , lo que en esta n u e v a n o m i n a c i ó n se instaura son los rasgos
prop ios de lo e s p e c í f i c a m e n t e h u m a n o , pero ahora en su fase i n f an -
t i l izada. A di ferencia de H o b b e s , la m i n o r í a de edad no i m p l i c a para
K a n t u n estado de dependenc ia " n a t u r a l " n i la p r i v a c i ó n forzada de
los derechos p o r parte de una autor idad, sea esta l e g í t i m a o i l e g í t i m a .
E n c a m b i o , l a in fanc ia supone u n a f o m i a de dependencia en la que
hay u n o t ro ( e l d e n o m i n a d o director e n la obra de K a n t ) que maneja
los diferentes planos de l un ive r so decis ional del m e n o r de edad y a l
que se le conf ie re en este v í n c u l o e l lugar de la autor idad: e l adulto.
As í nuestra mode rn idad occ identa l h a b r í a de conf iar la d e t e r m i n a c i ó n
de la conduc ta de la parte infant i l izada de l a sociedad no en l a propia
in fanc ia , no en ellos m i s m o s , s ino en aquellos mayores de edad que
t i enen la capacidad — p e r o t a m b i é n e l deber— de dec id i r po r sobre
la d e c i s i ó n de los menores .
T a n t o la p rop i a d e l i m i t a c i ó n de l o que es la in fanc ia c o m o este
v í n c u l o en t re e l n i ñ o y q u i e n h a b r á de d i r i g i r l o e s t á n con ten idos
. en e l registro de la diada a u t o n o m í a - h e t e r o n o m í a . E s deci r que s u
p o n e m o s al m e n o r de edad c o m o alguien incapaz de cons t ru i r una
ley p rop ia y po r l o tanto de te rminamos que es o t ro capaz el que irá
comando decisiones por é l . E s que la h e t e r o n o m í a que le adjudicamos
a quienes n o son adultos supone que las decisiones que t o m a r í a i i en
Mariano Narodowski, Infanda y poder..., op. cit., cap. 2.
2 9
L N •••U NIXJ SIN AIJL'LIOS
forma prtipia s e r í a n inipcjsibles. imprudentes , n re levantes o d i rec ta
mente i r ían on t ie t r i inento de ell<:)s uTisnios y de otros. E s t a visic'm de
la infancia incapaci tada de m o d o total o parc ia l para enfrentarse al
nuindc) de mane ra p lenamente .satisfactoria ha generado en nuestros
sent imientos la neces idad de protegerlos y cu idar los , ya que por sí
mi smos sen t imos que los n i ñ o s no pueden .
E l h i s to r i ador y d c n i ó g r a f o f r a n c é s P h i l i p p e A r i e s fue pos ib le
men te el p r i tue ro en descubr i r este c a r á c t e r rad ica lmente h i s t ó r i c o
de la infancia po r sobre la idea biologicis ta de que todo ser v i v o t iene
una in fanc ia . A r i e s e x p l i c a c ó m o la in fanc ia de la m o d e r n i d a d v a
adqui r iendo a par t i r del siglo X V I I u n c a r á c t e r h e t e r ó n o m o respecto
de los adultos y e n consecuenc ia dependiente de ellos.-"
A r i e s p r i m e r o y m á s tarde una cant idad impor tan te de inves t iga
dores en el c a m p o de la his tor ia , la d e m o g r a f í a y la a n t r o p o l o g í a ^ ' han
aportado e v i d e n c i a respecto de este proceso h i s t ó r i c o de in fan t i l i za -
c i ó n de una parte de la p o b l a c i ó n que mues t ra que , s i b i e n los n i ñ o s
obv iamen te s i empre e x i s t i e r o n c o m o dÍií^SiiSÍMtt.-bM¡»lÓgica, nuestros
scndnvi(W<»(-^aie»>i^ inÉinGia basados e n e l c a r i ñ o » la p r o t e c c i ó n , e l
cu idado y la f o r n i a c i ó n c o n s t i t u y e n sensaciones que t i enen una p r e -
ci.«i d e m a r c a c i ó n t e m p o r a l \ espacial: los procesos de u r i > a n i z a c i ó n
(en especial occ iden ta l e s ) .a par t i r d e l s ig lo X V I I e n E u r o p a y las
ArnCT-ica-s, n o a i i tcs .
l'hrlippc Aries. I.'crifaiit ct hi vic fiiiniUalc soui VAnden Réaimc, París, Flon, 1960.
Ilricrc otros: Adrián U U s o i i , " ! he Infancy ofthe history of childhood: an appraisal of Philippe Aries", History imd'Ilxeory, 19(2), 1980.Jcan-Louis Flandriii, "Fnfancc et société". Anuales ESC.. 19(2), 1964. Lloyd de Mause, 77if history of fíic<r/i<W/i.w</, Londres, Souvenir Press, 1980. Bruce Betlinghani,"The history of ehild sincc thc invention o f child: somc issues in the eightics",Jt>Hr(i<i/ of FamUy History, 13(2), I988.Jacques (;élis, "L'individualisation de i'cnfant", Philippe Aries (cd.) Histoire de Iti W<r prii'cc, París, Seuii, 1986.
3 0
<.1-.\KI)(> r.A I N l ^ A N C I A 1-HA UNA C,ARll.Ni:; 1 A
L a infant ia entonces n o const i tuye una invariante e s p e c í f i c a n u r i
te h u m a n a , s ino u n cons t ruc to h i s t ó r i c o deter ininadt) y acotado .'.
ciertas . épocas y espacios sociales. . A pesar de la natural id; id con la
que nues t ra é p o c a v i v e la in fanc ia y la co t id i ane idad de nuesunv
sent imientos hacia e l la , esta no deja tle ser un resultado posible, pro
bablemente precar io y c ie r tamente cont ingente de u n con jun to de
variables sociales y cul tura les acaecidas en los comienzos de miesti a
era m o d e m a , en la que u n a pacte de l a sociedad C^*|K?KCÍbida conHJ
incapaz y h c t e r ó r i o m a y p o r lo tanto d e b í a ser cuidada por otros. )<>>
adultos, capaces y a u t ó n o r h o s *
N U E S T R A L Ó G I C A C U L T U R A L P O S F I G U R A T I V A
N i la kant iana i d e n t i f i c a c i ó n j u r í d i c o - f i l o s ó f i c a de la m i n o r í a de edad
ni la n o m i n a c i ó n de la in fanc ia que hace R o u s s e a u en Emile alcanzan
para c o m p r e n d e r c ó m o f i i n c i o n a n la adultez, la infancia y la adok s
c e n c í a en nuestra é p o c a , aunque nos p ropo rc ionen el i n s t runu i i t a l
t e ó r i c o para hacer lo . T a m p o c o lo hacen del todo las invest igaciones
de A r i e s y sus seguidores, aunque sean imprescindibles para no perder
de vi.sta la comple ja h i s to r i c idad de eso que nuestra n a t u r a l i z a c i ó n
c o n c e p t u a l ha e ternizado en infancias b i o l ó g i c a s c inamovib les .
¿ C ó m o es posible pues a p r o x i m a r n o s a u n a c o m p r e n s i ó n m á s
prec isa y si se pudiese m á s c o n c r e t a de las l ó g i c a s establecida.^ en
los v í n c u l o s sociales entre adul tos y n i ñ o s y adolescentes? ; ( ' ó i n o
es posible cjuc los adultos hayan conseguido durante siglos forn ia i .
obl igar y a la v e z cu idar y proteger a aquellos que l l amaron infaiuia:
E l l i b ro de una gran invesr igadora nor teamer icana del siglo X X
puede ab r imos una puer ta al en t end imien to de c ó m a s e .construyen
adultez e in fanc ia é n l a m o d e r n i d a d . H a c i a 197ÜI, e n p lena ebuUi -
3
U N M U N D O S I N A D U L T O S
c i ó n de los m o v i m i e n t o s sociales j u v e n i l e s e n diferentes pa í s e s de l
m u n d o — u n p roceso que t u v o e n e l famoso M a y o de l 6 8 f r a n c é s su
m á x i m o emergente p o l í t i c o y s i m b ó l i c o - — , se pub l i ca el l i b ro Cultura
Y compromiso de l a e m i n e n t e a n t r o p ó l o g a Marga re t M e a d . L a a l u s i ó n
a la é p o c a es i m p o r t a n t e , y a que e l m o m e n t o e n e l que e l l i b ro se
e d i t ó n o era i r r e l evan te , puesto que la o b r a s é d e d i c ó a indagar e l
p rob lema de las rup turas generacionales <un tema cen t ra l d e l debate
a fines de los sesenta) y las c o n d i c i o n e s q u e deben p roduc i r se para
que estas rupturas fuesen posibles.
E l e n o r m e v a l o r de este es tudio rad ica e n l a p ro fund idad de su
análisis y e n l o es t imulan te de sus c a t e g o r í a s porque m á s allá de las
d é c a d a s pasadas desde su p u b l i c a c i ó n , de l a d e s a p a r i c i ó n de l en to rno
social que lo v i o nace r y de la probable d e c e p c i ó n que trajo apare
j ada el i n i c i a l en tus iasmo de 1968 , e l trabajo de M e a d presenta u n a
cantera inagotable de pensamien to sobre infancias y j u v e n t u d e s que
trasciende de m a n e r a ex tensa l a é p o c a e n l a c u a l (y p robab lemen te
para la cual) fiie escrito.'-*
líS*1ítlfMfÍ^*ri l a « [ u e * — c o m o y a h e m o s d e s c r i p t o — ex i s te u i i a
HtÉnfet» « t b o r d i n a d a a l a g u i a y a l c u i d a d o d e los a d t ü t o s es i a q u e
MffPgtMrerMead d e n o m i n a " « l ^ n p o t ñ g u r a t i v a ^ ' . E n estas s o c i e d a
des, los chicos p u e d e n asemejarse al n u d o c o n c e p m a l k a n t i a n o de la
" m i n o r í a de edad" y s o n t r ibutar ios desde e l i n i c i o de sus v idas d e l
conoc imien to y de la p r o t e c c i ó n de sus mayores . E s e saber y ese saber
hacer para l a v i d a que r e c i b e n los m á s c h i c o s les s e r v i r á n para su edad
adulta: para M e a d , l a c a r a c t e r í s t i c a cen t ra l de la c u l t u r a posf igura t iva
" Como toda gran obra. Cultura y compromiso de Margaret Mead es hija ieginma de su época, lo que explica el entusiasmo que la autora deja traslucir por los movimientos juveniles. De esta manera se entiende su llamado final, cuando profetiza con entusiasmo revolucionario,juvenil y (por qué no) un poco hippic:"El fiicuro es ahora".
3 2
<:;U.^ND<) I A I N F A N C I A E R A U N A C A R E N C I A
es que los cambios que h a b r á n de reproducirse en la sociedad se rán
lentos, poco s ignif icat ivos en lo que hace a la v ida cot id iana de las
personas y casi- imperceptibles en c l l á n g u i d o t ranscurr i r de las vidas.
E n estas cul turas lo que desde el p r i nc ip io los adultos les t ransmiten a
^ los m á s p e q u e ñ o s es lo que c o n cer teza t e n d r á impor tanc ia y ut i l idad
para toda la v i d a de u n i n d i v i d u o . j
Nues t ra cu l tu ra m o d e m a ha sido posfigurat iva en los t é r m i n o s de
y M e a d . Se ha basado en la c o n s t r u c c i ó n de una infancia h e t e r ó n o m a
y dependien te de una adul tez a u t ó n o m a y responsable. L o s n i ñ o s
estaban para ser c u i d a d o í r r - p r o t e g i d o s , amados y b ien educados. E s
ve rdad que en muchas ocasiones esto no se realizaba en fo rma efec
t iva n i s iquiera en las sociedades m á s desarrolladas de la mode rn idad
europea . P e r o esta s i t u a c i ó n era caracter izada c o m o una a n o m a l í a
que h a b r í a de ser p r o n t a m e n t e so luc ionada gracias a la a c c i ó n de
la figura adulta legi t imada y al avance i l imi t ado de una soc iedad en
perpetuo progreso.
Es t a ev iden te l eg i t imidad adulta p rop ia de nuestra cu l tu ra pos f i
gura t iva no es otra cosa que la consecuenc ia de la a c u m u l a c i ó n l inea l
y s i n rupturas de exper ienc ias y c o n o c i m i e n t o s por parte de los m a
yores a lo largo de sus vidas: en las cul turas posfigurativas, e l m o n t o
de la expe r i enc ia social acumulada y atesorada a lo largo del t i e m p o
pe rmi te tener u n a c o s m o v i s i ó n l ú c i d a y eficaz en la c o n s t r u c c i ó n
de u n a real idad soc ia l estable. E s t o b r i n d a u n a base razonable para
tomar decisiones adecuadas relativas a u n futuro que no h a b r á de ser
demasiado diferente que el pasado.
A m o d o i lus t ra t ivo , hasta n o hace m u c h o t i empo la idea de c o n
t inu idad e n la p r o f e s i ó n famil iar era m u y firecuente. P r o v e n í a de las
viejas t radiciones gremiales (en las que e l secreto de l o f ic io se t rans
m i d a de g e n e r a c i ó n en g e n e r a c i ó n ) , pero abundaba en u n siglo X X
en e l que los h i j o s ^ p o d r í a n heredar dp los padf-ys no solo los saberes
33
U N M U N D O S I N A D U L T O S
c i ó n de los m o v i m i e n t o s sociales j u v e n i l e s e n diferentes pa í s e s d e l
m u n d o — u n proceso q u e t u v o e n e l famoso M a y o de l 6 8 f r a n c é s su
m á x i m o emergente p o l í t i c o y s i m b ó l i c o — , se publ ica el l i b ro Cultura
Y compromiso de l a e m i n e n t e a n t r o p ó l o g a Marga re t M e a d . L a a l u s i ó n
a la é p o c a es impor t an t e , y a que e l m o m e n t o e n el que e l l i b ro se
e d i t ó n o era i r r e l evan te , pues to que ia o b r a se d e d i c ó a indagar e l
p rob lema de las rupturas generacionales ( u n tema cen t ra l de l debate
a fines de los sesenta) y las condiciones q u e deben producirse para
que estas rupturas fuesen posibles.
E l e n o r m e v a l o r de este es tudio rad ica e n l a p ro fund idad de su
análisis y e n l o es t imulan te de sus c a t e g o r í a s porque m á s allá de las
d é c a d a s pasadas desde su p u b l i c a c i ó n , de l a d e s a p a r i c i ó n de l e n t o r n o
social que lo v i o nace r y de ia probable d e c e p c i ó n que trajo apare
j ada el i n i c i a l en tus iasmo de 1 9 6 8 , e l trabajo de M e a d presenta u n a
cantera inagotable de pensamien to sobre infancias y j u v e n t u d e s que
trasciende de m a n e r a ex tensa l a é p o c a e n l a c u a l (y p r o b a b l e m e n t e
para la cual) fije escr i to .^ '
E f e t a f t i í i ^ ' t n l a q u e — c o m o y a h e m o s d e s c r i p t o — existe urta
iftñmct» mibordinada a la g u í a y al cuidado de los adultos es ia que
MíSrgaíee M e a d denomina " ca tea ra p c » f i g u r a t i v # \n estas soc i eda
des, los ch icos p u e d e n asemejarse a l n u d o c o n c e p m a l k a n t i a n o de la
" m i n o r í a de edad" y s o n tr ibutarios desde e l i n i c i o de sus v idas de l
conoc imiento y de la p r o t e c c i ó n de sus mayores . E s e saber y ese saber
hacer para la v ida que r e c i b e n los m á s c h i c o s les s e r v i r á n para su edad
adulta: para M e a d , la c a r a c t e r í s t i c a centra l de la c u l t u r a posf igurat iva
Como toda gran obra. Cultura y compromiso de Margaret Mead es hija legítima de su época, lo que explica el entusiasmo que la autora deja traslucir por los movimientos juveniles. De esta manera se entiende su llamado final, cuando profetiza con entusiasmo revolucionario,juvenil y (por qué no) un poco hippie:"El ftituio es ahora".
3 2
C U A N D O I A I N F A N C I A E R A U N A C.ARENCI . 'S .
•o"
es que los cambios que h a b r á n de reproducirse en la sociedad se rán
lentos, poco signif icat ivos en lo que hace a la v ida cot id iana de las
personas y casi impercept ib les en el l á n g u i d o t ranscurr i r de las vidas.
E n estas cul turas lo que desde e l p r i n c i p i o los adultos les t ransmiten a
^ los m á s p e q u e ñ o s es lo que c o n cer teza t e n d r á impor tanc ia y u t i l idad
^ para toda la v i d a de un i n d i v i d u o . [
> Nues t ra cu l tu ra m o d e m a ha sido posfigurativa en los t é r m i n o s de
M e a d . Se ha basado en la c o n s t r u c c i ó n de una infancia h e t e r ó n o m a
y dependiente de u n a adul tez a u t ó n o m a y responsable. L o s n i ñ o s
estaban para ser cuidadosr-protegidos, amados y b ien educados. E s
ve rdad que e n muchas ocasiones esto no se realizaba en fo rma efec
t iva n i s iquiera e n las sociedades m á s desarrolladas de la mode rn idad
europea . P e r o esta s i t u a c i ó n era caracter izada c o m o u n a a n o m a l í a
que h a b r í a de ser p r o n t a m e n t e s o l u c i o n a d a gracias a la a c c i ó n de
la figura adulta legi t imada y al avance i l imi tado de una soc iedad en
perpetuo progreso.
E s t a ev idente l eg i t imidad adulta p rop ia de nuestra cu l tu ra pos f i
gura t iva no es otra cosa que la consecuenc ia de la a c u m u l a c i ó n l inea l
y s i n rupturas de exper ienc ias y c o n o c i m i e n t o s po r parte de los m a
yores a lo largo de sus vidas: en las cul turas posfigurativas, el m o n t o
de la expe r i enc i a social a cumulada y atesorada a lo largo de l t i e m p o
pe rmi te tener u n a c o s m o v i s i ó n l ú c i d a y eficaz en la c o n s t r u c c i ó n
de u n a real idad socia l estable. E s t o b r inda u n a base razonable para
tomar decisiones adecuadas relativas a u n futuro que no h a b r á de ser
demasiado diferente que el pasado.
A m o d o i lus t ra t ivo , hasta n o hace m u c h o t i empo la idea de c o n
t inu idad e n la p r o f e s i ó n famil iar era m u y frecuente. P r o v e n í a de las
viejas t radiciones gremiales (en las que e l secreto del o f ic io se t rans
m i t í a de g e n e r a c i ó n en g e n e r a c i ó n ) , pero abundaba e n u n siglo X X
en e l que los h i i o s ^ p o d r í a n her^d^'" p^'flrT" "«^ saberes
33
UN Ml. 'NlK) SIN AlHJl.rOS
cjc u n a p rofes tón, s i n o L i i i i b i é n j o s c o n t a c t o s , los v i n c u l o s s o c i a l e s .
í^¡¡Tíícntes, la cuenta b a n c a r i a , e t c é t e r a . L a c q i i t c a s i s in f i -
'^7[ ¡ :^7¿:Tí t i í r irñrge iürfacm^^^^ i c g i t i i n a b a el a c c i o n a r del a d u l t o e
Por L-so para lograr en una cul tura posfigurativa que u n n i ñ o fuera
un adulto de bien soto hací. t falta que siguiera el e jemplo de los adultcis
que lo rodeaban: en ellos estaba la c lave de la e d u c a c i ó n de los m á s
pequeños, quienes, remedando sus actitudes, sus valores y sus respuestas
frente a problemas y conflictos, se h a b r í a n de const i tuir en verdaderos
adultos fuertemente legitimados en el contexto en que se desarrollaron.
La tarea fomia t iva en una cu l tu ra posfigurat iva era po r lo t an
to ardua y constante, pero por d e m á s senci l la : solo se necesi taban
adultos que fuesen e jemplos para los m á s ch icos . E l adul lo-eic7Tiplo_
constituía la ley no escrita; la ley pract icada y que d e b í a ser copiada
e Igualmente ejercida. E l padre, el pastor y e l maes t ro , antes que
cualquier otra cosa, d e b í a n ser buenos e jemplos para sus h i jos , su
rebaño y sus alumnos.
La medida de !a referencia adulta cotistantc hace que en las c u l
turas posfigurativas la expe r i enc ia sea la fuente incues t ionab le de la
legitimidad de la ley (tanto de l a menos impor tan te l ey escrita c o m o
de la fijndamcntal ley i m p l í c i t a en el e j emplo ) . L a p rop ia expe r i enc i a
constituía a d e m á s e l u i s t rumento social u t i l i zado para r ep roduc i r y
rcfor/ar la legit imidad. E r a el m e r o paso del t i empo el que generaba
las condiciones para su a c u m u l a c i ó n y t a m b i é n para su ostentacicin,
por lo que en una 'cu l tura posfigurativa la m a y o r í a de edad de u n a
persona la toma indefect iblemente m á s e x p e r i m e n t a d a y por ende
con una mayor legi t imidad para dec id i r po r sí y sobre todo por los
otros que aun hjcsen incapaces de dec id i r po r sí m i s m o s ; los n i ñ o s
y los adolescentes. E n una cu l tura posf igurat iva, la e x p e r i e n c i a y la
antigüedad lo son todo.
34
í
c ; U A N l ) < J I A I N F A N C I A l : R A U N A C A K FN( : i . \
P o r supuesto que estas cu l tu ras posfigurat ivas centradas en r
d o m i n i o adul to no s o n absolu tamente a r m ó n i c a s n i e s t á n i. 'xciu,i^
de la a p a r i c i ó n de conf l ic tos . Para Margare t M e a d , en estas c t ihni . i -
suele o c u r r i r cjue, en de te rminado m o m e n t o del c r ec imien to tic Ui^
m á s j ó v e n e s , estos se sienten c o n derecho a cuest ionar la autoridatl de
sus maycjres y suelen hacer lo en m u c h o s casos c o n dureza y no pora
a m b i c i ó n de conseguir e l mando para ellos mismos . S i n embargo, esta
etapa s iempre presente se supera, puesto que para la autora la propi.i
ident idad cu l tu r a l posf igura t iva se va a t e r a i i na r reforzando c o m o
consecuenc ia de las amenazas y castigos a los j ó v e n e s dcsafianti.-.
unas sanciones que h a b r á n de .ser f ina lmente refrendadas p<ir l.i si>! >
persistencia de la cu l tu ra desafiada.
M á s t o d a v í a , en una cu l tu ra posf igurat iva, aun si los retadores ticí
poder adul to cons iguen su ob je t ivo y t oman el poder desn t in end '
el v ie jo e squema , es pos ible que esta n u e v a presencia t e rmine d-,
conva l idar una c o r r e l a c i ó n de fuerzas sociales que ahora con nuc \-
personajes solo d e m o s t r a r á que la t r a d i c i ó n cul tura l persiste frente .•.
algunas modi f i cac iones no rad icahzadas . " O c o m o d e c í a la ti-ase de
cabecera de los r evo luc iona r ios de M a y o de 1810 en B u e n o s A i r e :
" S e h a b r á cambiado de drano sin cambiar la t i ranía" .^ ' '
P o r eso en si tuaciones no confl ic t ivas de las culturas posfiguratn a-
la s u b o r d i n a c i ó n de las j ó v e n e s generaciones a las generaciones ma
yores t e m i i n a por ser soc ia lmente naturalizada: los m á s viejos saben
m á s y pueden m á s por el solo h e c h o de ser m á s viejos y a los j ó v e n e s
se les requiere esperar c o n pac ienc ia su t u m o . " '
Margaret Mead, Cultura y compromiso. Estudio sobre la ruptura gencríicioinú. Buenos Aires, Graiiica, 1974.
^' Mariano Moreno, Prólogo del libro Hl contrato social de Jean-Jacquo-Kousscau, Buenos Aires, Imprenta de los expósitos, 1810.
^ E l Martin Fierro (poema nacional de la Argentina) deja traslucir cst.i si-
35
U N M U N D O S I N A D U L T O S
Los más viejos v i v i e r o n m á s y en ese sent ido toda n u e v a e x p e
riencia por la que atraviesan las nuevas generaciones s e r á cons iderada
como una exper iencia necesar iamente ya v i v i d a p o r u n n i ayo r : n o
hay nada nuevo bajo e i sol y la i m i t a c i ó n de los m o d e l o s adul tos
es la fuente de m a d u r a c i ó n para las j ó v e n e s generac iones : u n a v í a
única con estaciones fijas, sucesivas y previs ibles e n las que los que
van creciendo e s t án condenados a parar. P o r l o tan to , e n nues t ra
modema cultura posf igurat iva c r e c e r no consiste en o t ra cosa que en
seguir el ejemplo adul to , respetar la l ey adulta y parecerse (o tratar
de parecerse) a los adultos.
Para que esto ocur ra , el t i e m p o de las.£ulliiras420s£igttratjvas h a b r á
de tener dos elementos centrales: l a l inea l idad y l a a c u m u l a c i ó n . E s
Ja a n t i g ü e d a d la que g a r a n t í z a el saber y en c o n s e c u e n c i a c u a n t o m á s
viejo ic es en una de te rminada soc iedad, m á s se es r e c o n o c i d o p o r
los d e m á s como una persona sabia.
Para Margaret M e a d , e l e l e m e n t o d i s t in t ivo de l a c u l w r a pos f igu
rativa es la existencia de la c o n v i v e n c i a de a l m e n o s tres generac iones
que al m i s m o t i empo deben dar a l a cu l tu ra v i g e n t e p o r supuesta y
por admitida para así consegu i r que los n i ñ o s — l a s nuevas gene ra
ciones, los r e c i é n l legados a l a c u l t u r a — i n c o r p o r e n t odo l o que se
Ies enseña a lo largo de s u f o r m a c i ó n . L a i m p u g n a c i ó n a este c a n o n
t end rá posibilidades de é x i t o so lo si la sociedad necesi ta desplazarse a
un nuevo y desconoc ido t e r r i to r io o si es i n f lu ida o " c o n t a m i n a d a "
por otra cul tura , p o r u n a i n v a s i ó n . "
Mientras esto n o acontezca , las posfigurat ivas c o n t i n u a r á n s i e n -
t i u o ó n en los consejos que brinda un viejo gaucho sabio: El primer cuidao del hombre / es defender elpeUtjo. / Llévate de mi consejo, / fíjate bien en lo que hablo: / el diablo sabe por diablo, / pero más sabe por viejo. José H e r n á n d e z , Martín Fierro, Canto X V ; Buenos Aires, Losada, 2008.
" Margaret Mead, op. dt., cap. 3.
3 6
C U A N D O L A I N F A N C I A E R A U N A C A R E N C I A
do sociedades basadas en e l respeto y l a d e v o c i ó n a los viejos; unas
sociedades que h a b r á n de vene ra r a sus mayores y a sus respectivos
atributos, y c u i d a r á n y p r o t e g e r á r i a los n i ñ o s de acuerdo a los p r e
ceptos establecidos p o r los m á s vie jos .
C U A N D O LOS N I Ñ O S E B A N I N O C E N T E S
C o n e l con t inen te concep tua l y e m o c i o n a l que remi te a l cuidado o
a la p r o t e c c i ó n de aquellos a quienes d e n o m i n a m o s menores de edad,
nuestra c u l t u r a h a in ten tado proteger a n i ñ o s y adolescentes de otros
que pud i e r en aprovecharse de su incapacidad, dependencia , no c o
n o c i m i e n t o y h e t e r o n o m í a . ( P e r o a los menores de edad sobre todo
se los c u i d a de sí m i s m o s , at- su incapac idad para tomar decisiones
que for ta lezcan u n dest ino pos ter ior e inc luso — m e n o s ambic iosa
m e n t e — se los protege de pensamientos o p r á c t i c a s que de manera
d i rec ta pongan e n j u e g o su p rop ia supe rv ivenc i a fisic^
L a c a r a c t e r í s t i c a saliente que nuestras sociedades les h a b í a n a t r i
b u i d o a los menores de edad, c ier tamente a ra íz de sus hmi tac iones ,
era la i n o c e n c i a . A l cont ra r io de l a v ie ja t r a d i c i ó n que ve í a e n u n n i ñ o
n o m á s que u n adul to falto de habil idades, la m o d e r n i d a d p r o m u e v e
u n a v i s i ó n rad ica lmente diferente; los n i ñ o s v a n a estar l imp ios , su
obrar n o obedece a l a maldad puesto que su c a r á c t e r h e t e r ó n o m o
no p rovee e l d o n de r econoce r y adoptar valores determinados . S i
l a i n fanc ia era para nuestras sociedades la edad de la i n o c e n c i a , l a
adultez estaba a h í para cuidar , proteger y g u i a r / D e s d e Rousseau , ^ ' la
rac iona l idad de nuestra m o d e r n i d a d presupone hi i nocenc ia inherente
a l m i s m o ser in fan t i l ^
Jean-Jacques Rousseau, op. cit., p. 59.
3 7
L ' N M I N D O S I N A D U L T O S
l-siA idea (le una infanc ia m ó c e n t e y descontaminada de los agra
vios y lii c o m j p c i ó n del m í m e l o atiulto i m p l i c a en especial u n a fronte
ra entre niños y adultos: una frontera esencia l y s i m b ó l i c a , y que p r e
serva a la infancia de los mister ios , la c o r r u p c i ó n y los t a b ú e s propios
Je la adultez." Por .supuesto cjue n o todos los n i ñ o s son caracterizadt)s
/de esta manera: a la idea del n i ñ o inocen te se l e con t rapone la idea
del niño "dc i i io i i i o" que s i rve sobre todo para u b i c a r a la infancia
[loniial y realzar sus propiedades sensibles y amoro.sas, l ibres de l m a l
adulto. Como bien señala l ' l u l .Scraton, la imagen de n i ñ o d e m o n i o
ij icrvia para reforzar ía.s cc^nductas infantiles celebradas y protegidas y
para mantener disciplinado el cuerpo infantil .*"
Uno de los rasgos d i s t in t ivos de esta n u e v a c o n c e p t u a l i z a c i ó n
de la infancia que expresa a su v e z u n a n u e v a m i r a d a cu idado ra y
protectora respecto de los n i ñ o s ha s ido la c rec ien te p r o h i b i c i ó n del
trjbajo infantil, in ic iada en los pa í ses occidentales a p r o x i m a d a m e n t e
hacia fines del siglo X I X . Para nuestra v i s i ó n de los n i ñ o s e inc luso
de los adolescentes, el trabajo es algo i n c o m p a t i b l e c o n la d ign idad
<lc /os menores, y a que siis tareas d e b e n ser apenas e l es tudio v el
juego. Para nuestra m o d e r n i d a d toda f o r m a de trabajo in fan t i l es u n a
igtionunia que debe ser erradicada, puesto que por su p rop ia esencia
vulnera la naturaleza mi sma de la infancia : c o n t a m i n a su i n o c e n c i a
con el c-sfucjjro. el d inero , la e x p k j t a c i ó n o la c o m p e t e n c i a capitalista.
Al contrario de la.s cu l turas p remodernas e n las q u e los n i ñ o s
acompañaban a los adultos en todas las tarcas product ivas ,* ' nuestra
época cuenta con esta fuerte i n t e r d i c c i ó n al trabajo in fan t i l : los l u -
^ Maryjanc Kchily Si f leathet Montgonicry,"Innocencc and experiencc. A histórica! ipproach to childhood and sexuality", An introduaion to childhood stuáies, «ertshirL-, McC.raw-Hil l , 2009
l'hil Scraton. CJiildlwoit in CristF, Londres. U C L Press, 1997. " Píiilippe Aries,<jp. cit.
C l ' . A N I X ) 1 X I N I - A N C I A l-KA l ' N A C' A!! l i N C I . i
gares exc lus ivos de los n i ñ o s son b á s i c a m e n t e el hogar t á n u l i n y i ; escuela.
P o r supuesto este proceso de e r r a d i c a c i ó n del trabajo i n f i i u i l t i u
l en to y de h e c h o a ú n se encuen t ra lejos de haber termit). ido. ' 1 i¡
i(5s in ic ios de este proceso hacia mediados del siglo X I X , sobre C c n i i .
en l-.iiropa occ iden ta l , una parte cuant i ta t ivamente m u y i n i p o i t . m i i
de la infancia presentaba e n o r m e s piroblemas para sii relocaiiy.K i<'>i
y poster ior f i jac ión po r fuera del aparato p roduc t ivo de donde 1 ;
p r o p o n í a ex t i rpa r L o s n i ñ o s estaban condenados al trabajo p n i d m
t i v o o al trabajo d o m é s t i c o . E r a n n i ñ o s vagabundos, m e n d u antt^.
de l incuentes . C o n s t i t u y e r o n e l paisaje usual de la n i ñ e z todav í . i in^
in fan t i l i zada (es dec i r , la n i ñ e z que se s e g u í a c o m p o r t a n d o i o i n o
a n t a ñ o , sin d i ferenciac iones respecto de la adultez) y en biieii . i M U ;
" ^ i d j — a u n q u e c o n ciertas p revenc iones que anal izaremos en det.iile
m á s ade lan te— lo sigue cons t i tuyendo : se trata de u n conjunto (!•
infancias (y po r ende t a m b i é n de paternidades y maternidades) q u .
llegan a ser consideradas " inapropiadas" por estar ctmtaminadas - ¡ \
r a d ó j i c a m e n t e — por el m u n d o del trabajo o del del i to , i m b r i c á i i d o ^ i
¿ e tnanera concep tua l c o n u n a fuerte carga mora l .* '
U n a buena parte de la r e f l e x i ó n s o c i o l ó g i c a y e c o n ó m i c a d e s j f
mediados de l siglo X f X en adelante estuvo dedicada a la con<:eptu.i -
lizacit 'm del d i s c i p l i n a m i c n t o de la infancia para esta nueva y n ic jo r
f i j ac ión : la l o c a l i z a c i ó n ex t rap roduc t iva . Las iglesias, los incipien(o>
grtipos p o l í t i c o s y s indica les rad ica l izados y los m i s m o s gob ie rno-
'-Alrededor de 215 millones de nulos menores de 18 años crahijan 1 K I--on Chi ld Labor", O I T (Organización Internacional dcl'I'rabajo), 2010. <ht:tp www. i lo. org/ wc nispS / gro ups/public/>.
" Silvana ]^irré. Maternidades inapropiadas;la constmcción de lo "inapropuiilo") sus transformaciones eu cinco dispositivos pedagógicos. Buenos Aires 1920-1980, tosí- tU doctorado, Facultad latinoamericana de (Ciencias Sociales, Buenos Aires. 2'«
39
U N M U N D O S I N A D U L T O S
despuntaban en interminables debates su p r e o c u p a c i ó n po l í t i ca , pero
también moral, por el estado de la n i ñ e z y la necesidad de que esta
sea arrancada de las fabricas, de las labores rurales y especialmente
del delito y la "mala influencia" adulta: ima infancia que deb ía ser
constmida como inÉincia obediente y h e t e r ó n o m a .
Desde la Iglesia C a t ó l i c a hasta los pensadores revolucionarios del
mundo occidental, los grandes reformadores sociales no cejaron en
las denuncias de los atropellos a la infancia al pretender obligarla a
trabajar y la consiguiente v i o l a c i ó n de su inocencia . Por ejemplo, en
la encíclica Rerum Nouanim se indica escmpulosamcnte que:
En cuanto a los n iños , se ha de evitar cuidadosamente y sobre todo que entren en talleres antes de que la edad haya dado el suficiente desarrollo a su cuerpo, a su inteligencia y a su alma. Puesto que la icrividad precoz agosta, como a las hierbas tiernas, las fuerzas que brotan de la infancia, con lo que la c o n s t i t u c i ó n de la n iñez vendría a destruirse por completo.*'*
Claramente la iti&ncia debe ser preservada y el trabajo infantil
limitado. D e manera paradój ica y p r á c t i c a m e n t e c o n t e m p o r á n e a a la
postura de la Iglesia C a t ó l i c a , en el mismo sentido cabe destacar e n
tre los más grandes pensadores del socialismo moderno los cap í tu lo s
enteros de Kar l M a r x en El capital y de Fr iedr ich Engels en La situa
ción de la clase obrera en Inglaterra, dedicados a mostrar y denunciar la
ilimitada part ic ipación infentU en la gran industria y, su contrapartida,
los déficits en la e sco lar i zac ión de los n iños .* '
Es en este momento en el que se instaura una suerte de contra-
Carta encíclica Rerum Nouarum del sumo pontífice León X I I I sobre la situación de los obreros, apartado 31,15 de mayo de 1891.
« Karl Marx, El capital. M é x i c o , Siglo X X I , 1979. Friedrich Engels, luz situación de la clase obrera en Inglaterra, Buenos Aires, Futuro, 1946.
4 0
C U . A N D O L A I N F A N C I A E R A U N A C . - V R E N C T A
d i c c i ó n principal en la sociedad modema, congmente con la lóg ica
cultural posfigurativa: trabajar versus escolarizaJSf • L a esco lar izac ión
de los n i ñ o s constituye una práctica que forma parte de modo cen
tral de la c o n s i d e r a c i ó n de una infancia nonnal , que salvaguarda su
inocencia por medio del estudio y el control adecuado por parte de
ios maestros, mientras que los que trabajan no han podido arribar a
u n estatuto satisfactorio de normalidad infantil: v iven una suerte de
estado de e x c e p c i ó n constante que indica la falta de su in tegrac ión a
. la completa m f a n t i l i z a c i ó n moderna.
H Esta c o n t r a d i c c i ó n trabajo-escuela es nuclear para intentar c o m
prender la infancia dentro de los l ími t e s de la modernidad posfigura
tiva. C o m o destaca María Virginia Ginocchio,*'" a través de la escuela
se intentaba inscribir al n i ñ o en un orden p ú b l i c o por medio del cual
se pudiese controlar que sus tiempos y actividades difirieran de los
de los adultos. D e esta manera, el n i ñ o se insertaba en varios planos:
una i n s t i t u c i ó n (la escuela), un v í n c u l o con otros (maestros y pares)
y una determinada re lac ión con el saber (el curr í cu lo escolar) en el
contexto de u n espacio social p ú b l i c o que más tarde o más temprano
—dependiendo de cada p a í s — será t a m b i é n u n espacio controlado
por el Estado.*^
E l principio regulador de la experiencia infantil incluso fuera del
seno familiar (un principio que le permit ía al Estado negar el trabajo
infantil y capturar a los n i ñ o s en escuelas) ha sido nominado como
irt loco parentis: un instituto j u r í d i c o que permite que el Estado, o quien
María Virginia Ginocchio, Orden, uniformidad y control: la prescripción esiMal en los orígenes del sistema educativo (187S-1905), tesis de doctorado. Escuela de Educación Universidad de San Andrés, Buenos Aires, 2005.
E i clásico estudio de Margaret Archer muestra estas formas que a partir de Foucault después llamaríamos "estatalización" de las escuelas. Margaret Archer. Social origins of educational Systems, Londres, Routledge, 2013.
4 1
Ü N M U N D O S I N A D U I I O S
se ( i o s i i í r u : b u r o c r á ñ c a i D c n t c e n s u r e e m p l a z o , o c u p a r á e l l u g a r d e l
p a i l r e y r e q u e r i r á cic p a r t e d e l o s n i ñ o s una e q u i v a l e n t e o b e d i e n c i a
q u e l a q u e s e l e r e c l a m a r e s p e c t o d e sus p r o g e n i t o r e s . A este i n e c a -
n i s n n ) d e t r a n s f e r e n c i a d e l c u e r p o i n t a n t i l d e l a i n s t i t u c i ó n f a m i l i a r
a l a e s c o l a r , t an p r o p i o d e l a m o d e r n i d a d p o s f i g u r a t i v a , lo h e m o s
d e n o m i n a d o ^ í í a H J r t i escuda-familia: u n c o n t r a t o d e a d h e s i ó n , usual-
m e n t c e s t a t a l i z a d o , p rop io d e l d i s c i p l i n a m i c n t o d e l c u e r p o i n f a n t i l
en l a e s c o l a r i z a c i ó n . J
hl loco panntis p r e c i s a d e leyes de o b l i g a t o r i e d a d que p r e v e n g a n
que l a s o b e r a n í a p a t e r n a s o b r e s u s l u j o s n o e s d e f i n i t i v a n i o m n í m o
d a : es tá l i m i t a d a a aquel lo que e l i ' s t a d o r e g u l a y a la v e z p r o m u e v e
y f a c i l i t a c o m o b e n e f i c i o s o p a r a l . i i n f a n c i a . Herry Z i r k e l y H e n r y
R e i c i m e r h a n m o s t r a d o que l a u t i l i z a c i ó n t e m p r a n a de este c o n c e p t o
en l a l engua i n g l e s a se v e r i f i c a y a e n los t r a t a d o s d e la s e g u n d a m i t a d
d e l s i g l o X V I I :
Hl p a d r e d e b e r e s i g n a r p a r t e d e s u a u t o r i d a d p a r e n t a l a l t u t o r o a t V
m a t r s t t o d e e s c u e l a d e s u h i j o , q u i e n e s t á a l l í in loco parentis, y t i e n e u n a
c i e r t a p o r c i ó n d e l p o d e r p a t e r n o a s u c a r g o , dado q u e para e l d i s c i p l i
n a m i c n t o y l a c o r r e c c i ó n p u e d e l l e g a r a s e r n e c e s a r i o c o m o r e s p u e s t a
a l o s r e q u e r i m i e n t o s p a r a l o s c u a l e s e l e d u c a d o r fue e m p l e a d o . ' "
N o p a r e c e c a s u a l p u e s que l a s l e y e s d e o b l i g a t o r i e d a d e s c o l a r
s a n c i o n a d a s p o r los p a í s e s e u r o p e o s y a m e r i c a n o s h a c i a f i n e s de l s i
g l o X I X y c o m i e n z o s del . s i g l o X X h a y a n s ido c o n t e m p o r á n e a s a l
i d é n t i c o i n t e r é s p o r s a n c i o n a r l e y e s d e l i m i t a c i ó n o d i r e c t a m e n t e
d e p r o h i b i c i ó n de l t r a b a j o i n f a n t i l . ' " Así el d i l e m a e n t r e t r a b a j a r o
" Mariano Narodowski,/n/áíictíi ypodír..., op. cit.,cap. i. '•' Perry Zirkc-l & Henry Reichner,"ls the Loco Parentis L>octrim- Deaii"
Journal qf IMW and líducaiion, I 5, 1986. Entre niuch.is investigaciones al respecto, puede verse para el caso csp.i-
42
( l A N I H J I A I K I A N C : i . ^ E R A . U N A f A R l N t | . \
estudiar se d i r i m í a obligatoriamente a fav<5r de la e s c o l a r i z a c i ó n , la que
queda del lado de la i nocenc i a , la rec t i tud y la normal idad infannl . A
part ir de esto m o m e n t o h i s t ó r i c o , e l trabajo infant i l queda del l i d o
del pecado, la i legal idad, el v i c i o o la s u p e r e x p l o t a c i ó n capitalista,
dependiendo la c o n c e p t u a l i z a c i ó n del registro t e ó r i c o o la p o s i c i ó n
es té t i ca que se trscoja: en esto hay para todos los gustos.
S i b ien a nuestra actual mi rada esta d i f e r e n c i a c i ó n entre trabain \
escuela le parece comple tamente natural , ella c o n s t i t u y ó el resiilt ICÍM
de una c n o n n e t r a n s f o r m a c i ó n de la sociedad y de sus crcenci. is \
percepciones , las que t ienden a consol idar los actuales sent imiento-
benevolentes respecto de la infancia: e l cu idado que se le hab í i
garantizar supone su ajenidad absoluta respecto de tareas product ivas
y por ende la d e c i s i ó n de que la manutenc icm y la mi sma supciA i
v e n c í a de los n i ñ o s y adolescentes n o les p o d r á ser reclamada a e l K i v
s ino que nunca de ja rá de con fo rmar una responsabilidad i n i p e i u K ,
por parte del m u n d o adul to . Y así será tanto en el n i v e l pr ivado l i . 1.:
v i d a famil iar c o m o t a m b i é n y de fo rma complemen ta r i a en el o idou
p ú b l i c o de la a c c i ó n estatal.
D e esta m a n e r a e l siglo X X v i v i ó e l efecto de u n a diferenciac ló];
que la m o d e r n i d a d h a b í a o p e r a d o de m o d o d i s c u r s i v o ya d i s d c
a p r o x i m a d a m e n t e los i n i c i o s de l s iglo X V H y que c o n s i s t í a en scp,;
rar en f o m i a ind i scu t ib l e y t e rminan te el m u n d o adul to del m i n u h '
de los n i ñ o s para así n o c o n t a m i n a r e l u n o c o n e l o t ro . ( " o i i i o bien
seña la la s o c i ó l o g a e s p a ñ o l a J u l i a V á r e l a , se instala entre unos \s
íiol: Alejandro liana Ferrer, "Educación obligatoria, asistentij escolar y tr,.l\iiO infantil en España en el primer tercio del siglo X X " . Hifloria Je ¡a lúiiu.iáon Revista ¡nienmiivrsitaria, N . ° 6, 1987. O Mariano Fernández Eniniita, '¡r.it\i¡,'. cometa e ideohxía, Madnd, Akal . 1986. Para el caso de Buenos Aires, véase M.i riano Narodowski , ' 'La expansión lancasteriana en Iberoaniéric.i. L l CISD di Buenos Aires", .Anuario del Instituto de lístudios Históricos y Sociales, hi." 9. I') ')-!
43
U N M U N D O S I N A D U L T O S
una ' e s t a n c i a s o c i ^ . U n a suer te de " r e s e r v a " que n o so lo afecta
a j uego í í , l ibros y c o n o c i m i e n t o s : los adul tos que a h o r a p ro t egen a
los n i ñ o s se v e r á n obl igados — s i es que p r e t e n d e n n o salirse de l a
senda marcada p o r los n u e v o s p r i n c i p i o s — a c o n t e n e r s e , r egu la r
sus acciones y sus palabras, y au tohmi ta r se s i e m p r e q u e los n i ñ o s
e s t én en su presenc ia .
E n las propias palabras de V á r e l a :
D e este modo, los n i í í o s , sobre todo los de las distinguidas clases, de jarán de estar mezclados c o n los adultos —ayas , cr iados y n o drizas— para ser m á s directamente cuidados por sus padres, especialmente por su madre, en los pr imeros a ñ o s . D e s p u é s de recibi r una e d u c a c i ó n d o m é s t i c a se rán educados en instituciones específ icas acordes con su estatuto y calidad. Estas insti tuciones, que c o m e n -zaiun a gestarse a partir del siglo X V I , c o b r a r á n ahora nuevos b r í o s y sufrirán remodelaciones importantes. L o s hijos de las clases p o pulares, por el contrar io, c o n t i n u a r á n por m á s t i empo en contacto con los adultos, soc i a l i z ándose en l a comunidad y aprendiendo los oficios de sus mayores, aunque t a m b i é n les a fec ta rán las doctrinas y prácticas ilustradas.*'
Las normas que duran te d é c a d a s r e g u l a r o n b i o p o l í t i c a m e n t e l a
c o n s t i t u c i ó n de las &miUas y las obhgaciones de padres e h i jos v a n
cambiando r á p i d o . E n los p a í s e s de A m é r i c a L a t i n a y e n especia l
en el terr i torio de l o que se r ía la A r g e n t i n a , de f o r t í s i m a t r a d i c i ó n
ca tó l ica , hac ia med iados d e l s ig lo X I X las leyes mani fes taban sus
preocupaciones sobre l a h e r e n c i a y e l m a n t e n i m i e n t o de la f ami l i a
patriarcal, por lo que u n a fami l i a " l ega lmente cons t i t u ida" s u p o n í a
•—en correspondencia c o n el de recho r eUg ioso— que los hi jos t e n í a n
" Julia Várela, " L a educación ilustrada o c ó m o fabricar sujetos dóciles y útiles", RevííM de Educación, n ú m e r o extraordinario, 1988.
4 4
C U A N D O L A I N F A N C I A E R A U N A C A R E N C I A
que obedecer a sus padres y real izar s in c o m p e n s a c i ó n alguna tarcas
apropiadas a su edad, c o m o s e ñ a l a D o n n a G u y . ^ -
P e r o a u n en este c o n t e x t o dpctr i r tar io , los padres estaban o b l i
gados a educar y a l imen ta r a sus hi jos al n i v e l que pe rmi t i e ran sus
posibi l idades . C o n e l co r r e r de l t i em po , las obhgaciones e c o n ó m i c a s
de los menores s e r á n abohdas, o a l menos se rán remitidas al m u n d o de
l o que se ha d e n o m i n a d o " i n a p r o p i a d o " , lo que t r a e r á aparejadas no
pocas consecuencias . E s t e caso mues t ra c ó m o t o d a v í a en contextos
cul tura les donde e l peso de las t radic iones es m u y impor tante , l en ta
m e n t e se v a i m p o n i e n d o u n sen t imien to de infancia que obl iga a los
adultos a protegerlos de los males que p o d r í a n cor roer su inocenc ia , y
e l trabajo infant i l v a a estar de f in ido entre los p r imeros de esos males.
E n la c i n e m a t o g r a f í a rec ien te , Indiana Jones y el templo de la per
dición^^ refleja magis t ra lmente este rechazo socia l al trabajo y la c o n
secuente e x p l o t a c i ó n i n f a n t ü que n o les pe rmi te v i v i r a los n i ñ o s una
v i d a de in fanc ia . C o m o se r e c o r d a r á , el h é r o e Ind iana , protagonizado
p o r u n j o v e n H a r r i s o n F o r d , c o n o c e por casual idad u n p e q u e ñ o
p o b l a d o en e l A s i a o r i en ta l (p robablemente e n la Ind ia ) en e l que
se advier te que n o h a y n i ñ o s . C o m o en El flautista de Hamelín,^^ los
m a y o r e s v i v e n en la angustia y la congoja por la ausencia de los hijos
y r e f i e r en que ellos e s t á n cau t ivos e n u n t e m p l o ce rcano . P e r o a
d i fe renc ia de esta ú l t i m a , a q u í los padres n o son los culpables de la
d e s a p a r i c i ó n de sus h i jos .
L a a c c i ó n emprend icb p o r Ind iana y sus c o m p a ñ e r o s muestra que
Donna Guy, " N i ñ o s abandonados en Buenos Aires (1880-1914) y el desarrollo del concepto de la madre", en Lea Fletcher (comp.), Mujeres y cultura en la Argentina del siglo XIX, Buenos Aires, Fetninaria, 1994.
Steven Spielberg (director), Indiana Jones and the Temple of Doom, 1984. Wilhelm G r i m m y Jacob Gr imm, El flautista de Hamelin, Berlín, N i c o -
laische Buchhandlung, 1816.
45
l'N' M l . ' N U n S I N A D U n t J S
las c a i a c u i í i b a s de un t emp lo de adoradores del n ia l era u n a m i n a en
la que los nit ios secuestrados cau t ivos de malvados adultos trabajaban
de tr iodo forzado . E l inefable I n d i a n a J o n e s o b v i a m e n t e h a b r á de
liberarlos del y u g o esclavizante . R e s u l t a p a r a t i ó j i c o que q u i e n estaba
al mando de semejante a t ropel lo a la d ign idad infant i l t a m b i é n era u n
n i ñ o , pero al poco tiempt^ el espectador toma nota de que él t a m b i é n
está sojuzgado — m e d i a n t e t é c n i c a s h i p n ó t i c a s — por esos mayores
m i n e s : un n i ñ o , po r sí m i s m o y e n su i n o c e n c i a , j a m á s p o d r í a ser
responsable de semejantes calamidades.
T r e s e l emen tos centra les pueden observarse c o n n i t i dez a q u í :
p r imero , solo los "adoradores de l m a l " s e r á n capaces de t a m a ñ a c o n
ducta inapropiada ( la e x p l o t a c i ó n in fan t i l ) . S e g u n d o , n i n g ú n n i ñ o
por sí m i s m o p o d r í a ser m a l v a d o . T e r c e r o , se rá el protagonis ta de la
t rama —Indiana J o n e s — q u i e n h a b r á de poner las cosas en su lugar;
u n adul to que rest i tuye a los n i ñ o s a sus familias de o r igen cuando
ellos t ampoco pueden salvarse y necesitan de u n adulto — « P este caso
nada menos que ind iana J o n e s - - para que los emanc ipe .^Son n i ñ o s
explotados cpie necesi tan ser infant i l izados; adultos i n f a n t ü i z a d o s que
necesitan de u n adul to a u t ó n o m o capaz de efectuar las tareas que eUos
no cons iguen r e a l i z a ^
F,s que los padres de esos n i ñ o s t a m b i é n son adul tos al i g u a l
que Ind iana y pc id r í an haberlos sa lvado, pero la i m a g e n de l film los
muest ra tan pasivos y \Talnerablcs c o m o sus hi jos : b ^ n e c e s i d a d . d ^ ^
extranjeto-ctm^-redima sus dif icn)rades mues t ra que la i n f a n t i l i z a c i ó n
t a m b i é n es u n a c a r a c t e r í s t i c a p o l í t i c a que^godent i f ica c o n la d o t a c i ó n
de u n estarus c o l o n i a l (v por ende la neces idad de p r o t e c c i ó n de esos
adultos c o m o si ftieran n i ñ o s ) .
Es ta c o n d e n a m o r a l a las s i tuac iones en las que e x i s t e n n i ñ o s
que trabajan y la p rogres iva re t i rada de la infancia de l m u n d o laboral
puedo verse c o n c lar idad en la ya clásica i n v e s t i g a c i ó n de V i v i a n a Z e -
4(-,
< i . - N N i K i 1 .3i i N i - A N ( 1.^ I:RA UNA <:..'\I<f:N< 1A
lizer. ' '• E n este m a g n í f i c o estudio se halla ev idenc ia concluye ntc i k la
profundidad de los cambios acontecidos . Indagando en r e l a c i ó n co: i
los mercados tle seguros, los de pagos po r muertes accidentales y de
a d o p c i ó n y ven ta de n i ñ o s en Estados U n i d o s entre 1 S7U y 19.í(!, c\
la i n v e s t i g a c i ó n se c o n c l u y e c\uc en este per iodo el precio - -medido
en t é r m i n o s e c o n ó m i c o s - - de los n i ñ o s se desvaloriza fuertemente
en tanto que e l va lo r e m o c i o n a l que se les asigna crece en fciniia S Í L ;
nif ica t iva . E s t o muest ra que , si b i en la s e p a r a c i ó n del m u n d o laboral
del m u n d o infant i l es eu los in ic ios potestad de los sectores sociaic-
de mayores recursos e c c i n ó m i c o s — c o m o la ci ta de lu l ia V a i e l a K -
cordaba má.s a r r i b a — , la matr iz m u l t i p l i c a y se general iza a tockis lo-
sectores sociales.
A n a h z a n d o las cuest iones cul turales que inf luyen en los nu-n. ,i
dos, pero t a m b i é n aquellas cuest iones e c o n ó m i c a s que de te rminan 1.!
p o s i c i ó n de los n i ñ o s en la e c o n o m í a en general y en el mercado de
trabajo y la p r o d u c c i ó n en par t icular , V i v i a n a Z c l i z e r conc luye en la
ex is tenc ia de una t r a n s f o r m a c i ó n re levante en nuestros sent imientos
hacia la infancia : la m o d e r n i d a d que plantea una r e l a c i ó n de propoi
c iona l idad inversa entre p rec io y sent imientos ; el va lo r e c o n ó i n i i d
de los n i ñ o s decrece en la m e d i d a que crece su va lo r en t é n i i i i i o s
afectivos o emocionales."""'
L a e c o n o m í a p o l í t i c a n e o c l á s i c a se ha v is to s iempre sorprendida
por esta s i t u a c i ó n , por lo que t r a t ó de encont ra r soluciones t eó r i ca s
a este d i lema s in r ecu r r i r a exp l i cac iones culturales, pero iu> es t . n i
fácil n i tan s imple hacerlo.^ ' Para dec ido de i m m o d o di recto , tener
Viviana. Zelizcr, Priciiig dic¡iricdcss C/ÍIW.'/JIÍ'clia»giuí<soda! ¡\iliic ofchiltinti. Nueva Jersey, Princeton University Press, 1994.
Viviana Zelizer, i í i í i / . p . \0?>. '" La referencia insoslayable de esta indagación es sin dudas Gary 15e( kcr.
'¡'ralaih sobre la faiiiiUa, Madrid, Alianza. 1983. Y también Theodore .Schuli/.
47
U N M U N D O S I N A D U L T O S
hijos en nuestra c u l t u r a es caro." Las c a r a c t e r í s t i c a s de nues t ro s e n t i
m i e n t o m o d e r n o de i n f anc i a impiÜcan que los adul tos i r á n a i n v e r t i r
b u e n a parte de sus recursos durante m u c h o t i e m p o s in q u e esto m -
c l u y a , casi n u n c a , posibi l idades concre tas de r e to rno de la i n v e r s i ó n
p r e v i a m e n t e e f e c t ú a d ^ C a s i n u n c a p o r q u e los m e d i o s a t ibo r ran c o n
e jemplos exi tosos de deport is tas , act r ices o cantantes empu jados al
m e r c a d o por sus padres, qu ienes se garant izan así los benef ic ios de s u
t emprana i n v e r s i ó n . S i n e m b a r g o , estas n o s o n m á s que e x c e p c i o n e s
cuant i ta t ivamente insignif icantes y su v a l o r s i m b ó l i c o n o parece hacer
otra cosa que reforzar el fiaerte v í n c u l o no e c o n ó m i c o ent re padres e
h i jos . D e s d e los i n i c i o s de l siglo X X , l a ú n i c a gananc ia soc ia lmente
aceptable e n e l v í n c u l o pa ren ta l / f i l i a l es de ne to cor te e m o c i o n a l y ,
si se p re tend ie ra cons t i t u i r u n a m e d i d a de " g a n a n c i a " e i n c l u s o de
" é x i t o " , solo se r í a pos ible e n e l plano afec t ivo . E n caso con t ra r io , se rá
menes te r t ransgredi r los l í m i t e s mora l e s v i n c u l a d o s a la r e g u l a c i ó n
de l trabajo inf i in t i l : e n t é r m i n o s es t r ic tamente e c o n ó m i c o s , e l a m o r
a los h i jos supone u n cos to h u n d i d o .
^ E s U a m a t í v o que economis tas de distintas t radic iones h a n m a n t e
n ido u n a suerte de i n v i s i b i l i d a d de la in fanc ia , r e c o n o c i e n d o su e x i s
tencia tan solo en las esferas "apropiadas" de la v i d a soc ia l , tales c o m o
la a t e n c i ó n de su sa lud o e d u c a c i ó n , pe ro n o e n aquellas act ividades
— m u c h a s veces p r o d u c t i v a s — que l a t r a d i c i ó n h a i n d i c a d o c o m o
" i n a p r o p i a d a s ' ^ C o m o seña l a acertadamente D e b o r a h L e v i s o n , i n c l u
so en e l á m b i t o de la t r a d i c i ó n de la m i c r o e c o n o m í a n e o c l á s i c a , c o n
sus brutales énfas is e n l a u t i l i dad i n d i v i d u a l , los n i ñ o s n o son cons ide
rados d ignos de anál is is o e smdio : adultos j ó v e n e s y mayore s or ien tan
" T h e Valué of Chi ld ren .An Economic Perspective",7ourna/ ofPo/íftCfl/ Economy, 81(2), 1973.
" Bruce Bradbury,"Time and the Cost o f Children", Review qf Income and Weakh, 54(5), 2008.
4 8
C U A N D O L A I N F A N C r l A E R A U N A C A R E N C I A
— s e g ú n esta escuela e c o n ó m i c a — sus preferencias c o n s u j e c i ó n a un
con jun to de incen t ivos y regulaciones, mient ras los n i ñ o s se focalizan
c o m o actores m u y d é b i l e s s in u n agenciaiTiiento social propio.^'''
P e r o i n c l u s o la e c o n o m í a p o l í t i c a n e o c l á s i c a n o puede dejar de
r econoce r que desde la perspect iva de los padres el h e c h o de optar
por tener n i ñ o s significa en nuestro con tex to que los beneficios e m o
cionales de la "pa te rn idad" d e b e r í a n por d e f i n i c i ó n supera r los costos
de c a r á c t e r e c o n ó m i c o : c o m o b i e n demuestra el estudio de B r u c e
B r a d b u r y , e l bienestar de los n i ñ o s es una r a z ó n de ser a u t o m á t i c a
para compensar todos ios costos posibles .* ' /En todo caso, la c u e s t i ó n
es c u á l es la d e f i n i c i ó n soc ia l y c u l m r a l queSe fo rmula de "bienestar"
de los h i jos , especiahnente cuando se supera e l u m b r a l m í n i m o que
hace a la s u p e r v i v e n c i a
/
C U A N D O SER G R A N D E E R A S A C R I F I C A R S E POR LOS C H I C O S
A u n en el caso de padres de m u y bajos recursos e c o n ó m i c o s , nuestra
aul tura designaba c o n la palabra " sac r i f i c io" aquella ca rac te r í s t i ca de la
ac t iv idad paterna po r m e d i o de la cua l los adultos resignan bienestar
[propio a favor del bienestar y (en ú l t i m a instancia) de la fe l ic idad de
sus h i jos . Se presupone que estos se encuen t ran en u n a p o s i c i ó n de
vu lne rab i l i dad y de necesidad de cu idado tal que e l adulto a cargo
no solo requiere const i tuirse en u n e jemplo l e g í t i m o , s ino t a m b i é n
"dar lo t o d o " y "darse a sí m i s m o " por e l b i en de los hi jos.
E l d e s i d e r á m m de la sociedad m o d e m a respecto de la p r o t e c c i ó n
de los menores lo conf igura ron los adultos (padres, maestros) que lo
" Deborah Levison, "Children as Economic Agents", Feminist Economía, 6(1), 2000.
^ Bruce Bradbury, op. cit., p. 305 y ss.
4 9
l ,N MLlNIX) SIN A!)i;i,"lC)S
(labaii todo — -oti u n sent ido l i t e r a l — por sus menores a cargo (hijos,
a l umnos ) . Q u e se h n n d a h a n en cuerpo y alma por el los. Q u e estaban
dispuestos a ejercer sacrif icios absolutos, pagados a veces c o n su salud
o su v ida m i s m a , po r el bienestar y la felicidaci de sus hi jos .
B I H o l o c a u s t o , co tno toda gran tragedia de la m o d e r n i d a d ( c o m o
la tragedia de la m o d e r n i d a d p o r an tonomasia) , ha b r indado t es t imo
nios m ú l t i p l e s respecto d e l sacr i f ic io de padres y maestros en pos del
b i e n e s u r de hi jos y a l u m n o s . I'.ntre ellos es a tnpl iamente c o n o c i d a
la epopeya de j a n u s z K o r c z a k , c iu ic i i , a pesar de haber pod ido salvar
su p rop i a v i d a , la o p c i ó n p o r los n i ñ o s cpie t e n í a a ca rgo (d i r á ia
leyenda que el maestro K o r c z a k los l lamaba ' (mis n i ñ o s ^ lo l l e v ó a
a c o m p a ñ a r l o s a la c á m a r a de gas y por lo tatito a m o r i r j u n t o a ellos,
garant izando en ese pe r ip lo el m a y o r cu idado y p r o t e c c i ó n posibles.
t n la sociedad posfigurativa los n i ñ o s deben ser protegidos: todos
Xt>LIlÍñ21-5íIDJ'iÍLI!?Jlí'.?:^.^ f"" cuentas K o r c z a k n o h i zo otra cosa
que ser consecuente c o n su propia idea de amor y cu idado de los n i ñ o s
y tuvo la v a l e n t í a de l levarla hasta sus ii l t imas consecuencias p rác t i cas ,
inc luso en el peor de t{>dos los escenarios posibles, y a que en sus hbros
y escritos este maestro nos h a b í a mostrado cuá l era la f o m i a correcta y
verdaderamente h u m a n a de amar a los n i ñ o s ' - y , consecuente c o n sus
propios postulados, ü c v ó sus ideas hasta sus resultados t r ág i cos .
Y a en el p lano de l a f i c c i ó n , otro e jemplo que c o n f o r m a u n pa
n e g í r i c o de l a p r o t e c c i ó n de los nit los para nuestra c u l t u r a m o d e m a
lo cons t i tuye la p e l í c u l a ganadora de tres premios de la A c a d e m i a de
Ar tes y C^icncias C i n e m a t o g r á f i c a s , La vida es bella, de R o b e r t o B e -
nigni.'"* L a obra t iene la e n o r m e v i r t u d de dramat izar la exper i enc ia
Sobre la vida y la obra de Korczak puede verse; R u b é n Naranjo,Jci(i((í.c Kon:zak, maestro de la humanidad, Buenos Aires, Novedades Educativas, 2001.
Janusz Korczak, Córtio amar a hs tiiños, México,Trillas, 1985. Roberto Beiugni (director), Ui tida es bella. 1997.
.50
[
t ;CANf)0 LA INFANCIA I k A UNA CAKI.Ní f •.
dentro de un campo de c o n c e n t r a c i ó n nazi en el (.pie uu pr is ioi iLr .
hace lo impos ib le para c]ue su hi jo , caut ivo c o n él e n el m i smo cam
po, n o .solo sufra menos que los adultc")s, s ino que e n la medida de 1^.
posible n i s iquiera perciba la naturaleza de los horrores a los <.juc CSÍ ' I
asistiendo y de los c^iie es tá s iendo v í c t i m a t a m b i é n . L i i este casc^ l.i
p r o t e c c i ó n de la pureza infatit i l es absoluta cc;>ino igualmente lo e-. r l
sacrif icio de su padre, qpien relega las p e q u e ñ a s porciones de biene-i i.
personal a las que p o d r í a acceder en ese i n f i e r n o a favor del bieiiestai
de su h i jo y r e c í p r o c a m e n t e opta por mayores pesares e n su J c i e i u ion
en cuan to eso le pueda serv i r para ahorrar le mayores pesares ai n i iuv
E n r igor , la p e l í c u l a La vida es bella parece te rminar mostrando
una suerte de p o s i c i ó n consc ien temente aurista, en la cjue al n i ñ t j se
le pretende ahorrar el m á s e lementa l p r i n c i p i o de realidad c o n tai . L
salvaguardar la en te reza de la pue r i l i dad infant i l : para los n i ñ o s . i,i
v ida s i empre debe .ser bel la .
E s en e l sacr i f ic io donde estaba s ó l i d a m e n t e basado el a m o r :i ios
hi jos. P o r eso la queja frente al sacr i f ic io no es procedente , ya que en
el sacr i f ic io adul to es donde padres y educadores hallaban su identi
dad c o m o tales. Las letras del tango argent ino son b i en elocuentes de
c ó m o la cu l tu ra popular r e c o g í a la expe r i enc ia de ser padres y de ser
hijos ai r e c o n o c e r e l sacr i f ic io c o m o u n o de sus pr incipales pilares.
E n t r e m u c h a s otras puede escucharse:
Un tango con emoción
quiero carttarie a mi vieja,
porque ella sin una queja,
con sacrifiáo me crió.'"'
'•*"A mi vieja", letra y música de Juan Muncho. <http;//wv,w.hermanot;ing<) com.ar/letras>.
51
U N M U N D O S I N A D U L T O S
O t a m b i é n :
Sentí desde niña confianza en la vida
estando a tu lado, ¿^ué pude temer?
yo vi el sacrificio
yo vi tus heridas
luchando con todo
para no caer.*"^
Este sacr i f ic io adu l to n o i m p l i c a b a u n a p o s i c i ó n de m e r a p r o
v i s ión o una entrega i l i m i t a d a de b ienes y s í m b o l o s . A l c o n t r a r i o ,
el sacrif icio adul to e n pos de los n i ñ o s era en t e ramen te r a c i o n a l y
muchas veces i m p l i c a b a la neces idad de negar aquel lo q u e los n i ñ o s
sohcitaban y hacer lo ú n i c a m e n t e p o r e l b i e n de ellos. L a n e g a c i ó n de
la p r o v i s i ó n de b ienes , act iv idades , s í m b o l o s , i nc luso de c a r i ñ o — a u n
poseyendo lo d e m a n d a d o — , c o n s t i t u í a s i n lugar a dudas e l m á x i m o
sacrificio posible . E s t e sac r i f i c io era p o r par t ida dob le : pa ra garant izar
ei bienestar presente o fiituro de h i jos y a l u n m o s se b r i n d a b a todo
lo que los n i ñ o s neces i t aban — i n c l u s o l o que n o se t e n í a — y c o n
dolor se les negaba a lo s n i ñ o s aque l l o q u e a veces se p o s e í a s i es que
se consideraba pe r jud ic i a l para e l los .
L a respuesta esperada y e fec t ivamen te cons t i tu ida y q u e se c o n s
truye por parte de l a i n fanc i a respecto d e l sacr i f ic io pa te rno ha s ido
tanto el respeto c o m o e l a g r a d e c i m i e n t o . E l s ac r i f i c io p o r el o t ro
( n i ñ o ) ha fo rmado par te de l a c o n s t i t u c i ó n m i s m a d e l a i den t idad
adulta de nues t ra c u l t u r a pos f igu ra t iva y l o ú n i c o q u e p re tende a
cambio es apenas e l r e c o n o c i m i e n t o s i m b ó l i c o de su ex i s t enc ia . E l
" "P id re mío 'Mct ta y música de Roberto Cardé. <http://www.tangoletras.
com.ar/letras>.
5 2
C U A N D O L A I N F A N C I A E R A U N A C A R E N C I A
sacr i f ic io paterno o mate rno c o m o tal no demanda m requiere c o m
p e n s a c i ó n ma te r i a l , aunque sí es esperable po r parte de u n " b u e n
h i j o " o de u n " b u e n a l u m n o " r e c o n o c e r l o ac tuado p o r el o t ro
(adul to) . U n r e c o n o c i m i e n t o que en muchas ocasiones no era posible
e n e l m o m e n t o en el que se atravesaba e l lugar filial o p e d a g ó g i c o ,
a unque de a lguna mane ra d e b í a material izarse y así a c o n t e c í a c o m o
parte de l a l legada de ese m e n o r a l m u n d o adul to. E n palabras m á s
d rá s t i ca s : el agradec imien to ai sacr i f ic io adulto era la m á s c a r a ina l te
rable de l a madurez . '*
^ C u a n d o l a g ra t i tud l legaba, p o d í a seguramente h a c e r l o tardeN,
P e r o es e l v a l o r p rop io de u n efecto sacrif icial que es i n c o n d i c i o n a l ,
que no espera r e t r i b u c i ó n e n el m o m e n t o , s ino que l a puede poster
gar para e l instante e n que esta pueda manifestarse, si b i e n esto sea
inesperado, e t e r n o . . . E l n i ñ o es testigo del sacrif icio de sus padres,
\e se admi ta que no pueda e n esa etapa de la v ida comprender loy
y n i s iquiera in ten tar detener lo o morigerarlo. '" ' /
L a i n c a p a c i d a d de agradecer e l sac r i f i c io adulto en é p o c a s de
infanc ia no se d e b í a a las ca r ac t e r í s t i c a s indiv iduales de personas de
sobedientes y descarriadas que a s u m e n los personajes a r q u e t í p i c o s
de l tango, m a l que les pese a los tangueros y a su c o s m o g o n í a . Es t a
incapac idad se c o r r e s p o n d í a sobre todo c o n u n proceso general izado
de i n v i s i b i l i z a c i ó n de la infanc ia que la m o d e r n i d a d h u b o instalado
fuer temente y n o solo e n los casos s e ñ a l a d o s p o r los nuevos estudios
de la e c o n o m í a p o l í t i c a , antes c i tados.
E s c ier to que el sacr i f ic io en f t i n c i ó n de lo infant i l n o era repre -
^ Richard Sennett, £ / respeto. Sobre la dignidad del hombre en un mundo de desigualdad, Barcelona, Anagrama, 2003.
" De niño no comprendía / tu sacrificio y dolor / y boy, madre, que ¡o comprendo / no tengo ya corazón. " E l hijo triste", letra de Horacio Sanguinetti y música de Enrique Francini. <http://www.tangoIetras.com.ar>.
53
U N M I M K l S I N A U U l ros
sentado u n í v o c a n i c n t c en ntiestr.i m o d e r n i d a d posf igurat iva. M u c h a s
mvestig-acioties, en especial las tle c a r á c t e r e t n o g r á f i c o que in ten taron
captar la t í i n á m i c a í n t i m a de los procesos de a p r o p i a c i ó n de la c u l -
tunt escolar po r parte de los sectores sociales m á s empobrec idos de
la p o b l a c i ó n , han encont rado que ei sacrif icio n o era na tura lmente
aceptado y que las resistencias eran iiTiúkiples.
í is c i e r to t a m b i é n que para no pocos actores sociales la asistencia
m i s m a a la escuela p o r parte de nif ios y adolescentes t a m b i é n era
perc ib ida c o m o u n sacrificn-) 1-n p r i m e r lugar, ta desconf ianza hacia
la promesa de credencia les de la escuela y al sacrif icio a largo plazo
que debe efectuarse para su c i b t e n c i ó n . Hn segundo lugar, se agrega
el sac r i f i c io de aceptar la s u b o r d i n a c i ó n a u n adul to n u e v o , t i c scono-
cidt>, que a d e m á s no compar te c ó d i g o s cul turales . E l sacr i f ic io de r e
chaza r la .sat isfacción inmedia ta a c a m b i o de la p o s t e r g a c i ó n , cuando
d i cha p o s t e r g a c i ó n puedo no garantizar m e j o r fu turo para los n i ñ o s y
adolescentes de sectores populares. V a r i o s estudios e t n o g r á f i c o s han
most rado los efectos de estas situaciones. ' '"
l-'cro esto t ipo de sacr i f ic io no es equivalente al sac r i f i c io adul to
en f u n c i ó n de sus hijos y a lumnos : mient ras u n o es entrega, c o m p r o
miso y p o s t e r g a c i ó n i l imi tada de l deseo, el sacrif icio de los m á s pobres
en e l s j s t e i i i a oducac ivo no es o t ra cosa ciue d e s a c o m o d a m i e n t o e
impac i enc i a frente a una s i t u a c i ó n e s c o l a r ^ t a n c x t r a ñ a t n e n t c diferente
a sus c x p o r i g i K J a s j c u Í M J ^ y de clase soc ia l . " ' E n este caso, el d i f e r i -
Paul Willis , Ijrarm'nv ¡o h/ioi: How imrki/ii; trlíiis A/KÍ.Í^C; iforkiiij; cUvsjobs, Nueva York, Clolumbia Univcrsir\ P r e s s , 1977 y }í.afacl Feito."Odio la escuela Una revisión de trabajos ctnoiíráticos en sociología de la educación" , Polííica y Sociedad. N . " 24. 1997
IxK estudios ctní^^ráficos antes citados también pudieron advertir con claridad esta diferencia."El rechazo de la escuela es el rechazo de la actividad mental en genera!", Rafael Fcito, op. cit., p. 35.
S4
C l A N U O 1 . \, i:i<..\A CAHI-i.NÍ í.-'
m i c i i t o no es sine dic. c o m o el de los adultos de ia m o d e r n i d a d - (-iiu-
a lo sumo s e n t í a n ia sa t i s facc ión del deber c u m p l i d o — , sino cjiic I K lu
un plazo fijo m á s cercano o m á s lejano, dependiendo de la siiiiaí:ióii
P o r supuesto que la s o c i o l o g í a ha p roduc ido diversos estudios
que muest ran c o n ev idenc i a confiable que este sacrif icio adulto tiene
diferentes formas de r e a l i z a c i ó n en contextos socioculturales diversos.
E n t r e m u c h o s titros trabajos, el estudie) de .Suc M i d d l e t o n luuo.sUa
para el caso i n g l é s que en t é r m i n o s relat ivos el sacrif icio de ios padres
respecto de sus hi jos es inversamente p roporc iona l al n ive l sottiv.
c o n ó i i i i c o de los padres |^En otras palabras, cuanto m á s p o l n v es un
hogar, una p r o p o r c i ó n m a y o r de sus recursos es la que se destiiiar.i
al cu idado de los hijos. L a i n v e s t i g a c i ó n e n c o n t r ó inc luso un sector
do padres de sectores . s t j c i o t - c o n ó m i c o s m u y bajos que en los hechos
son m á s pobres que los propios hi jos a su cuidado. '" '^
E l m a n d a t o c u l t u r a l pos f igu ra t i vo era pues de c u m p i i n i e n t o
inexorab le para quienes ocuparan c! lugar de adultos: hacia los l i i jos.
e¡ sacr i f ic io . P o r supuesto que en el m u n d o adul to exis t ía una <,ii\
s i ón de roles y funciones al respecto que fueron var iando en fuiu ioi
de é p o c a s y de espacios terr i toriales. Las madres c u m p l í a n lunc ioncs
diversas respecto de los padres o de los otros miembros de ia famili.i
y los m a e s t r o s a . s u vez se d i ferenciaban por su acc ionar de todo c¡
g rupo f a m i l i a r . \ f í e r o el con jun to adulto r e p r o d u c í a pautas posfigu
rat ivas de c r i anza y el sac r i f i c io era una parte i ne lud ib l e de ^ ' " ^ ^ ^
Inc luso aquellos adultos cjue no t e n í a n hi jos eran sindicatlos c u n i o
responsables por los hijos de los otros. N o hablamos ya de los saci. r
dotes c a t ó l i c o s ( romanos) que en v i r t u d del celibato no t ienen hijos \
paradojalmente - -y s iguiendo la l ínea expl ica t iva a q u í trazada - er.u!
' ' Sue Middleton, Kar l Ashworth &: lan Braithwaitc. Siiuiil fortuiu-s. S¡\n-diiii; on (Shildren, Clütdliood Foverly and Parental «Sijcn/icc, York. Joseph Ro \vntrtv Foundation, 1997.
U N M U N D O S I N A D U X T O S
(y son) l lamados "padres" . I r ic luso a aquellos que p o r v ic i s i tudes de la
v ida soc ia l n o a l canza ron ei grado de paternidad que era v i s to c o m o
. n o m i a l para la v i d a adul ta ( tener h i jos no era u n a e l e c c i ó n ^ t a m b i é n
se les r e q u e r í a de h e c h o u n c o m p r o m i s o . A i m e n o s c o n s u o b l i g a c i ó n
de por ser adu l to n o dejar n u n c a de "da r el e j e m p l o " .
A l c o n t r a r i o , todos aquel los que n o c u m p l i e r a n c o n este m a n
dato e ran pe rc ib idos c o n u n a c o n d u c t a caracter izada —^ya l o h e m o s
v i s t o — c o m o " i n a p r o p i a d a " desde e l p u n t o de vis ta m o r a l . A u n las
sociedades p o d í a n d i sponer de recursos legales y coac t ivos que p o
d r í a n l legar a acarrear severos trastornos hac ia los p rogen i to res que
n o pro tegieran a sus h i jos , i m p l i c a n d o desde la p é r d i d a de su tutela
hasta penas de m u l t a o p r i s i ó n cuando se cons ideraba que supedi tar
el benef i c io p r o p i o e n d e t r i m e n t o de l a f e l i c idad de los h i jos p o n í a
en riesgo l a sa lud física o p s í q u i c a de los menore s .
D e m a n e r a paradoja l , e l f e n ó m e n o de d e l i m i t a c i ó n y d i s t i n c i ó n
de la in fanc ia m o d e m a s u p o n í a u n lugar ind i fe renc iado respecto de
otros n i ñ o s y adolescentes; u n lugar f l ie r temente h o m o g e n e i z a d o en
el que las diferencias en t re las personas eran i r re levantes o p o c o s i g n i -
ficarivas a los ojos adul tos . A l con t ra r io , marcar diferencias entre hi jos
o entre a l u n m o s c o n s t i t u í a u n a p r á c t i c a absolu tamente inaprop iada .
L a i m p a r c i a l i d a d respec to de los n i ñ o s c o n sus con f l i c to s y peleas
p o r parte de aquel los que estaban a su cargo era la c o n d i c i ó n para
manejar los c o n so l tu ra y duc t i l idad , s i n dejarse l l evar po r pretensiones
y demandas infant i les que i n v a r i a b l e m e n t e e ran conf inadas al lugar
deva luado de l c a p r i c h o . E l nene " c a p r i c h o s o " era a q u e l que no se
s o m e t í a a l c a r i ñ o , la s e v e r i d a d y e l sac r i f i c io de sus mayores , pero sus
c o m p o n e n t e s de clase l o m a n t e n í a n den t ro de la i n f a n t i l i z a c i ó n : la
fase s iguiente y a se c o m p a t i b i l i z a b a c o n e l n i ñ o d e ü n c u e n t e ; m e n o r ,
n o r u ñ o .
P o r l o tanto, las d i fe renc ias in te r infan t i les e ran inv i s ib i l i zadas y
5 6
C U A N D O L A I N F A N C I A E R A U N A C A R E N C I A
c o n ellas el con jun to de singularidades espec í f icas que cada i n d i v i
duo pudiese presentar. A l con t ra r io , ei f e n ó m e n o consistente en la
i d e n t i f i c a c i ó n conc re t a de u i í n i ñ o en estos con tex tos familiares o
escolares imphcaba la casi segura emergenc ia de la i d e n t i f i c a c i ó n de
a lguna c o n d u c t a inapropiada po r parte del h i jo o del a l u n m o , la que
d e b í a ser cor reg ida , enmendada y revisada. L a v i s ib i l idad no era m á s
que s i n ó n i m o — a veces algo amb iguo , es c i e r t o — de d e s v í o de la
recta c o n d u c t a in tan t i l esperable. L a h o m o g e n e i d a d persistente no
significaba m á s que u n i nd i cado r de que la v ida a d q u i r í a e l c a m i n o
adecuado^
E n estos con tex tos cul tura les posf igurat ivos c o n v e r t i r con t r ad i c
tor iamente en inv is ib les a los n i ñ o s en el m i s m o acto de su de l im i t a
c i ó n era m u c h o m á s que e l o b v i o efecto de u n conjunto de relaciones
de poder . C o m o seña la R i c h a r d Sennet t , el ser inv is ib le es la c lave de
la s u p e r v i v e n c i a : aprender a construi rse u n a m á s c a r a de no rma l idad
para ser m á s igua l a los d e m á s y así pasar inadver t ido y por lo tanto
lograr la ind i fe renc ia de aquellos que s e ñ a l a n . A la inversa , ser v is ib le
(ser diferente) es cargar c o n ei s e ñ a l a m i e n t o , la bur la , l a patologja-V-
el etecto t e r m i n a l y ev idenr^ r l f ; m p i - n . p n r i r . ^'
F u e r o n seguramente las estrofas de la c a n c i ó n interpretada po r
P i n k F l o y d c o n a u t o r í a de R o g e r s W a t e r s y la p e l í c u l a The Wall de
A l a n P a r k e r las que le pus i e ron una carnadura e s t é t i c a c ier tamente
tan grotesca c o m o c r í t i c a — c a s i c o m o u n a autopsia inape lab le— a la
i nv i s i b i l i dad de los a l u m n o s y l a consecuente h o m o g e n e i z a c i ó n de l
c u e r p o in fan t i l , en especial ( aunque n o solamente) en el t e r r i t ono
escolar. E n l a t rama filmica de The Wall,''- e l a lurrmo P i n k es vapu lea
do p o r su maestro p o r escr ib i r poemas. C a d a u n o de los v ü i p e n d i o s
" Richard Sennett, La autoridad, Madrid. Alianza, 1982. "-Alan Parker (director), The Wall, 1982.
57
l ' N M í N I K ) S I N A i > i j r r o . s
sarcástic os del doccncc es . r o n i p a ñ a d o por i.i ns.i bu r lona y c ó m p l i
ce - pe ro sobre todo i in i to rn i e , nioncicorcie; una risa en la que no
es posible d i s t ingui r a cada u n o de los in i l iv ic luos Cjtie r í e n — de sus
colegas de clase.
Kst;i escena l leva a u n a c o n c l u s i ó n obv ia ; la escuela no p roduce
diferencias n i las tolera (o las tolera solo para remarcar lo inapropiado
de su ex i s tenc ia ) . As í la c a n c i ó n advier te ;
All in all it's just anoihcr brick in tlir wall.
Por su lado, el c o r o abrevia y refuerza:
,-4// in all yoíí'rejusi artothcr brick in thc wall.
Y el der ro tero final de esta in fanc ia no p o d í a ser o t ro que e l ser
en t remezc lados en u n a masa indef in ida y amorfa q u e p roduce una
m á q u i n a p icadora de ca rne .
E n la i n t r o d u c c i ó n de este l i b ro h a b í a m o s repasado b r e v e m e n t e
la postura de N e i l P o s t m a n respecto del fin de la in fanc ia y h a b í a m o s
c o i n c i d i d o c o n trste au to r en la i m p o r t a n c i a del mis te r io del m u n d o
adulto que cons t i tuye una de las claves de la in fanc ia posf igurat iva;
los n i ñ o s d e p e n d e n de los adultos en la med ida en q u e estos guardan
u n c o n j u n t o de mis ter ios y secretos; unos saberes a los que los n i ñ o s
n o t i enen acceso o a l o s u m o lo t i enen c o n cuentagotas.
E n el v i e jo m u n d o posf igura t ivo entonces las j ó v e n e s gene rac io
nes ocupaban e l lugar del no-saber , de la ignoranc ia , mient ras que la
llegada al m u n d o adul to impl i caba una puerta abierta al c o n o c i m i e n t o
^' AJan Parker, ibid. Véa.sc también David Weinstein, "Progressive rock as text: the lyrics of B^oger Waters". Progressive rock reconsidered, 2002, pp. 91-109.
5X
( l A N I K ) ! A I N I A N c a A l.HA I J .NA (/ A UI-N< I ,\
y este — y a lo sabemos por Georges Hatai l le- - br inda a las cos.is u i i . i
determinada estabilidad. E l no saber es la i m p r e v i s i ó n ' y esta i r v . -
sita de una guia; las generaciones m á s grandes que aconsejen y \ a y m
dotando de a poco de los saberes posibles.
E s e "de a pc^co" ha l legado a tener una e x p l i c a c i ó n construid,!
de acue rdo a los patrones de la e v i d e n c i a c i e n t í f i c a , puesto tjiu- 1,!
mode rn idad posf igurat iva h a b í a mostrado C[ue la infancia carece cK i.>
capacidad inte lectual de adqui r i r los saberes generales y abstractos ¡K
los adultos y su in te l igencia apenas le permi te u n abc^rckye parcial . 1 i ;
los in ic ios apenas s e n s c í r i o m o t o r ; m á s tarde in tu i t i vo ; luego operad i
r io pero s in capacidad de abstraccitSn; m á s adelante abstracto pero > i n
la capacidad de la revers ib i l idad y finalmente la i n t e l i ge i i c i i aduii.i
E l lugar de l no saber, p r t í p i o de la infancia pcisfiguratn a, er.i poi
lo tanto respaldado por el c o n o c i m i e n t o c i e n t í f i c o que inciicab.i cnu
la necesidad de su a c o m p a ñ a m i e n t o y formacicSn o b e d e c í a a r . i /onc
C]ue iban m á s allá de las culturas y sociedades. M á s a ú n , la sociolo
gía m o d e r n a detonci po r m e d i o de los textos ya c lás icos de l a i i i k '
n u r k h e i m " ' la d e f i n i c i ó n t í p i ca de e d u c a c i ó n c o m o la t ransni iMÓn
de saberes de las generaciones m á s viejas a las m á s j ó v e n e s : todo u : i
trazo posf igurat ivo que ubica a los m á s j ó v e n e s en c l lugar —.I!KIT.>.
pont i f icado c i e n t í f i c a m e n t e — de la dependencia , la h e t e r o n o m í a . l.i
discapacidad.
C o m o puede conc lu i r se con fac i l idac í í | »«nfanc ia fue definichi p.ii
nuestra cu l tu ra c o m o u n a suerte de discapacjdad estructural tic un.i
parte de la p o b l a c i ó n que posee dos d imensiones : por un lado, un i
discapacidad opera t iva (no poder hacer ciertas cosas) y necesitar ele la
Georges Bataille, Las lágrimas de /7nM, Córdoba , Signos, 196K. " j ean Piaget, ¡'sicología de ¡a inteligettda, Buenos Aires. Psicjue, 1975
Émile Durkheim, Education et Sociologie, París. Presses Universitnircs France. 1973.
5 9
U N M U N I > Ü S I N A D U L T O S
ayuda de un otro adulto para operarlas; por otro lado, una discapaci-
dad e p i s t é m i c a (no arribar a la c o m p r e n s i ó n cabal de ciertas cosas) y
necesitar de la guia de u n otro a4ulto para pensarlas y comprenderlas.
Ambas dimensiones e s tán entrelazadas y articuladas en la c o n s t i t u c i ó n
de la verdadera discapacidad, la superior: la discapacidad moral de
n o atinar a determinar por sí m i s m o q u é es lo bueno y q u é no lo es,
necesitando para esto de otro que así lo haga.
A l otro no infantilizado en nuestra cultura lo denominamos adulto
Y qu ien ocupa ese lugar es quien asume la g u í a hasta que el menor de
edad se apropie de la capacidad a u t ó n o m a . Esto es, se convierta en
u n mayor de edad, en u n par, en u n igual de quien lo f o r m ó .
6o
3 . La obediencia era un valor
O B E D E C E R S ^ A R A E M A N C I P A R S E
Esta ident i f icac iórbdel ser infantil — y más tarde del ser adolescente
c o m o correlato de uia,discapacidad operativa, ep i s t émica , pero sobre
todo de una discapacidaii moral , tuvo en estos ú l t i m o s dos siglos y
medio diferentes formas blancas al amparo de é p o c a s que coagu
laron en discursos que fueron «¡jareando q u é es lo que u n n i ñ o debe
y no debe hacer y en particular cuá l deber ía ser la f u n c i ó n adulta en
el tránsito de la infancia a la adultcAJ'
A h o r a bien, lo que no siempre advertimos debidamente es que
en todo este trayecto compleja y h e t e r o g é n e o en el que la infancia y
la adolescencia asumen posiciones divergentes, lo que t a m b i é n se ha
derivado — r e c í p r o c a y la m a y o r í a de las veíses i m p l í c i t a m e n t e — es
la c o n c e p c i ó n central del ser adulto: la d e t e n i u n a c i ó n de q u i é n es el
" Las épocas y cada uno de esos discursos merecen un aBordaje específico que no realizaremos en este estudio y que han tenido un despUpgue sin par en la literatura académica de las últimas décadas. Sin embargo, para situar correctamente b discusión, nos gusta remitir al lector al ya clásico artídulo de Adrián Wilson, op. dt.
6i