O que é Matriciamento ou Apoio Matricial?
• “...É um novo modo de produzir saúde em que duas ou maisequipes, num processo de construção compartilhada, criamuma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica”
• “um suporte técnico especializado que é ofertado a umaequipe interdisciplinar em saúde a fim de ampliar seu campo deatuação e qualificar suas ações”.
• “Matriciamento não é:• encaminhamento ao especialista• atendimento individual pelo profissional de saúde mental• intervenção psicossocial coletiva realizado apenas pelo profissional desaúde mental”.
(BRASIL. Ministério da Saúde.2011)
Quando solicitar um matriciamento?
• Quando a equipe de referência sentir dificuldades/necessidadedo apoio matricial para condução de um caso em saúde mental.
•Intervenções psicossociais específicas da atenção primária, taiscomo grupos de pacientes com transtornos mentais.
• visando a integralidade, é necessário o apoio matricial na adesãoao projeto terapêutico de pacientes com transtornos mentaisgraves e persistentes em atendimento especializado em um Centrode Atenção Psicossocial (CAPS).
• Dificuldade nas relações pessoais, manejo á crise.
Instrumento do processo de matriciamento
• Elaboração do Projeto Terapêutico Singular no apoio matricialde saúde mental;
• Interconsulta;
• Consulta conjunta de saúde mental na atenção primária;
• Visita domiciliar conjunta;
• Contato a distância;
• Genograma;
• Ecomapa.
Estudo de Caso
História de Vida
• 23 anos;
• Ilhéus- Bahia;
• Primário incompleto;
• Infância: morou em alguns lugares Rj, Vitória, Ilheus, SantoAntonio de Jesus e Salvador com a mãe, padrasto e irmãs.
• Adolescência: Em salvador, sempre nas ruas; profissionaldo sexo; relacionamentos; primeira gestação dos 5 filhos.
Relação familiar
• Pai- não tem boa relação;
• Mãe- faleceu. Tinha boa relação;
• Padrasto- reside em Ilhéus e diz gostar dele.
• A “tia”.
Itinerário Terapêutico
• Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Outras DrogasGregório de Matos- 2012;
• Gestante em situação de rua;
• Familiar de usuário- auxílio social e ajuda em relação ouso de Spas do companheiro;
• PTS: Grupo de família, oficina de macramê , desenho.Atendimentos com serviço social, medico (a), enfermeira eTR.
• Crises epilépticas- Carmabazepina.
Itinerário Terapêutico
• Vinculação com a USF;
• Vinculação com os abrigos;
• Vinculação com Conselho Tutelar.
Uso de substâncias psicoativas
• Não faz uso de nenhuma substância.
• Na primeira gestação fazia uso de cocaína emaconha. Parou e retornou o uso quando conheceuseu companheiro atual e iniciou o uso de Crack.
Situação socioêconomica
• Dinheiro que ganha com através do seu trabalho como profissional do sexo.
Demandas
• Abrigamento;
• Consulta psiquiátrica;
• Consulta com médica clínica;
• Agressões fisícas sofridas;(epsódio do companheiro, Marcus e Gabriel);
• Pré-Natal ;
• Uso de Crack ( 2016- 2017)
Ações
• Consultas de TR - PTS: atividades de artesanato, giro,cinema.
• Tentativas de abrigamento junto a SEMPS;
• Pactuações nas consultas com médico (a);
• Orientação quanto ao direito frente as agressões sofridase acompanhamento até a delegacia.
• Pactuação junto a USF do centro histórico; Tentativas depactuação junto a USF e Caps da Boca do Rio.
• Sugestão do Gey Espinheira;
Articulações
• 2017/2018
MECIANE
CapsadGm
Maternidade TyssilaBalbino
Conselho Tutelar
SEMPS
Unidade de saúde da Familia
Encaminhamentos
• Reavaliação da criança;
• Vinculação á equipe de Saúde Mental do território ondereside e pensar estratégias de cuidado juntas;
• Marcar consulta com Neuropediatra e exames;
• Encaminhamento para o CEPAR;
• Levar o caso para o Gt Maternidade e Pop de Rua;
• Aproximar o Conselho Tutelar VII do caso.
Referência Bibliográfica
• Guia prático de matriciamento em saúde mental / Dulce HelenaChiaverini (Organizadora) ... [et al.]. [Brasília, DF]: Ministério da Saúde:Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011. 236 p.; 13x18 cm.
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