Date post: | 05-Jul-2018 |
Category: |
Documents |
Upload: | lucas-lavitola |
View: | 217 times |
Download: | 0 times |
of 86
8/16/2019 Trifiló, Gustavo C.-Tras un programa de Metafísica. Los Tres Capítulos Fundamentales. Ed. Nova-2015
1/86
Trifi ló
G
u
s
t
a
vo Cés
a
r
T
ra
s u
n
p
ro
g
ram
a
d
e
m
et
af
í
s
ic
a
l
o
s
t
r
e
s
c
a
p
í
t
u
lo
s
fund
a
menta
l
es de l
a
fil osofía
/
Gustavo C
é
s
a
r Tr
i
fil ó
.
-
l
ed
.
revis
a
d
a.
- Ciudad Autónoma de Buenos A
i
res:
E
xpreso
N
ova
E
di
ci
ones 2015.
178
p
.
2
2x 15 cm.
I
S
BN 978-987-3865-06-0
l
An
á
lis
i
s Filos
ó
fico
.
l T
ít
u
l
o
.
C
D
D
110
fl
ec
hó
l
de
p
ó
s
it
o
que
i
nd
i
c
a
l
a
Ley
11. 72 3
Ed
i
to
r
:
Jo
r
ge
H
ardmeie
r
©2014
.
Exp
r
eso
No
v
a
E
di
cio
ne
s
Az
u
l 8
5
5
Dt
o 8
Ci
u
d
a
d
A
u
tón
o
ma de Buenos
A
ire
s
expresonovaedi
ones@hotma
i
l.
c
om
D
i
se
ñ
o
yf
oto:
A
lfr
e
d
o Bal
d
o
Imp
r
e
s
o e
n
L
ai
mp
r
ent
a
ya
Mun
r
o, Buenos A ires,
A
r
gentin
a
A
go
st
o
2
0
15
TR S UN
P
RO
G
R M DE MET FÍSIC
-
L
OS TRES CA
P
ÍTU LOS
F
UNDAMEN
T
ALES DE LA
Fi
LOSO
F
fA-
GU
S
TAVO CÉSAR TRIFILÓ
o
8/16/2019 Trifiló, Gustavo C.-Tras un programa de Metafísica. Los Tres Capítulos Fundamentales. Ed. Nova-2015
2/86
INTRODUCCIÓN.
LA EX
P
ERIENCIA FILOSÓ
F
ICA Y EL ORIGEN D
E
LA FI
L
OSO
F
ÍA .. 19
...
1
3
.
....9
..
..
...
9
5
.
1
1
3
.
.5
7
. 1
53
. 39
.. 1
33
C
ON
C
LU
SI
Ó
N
.
L
A
EX
P
ERIE
N
C
IA
FIL
O
S
ÓF
ICA Y
LA F
IL
O
S
OF
Í
A.
B)
LA
ME
T
A
F
Í
S
ICA
RADI
C
A
L D
E H
E
G
EL.
1Il
B)
HE
ID
EGGER
:
LA CIENCIA NO TEÓRICA
.
III LA SUPERACIÓN DE LA META
F
ÍSICA
.
A)
NIET
Z
SCH
E
: LA
F
ILOSO
FÍA
DE LA AFIRMACIÓN
ll. LA CRÍ
T
ICA A LA ME
T
AFÍSICA
.
A )
EL
PE
NSAMIEN
T
O INICIAL D
E
DESCARTES
.
II
B
)
FUN
D
A
M
E
N
T
O
S
D
E
L
A
C
R
ÍT
I
CA
KA
N
TI
A
N
A.
SOBRE
LA DI
FE
RE NCIA EN
T
RE F ENÓMENO Y NOÚMENO 75
l.
ME
T
A
FÍ
S
I
C
A O CIEN
C
IA
DEL
S
ER
.
A
)
E
L
PEN
S
AMIENTO D
E
P
L
ATÓN Y
AR
I
S
TÓT
ELE
S ..
P
RÓL
OGO
ÍN
DI E
B
STR
T
E
L
A
S
C
O
NF
E
RE
NC
I
A
S
.
8/16/2019 Trifiló, Gustavo C.-Tras un programa de Metafísica. Los Tres Capítulos Fundamentales. Ed. Nova-2015
3/86
P
R
ÓLO
G
O
L
a id
ea
d
e e ste texto
naci
ó de u
n
proyecto pa
r
a
l
a
m
a
te-
r
ia
M eta ísic
a que corresponde
al
t
er
c
er
año de
l
Pro
f
e
so
r
a
-
d
o d
e Filo
sofía
.
La
fu
n
d
ame
n
taci
ón de d
ich
o
proyecto
es
un
r
esu
me
n d
e
e
st
e es
cr
it
o
; o
mejor:
e
s
t
e es
crit
o
u
n
a am
-
p
lia
ción
d
e dicha
fu
n
d
amentaci
ón
. Com
o todo
proye
c
to
es
tentativo, es un
ir
tra
s
lo b
u
sca
d
o te
n
tan
d
o s
u
obj
e
to
o al
menos el camino
p
a
ra
a
lc
anzarlo. En ese tenta
r
h
a
y
desde
lu
e
g
o
u
na
h
i
p
ó
t
e
s
i
s
.
L
a h
i
p
ó
t
e
s
i
s
b
i
e
n
p
u
e
d
e
c
o
m
p
a
rarse
a
un cebo
p
a
ra
atraer el
a
s
unto deseado. Pero mi
co
nfianza
fund
a
ment
a
l es
q
ue
e
l
ce bo, aun c
a
re
ci
endo de
la
consisten-
cia
d
e
s
ea
d
a
y
reso
l
vi
é
ndos
e
fin
al
m
e
nte en mero
p lacebo ,
pueda
enton
ce
s
de
to
d
os fu
n
cion
a
r:
permiti
r
vis
lu
mbrar
algo
d
el
ob
j
eto
bus
ca
do a
ún a
fue
rza d
e
a
r
tilugio.
Supongo que
-al fin
y
al cabo
- es l
a
posición
adec
u
ada
p
a
ra
un
profesor
que tenga que
formu
l
ar un
programa
t
an
a
r
d
u
o sin caer e
n el
te
d
i
o
s
o r
ecurs
o d
e tra
n
scri
b
ir
un
a
lí
-
nea de lectura
y
a
hecha,
p
e
ro
sin tene
r
qu
e
cump
li
r
con la
e
xi
g
e
n
ci
a
d
e co
n
s
id
e
r
arse
u
n
sa
b
i
o p
a
ra
e
ll
o
.
El escrito mis
m
o,
ya
no su ide
a
o
esqu
ema,
co
rr
es
po
n-
de a un
a
s
e
r
i
e de o
c
ho conferencias
-
I
gual
a
l
número de
s
us
capítu
l
os- que
fu
e
ron d
ic
t
a
d
a
s
en el
aula
mag
n
a
de la
U
nive
r
s
idad
de
l N
oro
e
s
t
e
d
e
la P
rov
incia
de Bu
e
nos
Ai
res
en
fo
rm
a
ab
ier
t
a
todos
l
o
s miérco le
s de
Mayo y
Jun
io de
l
añ
o 2
01
5
.
L
a fu
n
dame
n
ta
ción
presentada
a la U
n
i
v
er
s
i
d
ad c
on
el
fin
de
que
ac
r
e
d
itase el dicta
d
o de dic
h
as con
f
e
r
e
n
cia
s
es
9
8/16/2019 Trifiló, Gustavo C.-Tras un programa de Metafísica. Los Tres Capítulos Fundamentales. Ed. Nova-2015
4/86
l
o
que
pongo
a
con
ti
n
ua
ció
n,
pues
c
o
nsi
d
ero
que podr
ía
ayu
da
r
a
l
a
comp
r
ensión
globa
l
del
r
ecorrido.
Funda
me
ntación
Proponemos
un
a seri
e
d
e
oc
ho con-
fere
n
cia
s
.
C
ierto o
r
de
n
cronológico
de la
exposición po-
d
r
ía lleva
r
a
con
j
etur
a
r
q
ue
se t
r
ata de u
n
a hi
s
toria má
s
o
menos sintetizada de la filosofía,
p
e
ro
el
p
ro
ye
c
t
o
es un
p
r
o
-
g
ram
a
d
e
me
ta
fí si
ca aun cuando el orden de
s
u
e
xposic
ión
respond
a
a una
s
e
cuencia histór
ic
a
. L
a
filosofía en
c
ierra
en
s
í mis
m
a
dos cuestiones
que
se articul
a
n internamente.
Por un l
a
do
l
a
cu
est
i
ón de la
p
ro
p
ia
ciencia
,
la cuestión de
l
sa
b
e
r; p
o
r e
l
otro el
problema
del
s
e
r co
m
o conte
n
i
d
o
d
e
di
cho
s
a
b
e
r.
El
t
r
ayecto
i
n
t
enta
des
ta
c
a
r
la co
rr
elaci
ón
d
e
l
pro
blema del
sa
ber
y
el
problema
de
l ser bu
s
ca
n
d
o
expo-
ner t
r
e
s a
lt
e
rna
t
i
v
a
s fun
dam
ent
ale
s a
partir
de
alguno
d
e
lo
s
p
e
n
s
a
dores que
e
n
carnan d
ic
ha
s
alter
n
ativas.
E
lla
s s
o
n:
l
a filosofía como posibili
d
ad de u
n
a metafís ica,
l
a filosofía
co
m
o
c
r
í
t
i
c
a d
e
l
a m
e
t
a
fís
ic
a,
y
la
fil
o
s
o
fí
a com
o
s
up
e
r
a
-
ción de
l
a
metafí
s
ic
a
.
Acla
r
ación
El
s
a
b
er
, el cono
c
im
i
en
t
o o l
a
ci
encia,
es
u
n p
rob
le
m
a
por
sí mi
smo. C
on
ci
er
to
gusto po
r
la
r
a
d
i
-
c
ali
d
a
d
pod
rí
amo
s de
cir
que
e
l s
a
ber
es
un
ox
ím
o
r
n
. E
l
sa
b
er
exige
desde el vamos a
l
a vez una
i
de
n
tidad
y
un
a
d
if
e
re
nci
a. E
n
tant
o s
é
d
e
a
l
go
,
ese
a
l
go
está fue
ra d
el saber
y es
j
u
s
tamente
l
o detentado
p
o
r
e
l
saber. Pero si
i
n
s
iste en
ese estar fu
e
ra nunca sería
p
ro
pia
m
e
nte
a
lc
anzado
por
el
s
a
be
r
,
l
o q
u
e
c
o
n
vi
e
r
t
e
i
n
m
e
d
i
a
t
a
m
e
n
t
e
d
ic
h
o
s
a
b
e
r
e
n
no
s
a
b
e
r . Si por otra
p
a
r
te,
ese
al
g
o
est
á
dentro de lo s
a
bido
,
como asimilació
n
en lo s
a
b
i
do
,
entonces no
pu
ede
s
ino s
e
r
u
n m
e
ro d
e
s
a
rro
ll
o int
e
rno d
el
p
ropi
o
s
ab
e
r
que
exi
g
e
el
p
o
st
ulad
o d
e una
i
de
nt
i
d
ad
r
adi
c
al
e inclus
o
a
priori
ent
r
e
sí
y
l
o s
a
b
i
do.
Si trasladamos el
pro
bl
em
a
de
l
orden
lóg
i
co
al onto-
l
gico,
d
er mismo tiene
q
u
e
s
er
pen
sa
d
o
o bien
ba
j
o
la
primer altern
a
tiva o bien
b
a
j
o
l
a
se
g
un
d
a
.
As í: o lo
q
u
e
es c
a
e b
a
jo e
l
poder abso
l
uto del
s
a
ber ,
y
entonces es e
ll
o
10
mism
o en ú
ltima insta
n
cia
s
a
be
r (en la
gran
tra
d
ici
ón
fil
o-
sófica
que
co
mie
n
za e
n
Plató
n s
e llamó en este
s
enti
d
o a
l
ser Idea, mientras
q
u
e
sólo la
p
o
s
i
b
il
id
ad
del
s
er como idea
perm
ite
entonces l
a
posi
b
i
lidad
de una
ci
enci
a
del
s
e
r , de
un
a
metafísic
a)
; o lo
q
u
e
es s
e
c
om
p
r
ende
co
mo algo hete-
rogé
n
e
o
de
l
s
a
b
e
r
(
p
a
ra
hab
la
r
ya
en orden a
l
a trad
i
ción,
c
o
m
o
h
e
t
e
ro
g
é
n
e
o
d
e
l
a id
e
a),
l
o
cu
al
i
m
p
l
i
c
ar
ía
t
e
n
e
r
q
ue
d
es
echa
r l
a
no
c
ión mism
a
de
s
ab
e
r o ten
e
r
que
rede
fi
n
ir
-
la
co
m
pletamente,
pues
a
hor
a
e
l
s
a
b
er
e
s un
s
a
b
er
q
u
e
no
sabe
lo
qu
e
es
.
L
a
cien
cia
p
a
s
a
r
á
a s
er
e
n
ten
di
d
a
en
to
n
ce
s
como
una
especie
d
e técn
i
ca
co
nceptual y
e
l
lenguaj
e
com
o
repres
e
ntación
.
Luego
,
sí
l
a
pr
i
mera
al
ternati
v
a c
o
rrespo
n-
de a una metafís ica, ésta
corres
po
nde
a una c
r
ítica de la
metafís ica,
q
u
e
no es
s
ino una c
r
ít
ic
a del sabe
r
, o como la
h
a
ll
a
mado Kant: un
a
c
r
ític
a
de
l
a r
a
zón
.
L
a
h
is
t
o
ri
a d
e
l
a
fil
o
s
o
fía
e
n
su
e
ta
p
a
m
á
s
r
e
ci
e
n
t
e
b
u
s
-
c
a
proyecta
r
un
a
te
r
c
e
ra
posibilidad.
Se
h
a
b
la h
oy
d
e
pos
-
me
t
afís
ic
a e
n t
a
l s
e
nti
d
o. S
e tra
t
a de
som
eter a
r
e
v
i
sión
la
hist
o
ria
del
p
e
ns
a
m
i
ento
occi
d
ental e
n
s
u
conjunto
-
lo
q
ue
en nuestro
esqu
e
m
a
in
cl
ui
r
ía tanto a la metafísica como a
la crítica-, en base a la conside
raci
ón de
q
u
e
amba
s
brotan
de un
a
ra
íz
co
m
ún
.
Lo
que
est
á
en
j
ue
g
o
es
l
a
p
roye
c
ció
n
de un
gi
ro
qu
e d
eja
de lado la
p
ri
ma
cí
a
o
torgada
por l
a
tra-
d
i
ción a
l
a rel
a
ción s
e
r
-
sab
e
r
para
derivar d
i
ch
a
re
la
ción a
p
a
r
ti
r
de un ámbito m
á
s
am
p
lí
o y
ori
g
i
n
a
r
i
o
al
qu
e
podr
ía
-
mos llam
ar
el
á
mbito
del
s
e
nt
id
o o
d
e
la
sígn íficativí
d
a
d
.
P
od
r
ía de
ci
r
s
e
que
e
l
r
e
sul
tad
o i
nme
d
ia
t
o
de
l
p
e
n
s
a
miento
pos-
m
etafís ico
es
que
l
og
r
a
re
n
ovar e
l
cont
acto o
rig
i
n
a
rio
con
el ser
;
logro
s
in
e
m
bargo
que
s
upone
a
l
a v
e
z
resignar
l
a
id
ea de
v
erdad, o bie
n
aceptar,
c
omo
d
ic
e
He
i
degger ,
qu
e
a
l
a esen
ci
a de la ve
r
dad
co
rres
po
n
de
la no verdad .
L
o que
con Nietz
s
che
p
od
r
ía
mos
d
e
si
g
na
r
una
fi
loso ía
trágica.
8/16/2019 Trifiló, Gustavo C.-Tras un programa de Metafísica. Los Tres Capítulos Fundamentales. Ed. Nova-2015
5/86
ST CT
D
E L
A
S CO
N
FERE
N
CIAS.
1 La
e
x
p
e
ri
e
n
ci
a
fi
losófica
y
el inicio de la
[do
so fi
o .
S
e
bu
s
c
a
de
jar
const
a
n
cia
de la
experie
n
cia
filosófic
a
fund
a
-
m
e
nt
al c
omo
a
so
m
bro d
e se
r
.
L
a
inten
ci
ón es
s
ól
o
p
r
esen-
t
a
r l
a
no
ci
ón de
a
s
o
mbro
(
tháumata)
pa
r
a
re
cié
n re
t
om
arla
al
fi
nal d
e
l
r
e
corri
d
o
y proble
m
atiza
r
la
en re
la
ción al m
i
s-
m
o
. I
n
media
t
ame
nte tr
a
t
am
os
d
e
l
inicio de l
a
fil
o
s
ofía
e
n
los
p
e
n
s
a
dores
presocr
á
ticos
i
nte
n
ta
do
aclara
r
a
n
te t
odo l
a
di
f
e
r
e
nci
a e
n
t
r
e
m
it
o
y a
g
os
,
p
a
ra
l
uego
con
s
i
d
era
r lo
s des
-
cubrimientos fundamentales de dicho
g
ra
n
inicio
com
o
ma
r
cas
i
nd
el
ebles de
l
a filosofía en su ma
r
cha futura . En-
tendemos l
a
filosofí
a
pr
es
ocrá
t
ica
no
s
ólo como co
m
ienzo
,
sino a la ve
z co
mo
fu
ente, como
aqu
ell
o
q
ue s
i
em
p
re
otor-
g
a
y
da
q
ue
pe
n
sa
r;
la
entende
m
os a
la
ve
z co
mo
la
expe-
rien
cia d
el
pe
n
samiento
filosó
fic
o en
s
u
fo
rm
a
m
á
s
di
r
ec
t
a
y
ac
a
s
o
traum
á
t
ica
.
2
'
'Meta ísi
ca
Ó c
i
en
ci
a d
el
s
e
r. El
pe
nsa
m
ient
o
de Platón
y
A
r
i
st
ó
t
e
l
e
s
.
L
a
s
e
g
u
n
da
c
o
n
f
e
r
e
n
c
ia
t
rat
a
d
e
l
a c
o
n
st
i
tu
-
ción de l
a
filosofí
a
p
ro
piame
nte
d
ic
h
a
en t
a
nto met
a
fís ic
a
o
cienci
a
del ser . En
co
n
s
e
cuenci
a
con l
a
anterior , co
ns
ide
ra
ésta la
s
o
l
u
ci
ón
plat
ó
nica y
ari
s
toté
li
c
a
a
la
s
a
p
or
ía
s
p
la
n
-
te
ada
s
por
el
pe
n
samiento presocrático
a
l
a
ve
z
bus
c
an
d
o
acla
r
ar
l
a
no
ció
n de l
a
me
ta
ís
ica
como no
m
b
r
e
de la cie
n-
ci
a
cuyo objeto
es
el
proble
m
a
c
e
nt
ral
d
e la
fil
o
s
ofía
. Bajo
d
ich
o
ma
r
co ,
s
e b
us
ca
r
á
expli
ci
tar
e
l
grandioso
d
escu
br
i
-
mie
n
t
o
pl
a
tónico
de
l
a Id
ea;
p
a
ra luego
te
m
atiza
r
ciert
o
s
asp
e
ctos
de la filosofía a
r
i
s
totél
ic
a,
s
obre todo la noció
n
de
13
8/16/2019 Trifiló, Gustavo C.-Tras un programa de Metafísica. Los Tres Capítulos Fundamentales. Ed. Nova-2015
6/86
5
S
uperación
de
l
a
m
e
a
í
s
ica .
N
e
tz
s
c
he
la
los
o
í
a
de
la
a
fi
r
ma
ció
n.
Pa
s
amos a analizar a
grandes
ra
s
go
s
la
tercera de la
s
alte
rn
ativas
pl
a
ntead
a
s
en re erencia a la me
tafí
s
ica lo
qu
e
llamamos utilizando el
gir
o
de
Heid
eg
ger
c
omo
su
pe
ra
ció
n
de la
me
t
a
fís
i
c
a
.
In
te
nt
a
m
o
s
e
n
princi
p
i
o
subr
a
ya
r
ciertos
ra
s
go
s
fund
a
m
e
nt
a
le
s
de lo
qu
e s
upone
un
a
su
p
e
raci
ón
de
l
a
m
eta
fí
s
ic
a
a
pa
rtir
d
e los
a
s
pe
ct
o
s
c
o
munes
d
e l
o
s dos
p
ensa
d
or
e
s
esenciale s
que e
le
g
im
o
s
pa
r
a
exp
licitar
la
Nietzsche
y H
e
i
d
eg
g
e
r
A
pa
rt
i
r
d
e
e
ntonces
busc
a
mos
d
es
e
ntr
a
ñar la
c
rític
a n
i
e
tzsch
ea
na a la tradici
ó
n
fil
o
s
ó
fi
ca
. El
p
unto
axial d
e
s
u
a
taqu
e pa
s
a po
r
co
n
s
id
e
rar
a
la v
e
rdad
y
a
l
s
e
r
no
sól
o c
om
o u
n
a
in
t
e
r
p
r
e
tac i
ón
d
e l
a
e
xist
e
ncia si
no co
m
o una
in
ter
p
r
e
ta
ción nega
ti
v
a
en
cuya
r
a
íz
sub
ya
ce
a
quello q
ue
N
ie
tz
sch
e
ll
a
ma el
n
i
h
ilism
o
. En
5
L
a
M
e
t
a
í
ic
a
radica
l
de
He
g
el .
La filosofía de
He
g
el
al
igual
que
la de Kant es ardua. Buscamos
a
q
u
í
exp
on
e
r
el sistema
h
ege
li
a
no
a través de unas ciertas
im
á
g
e
nes
de
a
prox
imac i
ó
n
.
Si
s
te
m
a
q
u
e
a
p
e
sar
de
s
u h
e
ren
c
ia kantia
na bus
c
a llevar a la m
e
tafísica a
s
u máxim
a
re
a
liz
a
ción . L
a
gran
proez
a
del
p
e
ns
am
iento
h
e
ge
liano
es l
a
me
z
cl
a d
e his
tori
a
y
cie ncia a
b
solut
a
qu
e
en él se condens
a
. L
a
m
e
tafísi
ca
s
e
vu
elve
a
q
u
í
r
adic
a
l c
o
m
o h
ist
o
ri
a d
el
e
s
p
írit
u q
u
e
s
e
co
n
oc
e
y
re
a
li
z
a
a
s
í mism
o
.
He
ge
l
re
edita
de e
st
e
m
o
d
o
l
a
noció
n
ar
i
s
t
o
té
lic
a
d
el
pe
n
s
a
m
i
e
n
o d
e
l
pe
n
s
a
m
ie
n
o,
a
u
n
qu
e
lo
qu
e
allí
e
ra
on o- eo-logía pa
s
a
a
s
er ah
o
ra on o-an-
trop
o
-lo
gi
a.
H
e
gel
e
s
p
o
r o
tr
a p
a
rte u
n
b
u
e
n
ej
emp
l
o
p
ara
m
o
str
a
r
qu
e
l
a d
ifer
e
nci
a
qu
e o
pera
de
e
j
e
de e
ste
p
ro
y
e
c
to
l
a d
ifer
e
nci
a
e
n
tr
e
metafísic
a crí
tica
y
s
up
e
ración
no
ti
en
e
p
o
r
q
ué r
e
s
pon
d
e
r
a u
n ord
e
n
e
strictam
e
nt
e
históric
o
.
Nos atrevem
o
s a
p
e
ns
a
r
l
a
cienci
a
kantiana c
o
mo ciencia
co
ntra la ciencia
.
L
a
di r
e
nci
a
y
la
c
ont
ro
v
e
rsia
po
steri
o
r
e
ntr
e c
i
e
nci
a
y
metafísica
qu
e
dio
o
ri
ge
n
a t
o
d
a
l
a co
rri
e
n
te
p
o
sit
i
vis t
a
no
se
e
nti
e
n
de
si
no a
pa
rt
i
r
de
Ka
n
t
. Pe
ro
ta
m
poc
o
se
e
nti
en
de sin
o
a
pa
rt
i
r
de
Ka
n
t
e
l int
e
nt
o d
e r
e
no
v
a
ci
ón d
e
la
m
e
t
a
fí
s
i
c
a
l
a
s
u
st
an
ci
a
a
b
s
o
l
u
ta
c
ara
c
t
e
riz
ada
c
o
m
o
pensam
i
ento
del
pensamien
t
o.
N
o
ció
n
que
g
ua
r
d
a
u
na ev
id
e
nt
e
c
o
ns
o
n
an
ci
a c
o
n
e
l
de
s
cu
bri
mi
ento
d
e
l
s
e
r
co
m
o
id
e
a
y
que
p
o
drí
a
en
t
en
d
e
rs
e co
m
o e
l
p
er
e
cci
onamien
to del
s
i
st
e
m
a
p
lat
ó
nico.
La cr
í
t
i
ca
a l
a
me
a
í
s
i
c
a
.
E
l
pe
nsam
i
ent
o
i
n
i
cial de
Descar
t
e
s
.
En términos históricos damos
aquí
un
gr
an
salto. En principio
propon
em
o
s
un
a
considera
c
ión
gen
e
r
a
l
so
b
re el
si
gn
ifi
c
a
do
d
e l
a
crítica a la metafí
s
ic
a
realiz
a
da
expres
a
mente
p
o
r
Kant
y
su
r
elac i
ó
n c
o
n el nacimient
o
de
l
a
cienci
a
m
o
dern
a
com
o
cienci
a
mec
a
nicista.
L
u
e
g
o
pa
sa
mos al análisis
y
e
xpo
si
ción
d
e
a
l
g
u
no
de los
p
untos
pri
n
-
c
ipal
e
s
d
el
p
ens
ami
ent
o
d
e
D
e
s
ca
rt
e
s
.
Má s
allá
d
e
l
a
s
p
a
r
-
ticul
a
ridades d
e
s
u
s
ist
e
m
a
fil
o
sófic
o e
n D
e
sc
a
rt
e
s
s
e
a
b
r
e
u
n
a b
r
e
cha entre
e
l
pen
s
a
r
y
el ser
a
p
art ir
d
e
una
subj
e
t
i
-
vi
zac
i
ó
n
d
e
l
p
e
n
s
a
r
;
l
o qu
e
es
cl
a
ve
n
o
só
l
o
p
a
ra
e
n
te
n
d
e
r
e
l
tra
ba o
c
rític
o de
K
an
t si
no
p
a
ra
eva
l
ua
r la mo
de
rnid
ad
filos
ó
fica
e
n s
u
c
o
n
j
un
t
o.
4
F
un
d
amen
os d
e
l
a cr
íti
ca
k
a
nti
a
na.
o
b
re
l
a
d r
e
n-
cia en re
n
oúmen
o
y
enó
m
e
n
o .
B
u
s
c
am
o
s
aquí
te
m
atizar
los pre
s
upuesto
s
de
l
a crítica kantiana de
l
a razó .Ja cual
resulta en la
imposi
b
ilidad
de la m etafísica co
m
o ciencia
caba
l
Los
conc
e
pt
o
s
ej
e
s
p
ar
a
dicha
e
xp
osición
son los de
fen
ó
m
e
ne
y
noúmeno tal como Ka nt los
pl
a
nte
a
en rela-
ción a lo
q
ue
llama un entendi
m
iento finito
y
uno infinito.
Ternatizamos la filosofía de Kant como cumbre del
pe
n
s
a
miento crítico
dejando
de l
a
do el
p
e
n
s
ami
e
nto
em
p
i
-
rísta p
ero
a l
a
ve
z
como la cumbre del
p
e
n
s
amiento
mo-
dern
o.
L
a d
iferencia
qu
e
Kant establece entre lo
q
ue
llam
a
fenómen
o
y
no
úmen
o
o
ser
p
ara
una conciencia
y
s
er en s
í
es l
a
ba
s
e de la
p
osibi
li
da
d
de
u
na crític
a
com
o
p
o
stul
a
d
o
d
éü
na
heterogen
e
idad
rad
ic
a
l en
r
e
pe
ns
a
r
y
s
er Lo
s
o
br
e
sali
e
nte d
e
l
p
ensam
i
ent
o
d
e
Kant
e
n el
s
e
ntido en
q
ue
aq
u e p
l
a
nte
a
es
qu
e
lej
o
s
de
d
e
rr ibar
e
l
c
on
o
cimient
o
K
a
nt
fun
d
a
l
a
cie ncia sobr
e
bases
co
m
p
l
e
t
a
m
e
nt
e
nuev
a
s
.
8/16/2019 Trifiló, Gustavo C.-Tras un programa de Metafísica. Los Tres Capítulos Fundamentales. Ed. Nova-2015
7/86
t
é
r
m
i
no
s
positi
v
o
s
l
a
filoso
fía d
e
Niet
z
sc
he pue
d
e p
ens
ar
se
a
pa
r
ti
r
d
e la
cont
ro
ve
rs
i
a
que
s
u
pen
s
amiento
e
n
t
a
b
la
en-
tr
e ve
rdad
y
ar
t
e
, o
en
t
re lo
que
ll
ama el h
o
m
b
r
e t
e
ó
ric
o
y
el
ho
mbr
e
trágico.
7-
Heide
g
ge
r,
la
cie
n
ci
a
no teóric
a
. S
e
tr
a
ta aquí de un
a
i
n
tro
d
ucció
n
a
l
p
e
n
s
ami
e
n
t
o d
e
H
e
id
e
g
g
e
r
s
o
b
r
e
t
o
d
o a
t
e
-
niéndo
n
os a
la
p
rimer
e
ta
p
a
de su de
s
arro
ll
o
,
m
á
s pre
ci
-
s
a
m
en
te a los textos
q
ue gra
vi
tan
en
t
o
r
no a Ser y T
i
em
-
p
o
.
Al
i
gual
que
Niet
z
sch
e
,
Heidegger
l
ee
l
a h
i
st
ori
a del
pen
s
amiento
occi
dent
al
de
sd
e un
principio
un
it
a
r
i
o en
l
o
que
llama
e
l olvi
do d
el ser. Olvi
do d
el ser
significa
p
a
r
a
Heidegger
el ol
vi
do d
e la
vi
d
a como s
u
el
o
ori
g
ina
r
i
o
del
sentido en
po
s
de
l
a
obj
e
tivid
a
d.
E
xtrañamente Heidegger
no abandona
por
ello
l
a
p
o
s
i
bi
lidad
de una metafísica,
s
u
p
e
n
sa
m
ie
nto
qu
ier
e
s
e
r
un
a
r
enovación de
l
a
metafísic
a
co
nt
r
a
l
a
m
e
t
a
fís
i
c
a
.
H
e
i
d
e
gg
e
r
p
o
s
t
u
l
a a
sí
l
a
p
o
s
i
b
il
i
d
a
d
de un
a
cien
cia
del ser u
o
nto
l
og
ía
cu
yo
fu
nd
a
mento es lo
q
ue
ll
a
m
a
un
a
proto
-
cie
n
cia
de l
a
v
i
d
a
y
es lo
qu
e
cono
ce
-
mo
s
como
fe
nome
no
l
og
ía
her
m
e
né
u
t
ic
a.
8
Co
n
cl
u
s
i
ó
n
,
l
a
exper
i
enci a
filo sófica
y
l
a filo so-
ía .
Buscamos
r
etoma
r
el
co
nc
e
pto
de a
s
ombro filo
s
ófico
como
e
x
p
e
rien
cia
filosófic
a
bá
s
ic
a
ilu
s
tr
á
ndolo a
p
a
rt
ir
de
ciertos
fra
gm
e
nto
s
de Her
á
clito
y
mo
s
trando lo p
ro
ble-
m
á
tico
d
el
mi
s
mo .
L
u
ego
evaluamo
s
l
a p
os
i
b
i
li
d
ad
de su
tratam
i
ento de
s
de
la
s d
i
ferente
s
altern
a
t
i
va
s
plante
a
da
s
,
i
n
t
e
n
tand
o
e
xh
i
b
ir c
ó
m
o
cada
u
na
d
e e
ll
a
s
p
o
d
r
í
a
v
e
r
s
e
co
m
o
u
n
i
ntento
po
r
asi
mila
r
dic
h
a
experiencia
fund
a
-
me
nt
al
:
o b
ien
explicándola,
o
b
i
e
n
n
o d
ánd
ole re
a
l
m
e
n
te
luga
r
,
O bi
e
n
na
t
uralizá
n
d
o
la
.
D icha
t
ar
ea
supone
un re
p
a
-
so
d
e
l
o tran
s
itad
o
y
u
n
a
rec
a
pitul
a
ción
c
rí
tica. Se trata del
inte
n
to de a
rri
ba
r
a una conclu
s
ió
n
que
no es
por
cierto
solución
alg
un
a.
También de la
agud
i
z
aci
ón
del problema
del a
s
om
br
o como
exp
e
rien
cia
filosófica
fu
ndamental que
ac
as
o
ex
i
ge
s
u fr
a
c
a
so ante
s
de todo comienzo.
6
8/16/2019 Trifiló, Gustavo C.-Tras un programa de Metafísica. Los Tres Capítulos Fundamentales. Ed. Nova-2015
8/86
.
•
.
--
-
-
-•
•
-
• •
•
••
•
•
•
•
: '
: • : • ;
·
:
· i
i > •
·
-:
- l i ' .
_
.
: ,
I
N
TRODUCCI
ÓN
.
LA EXPERIE
N
CIA
FI
LOS
Ó
F
ICA
Y EL OR
IG
E
N
DE
LA FI
L
OSOFÍA.
· : , ·
r
U
na
exp
e
r
ien
c
i
a
qu
e
podría
c
ar
a
cteriz
a
r
s
e d
e traum
áti-
c
a
e
n
v
ar
ios
s
e
n
t
i
d
o
s
. Pe
ro
qu
e
s
e
r
evela
s
o
b
r
e
t
o
d
o c
o
m
o
tal
e
n
c
uant
o
qu
e
la
propi
a
exp
e
ri
e
nci
a
e
s
a
s
u
ve
z a
som
bros
a
. Lo es
por
qu
e
s
i
p
r
egu
n
ta
m
o
s
p
or
l
a
condición de
posib
ili
dad
de
d
ich
o
a
s
om
b
ro
p
or
cóm
o
sea
pos
i
ble a
l
go
as
í- no só
l
o no
logramos
at
e
nua
rl
o
s
ino
que
más bien
i
n
s
i
st
imos en é
l
p
ara
caer en e
l
colmo de las
perp
lej
i
da
de
s
;
pues
par
a
qu
e
ta
l
cosa
teng
a
lug
ar
e
l se
r m
i
s
m
o deb
ería
pr
e
s
e
n
tar
s
e
co
m
o lo
i
n
e
sp
e
r
a
do
.
1
A l
a
expe
ri
enc
ia
de l
a
cual na
c
e
l
a filosofía los
g
ri
egos
l
a
llam
a
ro
n tháu
ma
ta:
e
l
asomb
r
a
rs
e o
el m
a
r
av
illar
s
e
.
Pl
a
t
ó
n
s
e refiere a ello en el T ee
t
to
y
Ari
st
óteles en el
s
e
g
u
n
d
o
lib
ro
d
e
L
a
M
e
tafí
s
i
c
a
e
l
a
s
o
m
b
ro
e
s
el
e
s
t
a
do
o
r
i
g
i
n
a
rio de la filoso
fí
a. Ari
s
tót
ele
s deter
m
ina
i
n
cl
u
s
o
g
r
a
d
o
s
de
as
o
m
b
ro;
pe
ro
la radic
a
lid
a
d
d
el as
o
m
b
ro filos
ó
fi
c
o
s
upo
-
ne m
ás b
ien
un
sal
to
resp
e
cto
t
a
nto de
l a
sombro cot
idian
o
como del asom
b
ro
em
pa
rent
ado
a l
a
acti
v
idad cient
í
fic
a
.
L
a d
i
ferenc
ia e
s
qu
e
aquel
no
r
e
c
a
e s
obre est
a
o
aqu
e
lla
cos
a
o
s
uc
e
so d
a
dos d
e
ntro d
el
cí
r
culo d
e
lo h
a
bitu
a
l o fue
-
ra
d
e
d
ic
ho
círc
u
l
o,
c
omo
a
somb
r
o
provocado
por
la in
v
e
s
ti
g
ación,
s
ino
qu
e
e
s
m
e
ro
a
sombro de
s
er .
.
.
.
8/16/2019 Trifiló, Gustavo C.-Tras un programa de Metafísica. Los Tres Capítulos Fundamentales. Ed. Nova-2015
9/86
Me
p
r
e
gu
nto
s
i
n
o
e
x
p
r
e
sa
algo
de e
so
el
poet
a g
r
iego
Hesío
do
c
u
a
n
d
o,
a
l
co
nt
ar
el
o
r
ige
n
del
h
o
m
b
r
e
c
o
m
o
s
e-
p
a
r
a
ci
ón
d
e
lo divino, dice
q
ue
é
s
te
n
a
ce en
tre mu
c
has i
n
-
quie
t
ude
s
a l
a
que
se re
t
ac
e
a no obs
t
a
n
t
e una
,
la
E
s
pe
r
a,
como
s
i
d
i
jes
e
i
n
cl
u
s
o
qu
e
e
s
a
s
u
s
tra
cci
ón de
l
a e
s
pera
d
e
ser e
s
l
a ba
s
e real d
e
todas l
as
demá
s
inqu
ie
tud
es
human
as
.
M
e p
r
egun
t
o
s
i e
s
a
m
i
s
m
a
p
e
r
p
l
e
ji
d
a
d
s
u
s
t
e
n
t
a
i
g
u
al
m
e
n
t
e
a
qu
el
singul
ar
fr
a
gment
o
de
H
e
r
á
clit
o
que
dic
e
:
q
uien
no
s
e
ati
e
ne
a
lo
in
es
p
er
a
bl
e
no
lleg
ará
a
encontrarlo,
p
o
r
s
er
ello
i
ne
s
c
rutable e i
na
c
c
esible
Sea
co
m
o
sea
,
la fil
o
sofí
a, es
ta
o
aqu
e
lla
fil
o
sofí
a,
n
o vie-
n
e a s
e
r e
n
t
al sen
t
i
d
o
s
i
n
o
u
n
dest
ila
d
o
d
e
sem
ej
an
t
e
ex-
p
er
ie
n
ci
a
,
a
c
aso
un
sínt
o
ma i
ncl
u
s
o
.
C
l
a
ro q
ue la
pa
r
adoj
a
q
u
e
d
ic
ha
ex
p
er
ienci
a
sup
o
ne
una ve
z
que p
r
eg
untam
os
sob
r
e su
s
cond
ici
one
s
de
pos
i
b
il
idad,
puede l
u
ego
s
er
i
n-
t
e
r
p
r
e
t
a
d
a
c
o
m
o s
u
p
r
o
p
i
a
t
e
ra
p
ia
-
c
om
o s
u
ph
arm
a
c
o
n
-
,
Pe
r
o
e
s
o e
s
po
r
cie
r
to
y
a
un
a
filo
sofí
a
e in
cl
uso un mod
el
o
de filo
s
ofí
a
: l
a
que
intent
a
ndo en
fr
e
nt
a
r
l
a
propi
a
exp
er
i
e
n-
ci
a a
su
paradoja
p
a
ra
di
s
olverl
a
s a
am
b
a
s,
co mo si
se
re
s
-
ta
s
en
u
na a l
a
o
t
ra
p
a
ra
r
e
s
u
lt
a
r
en cero ,
queda
n
o obst
a
nte
p
r
e
s
a
en el mi
s
mo o
rd
en del
pro
b
lem
a
q
u
e
con
s
i
s
t
e e
n
con-
ve
rt
i
r
u
n
s
er
en u
n
fa
nt
as
ma
.
Pero
dejem
os
de
lado
e
s
t
a
cue
s
t
ió
n
del
a
so
m
b
ro
y
de
su
c
on
d
i
c
ión de
posibilid
a
d
p
or
a
hora
,
p
ara
r
ecién ret
o
marla
a
l fin
al
d
e
l
r
ec
o
r
r
i
d
o qu
e
p
ro
po
n
e
m
o
s
.
El
p
r
e
s
u
p
u
e
s
t
o
c
o
n
elq
u
e
contam
o
s e
s
que ju
s
t
am
e
nte
cada
p
rog
r
a
ma
filosó
fi
-
co
gene
ra
l
evalu
a
do ti
e
n
e
, t
á
ci
t
a
o
ex
p
r
e
s
am
e
nte
,
un mod
o
d é
ca
p
itul
a
r
sob
r
e dich
a
ex
p
er
i
e
nci
a
,
e
s d
eci
r
, ti
e
ne
a s
u
m
a
n
e
ra
qu
e
d
a
r
cu
e
n
t
a de
ell
a
.
Lo
ci
rt
o e
s
q
u
e
la
fue
r
z
a
de tal v
i
venci
a
, de
la
cual
s
e
o
r
i
g
i
n
a
la
fi
los
ofía
, se
p
r
e
s
ent
a
d
e
m
odo
p
l
eno
y
d
i
r
ec
t
o
e
n
l
os
p
r
i
m
eros
p
e
n
sa
do
re
s
de
n
u
es
tra c
u
lt
u
ra
,
e
n los
más
r
e
m
o
t
o
s
,
a
quellos
a
lo
s
que
p
re
cisa
m
ent
e
re
cu
rr
imos
pa
r
a
20
i
n
d
ic
ar e
l
i
nicio de la filo
s
o
f
ía
cuan
do
e
n v
er
dad
n
o
ha
-
bí
a
a
ll
í
aún fil
os
ofía
p
ro
piament
e
dicha, n
ada
cons
t
it
u
ido
c
o
m
o
un
a
disc
i
plin
a
esp
e
cí
fic
a
,
cu
an
d
o l
a fil
os
ofí
a n
o s
ó
l
o
s
e
ha
lla
ba
t
od
a
v
ía
libr
e
de
t
od
a
exig
enci
a
sino
que
era
i
n-
cl
u
s
o
a
l
g
o
a
ún in
c
ie
rt
o
par
a
s
í m
is
m
a
.
11
S
o
le
m
o
s remo
n
t
a
rn
o
s
a
Ta
l
es
d
e
Mil
et
o
p
ara
marcar e
l
com
ie
n
z
o de l
a
filo
s
o
f
í
a
. Lo
s
m
a
nu
ales así
lo hac
e
n
g
en
e
-
r
a
lmen
t
e. Nie
t
zsc
he d
ice,
a
p
ropó
s
ito
de
aqu
el
, que
l
a
fil
o-
so
fí
a
se
inici
a
en un
a i
d
e
a
rid
íc
ul
a
:
t
odo es
a
g
u
a
.
E
s
conocid
a
l
a
a
né
c
d
o
t
a
s
e
gún
l
a
c
u
a
l l
a
c
r
i
a
d
a
de Tale
s
s
e
burló
de
él
po
r
no atende
r
l
a
s
co
s
a
s
de
l
a
ti
err
a
po
r
mira
r
el cielo el dí
a
qu
e
c
a
yó
en un
pozo .
Al c
a
lific
ar
de rid
ícu
-
l
a t
al afirm
a
ción,
Ni
e
t
z
s
che
no
q
uie
r
e
p
o
ne
r
s
e
de
n
i
n
g
ún
m
odo
d
e
part
e
d
e
l
a c
r
i
ad
a.
T
a
m
p
oco
H
ei
d
egge
r
cuan
do
de
fine a l
a fil
os
o
fía
c
o
mo
a
qu
e
llo
de
lo
q
ue
la
s c
r
iadas s
e
rí
en . E
l
ad
j
et
ivo
de N
ie
t
z
sch
e
e
s
más
b
i
en
u
n r
ecurso
r
e
-
t
ó
rico
pa
ra
m
os
trar
p
or
c
on
tra
s
t
e
l
o
extra
o
rdinar
io
de una
afirm
a
ci
ó
n
q
ue
s
u
p
e
r
a
t
o
dos los d
e
m
ás desc
ub
r
im
i
en
t
o
s
y
quehace
r
e
s end
ilg
ad
o
s
a
Tal
es,
q
u
i
en
jus
t
a
m
e
nte
p
or mirar
el ciel
o fue
c
a
p
az por e
j
emplo
d
e
p
r
e
decir
el famo
s
o
ecl
ips
e
qu
e
culminó l
a
gu
e
rra
ent
r
e Lidi
o
s
y
P
e
r
s
a
s,
o de prono
s
-
tic
ar
un buen año
p
ara
lo
s
olivos
qu
e
l
o ll
e
vó
a
arrend
a
r
a
b
a
jo
p
r
e
ci
o
tod
as
l
as
p
r
e
s
as
de l
a
r
e
g
ión,
co n el
p
ro
pó
s
i-
t
o
d
e
h
ace
r for
t
u
n
a a
n
t
e
l
a po
st
e
r
i
o
r
d
e
man
d
a
p
e
ro
s
ob
r
e
todo
p
a
ra
a
lecciona
r
a su c
r
iada
-se
g
ún
la
i
nte
r
p
r
e
ta
ción
d
e
P
l
a
t
ó
n-
.
En
lo
s
manu
ales
d
e
filo
s
ofía lo afirmado
p
o
r
Ta
les
se
s
ue
le co
nfront
a
r d
i
re
c
t
am
e
nt
e
con e
l
m
i
to, a
l
cual
A
r
is
t
ó-
t
el
e
s
t
r
a
ta
t
a
mbi
é
n de filo
s
ó
fi
co
y
l
e con
fi
e
r
e el
mi
s
mo o
r
i-
gen
de l
a
filo
s
ofí
a,
el a
s
omb
r
o
. Lo afirm
a
do
p
o
r
Ta
l
es
tiene
s
e
gu
r
a
mente
mu
c
ho d
e
s
e
n
c
illo n
o
sólo
p
a
ra
el homb
r
e de
hoy
sino t
a
mbi
é
n
p
ar
a
su
s
propi
o
s
contempo
rá
n
e
os,
y
e
s
el
21
8/16/2019 Trifiló, Gustavo C.-Tras un programa de Metafísica. Los Tres Capítulos Fundamentales. Ed. Nova-2015
10/86
recurso al
q
u
e
l
a
destre
za
literar
i
a
de Ni
e
tzsche
a
pe
l
a par
a
destaca
rl
o
;
s
i
n
emba
r
go
im
pli
c
a
u
n
a
n
o tan
e
v
id
e
nte
t
r
ama
d
e
pens
a
mient
o
s
a l
a
que
deberíamos
po
der
at
e
nd
e
r
a
fin
de re
c
obrar
a
l
go
de l
a
fue
r
za
o
r
ig
in
a
ri
a
qu
e
co
nv
i
rt
ió
ju
s
t
a
m
e
nte
a
t
a
l a
fi
r
m
ación en un
ac
ontecimiento,
e
s deci
r
,
a
qu
ell
o
qu
e
separ
a
el
tie
mpo
de
l
a
v
i
da en un antes
y
un
despu
é
s,
a
qu
e
llo
qu
e
hace
h
i
stor
i
a
.
L
o
afir
m
ad
o
i
mp
li
ca
en
p
r
i
mer
lug
ar
qu
e
t
odo
l
o
que
a
p
arece
o
s
e mani
fie
sta es
pa
rte
d
e l
o mis
m
o
;
q
ue
toda
s
la
s
c
o
s
a
s
gu
ar
da
n
e
n
tr
e
s
í , amé
n
de
s
u
a
pa
rente
dive
r
s
ida
d
y
heterogen
e
id
a
d,
u
na
e
s
enci
al
i
ntimid
ad
, un
a
es
encia
l co
munión. Tod
a
s las cosas
s
e reducen en el f ondo a
s
e
r
a
g
ua;
es
a e
s
la
v
i
s
i
ón de
T
a
le
s de
Mile
to
.
La
p
l
abr
a
un
i
verso n
os
re
se
r
v
a
g
r
a
n part
e
d
el a
sun
t
o
qu
e e
s
ta
afi
r
m
a
ci
ó
n
s
u
p
o
n
e
.
U
n
i
v
e
r
s
o
r
e
mi
t
e a
l
v
o
ca
b
l
o
g
rie
go
cosmos
qu
e
s
i
gn
ific
a
bellez
a
, armonía,
co
m
pos
ici
ó
n
.
P
e
ro
e
s
ta
p
a
l
a
bra,
de
origen
l
at
i
no, muc
h
o
men
os
a
rr
eg
l
a
-
d
a
qu
e
l
a
gr
iega,
es
por
lo mi
sm
o m
á
s ilu
s
trativ
a
,
p
ue
s
es
un
a
p
a
labra
ente
r
am
ent
e fil
osó
fica
,
c
ont
ro
v
e
r
ti
d
a
.
Unive
r
-
s
o , a di
f
eren
ci
a d
e c
os
m
o
s
p
e
ro
en
s
u
lu
ga
r ,
result
a
de
l
a
u
n
ió
n d
e
do
s
vocab
l
o
s contrarios, u
nu
s
y
ve rsatio. E
s
u
n
con
c
epto
que
gu
a
rda
i
n
cl
uso
l
a es
encia
d
e t
odo
con
c
ep
t
o :
llevar a unid
a
d una
mu
lti
p
lici
d
ad .
L
a
i
d
ea
fu
n
da
m
e
n
ta
l
q
u
e
T
a
l
e
s
i
n
t
ro
d
u
c
e
n
o
e
s
e
s
a
s
in
emba
r
go .
La
n
oción
d
e univ
e
rso e
s
y
a
pa
rt
e
d
el mi
to
,
que
e
s
es
e
n
ci
alment
e
relación d
ram
áti
ca
.
y
nadie
que
se
pre
c
ie
un
poco
a sí mi
sm
o
qu
i
ere qu
e
se le
o
t
o
r
gu
e
l
o
qu
e
no mere
c
e,
c
omo e
n e
s
e
d
ic
ho
popula
r
qu
e
dic
e:
¡
t
odo
l
o
que venga
de ·
a
rr
i
baa
exce
p
ci
ón
de un
ray
o
yo
creo
q
ue
m
á
s b
i
en
p
re
f
e
rfrí
l
ó
con
t
rari
o
: na
d
a
q
u
e ve
ng
a
de a
rr
iba a
e
x
cepció
n
,
. . c .
,.
,
:
,
· .
:
·: ·
:c •
. r
:
.
,,
.
e
un
r
ayo
L á
unidád
p
resu
pu
e
st
a
en la idea de cosmos
o
la tenden-
cia
8/16/2019 Trifiló, Gustavo C.-Tras un programa de Metafísica. Los Tres Capítulos Fundamentales. Ed. Nova-2015
11/86
de
hoy
pueden
por eje
m
plo
me
d
i
r l
a
d
i
st
an
ci
a s
i
deral de
u
n
a est
r
ella ana
l
iza
n
d
o el
col
o
r de s
u
luz
s
e
gún
las va
r
ia-
ciones del
esp
e
ctro
l
u
m
inoso e
n
un
prism
a,
p
e
ro
el análisis
del
es
pec
tro
de colo
r
es
y
s
us va
r
ia
ci
ones ca
r
acterí
s
t
ic
as
l
o
han
a
p
r
end
id
o
s
in
e
m
bar
g
o
de su
l
ám
par
a
de le
ct
ura o de
al
g
ún
ob
je
to
t
a
n famili
a
r
co
m
o es
e.
L
a
luz tiene que
s
er
s
iem
p
r
e
l
u
z
y
co
m
p
orta
rs
e
c
o
m
o
t
al,
v
e
n
g
a
d
e u
n
a
s
tro
errante
i
nfinitamente
ale
j
ad
o
y
enorme o
ve
n
ga
del páb
il
o
de un
a v
e
la.
L
a
l
uz
es
ta
mb
ié
n
un u
n
i
vers
o, una u
n
idad
en
s
u
multiplicidad .
En fin
,
a
ca
s
o
to
do
es
té
cons
ti
t
ui
d
o
y
s
e
comporte
es
e
n-
ci
alme
n
te de ma
n
era tan eleme
n
tal
y
fa
milia
r
com
o e
l
agu
a,
que, por
ej
e
m
p
l
o
,
a
l
se
r
cale
n
tada t
o
ma
un
a for
m
a
dif
e
rente de su
fo
r
m
a
origi
nal,
s
e
s
ublima,
pie
rde
r
esisten
cía
y
se vu
el
ve
g
a
s
eo
sa
,
mient
r
as
q
u
e
al se
r
c
o
n
g
el
ada
se
t
o
r
n
a d
e
n
s
a
co
m
o u
na p
i
e
d
ra
;
si
e
nd
o a
s
u
v
ez
e
l
sem
e
n
, l
o
acuoso
,
el
pri
n
cip
io
mis
m
o de l
a
vid
a,
etc. Un r
a
zonamien-
to
s
i
m
il
ar a ese h
a
s
ido
s
e
g
urame
n
te
el
que
ha
s
u
s
tent
a
do
l
a
tesis de Tal
e
s,
y
en
s
u
l
óg
ic
a
s
e
asient
a
en d
e
fin
i
t
i
va tod
a
cien
cia
por
m
á
s
co
m
ple
j
a y
so
fistic
a
d
a que
s
ea
.
E
n
T
al
e
s
aparece
cl
arament
e l
a
faz de
l hom
b
r
e de c ien
cia
in
clu
so t
al
como
hoy
lo
e
nt
e
nd
e
mos
.
Aquella
afirma
ci
ó
n
está desti
n
ada a ma
r
ca
r
el
h
oriz
on
te de
investig
a
ción
d
e
la natura
l
eza
y
el modo de acceder a ella. No es a
r
bitrario
q
u
e
s
e
h
ay
a e
n
c
as
ill
ad
o
a
T
a
l
e
s
y
a e
s
t
o
s
p
r
i
m
e
ro
s
fil
ó
s
o
fo
s
en
g
en
e
ral
como
í
si
cos
o natur
a
list
a
s
, siendo A
r
istóteles el
inici
a
l
re
s
p
on
s
a
b
le
de t
a
l
asi
g
n
a
ción:
el
a
gu
a
no
s
e
ría
s
ino
l
a
m
a
teria cósmic
a
ori
g
i
n
a
r
ia
a
partir
de lo cual
s
e
ge
n
e
r
a
-
r
ía
n
a
s de
m
á
s
cosa
s
conservándose no obstante e
lla
en e
l
fon
do
d
e l
a
s mi
sm
a
s
.
Sin
emba
r
go
,
el
propio
d
ec
ir
d
e
T
a
l
e
s
nos
depara
inrn
e
-
d
ia
t
amé
nte u
n
a
s
orpresa.
A
T
al
e
s
se
adjudic
a
aquell
a
afir -
4
maci
ón d
e
que
to
do
es
agua ,
p
e
ro
tam
b
ién ,
y
aca
s
o c
o
n
mayor
énfasis, esta otra: todo está lleno de d
i
oses .
¿Cóm
o p
o
n
e
r j
u
nt
a
s
ahora las dos a
s
e
r
ciones? Si to
m
a
-
mos en serio esta
s
eg
u
n
d
a
-
y
no tene
m
os
ni
n
g
u
n
a
razón
para
no h
a
cerlo-
y
a
no
p
ar
ece q
u
e
p
odem
o
s
referirnos tan
l
i
g
e
r
am
e
n
t
e
d
e
T
al
e
s
e
n
t
é
rm
i
n
o
s
d
e
u
n filó
s
o
fo
d
e
la na
-
t
u
ra
leza
.
A
unque
va
le
a
cla
r
a
r d
e
todos mo
d
os q
u
e el con-
cepto
de
n
a
tu
ra
l
e
za n
o
expresa pa
r
a
nos
ot
ros
l
o qu
e
s
i
g-
n
i
fi
ca
b
a
p
a
r
a
aquellos
ho
m
b
r
es
.
Sobr
e l
a Natu
ra
l
e
za
e
ra
en
general
el títul
o
dado a t
odo
t
r
atad
o
fil
o
sófico
por
e
n-
to
n
ces. Es
o
s trata
do
s,
p
e
rd
i
dos
e
n su
m
a
yor parte
,
i
n
cl
uía
n
temas
q
u
e ni
n
gu
n
o
de nosotros
comprend
e
rí
a
hoy
como
part
e
de la
ci
en
ci
a natural, ent
r
e ellos
po
r
eje
m
p
l
o
el
te
m
a
de
l
o div
i
no
;
pu
e
s
los d
i
os
e
s e
ra
n
pa
ra
esos ho
m
b
r
es
par
t
e
esencial de l
a
p
h
y
s
i
s
o n
a
tur
a
leza
.
S
ea
c
o
mo
s
ea,
est
a
seg
u
nda
a
fir
m
a
ción
ya
no
s
ól
o h
ace
d
ifí
ci
l
en
cuad
rar el
pensamiento
de Ta
l
es
bajo
u
n s
imple
natu
ra
lis
m
o,
s
i
n
o
que
ha
c
e
t
amb
a
l
ear su consis
t
en
cia
in-
te
rna
. A
mb
as
proposiciones
j
unt
a
s
producen
un
col
a
pso
,
pues
u
na e
s
tá e
n
la
antípod
a
d
e la ot
r
a.
Po
d
em
o
s
preguntarnos
qué
l
o
ha
brí
a
problem
a
tiz
a
do
d
e
se
m
e
ja
n
te
mane
r
a
par
a lue
go
de una
p
o
sición
tan medida
como
aq
ue
lla
pa
s
ar
a
a ot
r
a tan entusia
s
ta. Es como si este
nuevo univer
s
o
i
ncoloro e
in
síp
id
o
d
el
a
gua
r
ecién des
c
u-
bierto, se hubiese hart
a
do de
m
asiado
p
ron
to
de sí mi
sm
o
y
busc
a
s
e
r
ecu
p
era
r
de inmed
iat
o el suelo florido de
l
m
i
to
o
s
u rumor.
En
fi
n
,
¿qué
di
r
á
u
n
pro
f
esor
d
e fil
o
s
ofía a s
us
alum
nos
ac
er
c
a d
e
T
a
le
s?
¿
Q
ué
d
irá
d
e
l
a fil
os
ofía
?
¿
Q
ué
es es
to
que
e
n
el mi
smo
m
om
e
n
t
o
e
n
que parece
por
fin
ef
e
ctuar
s
e y
co
n
creta
r
se
s
e vuelve in
m
e
d
iatamente co
n
tra sí mis
m
o?
5
8/16/2019 Trifiló, Gustavo C.-Tras un programa de Metafísica. Los Tres Capítulos Fundamentales. Ed. Nova-2015
12/86
Se
h
a co
n
sidera
d
o, e
n
pos
d
e salva
r l
a unidad de
l p
e
n-
samiento de T
al
es,
qu
e
fue el desc
u
brimie
n
to de
l
a pie
d
ra
m
a
gnesi
a
-de
l
os imanes-
l
o
q
u
e
llevó a Ta
l
es a esa espe-
cie de animi
sm
o
q
u
e
p
ro
muev
e
la
se
g
u
n
da
afir
m
ación
;
lo
qu
e
ci
ert
a
mente atenu
a
rí
a
la
d
is
cre
pa
ncia
entre
s
u
s
e
g
u
n-
d
a
afirm
a
ción
y
l
a
pri
mera.
P
ero dich
a
e
s
peculaci
ón
tiene
c
o
m
o
fin
v
e
s
ti
r
l
o
qu
e
se pr
e
s
e
n
ta
d
e
m
o
d
o d
ir
e
ct
o
y
de
s
-
c
a
rn
a
do
,
y
a
ún
s
i
llegara
a
s
er co
nv
ince
nte a
l
fin de cu
e
nt
a
s
n
o e
xi
me
de
n
ada.
Lo cie
rto
e
s
que
si
T
a
le
s
d
e M
ilet
o es e
l
representante
del
n
aci
m
ie
n
t
o d
e
l
a filosofía , habrá e
n
t
on
ces
que
d
eci
r
al me
-
nos
a
l
go
más de lo
que
Nietzsche
d
i
jo
aun a
r
ie
s
g
o
de
res
i
g-
na
r
la calidad literaria: l
a
fi
lo s
o
ía
n
a
ce de un
a id
ea
ridíc
u
l
a
ju
n
t
o
a u
n
a d
el ir
a
n
t
e. Y
s
i
l
o
p
e
ns
am
os
un
poco
,
po
dr
ía
ser
un
a
enseñ
a
n
z
a bá
s
ic
a
p
a
ra
todo
profes
or
de filosofía ; pues
la
l
ó
g
ic
a r
e
a
l
d
e
t
o
d
a
g
ran
c
onc
e
pci
ó
n
fil
o
s
ó
fi
c
a
,
y
po
s
ib
l
e-
mente
la
de toda
g
r
an
ide
a
en
ge
n
eral,
consi
s
t
a
ac
a
s
o en
s
e
r
u
na
s
í
n
tesis
perf
e
cta
de
estupidez y
de
li
r
i
o
.
A no
s
o
t
ros no
no
s inte
r
esa
aquí
sal
va
r
ni e
l
n
a
t
u
r
ali
smo
d
e Ta
le
s
, ni s
u consis
t
enci
a
teó
r
ic
a.
D
es
de n
ue
s
t
ro
punto
de v
i
sta ni
un
a cosa ni la
o
tra so
n
l
o su
ficie
n
te
m
e
n
te
rel
e
-
van