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UtilizacaoDaAbracadeiraAutoEstatica-RodolfoAlmeidaWerneck

Date post: 28-Nov-2015
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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS DO QUALITTAS UTILIZAÇÃO DA ABRAÇADEIRA AUTO ESTÁTICA DE NÁILON (POLIAMIDA) PARA HEMOSTASIA NA OVÁRIOHISTERECTOMIA ELETIVA EM CADELA (Canis familiaris) Rodolfo Almeida Werneck Rio de Janeiro, mar. 2011
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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO

CURSO DE CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS DO QUALITTAS

UTILIZAÇÃO DA ABRAÇADEIRA AUTO ESTÁTICA DE NÁILON (POLIAMIDA) PARA HEMOSTASIA NA OVÁRIOHISTERECTOMIA ELETIVA

EM CADELA (Canis familiaris)

Rodolfo Almeida Werneck

Rio de Janeiro, mar. 2011

RODOLFO ALMEIDA WERNECK Aluno do Curso de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais do Qualittas –

Instituto de Pós Graduação

UTILIZAÇÃO DA ABRAÇADEIRA AUTO ESTÁTICA DE NÁILON (POLIAMIDA) PARA HEMOSTASIA NA OVÁRIOHISTERECTOMIA ELETIVA

EM CADELA (Canis familiaris)

Trabalho monográfico de conclusão do Curso de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, apresentado ao Qualittas como requisito parcial para a obtenção do título de pós-graduado, sob a orientação do professor.

Rio de Janeiro, mar. 2011

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UTILIZAÇÃO DA ABRAÇADEIRA AUTO ESTÁTICA DE NÁILON (POLIAMIDA) PARA HEMOSTASIA NA OVÁRIOHISTERECTOMIA ELETIVA

EM CADELA (Canis familiaris)

Elaborado por Rodolfo Almeida Werneck Aluno do Curso de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais do Qualittas –

Instituto de Pós Graduação

Foi analisado e aprovado com grau: ..............................

Rio de Janeiro,______ de_____________ de________.

_____________________________ Membro

_____________________________ Membro

______________________________ Professor Orientador

Presidente

Rio de Janeiro, mar. 2011

iii

Dedico este trabalho aos meus amigos, principalmente ao Marcelo Carvalho Gomes, aos familiares, Lúcia, Werneck e Bruno pelo incentivo.

iv

Agradecimentos À minha família pelo grande incentivo. Ao meu Orientador Marcelo Carvalho Gomes – que me guiou, Aos Amigos e Professores.

v

Quando alguém encontra seu caminho precisa ter coragem suficiente para dar passos errados. As decepções, as derrotas, o desânimo são ferramentas que Deus utiliza para mostrar a estrada.

Paulo Coelho

vi

RESUMO A ováriohisterectomia é uma cirurgia eletiva quando indicada para a inibição do ciclo reprodutivo, frequentemente empregada no controle populacional de cadelas e gatas e também no controle de zoonoses e de eleição em terapias do sistema reprodutor, também utilizada na redução de fraturas. Avaliou-se a utilização de abraçadeiras de náilon 6.6 (poliamida) que inicialmente foram projetadas para o em prego em manobras eletro-hidraúlicas. A abraçadeira é um dispositivo que apresenta um sistema de trava eficiente com baixo custo, resistente a tração e bem tolerado pelo organismo em ováriohisterectomia de cadela, como método de ligadura vascular de pedículos ovarianos e cotos uterinos, levando em consideração os parâmetros tempo cirúrgico, custo, segurança. Por essas razões tem sido utilizada nos mais diversos procedimentos cirúrgicos principalmente como método hemostático. Para a realização deste estudo, foram utilizadas abraçadeiras de náilon com medidas de 200 x 25 mm produzida pela Foxlux, esterilizadas em sistema de autoclavagem, a técnica cirúrgica empregada foi a laparotomia retroumbilical mediana, onde foram expostos os cornos uterinos, foram feitos ligaduras vasculares de pedículos ovarianos e cotos uterinos, utilizando abraçadeiras de nylon 6.6 (poliamida). Concluiu-se que a abraçadeira, empregada na ováriohisterectomia de cadela, mostrou-se um dispositivo resistente, de fácil aplicação e muito promissor para ligaduras vasculares. Palavras-chaves: abraçadeiras, ováriohisterectomia, cadelas.

vii

ABSTRACT

Ovariohysterectomy is an elective surgery when indicated for the inhibition of the reproductive cycle, often used in population control of dogs and cats and also in animal disease control and choice of therapies in reproductive system, also used in reducing fractures. We evaluated the use of nylon cable ties 6.6 (polyamide) that were initially designed for the nail in the electro-hydraulic shunting. The clamp is a device that has a lock system efficiency at low cost, durable traction, and well tolerated by the body in canine ovariohysterectomy as a method of ligation of vascular pedicles ovarian and uterine stumps, taking into account the time parameters surgical , cost, safety. For these reasons it has been used in various surgical procedures primarily as Hemostasis. For this study, we used nylon cable ties with measures 200 x 25 mm produced by Foxlux, sterilized in autoclave system, the surgical technique employed was retroumbilical median laparotomy, where uterine horns were exposed, were made bandages vascular pedicles of ovarian and uterine stumps, using nylon clamps 6.6 (polyamide). It was concluded that the clamp, used in canine ovariohysterectomy, was a device resistant, easy to use and very promising for vascular ligation. Keywords: clamps, ovariohysterectomy, dogs.

viii

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 9

2. REVISÃO DE LITERATURA 12

2.1 Aparelho genital de cadelas 12

2.2 Técnica cirúrgica na OH 14

2.3 Abraçadeira de náilon 16

3. MATERIAIS E MÉTODOS 22

3.1 Abraçadeira de náilon 22

3.2 Animal 22

3.3 Procedimento cirúrgico 22

3.3.1 Pré-operatório 22

3.3.2 Transoperatório 23

3.3.3 Pós-operatório 27

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 28

CONCLUSÃO 29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 30

9

1. INTRODUÇÃO

O aumento da população de animais e a adequada conscientização da

população sobre a necessidade do controle da natalidade em animais domésticos vêm

tornando a ováriohisterectomia (OH) a cirurgia mais realizada na medicina veterinária e de

eleição na terapia de doenças do sistema reprodutor (CASTRO et al., 2004; MALM et al.,

2004; STONE, 2007). Atualmente, sua maior indicação é a esterilização eletiva, que visa o

controle populacional de animais errantes, ou para abolir o cio, por suas características

indesejáveis como atração dos machos e secreção vaginal sanguinolenta (FINGLAND,

1996, STUBBS et al., 1996; STONE; CANTRELL & SHARP, 1998; HARARI, 1999;

HOWE et al., 2001).

A OH também é o tratamento de escolha para diversas afecções do aparelho

genital feminino, como cistos ovarianos, endometrites severas, empiema uterino

(piometra), prolapso uterino, torção uterina, hiperplasia endometrial cística, e como terapia

em casos de neoplasia mamária e no controle de alterações hormonais que possam

interferir em tratamentos para epilepsia e diabetes (FINGLAND, 1996; STONE et al.,

1998; HARARI, 1999).

O desenvolvimento e aprimoramento dos materiais de sutura têm sido

notáveis, oferecendo ao cirurgião uma ampla variedade de fios absorvíveis e inabsorvíveis.

A grande resistência à tração e a torção; calibre fino e regular; flexível; pouco elástico;

mole; ausência de reação tecidual; esterilização fácil; resistente a esterilizações repetidas e

10

de baixo custo, são características do fio ideal, que até agora não foram alcançadas por

nenhum tipo (BELLEN & MAGALHÃES, 1989).

Os fios de sutura são descritos como causadores de irritação aos tecidos, e

que determinam uma resposta inflamatória de baixa intensidade e de curta duração

(BOOTHE, 1998; TURNER & MCILWRAITH, 2002). O náilon (poliamida) é um

polímero de cadeia longa que se encontra disponível na forma monofilamentar ou

multifilamentar, se caracteriza pela elasticidade devido a sua resistência mecânica

(TURNER & MCILWRAITH, 1985), sendo biologicamente inerte e não capilar na forma

monofilamentar (BOOTHE, 1985; HERING et al., 1993).

As abraçadeiras de náilon para lacre se mostram dispositivos potencialmente

promissores em ovariohisterectomia, bem como em outras cirurgias que exijam ligaduras

vasculares seguras, reduzindo o tempo operatório e se mostraram inerte ao organismo

(CHÁVEZ et al., 1992; SORBELLO et al., 1999; CASTRO et al., 2004; MIRANDA et al.,

2004; ROVERE et al. 2007, RABELO et al. 2008, SILVA et al., 2004; SILVA et al.,

2005). Também são empregados na redução de fraturas, podendo ser utilizada tanto em

cirurgia ortopédica humana quanto na veterinária, figurando como método alternativo para

reconstituição de fraturas de ossos longos, em associação com pinos intramedulares ou

placas (SCHIMIDT & DAVIS, 1978; KIRBY & WILSON, 1991; CARRILLO et al.,

2005).

O dispositivo é uma fita de náilon 6.6 (poliamida), empregada

rotineiramente na engenharia elétrica, porém adaptada para uso em vários procedimentos

cirúrgicos após autoclavagem (SORBELLO et al., 1999; MIRANDA et al., 2004).

11

Este trabalho teve como objetivo avaliar a operacionalidade e

funcionalidade das abraçadeiras de náilon como método hemostático prévio para ligadura

dos complexos arteriovenosos do útero e ovários na OH de cadela.

12

2. REVISÃO DE LITERATURA

A adequada conscientização da população sobre o correto controle da

natalidade em animais domésticos e a aumento da população vem tornando a OH a cirurgia

mais realizada na Medicina Veterinária. Os métodos cirúrgicos que impedem a reprodução

são ferramentas indispensáveis nas estratégias de controle populacional (CASTRO et al.

2004).

O método de contracepção mais adequado para animais que não sejam

destinados a reprodução é a OH, seja para tratamento usual de afecções do trato

reprodutivo ou para esterilização eletiva de cadelas e gatas, a fim de evitar o ciclo estral

(MALM et al., 2004). Também muito empregada na prevenção de hiperplasia vaginal,

principalmente em casos de recidiva, e também para animais diabéticos ou epiléticos, para

evitar possíveis alterações hormonais capazes de interferir na terapêutica (STONE et al.,

1998).

O procedimento de esterilização eletiva é normalmente realizado em

animais jovens, antes ou depois do primeiro cio, podendo ser realizado em qualquer idade.

Caso seja realizado antes do primeiro ciclo ovariano, a incidência de neoplasias de

glândulas mamárias é menor que 0,5%, já após o primeiro cio o risco aumenta para 8%,

depois de dois ciclos, sobe para 26%, e depois dos dois anos e meio de idade não se tem

mais efeito preventivo sobre o desenvolvimento dos tumores das glândulas mamárias

(MIGLIARI & VUONO, 2000). Gatas não castradas apresentam probabilidade sete vezes

13

maior de neoplasias mamárias, comparando com fêmeas castradas (DORM et al., 1969).

Mais se realizada de forma muito precoce, antes do término de vacinação, estaremos

expondo os animais ao risco de contrair doenças infecciosas, pelos baixos níveis de

anticorpos presentes (MIGLIARI & VUONO, 2000).

2.1 Aparelho genital de cadelas

O aparelho genital da cadela é formado por vulva, cavidade vaginal,

glândulas acessórias, cérvix, corpo uterino, cornos uterinos, tubas uterinas, ovários,

ligamento largo do útero, ligamento redondo, mesovário, ligamento suspensor do ovário,

ligamento próprio do ovário, artérias e veias uterinas e atrérias e veias ovarianas (STONE,

CANTRELL; SHARP, 1998).

Os ovários da cadela localizam-se um a três centímetros caudais aos rins, se

prendem à parede abdominal por meio do mesovário, que é uma continuação do ligamento

largo uterino. Este último origina ainda o ligamento suspensor do ovário, ao se estender

cranialmente até o terço das duas últimas costelas e à superfície ventral do ovário. O

ligamento suspensor origina o ligamento próprio do ovário, que se estende da extremidade

caudal do ovário à extremidade cranial do corno uterino. Quanto à vascularização, os

ovários são supridos pelo complexo arteriovenoso ovariano (CAVO), que se situa no lado

medial do ligamento largo e supre, o ovário e a porção cranial da tuba uterina. Na cadela,

os dois terços distais do CAVO são retorcidos. A veia ovariana esquerda drena na veia

renal esquerda, e a veia ovariana direita na veia cava caudal. O útero da cadela consiste em

cérvix, corpo uterino, dois cornos uterinos, e duas tubas uterinas que se mantém preso à

parede dorso-lateral da cavidade abdominal e à parede lateral da cavidade pélvica,

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configurando um “Y”, por meio de duplas pregas pareadas do peritônio, denominadas

ligamentos largos do útero. Estendendo se caudal e ventralmente ao ligamento largo, se

encontra o ligamento redondo do útero, que passa através do canal inguinal, terminando no

processo vaginal. As artérias uterina, urogenital e ovariana provem vascularização intra e

extramural para o útero. A artéria uterina, que é um ramo da artéria ilíaca interna, supre a

maior parte da estrutura uterina; o ramo uterino da artéria urogenital supre a porção caudal

do útero, a cérvix e parte da vagina; e o ramo uterino da artéria ovariana irriga a parte

cranial dos cornos uterinos (FINGLAND et al., 1996).

2.2 Técnica cirúrgica na OH

Anatomicamente os ovários estão localizados dorsais e craniais a cicatriz

umbilical. O comprimento da incisão irão variar, de acordo com o porte e da espécie

animal. Numa cadela, a incisão é efetuada no terço cranial, já que a distância entre o

umbigo e o púbis é dividida em três terços, pois seus ovários são de mais difícil

exteriorização em relação ao corpo uterino (STONE et al., 1998; FINGLAND, 1996).

São utilizadas para identificação e remoção do ovário e do corno uterino da

cavidade abdominal três técnicas, sendo que a primeira é a visualização do corno uterino e

seus ligamentos; a segunda é com a utilização de um gancho para OH; e a terceira é a

utilização dos dedos indicadores direito e esquerdo como gancho (HAYES & WILSON,

1996). A técnica cirúrgica mais comumente adotada emprega abordagem ventral, através

da linha média de acordo com o porte e a espécie animal, utilizando três pinças

hemostáticas para realizar as ligaduras de pedículos ovarianos e coto uterino (DAVID,

1985; FINGLAND, 1996; STONE, 1998; HARARI, 1999).

15

Após a incisão abdominal, localização e exteriorização do corno uterino

direito, devem se perfurar o ligamento largo entre o ligamento suspensor e a borda do

CAVO. A seguir são fixadas três pinças hemostáticas no pedículo ovariano, então se pode

seccionar entre a pinça intermediária e a que se encontra mais próxima do ovário,

assegurando que todo o ovário tenha sido removido, a pinça mais distante é retirada para

que seja feita uma ligadura no sulco deixado pela mesma. O pedículo ovariano é obliterado

e inspecionado para verificação de possíveis hemorragias. Deve se repetir o mesmo

procedimento no pedículo ovariano oposto. Depois de feito estes procedimentos deve se

exteriorizar o corpo uterino, protegendo a artéria e a veia uterina. No corpo do útero são

aplicadas três pinças craniais à cérvix. Nos casos de úteros gravídicos ou aumentados,

realiza se ligadura antes de fazer a secção, já nos casos de úteros íntegros ou em anestro,

faz a secção do corpo uterino. As artérias uterinas são individualmente ligadas, com

suturas de transfixação em cada lado do corpo uterino, e cuidadosamente o corpo uterino é

reposicionado para dentro da cavidade abdominal e a pinça é removida (FINGLAND,

1996; STONE et al., 1998; HAYES & WILSON, 1998).

Outra técnica para ligadura do corpo uterino foi proposta por BORJRAB

(1996), onde é feita a colocação de suturas de transfixação bilaterais, onde exterioriza o

corpo uterino e se coloca suturas de transfixação que devem incorporar a artéria, veia e um

terço da largura do útero em cada lado do corpo uterino.

Visando diminuir o tempo operatório e os custos MIGLIARI & VUONO

(2000) propuseram técnica operatória modificada, a incisão de pele é realizada na linha

média, após uma pequena difusão do tecido subcutâneo, iremos visualizar a linha alba,

onde faremos uma incisão, o corno uterino é tracionado levemente para exteriorizar os

ovários. É feito uma abertura no mesovário, caudalmente ao CAVO. O pedículo é pinçado

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com duas pinças que deverão estar distantes o máximo possível uma da outra, irá fazer a

secção entre as pinças, passa se o fio por baixo da pinça para efetuar a ligadura do

pedículo, o mesmo é reposicionado no interior do abdômen, então retira se a pinça. O

mesmo procedimento se faz no pedículo ovariano oposto, em seguida exterioriza se, o

corpo uterino pinçando-o, passa se o fio sob a pinça, posicionando acima da cérvix, então é

feita a ligadura, e cuidadosamente o coto uterino é reposicionado na cavidade abdominal.

Após estes procedimentos devem se avaliar os pedículos ovarianos e o coto uterino quanto

a sangramentos antes do fechamento abdominal (STONE et al., 1998).

2.3 Abraçadeira de náilon

As abraçadeiras são comercializadas em diversos tamanhos e cores, sendo

identificadas por uma seqüência de letras e números que fornecem informações sobre o

tipo, a resistência a tensão, comprimento da fita, a cor, o material, a quantidade de

unidades por embalagem e o tipo de embalagem. Como exemplo, uma abraçadeira com o

código T18S9 significa que ela é o método padrão, tem resitência de tensão de 18 libras, é

curta, de cor natural e fabricada em náilon (HELLERMANNTYTON, 2008).

Estruturalmente a abraçadeira de náilon possui em uma extremidade um

sistema guia auto travante em continuidade a uma haste tipo fita, que ao longo de uma das

suas superfícies possui saliências transversais que permitem, uma vez inserida no guia, a

progressiva e irreversível redução do diâmetro da alça (CHÁVEZ-CARTAYA et al.,

1992).

As abraçadeiras de náilon são dispositivos projetados com um sistema de

auto trava, desenvolvidas para utilização em projetos eletro-hidráulicos. Flexíveis e

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elásticas favorecem seu manuseio, ajudam na economia da mão de obra pela sua

praticidade. Fabricadas em poliamida, resistentes ao desgaste além de muitas outras

características como resistente a produtos químicos, estão indicadas para o trabalho

contínuo na faixa de temperatura de menos 40ºC a 85°c, resistindo até 135ºC

(HOLLINGSWORTH, 1998).

As abraçadeiras de náilon são resistentes à tração tanto em seu estado

natural como após autoclavagem, são considerados materiais atóxico e resistente à

temperatura de até 260ºC após serem submetidas à análise de toxicidade e resistência

térmica no Instituto LUTZ (Ministério da Saúde – Secretaria Nacional de Vigilância

Sanitária e Alimentos) (SORBELLO, 1999). As abraçadeiras de náilon (poliamida) após

autoclavagem à 132°C por 30 minutos, indicaram que não ocorreram alterações

consistentes, e se mostraram com uma maior resistência após esse método de esterilização,

podendo ser uma opção na fixação de fraturas obliquas de fêmur (MIRANDA et al., 2006).

Apresentaram ainda alta resistência à tração, que é de 8,0 kg para abraçadeira de 2,5 x 100

mm, em seu estado natural, e de cerca de 9,0 kg para a mesma abraçadeira, quando

autoclavada (MIRANDA et al., 2006). ALBUQUERQUE (1990) apontou sua excepcional

tenacidade, alta resistência ao desgaste, baixo coeficiente de atrito, alta rigidez dielétrica e

resistência química excelente.

O náilon não é um material caro, de fácil esterilização com autoclave,

apresenta mínima perda de resistência, e pode resistir ao processo de autoclavagem por até

três vezes consecutivas (CAMPBELL & MARKS, 1985). A autoclavagem é um dos

métodos mais aceitos por ser, efetivo, seguro e relativamente barato, sendo seu uso

limitado a materiais que não se danificam com a umidade e calor. Outro método é a

aplicação de irradiação, nos quais são usados a materiais sensíveis ao calor, mais requer

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aparelhos de alto custo. Os raios gama são comumente utilizados para a esterilização de

náilon cirúrgico, já que a esterilização pelo calor por vapor pode reduzir sua resistência, já

que a irradiação não o prejudica, e um outro método é a utilização de formaldeído, na

esterilização de equipamentos médicos e cirúrgicos, mas seus vapores são irritantes e

podem lesionar tecidos (BERG & BLASS, 1985; VASSEUR, 1985).

As abraçadeiras de náilon têm sido empregadas nas mais diversas

especialidades cirúrgicas. Na cirurgia ortopédica SCHMIDT & DAVIS (1981)

empregaram as abraçadeiras de náilon associadas às placas metálicas na fixação interna de

fraturas, apresentando vantagens sobre os fios de aço, devido a praticidade na sua

aplicação e menor injúria causada ao tecido mole circunvizinhos. Também na ortopedia,

MIRANDA et al. (2004) avaliaram a resistência à tração das abraçadeiras de náilon

utilizadas como cerclagem na redução de fraturas em cães, e durante os testes físicos e

como cerclagem na redução de fraturas oblíquas de fêmur de cães, adequada resistência à

tração quando associada a pinos intramedulares, dando uma maior estabilidade e

consolidação da fratura.

As abraçadeiras de náilon têm sido utilizadas em cirurgias convencionais.

CHÁVEZ-CARTAYA et al. (1992) utilizou as abraçadeiras como suturas para fechamento

da parede abdominal, demonstrando a utilidade em laparotomias planejadas para lavagem

peritoneal nas septicemias intra-abdominal, para serem abertos ou fechados muitas vezes

se necessários. MIES & RAIA (1989) utilizou abraçadeiras de náilon como método

temporário para contenção do sangramento nas hepatectomia.

Na cirurgia vídeo assistida (laparoscopia ou toracoscopia), SORBELLO et

al. (1999) em estudo experimental com cães confirmaram a aplicação das abraçadeiras de

náilon, sendo possível a utilização para ligaduras hemostáticas de contenção e de

19

apresentação em diferentes órgão como: ligaduras de ducto cístico de diferentes alças do

intestino delgado e do cólon, do apêndice cecal e de vasos do meso, dos brônquios,

seguimento e lobo pulmonar, vasos de médio e grande calibre, apresentação do esôfago

abdominal.

Em estudos para reação tissular da abraçadeira de náilon como método de

ligadura do pedículo renal e uterino em coelhos, concluiu que a abraçadeiras de náilon

proveu hemostasia imediata após sua colocação não gerando reação tecidual, sendo então

segura (ROVERE et al., 2007).

Na orquiectomia de animais de grande porte, SILVA FILHO et al. (2004)

em estudo para verificar a viabilidade do uso da abraçadeira de náilon na ligadura de

cordão espermático em castração aberta em eqüinos, constataram que os animais após 12

meses não apresentaram nenhum tipo de rejeição à abraçadeira. Em estudo comparativo

das abraçadeiras de náilon como método de hemostasia na orquiectomia em eqüinos, ao

uso do emasculador e do categute, SILVA et al. (2006), concluíram que as abraçadeiras de

náilon mostraram se resistentes à tração exercida no local de aplicação, não apresentando

sinais de fragilidade, e apresentaram menor custo reduzindo o tempo de duração da

cirurgia. Na ovariectomia de éguas em posição quadrupedal com o uso de abraçadeiras de

náilon para hemostasia pedicular preventiva, conclui se que a abraçadeiras de náilon foi

eficaz na prevenção de hemorragia não ocorrendo deslizamento e se demonstrou segura

para fins cirúrgicos (RABELO et al., 2008).

O comportamento biológico das abraçadeiras de náilon foi avaliado por

SORBELLO et al. (1999), implantando segmento da abraçadeira de náilon no plano

muscular da região dorsal de 10 ratos brancos. Na macroscopia após 90 dias de implante

intramuscular, foi observado baixa reação inflamatória devido a ausência de exsudato e de

20

aderência dos tecidos aos fragmentos, onde através da microscopia foi confirmado o fato,

de que todos os 10 animais apresentaram escassa reação inflamatória em torno do material

implantado, representada por raros linfócitos e macrófagos, predomínio de fibrose madura

com presença de fibroblastos e fibras colágenas, não havendo nenhum granuloma.

Para avaliar a capacidade de apreensão do material, e sua aplicabilidade,

foram efetuados experimentalmente diversos tipos de ligaduras hemostáticas, de contenção

e de apresentação em diferentes órgãos em um cão (SRD), onde mostrou ser satisfatória

sua utilização (SORBELLO, 1999).

MATOS (2007), em estudo comparativo das reações teciduais produzidas

pela abraçadeira de náilon e o fio de náilon cirúrgico implantados na musculatura de ratos,

fizeram avaliação histopatológica da reação inflamatória, e puderam concluir que não

houve diferença entre as alterações teciduais causadas pela abraçadeira de náilon e as

produzidas pelo fio de náilon cirúrgico, observando o mesmo padrão de reação

inflamatória em ambos os matérias analisados.

Já SILVA et al. (2007), comparou a abraçadeira de náilon com o fio

categute e o emasculador na hemostasia preventiva em ovariectomia de 18 éguas sem raça

definida, clinicamente saudáveis, com variação de peso de 300 a 400 kg, e idade entre 3 a 8

anos. Onde os resultados foram analisados através de exame físico e hematológicos, e as

possíveis complicações no trans e pós operatório. Os autores concluíram que os 3 métodos

promoveram a hemostasia preventiva, mas a abraçadeira de náilon apresentou, menor

custo, não se observou intercorrências no pós operatório e diminui o tempo do

procedimento cirúrgico. Comprovando o que afirmou MANO (1991), o náilon é um dos

três plásticos de engenharia mais importantes e uma das suas propriedades é a resistência

mecânica a fadiga.

21

A abraçadeira de náilon, em comparação com fios de aço, apresenta como

vantagens a praticidade na sua aplicação e menor injúria causada aos tecidos mole

circunvizinhos (SHIMIDT & DAVIS, 1978).

22

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Abraçadeira de náilon

Foram utilizadas abraçadeiras de náilon (poliamida) fabricado pela Foxlux

com medidas de 200 x 25 mm, código 18.03, tipo fita, adquirida no comércio especializado

de matérias elétricos, esterilizadas uma única vez por sistema de autoclavagem.

3.2 Animal

Foi utilizada uma cadela domiciliar da raça Pit Bull, de pelagem marrom e

branca, com idade de aproximadamente 3 anos, pesando 24 kg.

3.3 Procedimento cirúrgico

3.3.1 Pré-operatório

O paciente foi submetido a um exame clínico geral, e a uma avaliação

laboratorial do perfil hematológico, através de um hemograma completo, segundo o qual

foi considerado apto a sofrer intervenção cirúrgica.

Após a avaliação clínica e laboratorial, o animal passou por um período de

12 horas de jejum alimentar e hídrico. Foi realizada uma ampla tricotomia da região

abdominal (figura 1).

23

A medicação pré-anestésica utilizada foi de 2,5 ml de cloridrato de xilazina

a 1% que é um agente agonista de receptores adrenérgicos alfa-2, associado a 1 ml do

sulfato de atropina 0,5 mg, que é um agente anticolinérgico, acondicionados na mesma

seringa e aplicado por via subcutânea.

Como anestesia geral foi utilizado o cloridrato de tiletamina a 250mg em

5ml que pertence ao grupo das ciclohexilaminas, com o zolazepan a 250mg em 5ml que é

uma agente benzodiazepínico na dosagem de 0,5 ml e aplicado por via endovenosa.

3.3.2 Transoperatório

Durante o período operatório foi feito fluidoterapia com soro fisiológico

0,9%, apenas para manter acesso venoso adequado e o paciente foi posicionado em

decúbito dorsal. Foi realizada à adequada assepsia do campo cirúrgico com solução de

clorexidine. Realizou se uma incisão mediana ventral retroumbilical na pele (figura 2) e

sequencialmente na musculatura e peritônio (figura 3), chegando ao interior da cavidade

Figura 1 – ampla tricotomia da região abdominal.

24

abdominal. Localizou se o corpo do útero com auxilio do dedo indicador, e através do

corpo do útero e com auxilio do afastador de Farabeuf os cornos uterinos direito e

esquerdo foram identificados (figura 4).

O corno uterino direito foi exteriorizado mediante tração ventral do órgão e

compressão dorsal a parede abdominal direita. Com o ligamento suspensor distendido, o

CAVO e a bursa ovárica foram identificados (figura 5). Então a primeira abraçadeira de

náilon foi colocada em torno do CAVO e do ligamento suspensor (figura 6), o sistema de

trava foi acionado, fazendo compresão circular e fixação da mesma (figura 7). A segunda

abraçadeira foi colocada da mesma forma, sendo mais ventral a primeira (figura 8).

A secção foi realizada entre as ligaduras e observado se houve hemorragia

(figura 9). Constatada a hemostasia, realizou se a secção transversal da abraçadeira, logo

após sua saída do sistema de trava (figura 10). Então identificou se o corno co-lateral e os

mesmos procedimentos foram novamente executadas, para a obliteração do pedículo

ovariano esquerdo.

Com a exposição do corpo do útero foi colocado à primeira abraçadeira, o

sistema de trava foi acionado (figura 11), fazendo uma compressão circular e fixação na

região cranial a cérvix. Só então a segunda abraçadeira foi colocada, sendo da mesma

forma da primeira (figura 12). O corpo do útero foi seccionado entre as ligaduras (figura

13), e avaliado quanto a hemorragia. Confirmado a hemostasia, realizou se a secção

transversal da abraçadeira, logo após sua saída do sistema de trava.

A laparorrafia foi realizada com náilon monofilamentar 0-0, respeitando se

os planos anatômicos, com sutura simples (figura 14).

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Figura 2 – Incisão mediana ventral Figura 3 – Incisão da musculatura e retroumbilical da pele. peritônio.

Figura 4 – Identificação dos cornos uterino Figura 5 – Identificação do CAVO e bursa com auxilio do afastador de Farabeuf. ovárica.

Figura 6 - Abraçadeira de náilon colocada Figura 7 – Acionamento do sistema de em torno do CAVO e do ligamento travas. suspensor.

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Figura 8 – colocação da segunda abraçadeira. Figura 9 – secção entre as ligaduras

Figura 10 - secção transversal da abraçadeira, Figura 11 – exposição e colocação da logo após sua saída do sistema de trava. primeira abraçadeira no corpo do útero.

Figura 12 – colocação da segunda abraçadeira Figura 13 – Secção do corpo uterino. no corpo do útero.

Figura 14 – laparorrafia, com sutura simples utilizando náilon 0-0.

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3.3.3 Pós-operatório

O animal foi mantido em observação até a normalização dos parâmetros

fisiológicos, recebendo alta.

Foram prescritos cefalexina 30mg/kg, 1 comprimido de 12 em 12 horas por

10 dias consecutivos, e meloxican 3mg/kg 1 comprimido e meio de 24 em 24 horas por 5

dias, curativo tópico com povidine tópico e uso de colar elisabetano por 10 dias. A cadela

foi acompanhada por 10 dias.

Um mês após a OH foi realizado exame ultrassonográfico, para verificar

possíves reações inflamatórias, fibrose ou acúmulo de líquido, e a correta hemostasia do

CAVO.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As abraçadeiras no presente trabalho mostraram se ser dispositivos seguros

e mais resistentes a tração quando autoclavadas conforme MIRANDA et al. (2006), não

rompendo ou afrouxando durante sua aplicação na OH de cadela. Podemos também

presumir que a técnica proposta otimize tempo operatório, uma vez que a duração da OH

foi de aproximadamente 15 minutos, tempo inferior encontrado por MALM et al. (2004),

cujo os procedimentos para OH convencional ou laparoscópica em cadelas, duraram em

média 21 a 61 minutos respectivamentes.

Onde as abraçadeiras de naílon se apresentam como uma ótima maneira

para a realização de OH em cadelas, diminundo o custo, o tempo operátório, e a não reação

inflamatória ou fibrótica, devido ao exame ultrassonografico realizado um mês após a OH.

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CONCLUSÃO

Através deste estudo e do exame ultrassonográfico realizado um mês após a

OH, podemos concluir que além de a abraçadeira de náilon (poliamida) ser um dispositivo

promissor para a ligadura vascular na hemostasia preventiva das estruturas vasculares do

útero e ovários na OH de cadelas, não produziu reação inflamatória e nem fibrose, e o não

acúmulo de líquido no coto ovariano. Também se mostraram resistentes à tração exercida

no local de aplicação, não apresentando sinais de fragilização, e também se mostrou ser de

fácil e rápida aplicabilidade, conferindo uma adequada obliteração das estruturas.

As abraçadeiras de náilon apresentaram vantagens relativas referentes ao

tempo cirúrgico e ao custo operacional.

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