UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE – UNIVALE
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – FACS.
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PRÓTESE DENTÁRIA
Raquel Helena Ferreira
AJUSTE OCLUSAL POR DESGASTE SELETIVO NA TERAPIA
ORTODÔNTICA
Governador Valadares
2009
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RAQUEL HELENA FERREIRA
AJUSTE OCLUSAL POR DESGASTE SELETIVO NA TERAPIA
ORTODÔNTICA
Monografia apresentada à Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Vale do Rio Doce em Governador Valadares como requisito para obtenção do grau de especialista em Prótese Odontológica . Orientador: Prof. Dr. Marcelo Marigo
Governador Valadares
2009
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AJUSTE OCLUSAL POR DESGASTE SELETIVO NA TERAPIA
ORTODÔNTICA
RAQUEL HELENA FERREIRA
Monografia apresentada à Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Vale do Rio Doce em Governador Valadares como requisito para obtenção do grau de especialista em Prótese Odontológica, sendo a banca examinadora composta por:
________________________________________________ Prof. Dr. Marcelo Marigo - Orientador
_________________________________________________ Professor Convidado
_________________________________________________ Professor Convidado
3
Dedico este trabalho à minha família.
Aos meus pais que sempre se esforçaram para
oferecer aos seus filhos uma educação de
qualidade, nos incentivando à eterna busca
pelo aprendizado e aprimoramento de nossas
capacidades.
Ao meu marido, pela paciência e pelo apoio à
minha dedicação aos estudos e, também por
estar sempre presente, ajudando-me.
Aos meus filhos, que serão sempre a razão do
meu viver.
4
AGRADECIMENTOS
A Deus, que me concedeu inteligência, aptidão, paciência e a oportunidade de nascer em um
lar, cujos pais fossem preocupados em proporcionar aos filhos, carinho, educação e formação
de caráter;
Ao meu marido pelo apoio e força, sempre;
Aos meus filhos que mesmo pequeninos, sabem a importância desse curso e entendem porque
nos distanciamos fisicamente por tantas vezes;
Aos meus amigos, que me ajudaram com incentivo e na busca de material para a apresentação
deste trabalho.
Ao Prof. Cândido como coordenador do curso. Pela sua dedicação, carinho, respeito,
companheirismo e profissionalismo.
Aos meus professores, em especial ao Rômulo Hissa, pela sua sabedoria, paciência, exigência,
EXCELÊNCIA e bondade ao nos ensinar e transmitir sem omissão conteúdos que foram
essenciais ao desenvolvimento de “novas” aptidões. Meu carinho, respeito e profunda
admiração.
Ao meu orientador Prof. Dr. Marcelo Marigo pelo carinho e atenção.
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Louvor do Aprender
Aprende o mais simples! Pra aqueles
Cujo tempo chegou
Nunca é tarde demais!
Aprender o abc, não chega, mas
Aprende-o! E não te enfades!
Começa! Tens de saber tudo!
Tens de tomar a chefia!
Aprende, homem do asilo!
Aprende, homem na prisão!
Aprende, mulher na cozinha!
Aprende, sexagenária!
Tens de tomar a chefia!
Frequenta a escola, homem sem casa!
Arranja saber, homem com frio!
Faminto, pega no livro: é uma arma.
Tens de tomar a chefia.
Não te acanhes de perguntar, companheiro!
Não deixes que te metam patranhas na
cabeça:
Vê c'os teus próprios olhos!
O que tu mesmo não sabes
Não o sabes.
Verifica a conta:
És tu que a pagas.
Põe o dedo em cada parcela,
Pergunta: Como aparece isto aqui?
Tens de tomar a chefia.
Bertold Brecht
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RESUMO
Objetivou-se nesse trabalho de revisão de literatura, demonstrar que o ajuste oclusal por desgaste seletivo pode e deve ser utilizado como recurso complementar durante e/ou na finalização da terapia ortodôntica, para obtenção de uma relação de estabilidade oclusal, evitando recidivas de maloclusão, possível sintomatologia de dor e prevendo futuros problemas de ATM. Considerou-se fundamental o conhecimento técnico e científico do profissional que realizará esse procedimento, uma vez que seja um desgaste irreversível da estrutura dental saudável, e quando mal executado incorrerá na necessidade de acréscimos futuros seja pela dentística ou prótese para resgatar o então desejado equilíbrio oclusal. O prazo recomendado para esse refinamento da oclusão dentária, varia de 6 a 8 meses após a finalização do tratamento ortodôntico.
Palavras-chave: Ajuste oclusal. Equilíbrio oclusal. Desgaste seletivo.
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ABSTRACT
The objective in this literature review work, is to show that an Occlusal Adjustment made by Selective waste can and needs to be used as a additional resource in Orthodontic Therapy during and/or in its finalization, to achievement in an Occlusal Stability relation, avoiding recurrence of a mallocclusion, possible symptons of pain and predicting future ATM problems. It was considered essential the technical and scientific knowledge of the professional who will conduct the procedure, once it is an irreversible waste of the healthy teeth structure, and poorly executed will incur the need of future additions done through Implant Dentistry and Prothesis to redeem the then desired Occlusal Balance. The recomended deadline to this refinement of the dental occlusion varies from 6 to 8 months after the orthodontic treatment. Key-words: Occlusal Adjustment. Occlusal Balance. Selective waste.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................ 09
2 REVISÃO DA LITERATURA....................................................................................... 12
2.1 OCLUSÃO...................................................................................................................... 12
2.2 AJUSTE OCLUSAL...................................................................................................... 13
2.3 AJUSTE OCLUSAL POR DESGASTE SELETIVO NA TERAPIA
ORTODÔNTICA. ................................................................................................................
15
3 DISCUSSÃO..................................................................................................................... 21
4 CONCLUSÃO................................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS................................................................................................................... 24
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1 INTRODUÇÃO
O ajuste oclusal é a remodelação sistemática da anatomia oclusal dos dentes, a fim de
minimizar todas as desarmonias oclusais nas posições oclusais mandibulares reflexas
(MOYERS 1988).
O ajuste oclusal, por desgaste seletivo ou coronoplastia, é um procedimento
terapêutico muito efetivo, de enorme valor no tratamento da disfunção oclusal e de suas
severas sequelas patológicas no sistema estomatognático. Atua como um mecanismo de
compensação artificial do sistema para conservar a harmonia morfofuncional da oclusão
dental. O ajuste oclusal também é uma modalidade terapêutica para a obtenção da estabilidade
oclusal, em pacientes que foram submetidos a tratamentos ortodônticos e cirúrgicos
ortognáticos. O objetivo fundamental do ajuste oclusal consiste em melhorar as relações
funcionais das arcadas dentárias, de modo que dentes e periodonto recebam estímulos
uniformes e possam realizar suas funções com a máxima eficiência. Atua como um
mecanismo de compensação artificial do sistema estomatognático, e substituição ao
mecanismo natural fracassado, em sua missão de conservar a harmonia morfo-funcional
(BATAGLION, 2009).
O ajuste oclusal é um procedimento efetivo quando realizado com correta indicação e
a observância dos conhecimentos básicos da oclusão dental, estando associado à diminuição
do tempo de tratamento (PINZAN et al., 2009).
Segundo Bellini et al. (2008), por ser uma técnica que envolve desgaste dentário, ou
seja, perda de estrutura dentária hígida, este tipo de ajuste oclusal se não for executado por
profissional capacitado, pode ser fator iatrogênico determinante para um futuro problema que
o paciente possa apresentar. Por esse motivo a utilização deste procedimento ainda gera
opiniões diversas como uma técnica de tratamento preventivo em todos os pacientes pós-
ortodônticos, principalmente os que não apresentam disfunção temporomandibular.
Os autores ainda acreditam o ajuste oclusal seja uma ferramenta indispensável na
clínica, em todas as especialidades e que, deve-se sempre levar em consideração o paciente
como um todo, não somente o alinhamento de dentes. Na finalização ortodôntica, pela
dificudade de se obter, em todos os casos, uma oclusão perfeita com os côndilos em relação
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cêntrica, onde alguns dentes sofrem desgastes, muitos têm anatomia anormal e/ou
restaurações. Para obter resultados excelentes é preciso ajustar complementando os casos com
essa terapia. Desta forma, torna-se necessário conhecer a correta oclusão na estabilidade do
caso e acompanhamento do mesmo.
O ajuste oclusal por desgaste seletivo é a conduta terapêutica que propõe modificações
nas superfícies dos dentes, restaurações ou próteses, buscando harmonizar os aspectos
funcionais maxilomandibulares na oclusão em relação cêntrica e nos movimentos excêntricos
(FERNANDES NETO et al., 2004). O objetivo é melhorar as relações funcionais da dentição
para que, juntamente com o periodonto de sustentação recebam estímulos uniformes e
funcionais, propiciando as condições necessárias para a saúde do sistema neuromuscular e das
articulações temporomandibulares (JANSON et al., 1984).
A ortodontia tem como objetivo a obtenção de uma estética agradável, equilíbrio e
estabilidade oclusal ao longo do tempo, buscando a coincidência de relação cêntrica e máxima
intercuspidação habitual.
Devido o tratamento ortodôntico apresentar limites de resultados, podendo apresentar
contatos prematuros, os quais precisam ser eliminados para um melhor relacionamento
oclusal, a terapia de desgaste seletivo melhorará o relacionamento das estruturas dentárias,
podendo contribuir na eliminação dos sintomas bucofaciais. Sendo assim, comprova-se a
necessidade de se realizar ajustes oclusais como método de complementação do tratamento
ortodôntico (MADEIRA e VANZELLI, 1999).
Aubrey et al. (1978), analisando os objetos do tratamento ortodônticos quanto à
oclusão, destacou a necessidade de ajuste oclusal no paciente pós-ortodôntico para evitar
problemas na ATM.
O ajuste oclusal pode ser indicado após o tratamento ortodôntico a fim de se obter uma
estabilidade mandibular adequada, livre de interferências oclusais, que podem causar
recidivas e problemas articulares. Porém, o ajuste oclusal por desgaste seletivo, deve ser feito
com muito critério (BELLINI et al., 2008).
Assim, este estudo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura a respeito da
necessidade do ajuste oclusal por desgaste seletivo como terapia complementar do tratamento
ortodôntico, observando-se contatos interoclusais prematuros e possíveis interferências
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oclusais provenientes da movimentação ortodôntica. Tal procedimento clínico tem como
finalidade obter uma estabilidade mandibular, livre de prematuridades e interferências
oclusais, através da eliminação por desgaste dos contatos indesejados.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
Visando uma abordagem mais específica e um melhor entendimento dos assuntos
levantados, elencamos esse capítulo em sub-itens.
2.1 OCLUSÃO
O princípio básico da oclusão normal somente considerava a relação normal dos
planos inclinados oclusais dos dentes com os arcos em oclusão como pré-requisito para a
obtenção da chamada oclusão normal. Angle (1899) foi o pioneiro neste campo, pois, por
meio de observações em uma coleção de crânios, reuniu as informações que considerou
necessárias para formular seu conceito de oclusão normal. Enquanto sua forte influência
prevaleceu, outras idéias eram rejeitadas. Somente após a sua morte, novos estudos tiveram
seu valor reconhecido.
Sicher (1953) preconizou o maior número possível de contatos dentários em trabalho,
ou seja, a oclusão em grupo, estudando a respeito dos contatos dentários em movimentos
laterais que variam segundo número e localização gerando técnicas diferentes de ajuste
oclusal, adequados aos esquemas como guia canino, função de grupo ou função balanceada.
Ramfjord e Ash (1971) abordaram dois conceitos principais de oclusão: um deles é o
conceito protético de oclusão balanceada das dentaduras completas onde a eficiência e
estabilidade funcional são aumentadas com contatos dentários bilaterais nas excursões de
lateralidade e protrusão. O outro é orientado ortodonticamente sob o aspecto de que são
salientadas as relações estáticas cúspidefossa aceitáveis; e assim, a oclusão não concordante
com essa relação é designada como maloclusão.
Andrews (1972) publicou um artigo intitulado “As seis chaves para uma oclusão
normal”, no qual descreveu as características comuns encontradas no estudo de 120 casos
portadores de oclusão normal, que nunca haviam se submetido a nenhum tipo de tratamento
ortodôntico. O resultado desta pesquisa foram as seis chaves da oclusão normal que passaram
então a ser consideradas como a “meta ideal” estática a ser obtida ao término dos tratamentos
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ortodônticos. São elas: Relação de molares apropriada; angulação das coroas; inclinação
(torque) apropriada das coroas; ausência de rotação; contatos interproximais justos e curva de
Spee plana.
O paradigma estético adiciona às necessidades e metas funcionais do paciente, outros
aspectos como: a apresentação do sorriso e a estética da face (SARVER e ACKERMAN,
2005).
As metas funcionais de oclusão (relação normal em molares e caninos, trespasse
vertical e sobressaliência ideais) continuam a existir, mas são avaliadas dentro do contexto de
uma análise dentofacial expandida. Um modelo de classificação de aparência e estética, onde
se considera três áreas de tratamento estético, oferece estrutura para uma avaliação sistemática
das necessidades de cada paciente. A macro-estética onde são analisados perfil, proporções
verticais da face, volume dos lábios, projeção do mento, projeção do nariz e tamanho das
orelhas; a mini-estética através da observação da exposição dos incisivos, simetria e arco do
sorriso, apinhamento dental e exposição da vermelhidão do lábio e a micro-estética,onde se
observa forma e contorno da gengiva, espaços triangulares, diastemas e coloração dentária
(SARVER, 2007).
2.2 AJUSTE OCLUSAL
Roth (1981), afirmou que um objetivo do tratamento ortodôntico seria o de produzir
um resultado no qual a relação cêntrica e a máxima intercuspidação habitual coincidissem e
em que, em relação cêntrica, todos os dentes opostos contactassem seus antagonistas
simultaneamente, com a ausência de qualquer deslize mandibular, e, nas excursões
excêntricas, os dentes anteriores, especialmente os caninos, desarticulassem os posteriores
após um leve movimento. Além disto, acredita-se que quanto mais próximo desta relação,
mais estável será o resultado do tratamento ortodôntico e menor o risco de trauma oclusal.
Ramfjord e Ash (1984), afirmaram que é importante enfatizar, que o ajuste oclusal é
um procedimento irreversível e que deve ser realizado somente quando houver absoluta
certeza de que a oclusão existente está causando algum distúrbio ao sistema mastigatório.
14
Haydar et al. (1992), consideram a necessidade de prevenir uma disfunção dolorosa na
articulação temporomandibular nos casos ortodônticos, por meio da eliminação de
interferências oclusais com o uso do ajuste oclusal. Consideram o ajuste oclusal parte
integrante do tratamento ortodôntico.
Roth (2003) afirmou que o tratamento ortodôntico é uma forma de reabilitação bucal
completa, obtida clinicamente em esmalte e, como tal, deve seguir as regras de oclusão
exigidas para obter-se saúde bucal em longo prazo, tanto na odontologia restauradora quanto
protética, se os ortodontistas pretendem prover um serviço de saúde verdadeiro. Afirma
também a importância da relação entre a oclusão e a articulação temporomandibular, e, além
disso, a oclusão, se alterada, deve ser modificada para estar em harmonia com a posição
articular ótima no fechamento e nos movimentos bordejantes. A estabilidade não será obtida
na ausência de uma articulação estável, em posição articular também estável, além de contatos
interoclusais cêntricos apropriados, com desoclusão dos dentes posteriores quando em
movimento.
Bataglion e Nunes(2009) esclarece que para se realizar o ajuste oclusal algumas
normas devem ser estabelecidas e seguidas, tais como: Eliminação de contatos prematuros e
as interferências oclusais ; estabelecimento de ótimas relações oclusais funcionais ;
estabilidade oclusal de maneira que, após o ajuste oclusal, tenha lugar apenas a disposição
desejável ou inevitável dos dentes; distribuição das paradas cêntricas de maneira, que a força
oclusal principal aplicada ao dente, seja em direção axial (em seu longo eixo) e domínio das
posições fundamentais da mandíbula em todas as tentativas de um ajuste oclusal (posição
mandibular de relação cêntrica (RC); posição mandibular em máxima intercuspidação
habitual (MIH); posição mandibular de relação cêntrica de oclusão (ROC); Posição
mandibular em lateralidade e protrusiva).
Pinzan et al. (2009) esclarecem que uma avaliação e um planejamento pode auxiliar o
profissional se for utilizada a “regra das bandeirinhas”, modificado de Okeson (1992) na hora
de decidir qual o melhor procedimento quando se refere à identificação de interferências
dentais . Um quadro mostra três possíveis contatos de oclusão. Na bandeira azul, onde a
cúspide de suporte está próxima a sua fosseta, o ajuste por desgaste seletivo está indicado.
Quando o contato ocorre na bandeira vermelha, o desajuste entre as cúspides de suporte é bem
maior, e pode ser corrigido por meio da confecção de uma prótese unitária. Já quando ocorre
na bandeira amarela, as cúspides estão se tocando ponta a ponta, notificando um desajuste
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importante e severo, indicando invariavelmente uma movimentação ortodôntica para o ajuste
da oclusão dentária.
2.3 AJUSTE OCLUSAL POR DESGASTE SELETIVO NA TERAPIA ORTODÔNTICA
O efeito do movimento dentário para vestibular levando à recessão periodontal foi
descrito por Zachrisson (1978) como um efeito iatrogênico que pode aparecer durante a
Ortodontia ou se estabelecer de forma tardia após o tratamento finalizado. O alcance da
normalidade oclusal em movimentos mandibulares é definido pelas características de
anatomia e posição dos dentes. Ao finalizar o tratamento ortodôntico deve haver um trespasse
vertical adequado, normalmente entre 2 e 3 mm. Os contatos nos dentes anteriores devem ser
mais leves em relação aos contatos entre dentes posteriores, no entanto, precisam ser efetivos
para que haja imediata desoclusão destes dentes quando do início do movimento mandibular.
A falta de um trespasse vertical adequado com contatos fortes gera vetores de forças
horizontais indesejáveis, vestibularizando os dentes que "fogem" do trauma oclusal. Esta
migração dentária para vestibular torna-se patológica, pois comprime o periodonto, gerando,
consequentemente, a perda de osso cortical e a migração apical da inserção gengival.
Muitos pacientes, durante ou após o tratamento ortodôntico, podem desenvolver sinais
e sintomas de disfunção temporomandibular (DTM), como descrito por Grenne em 1982 e
1988. Conclui nestes estudos que a sintomatologia dolorosa ou recidiva de maloclusão, pós-
tratamento ortodôntico, ocorreu em pacientes não submetidos ao refinamento do equilíbrio
oclusal.
Okeson (1992) definiu o ajuste oclusal como um equilíbrio da oclusão por meio de
desgastes seletivos e afirmou que o uso deste procedimento é limitado pelo fato de serem
permanentes e irreversíveis. Desgastes seletivos estão indicados para eliminar uma desordem
temporomandibular e como tratamento complementar, associados com mudanças oclusais ao
tratamento ortodôntico, por exemplo. Afirmou também que ajustes oclusais por desgastes são
a eliminação do deslize das posições de relação cêntrica para máxima intercuspidação. O
deslize da mandíbula é causado pela instabilidade dos contatos entre vertentes de dentes
opostos. Quando a ponta de cúspide contata uma superfície plana em relação cêntrica e uma
força é aplicada pelos músculos elevadores da mandíbula, não ocorre deslize. Assim, para se
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conseguirem contatos aceitáveis em relação cêntrica, deve-se alterar ou recontornar todas as
vertentes em ponta de cúspide ou superfície plana. O desgaste de interferências durante os
movimentos excêntricos tem como objetivo, complementar o aspecto funcional dos contatos
dentários, que irão servir para guiar a mandíbula por meio destes movimentos. Em função, os
dentes posteriores não são apropriados para receber forças geradas nos movimentos
excêntricos e desgastes, sendo assim são realizados para que somente os dentes anteriores
façam a desoclusão bilateral dos dentes posteriores.
Santos Jr. (1995), afirmou que o ajuste oclusal, deve ter uma indicação específica para
cada paciente. Não deve ser feito como um procedimento profilático na esperança de retardar
algo ainda não existente no momento, mas talvez esperado para o futuro. Existem indicações
e contra-indicações específicas para o ajuste oclusal. Descreveu também que a estabilidade
dos resultados ortodônticos pode ser aumentada por meio do ajuste oclusal e que o melhor
momento para o ajuste oclusal pós-ortodôntico parece ser depois que a manutenção tenha
ocorrido por seis a oito meses. A instabilidade oclusal após o tratamento ortodôntico parece
ser uma parte do fenômeno de retorno à condição anterior e os resultados podem ser
melhorados com o ajuste oclusal. Relatou ainda os pré-requisitos para o ajuste oclusal, como
condições prévias importantes que devem ser consideradas e se alguma delas não for
encontrada, os resultados serão menores do que se espera ou piores do que antes do ajuste
oclusal. Nenhum ajuste pode ser realizado, a menos que seja certa a facilidade de obtenção da
posição de relação cêntrica, que também não deve causar desconforto para ser conseguida. Se
causar dor, deve-se suspeitar de disfunção ou técnica inadequadas. Certos pacientes irão
necessitar de terapia por placa, antes do ajuste oclusal, de forma a realizar este pré-requisito e
por fim A realização da regra do teste dos terços é um pré-requisito anatômico que auxilia em
assegurar que a remoção de estrutura dental seja economizada e que as forças de fechamento
seriam mais próximas dos longos eixos dos dentes. Enquanto se examina o modelo montado
em relação cêntrica ou se mantém a mandíbula no primeiro contato em relação cêntrica, notar
a posição da cúspide vestibular dos pré-molares inferiores em relação à cúspide palatina dos
pré-molares superiores. O ajuste diagnóstico nos modelos é vital antes de realizar a decisão
final.
Oliveira (2002), afirmou que a estabilidade da relação oclusal após a movimentação
ortodôntica pode ser aprimorada pelo desgaste seletivo. Além de um resultado muito mais
próximo da oclusão funcionalmente ideal, a estabilidade oclusal resultante do ajuste contribui
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para a prevenção de eventuais recidivas. Como o objetivo é a obtenção de estabilidade, a
realização do desgaste seletivo posterior ao tratamento ortodôntico independe da presença ou
não da disfunção temporomandibular.
Santos et al. (2005), descreveram o ajuste oclusal por desgaste seletivo como forma de
eliminar as interferências oclusais durante os movimentos funcionais, promover a remissão
dos sintomas de disfunção no sistema estomatognático e aumentar o número de contatos na
oclusão de relação cêntrica, justificando sua utilização ao final do tratamento ortodôntico.
Mello et al. (2006) realizaram um estudo com o objetivo de verificar a atividade
eletromiográfica em 18 indivíduos de ambos os sexos submetidos a tratamento ortodôntico
corretivo com a Mecânica de Edgewise, comparando um grupo controle constituído por 09
indivíduos, que ao término do tratamento ortodôntico, apresentaram uma máxima
intercuspidação habitual (MIH) igual a relação cêntrica (RC), com 09 indivíduos que ao
término do tratamento ortodôntico apresentaram a máxima intercuspidação habitual diferente
da relação cêntrica e avaliá-los novamente após o ajuste oclusal. As análises eletromiográficas
foram realizadas por meio de movimentos mastigatórios e manutenção de posições posturais,
antes e após a terapia do ajuste oclusal. Notaram que houve uma tendência significativa para
o aumento da atividade eletromiográfica no repouso, na relação cêntrica e na mastigação e
uma diminuição da atividade na lateralidade e protrusão nos indivíduos submetidos à terapia
de ajuste oclusal. Concluíram que a terapia de ajuste oclusal por desgaste seletivo promove
alterações na ativação da musculatura mastigatória.
Carneiro et al. (2007) apresentaram um trabalho com o objetivo salientar a
importância do ajuste oclusal por desgaste seletivo como método de complementação do
tratamento ortodôntico, visando melhorar as relações funcionais do sistema estomatológico.
Paciente GBB, 28 anos, após seis meses de remoção do aparelho ortodôntico, foi
encaminhado pelo ortodontista à clínica de Disfunção Temporomandibular, com queixa de
dor nos músculos mastigatórios e cervicais, sintomatologia nas ATMs e cefaleia. Ao exame
clínico foi detectado distância entre o RC e MIH de 2 mm, com interferência na crista
longitudinal mesial do 1° pré-molar superior esquerdo, aumento da dimensão vertical de
oclusão, sensibilidade e estalido nas ATMs e hiperatividade nos músculos masseter, temporais
(feixes médios), pterigóides laterais superiores e inferiores e pterigóides mediais. O
tratamento indicado foi o ajuste oclusal por desgaste seletivo, para corrigir a DVO e reduzir a
diferença entre RC e MIH. Após dez sessões houve remissão da sintomatologia, com
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acompanhamento da paciente por um período de 3 anos sem queixas. Conclui-se que a
ausência de algumas características oclusais pode, eventualmente, levar a alterações com
sérias consequências para o sistema estomatognático, como a presença de contatos prematuros
que podem alterar a posição mandibular e condilar, causando contrações musculares
isométricas. Nestes casos o ajuste oclusal por desgaste seletivo é o método de tratamento
indicado.
Curado et al. (2007) realizaram um estudo em uma paciente do sexo feminino, 22
anos, após término de tratamento ortodôntico apresentava mordida aberta anterior leve. Nesta
situação, o ajuste oclusal é indicado para finalizar o tratamento ortodôntico. Os desgastes
foram realizados nos dentes posteriores, já que um milímetro de desgaste nesta região, fecha
aproximadamente três milímetros de mordida aberta anterior. Concluíram que, o ajuste
oclusal é um tratamento eficaz e conservador no fechamento de mordida aberta anterior leve.
Belini et al. (2008) realizaram um trabalho com o objetivo de fazer uma revisão da
literatura a respeito da necessidade do ajuste oclusal por desgaste seletivo pós-tratamento
ortodôntico em pacientes que não apresentavam disfunção temporomandibular, visto que é
um procedimento clínico que tem como finalidade obter uma estabilidade mandibular, livre de
prematuridades e interferências oclusais. Após revisar a literatura, desde 1899 até 2003,
chegaram à conclusão que o ajuste oclusal pode ser indicado após o tratamento ortodôntico a
fim de se obter uma estabilidade mandibular adequada, livre de interferências oclusais, que
causam recidivas e problemas articulares. Porém, o ajuste oclusal por desgaste seletivo, deve
ser feito com muito critério, pois qualquer falha em seu planejamento ou execução leva a
danos irreversíveis para o paciente.
Brandão e Brandão (2008) consideram aceitável que, ao final do tratamento
ortodôntico, exista uma diferença de RC para MIH de até 3 mm, com desvio para anterior da
mandíbula, desde que não gere forças horizontais excessivas sobre os dentes anteriores;
trespasse vertical adequado, normalmente, entre 2 e 3 mm; na abertura e fechamento, os
contatos nos dentes anteriores devem ser mais leves em relação aos posteriores, e os dentes
anteriores devem promover imediata desoclusão dos dentes posteriores nos movimentos
excursivos. A guia pelo canino é preferencial em relação à função em grupo nos movimentos
laterais da mandíbula e não devem existir interferências dos dentes no lado de não trabalho.
Durante a fase de finalização do tratamento ortodôntico, o profissional que busca excelência
em seus resultados encontra, frequentemente, três problemas comuns ao fazer análise oclusal:
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pequeno desvio de RC para MIH, que deve ser corrigido caso gere fortes contatos nos dentes
anteriores; diferença de magnitude dos contatos oclusais bilaterais; ausência de alguns
contatos oclusais necessários para o equilíbrio oclusal e estabilização mandibular. O ajuste
oclusal pode promover a remoção desses fatores indesejáveis e encurtar o tempo do
tratamento.
Borges et al. (2008) realizaram um estudo com o objetivo de estabelecer melhorias nas
relações funcionais do sistema estomatognático e estabilizar os resultados alcançados pelo
tratamento ortodôntico, o ajuste oclusal por desgaste seletivo pode ser um coadjuvante
importante nessa fase do tratamento. Este estudo avaliou dados clínicos relacionados à
sintomatologia dolorosa muscular e desequilíbrio oclusal. Inicialmente 121 pacientes foram
avaliados e desses, 36 (29,75%) foram selecionados e receberam o tratamento por meio de
ajuste oclusal por desgaste seletivo. Dos 36 pacientes que receberam o ajuste oclusal por
desgaste seletivo como tratamento, 32 (88,89%) responderam satisfatoriamente e não
apresentaram a sintomatologia registrada no exame inicial. Os resultados obtidos sugerem que
o desequilíbrio oclusal pode desencadear sintomatologia dolorosa em estruturas do sistema
estomatogático, sendo que o ajuste oclusal por desgaste seletivo pode ser empregado como
complementação do tratamento ortodôntico e que é significativo no tratamento de desordens
temporomandibulares.
Pinzan et al. (2009) esclarecem que preferencialmente, o ajuste oclusal por desgaste
deve ser realizado após o tratamento ortodôntico . O que realmente pode-se executar, durante
a terapia corretiva, é a eliminação de alguma interferência oclusal anormal, com a finalidade
de restaurar a forma anatômica normal dos dentes. Os autores entendem que, somente devem
ser efetuados ajustes oclusais para a eliminação de interferências mais intensas, uma vez que
nos primeiros meses após a remoção dos aparelhos haveria uma tendência natural e fisiológica
de reacomodação, buscando uma adaptação às forças funcionais geradas pela própria
dinâmica do sistema estomatognático. Deste modo, após essa fase inicial de readaptação
fisiológica, os ajustes oclusais mais detalhados poderão ser iniciados. Ao se registrar o
número de contatos oclusais logo após o término do tratamento ortodôntico, o profissional irá
aferir um número ‘x’ de pontos de contatos. Esse número irá aumentar em torno de 50% após
um ano da retirada do aparelho. A explicação para esse fato seria uma estabilização e uma
acomodação dental. Assim, aconselha-se aguardar em torno de oito meses pós-tratamento
ortodôntico para o refinamento da oclusão dentária. O periodonto, após a remoção do
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aparelho ortodôntico, apresenta mobilidade, impossibilitando um ajuste oclusal preciso. O
desgaste de contatos grosseiros pode ser necessário em situações de grande sobrecorreção ou
quando for necessária a retirada precoce do aparelho, por solicitação do paciente.
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3 DISCUSSÃO
Angle (1899) foi pioneiro na conceituação de oclusão normal, considerando os planos
oclusais dos dentes com os arcos em oclusão, trazendo grande influência para a odontologia,
com maior reconhecimento após sua morte. Sicher (1953) estudou a respeito da oclusão em
grupo preconizando maior número de contatos dentários em trabalho. Já Ramfjord e Ash
(1971) abordaram conceitos de oclusão normal e balanceada em PT (próteses totais) e
ortodontia. Porém, apenas em 1972, Andrews estabeleceu as seis chaves para uma oclusão
normal como a meta ideal estática a ser obtida ao término dos tratamentos ortodônticos.
Bennet e Mclaughlin (1994) avaliaram objetivos oclusais estáticos ideais no
tratamento ortodôntico e Sarver e Ackerman (2005) adicionaram às necessidades e metas
funcionais do paciente, outros aspectos como a apresentação do sorriso e a estética da face.
Em relação ao ajuste oclusal após a remoção do aparelho ortodôntico, Roth (1981),
acredita na importância da coincidência da RC e MIH, após a finalização da ortodontia, onde
considera sempre importante o refinamento oclusal, enquanto Ramfjord e Ash (1984),
consideram que sendo o ajuste oclusal um procedimento irreversível, deve ser realizado
somente quando houver absoluta certeza que a oclusão existente esteja causando algum
distúrbio ao sistema mastigatório.
Alguns autores acreditam que caso não seja feito o ajuste oclusal por desgaste seletivo
após o tratamento ortodôntico,podem surgir anomalidades. Zachrisson (1978) considera a
recessão periodontal, um efeito iatrogênico que pode aparecer durante a Ortodontia ou se
estabelecer de forma tardia após o tratamento finalizado, acreditando que o ajuste oclusal por
desgaste seletivo seria importante para evitar tais situações concordando com Greene em 1982
e 1988, quando concluiu que a sintomatologia dolorosa ou recidiva de maloclusão, após o
tratamento ortodôntico, ocorre em pacientes não submetidos ao refinamento do equilíbrio
oclusal e também com Haydar et al. (1992) que acreditam no ajuste oclusal por desgaste
seletivo como parte integrante do tratamento ortodôntico, prevenindo disfunção dolorosa da
ATM.
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Enquanto Pinzan et al. (2009) demonstram que uma avaliação e um planejamento são
necessários para se verificar a real possibilidade de desgaste para se chegar a estabilidade de
oclusão por desgaste seletivo, Bataglion (2009) estabelece regras para o ajuste oclusal, que
devem ser conhecidas e rigorosamente seguidas..
Okeson (1992); Carneiro et al. (2007); Curado et al. (2007); Belini et al. (2008);
Borges et al. (2008) e Pinzan et al. (2009) indicaram o ajuste oclusal por desgaste seletivo,
como meio de promover a remoção de fatores indesejáveis e encurtar o tempo do tratamento
na ortodontia enquanto Santos Jr. (1995), esclarecia que o ajuste oclusal deve ter uma
indicação específica para cada paciente.
Oliveira (2002) observa que a realização do desgaste seletivo posterior ao tratamento
ortodôntico independe da presença ou não da disfunção temporomandibular, enquanto Mello
et al. (2006), esclarecem que a terapia de ajuste oclusal por desgaste seletivo promove
alterações na ativação da musculatura mastigatória.
Quanto ao melhor momento para se efetuar o ajuste oclusal, Santos Jr. (1995)
concorda com Pinzan et al. (2009) quando recomendam seis a oito meses pós-tratamento
ortodôntico para o refinamento da oclusão dentária.
Santos et al. (2005), concluíram que o ajuste oclusal por desgaste seletivo como forma
de eliminar as interferências oclusais durante os movimentos funcionais, promover a remissão
dos sintomas de disfunção no sistema estomatognático e aumentar o número de contatos na
oclusão de relação cêntrica, justifica sua utilização ao final do tratamento ortodôntico da
mesma forma que Curado et al. (2007), demonstram sua eficácia no fechamento de mordida
anterior leve.
Belini et al. (2008) chegaram à conclusão que o ajuste oclusal pode ser indicado após
o tratamento ortodôntico, a fim de se obter uma estabilidade mandibular adequada, livre de
interferências oclusais, que causam recidivas e problemas articulares, enquanto Brandão e
Brandão (2008); Borges et al. (2008), concluíram que ajuste oclusal pode promover a
remoção de fatores indesejáveis e encurtar o tempo do tratamento. Porém, o ajuste oclusal por
desgaste seletivo, deve ser feito com muito critério, pois qualquer falha em seu planejamento
ou execução leva a danos irreversíveis para o paciente.
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4 CONCLUSÃO
Após a revisão da literatura sobre a efetividade do ajuste oclusal por desgaste seletivo
na terapia ortodôntica, concluiu-se que:
a) O ajuste oclusal por desgaste seletivo, como terapia complementar da ortodontia vem
sanar possíveis problemas associados com as mudanças oclusais do tratamento
ortodôntico, proporcionando uma oclusão equilibrada;
b) O ajuste oclusal por desgaste seletivo atua diminuindo a ocorrência de recidivas após o
tratamento ortodôntico e prevenindo futuros problemas na articulação
temporomandibular; devido a estabilidade oclusal que proporciona;
c) O ajuste oclusal por desgaste seletivo pode ser realizado durante e/ou depois da terapia
ortodôntica;
d) O prazo recomendável para o refinamento da oclusão dentária é de 6 a 8 meses pós-
tratamento ortodôntico;
e) O ajuste oclusal por desgaste seletivo deve ser feito com muito critério, pois qualquer
falha em seu planejamento ou execução leva a danos irreversíveis na estrutura dental
saudável.
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