BORDADOS INDIANO, MEXICANO E RENDA MEDITERRÂNEA
ESTE MATERIAL É PARTE INTEGRANTE DO CURSO ONLINE “BORDADOS INDIANO, MEXICANO E RENDA MEDITERRÂNEA” DA EDUK (WWW.EDUK.COM.BR) CONFORME A LEI Nº 9.610/98, É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL E PARCIAL OU DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTE MATERIAL SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO AUTOR (ARTIGO 29)
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O cursoAprenda bordados indiano, mexi-cano e renda mediterrânea, para tornar suas peças ainda mais es-peciais; seja um diferencial no mercado de bordados! De forma simples, didática e prática Valqui-ria Campanelli, vai te mostrar er-ros e soluções, para o desenvolvi-mento das peças de maneira fun-cional. Você vai se surpreender com o que pode fazer com agulha e linha! Corra e reserve já o seu lugar.
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Nível do curso Avançado
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A expertBordadeira e professora da técni-ca há 20 anos, adora adaptar mé-todos antigos, trazendo-os para a época atual e tornando-os práti-cos e acessíveis. Temos hoje em dia, matéria-prima abundante para explorar, desde linhas e teci-dos até outros materiais criados especificamente para determi-nadas técnicas. Assim fica mais fácil não se deter diante da difi-culdade em obter material para confeccionar os mais diversos tipos de peças. Tenho estudado profundamente algumas técni-cas de bordado da Índia e do Mé-xico e adaptado com sucesso es-sas técnicas para o Brasil, crian-do uma didática incrível e popu-larizando a técnica tornando-as rentáveis. As rendas do Medi-terrâneo sempre me fascinaram, porque aprendi quando criança, pois sou de descendência liba-nesa, mas exploro todo tipo de renda, seja inglesa, marroquina, romena, italiana, enfim todo tipo de renda feita com agulha. Espe-ro que vocês gostem das técnicas escolhidas para esse curso, se di-virtam aprendendo, assim como eu me diverti compartilhando o meu conhecimento com vocês. E o mais importante ganhem di-nheiro com isso.
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CAMISETA PRETA EM SHISHA
TÉCNICA: BORDADO INDIANO..........................................................7
SHISHA: CRIAÇÃO E MATERIAIS .....................................................10
SHISHA: HISTÓRIA...............................................................................11
SHISHA: DICA EM MALHA PRETA....................................................13
SHISHA: PRENDER O PAETÊ – MÉTODOS: NO COMEÇO E TRA-
DICIONAL ..............................................................................................13
SHISHA: BORDADO: 3 PONTOS DE ACABAMENTO FLORES....16
PEÇA: CLUTCH COM PHULKARI
TÉCNICA: BORDADO INDIANO........................................................19
PEÇA: BLUSA JEANS COM SOLITOS
TÉCNICA: BORDADO MEXICANO.....................................................21
SOLITOS: HISTÓRIA E BORDADO.....................................................22
SOLITOS: BORDADO FLOR DO SOL................................................23
PEÇA - BATA BRANCA COM RENDA BEBILLA
TÉCNICA: RENDA MEDITERRÂNEA................................................25
RENDA MEDITERRÂNEA BEBILLA..................................................26
FLOR DE DEDO
TÉCNICA: RENDA INGLESA...............................................................29
MODELO DE FICHA TÉCNICA OPERACIONAL..............................31
Sumário
BORDADOS INDIANO, MEXICANO E RENDA MEDITERRÂNEA
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• Bastidores de tamanhos: 8, 10 12 e 14 cm de diâmetro e com regulagem.
• Agulhas - para tecidos de trama fechada: Darling 6,7,8 e 9• Agulhas - para tecidos de tramas abertas como etamine:
Tapestry 18 e 22• Agulhas - para renda Milliner da Clover que são para fazer
a técnica do rococó• fios - de algodão, poliéster, sintéticos e metálicos• Tecidos• Algodão• Sintéticos • Retalhos• Linho• Cambraia• Algodão cru• Oxford• Tricoline• Etamine• Réguas escolares ou réguas técnicas com formas geomé-
tricas, de vários tamanhos. • Régua "Flores do Sol" • caderno de desenho • Lápis • Plástico transparente• Caneta para retroprojetor• Carbono de costureira• Mesa de luz • Caneta apagável • Ferro de passar• Água• Chatons para colagem ou costura • Paetês tamanho: 20 mm ou maior• Pérolas de 3 ou 4 mm• Papel manteiga• Papel de seda• Papel absorvente• Cola de lantejoula ou silicone líquido• Lápis giz branco• Roupas
Lista de materiais
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• Sarja• Tricoline• Manta R2• Tassel• Papel carbono para costureira cor rosa• Linhas Perlé• linha de algodão Anne• Linha de poliéster branca• Chaton termocolante• saco plástico transparente PP• Caneta para retroprojetor preta ou vermelha• Entretela hidrossolúvel Vilene• Retalho de algodão cru• Linha de crochê em algodão Anne• Linha Mercer Crochet• Imitação de pérolas brancas• Linha de nylon Linhanyl (sapateiro) nº 20• Isqueiro• Pingentes em ouro velho variados (opcional)• Linhas de luréx (opcional)• Linha Cores da Purafibra
• Ateliê Qualquer Motivo: www.qualquermotivo.com.br• Bazar Horizonte: www.bazarhorizonte.com.br• Armarinhos São José: www.armarinhosaojose.com.br• Kalunga: www.kalunga.com.br• Lantecor: www.lantecorloja.com.br• Monte biju: www.montebiju.com.br• Casa da Arte: www.casadaarte.com.br• Linhanyl: www.linhanyl.com.br (informe-se sobre onde
comprar as linhas de nylon 20 coloridas)• Renner• Riachuelo
Lista de materiais
Lista de fornecedores
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MitosQuando comecei a fazer o enxoval do meu último filho fiz ele em bordado ponto cruz e rococó, eu usava um pedaço de linha de 50cm. Durante meus estudos sobre técnicas an-tigas de bordado e com a experiência adquirida durante os anos explorando na prática essas técnicas, percebi que não funciona assim. Entendi que muitas técnicas deixaram de ser feitas porque não foram atualizadas. Um grande exem-plo disso é o rococó, ou como é conhecido lá fora como Bra-zilian embroidery. Tudo começou aqui no Brasil, com um fio produzido aqui chamado “Varicor” que foi um estouro no Brasil e acabou exportado. Quando a fábrica fechou, as bor-dadeiras ficaram sem substitutos para esses fios, pois eram fios inigualáveis em textura e qualidade. Entretanto, fora do Brasil criou-se uma indústria de outros fios para a técni-ca, com pesos variados, maciez, brilho e uma enorme cartela de cores. Devido a isso, a técnica se atualizou e grandes bor-dadeiras começaram a criar variações de flores, folhas, com-binação de pontos etc, que antes eram usados nas composi-ções de Madame Maia, fundadora da “Varicor”. Hoje o bor-dado dimensional ganhou destaque por sua grande quanti-dade de modelos de flores e dimensão criada por esses fios, deixando o antigo bordado “Varicor” com aparência renova-da. A mulher hoje em dia tem uma participação efetiva no mercado, seja como funcionária ou como empreendedora e tem que conciliar tudo isso com o trabalho doméstico, então usar 45 a 50 cm de linha está fora de questão se você quer ganhar dinheiro vendendo seu bordado para confecções. O tempo não permite que você use essa quantidade de linha na agulha, pois o estilista tem pressa. Se você quer montar uma linha de produção, fazendo em torno de 20 peças ao dia e usando 2 fios com 45 cm de linha mouliné, você vai ter problemas. Os ateliês de bordado, que desenvolvem de-signs para confecções ou aceitam coleções para bordar tem que pensar além do preço de custo da matéria-prima. Fato-res como qualidade do fio, tamanho da linha usada na agu-
Camiseta Preta em ShishaTécnica: Bordado Indiano
MITOS, PROJETO E FICHA-TÉCNICA
Lista de materiais
• Camiseta preta
• Paetês redondos com um furo
de 25mm de diâmetro na cor
prata ou chatons para colagem
ou costura
• Linha Perlé 8 nas cores:
vermelho, verde, azul,
amarelo, púrpura e laranja
• Agulha darning nº6
• Lápis giz branco
• Folhas de papel absorvente
• Bastidor com regulagem 8cm
de diâmetro
• Opcional: cola de lantejoula ou
silicone líquido
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lha, como o fio se comporta em algumas técnicas, cartela de cores, preço (tem que negociar e fazer parcerias), tudo isso conta e muito na hora de precificar uma encomenda vinda de uma confecção. Para evitar perda de tempo, porque tem-po é dinheiro literalmente, faça amostras. Muitas amostras, com mais de um tipo de fio. Esqueça o "negócio" dos 45cm e use pelo menos 1,80 mts na agulha, seja de algodão como o Perlé 8 ou seja sintético como os usados na renda de agulha, ou até fio acrílico esses últimos substituem os fios mouliné com perfeição. Isso mesmo, eu uso às vezes até 2,00 mts. É o que as nossas avós chamam de "linha de preguiçosa" e eu chamo de "linha de poderosa". Claro que se você for bordar uma flor de 2 cm você não precisa fazer isso, mas por exem-plo, no bordado mexicano, quanto menos arremates você fizer, mais limpo vai ficar o avesso e mais rápido você vai concluir o trabalho. Outro mito é com relação à renda ela não demora a ser con-feccionada, ela só é mais trabalhosa o que leva um tempo maior para a conclusão do trabalho. Para economizar tem-po, o segredo é criar gráficos fáceis e aplicar detalhes, assim crie amostras e ofereça o serviço em confecções que quei-ram um detalhe diferencial em alguma coleção. É importan-te praticar para que ganhe agilidade e perfeição o que tor-nará um diferencial em sua produção.
ProjetosQuando recebemos uma encomenda, que a pessoa traz o desenho pronto, a primeira coisa que devemos identificar é o número de elementos que compõem o desenho. Por exemplo: o pavão. Como você pode observar ele é compos-to de 3 elementos: corpo, cauda e penas. Após identificar os elementos, a primeira coisa que fazemos é ver qual elemen-to tem mais repetições, que no caso do pavão são as penas. Identifique também qual elemento é mais difícil de bordar, pela chave de pontos e a técnica solicitada, que no caso do pavão é o corpo. Tendo essas referências em mãos comece seu bordado ou pelo elemento que tem mais repetições ou pelo que é mais difícil. Baseada(o) nessas informações, fica fácil definir quais pontos de bordado vai usar para precificar seu trabalho tornando-o competitivo sem esquecer o fator "exclusividade". O elemento mais repetitivo deve receber sempre pontos de bordado que você domine e que sejam de rápida execução, deixe para os elementos únicos o ponto de bordado mais difícil.
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Ficha técnica operacionalA ficha técnica operacional, é de extrema importância para compor o preço e organizar seu projeto de bordado. Portan-to, na primeira folha você anota a empresa para a qual está desenvolvendo aquele projeto. As referências de pesqui-sa que usou ou que lhe foi pedida pela própria confecção. Quem criou o design: se você ou a estilista. A coleção que pode ser sua ou da confecção contratante. O produto que está sendo desenvolvido: biquínis, camisetas ou o seja qual for a peça (no espaço em branco, tire uma foto ou coloque o gráfico ou esquema do desenho).Na segunda folha cole amostras de materiais usados, ou fotos se for preencher direto no computador, anote todos os materiais usados, a quantidade, o preço, a composição e o custo. Abaixo some os custos para obter o custo total. Essa ficha é para você guardar, para posteriormente, caso o cliente queira o mesmo trabalho em outra peça, fique fá-cil lembrar o que usou, quanto usou e atualizar. Na parte inferior da folha, anote a sequência operacional, o passo a passo, pois caso tenha uma equipe fica fácil para ela seguir o que está bordado na peça piloto e até mesmo para você se lembras do que fez na amostra.
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• O método para aplicação que é também chamado de "estrutura", pois alguns métodos são mais demorados como veremos na aula 10.
• Qual linha usar: alguns fios são mais difíceis de tra-balhar como o fio de poliamida. Os fios de algodão egípcio Perlé 8, são ótimos para esse tipo de traba-lho, pois tem brilho e maciez e são fáceis de trabalhar. A linha mouliné também é uma boa escolha pela quanti-dade de cores na cartela e pelo preço. O fio não deve ser um empecilho para não tentar a técnica. Usar o que tem é sempre uma boa escolha senão como você vai saber se dá certo? você dirá: eu só tenho moulin, porque bordo ponto cruz há anos. E eu direi: use 3 fios para o Shisha. Se quiser um bordado mais cheio, use o cabo todo. “Ah, mas eu só faço crochê com barbante e tenho muito bar-bante em casa” e eu direi: use um barbante mais fino, em um tecido mais grosso (pode ser até na própria peça de crochê) e borde sobre um chaton grande. Experimen-te, fica lindo!!!
• Muitas pessoas me perguntam se devem usar paetê ou chaton para bordar a técnica. Isso vai depender de al-guns fatores: se for um tecido fino que não precise de muitas lavagens e que não precise passar à ferro abuse dos paetês. Se for um tecido mais encorpado você pode usar tanto um como o outro, levando em consideração que o paetê é mais reflexivo que o chaton, ou seja bri-lha mais. E claro que pode bordar essa técnica em malha como veremos na aula 9. Eu uso paetês prata redondos, com um furo na borda. Esses paetês são fáceis de en-contrar no mercado nacional e tem em vários tamanhos. Eu trouxe 3 tamanhos de paetê e chatons. Agora, supo-nha que você não quer aplicar um paetê redondo, mas um outro formato que não encontre nas lojas, mas sua criatividade está pedindo um paetê diferente, aqui vai minha sugestão: mude o formato do paetê. Para isso, vamos usar uma régua técnica que são encontradas em grandes papelarias. Riscamos sobre o paetê e cortamos
Shisha: criação e materiais
DEVEMOS LEVAR EM CONTA:
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com uma tesoura, por fim aplique sobre o tecido. Isso me garante um formato que não existe no mercado e supre o que minha criatividade está pedindo, porém para um bordado grande o tempo de execução aumenta, geran-do também aumento no preço final do bordado forneci-do as confecções. Se você quer oferecer exclusividade, não considere o preço, mas o design. Os chatons levam uma certa vantagem sobre o paetê, pois já existem em formatos diferentes.
• Quais pontos de bordado usar no acabamento ao redor? Aqui entra a sua criatividade e conhecimento em bor-dado. Não existe uma regra, você pode e deve experi-mentar tudo que conhece a também no decorrer das au-las desse curso vai aprender pontos de bordado novos. Leve sempre em consideração o tempo para executar o ponto de bordado escolhido.
• Devo usar cola? Na peça eu não usei cola, pois não se usa cola na Índia, mas para o aprendizado o aluno pode usar uma gota de cola, que pode ser de silicone líquido ou cola de para evitar que o paetê fique dançando e preju-dique o aprendizado.
• Tudo isso impacta diretamente na manutenção, no tem-po de produção e logo o custo da peça aumenta.
Tribo Lambada Mulheres de vilas indianas: shishas bordados nos vestidos
Shisha: história
VOCÊS DEVEM ESTAR SE PERGUNTANDO: AFINAL, O QUE É SHISHA?
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O bordado Shisha ou Abhala Bharat é de origem Persa, e foi trazido para a Índia no século 13 durante o Império Mogol. A palavra shisha é derivada da palavra persa "shisheh" que significa "vidro" e tem um significado religioso na cultura islâmica: repelir o mal olhado. Também existem referências de que este bordado foi trazido para a Índia pela esposa de Shah Jahan (que construiu o Taj Mahal), Muntaz Mahal, mas essas referências não são historicamente confirmadas. Ori-ginalmente, usava-se a mica (um mineral) que vem do latim "micare" que significa brilho, além disso, usavam também asas de besouro e moedas de prata. Em Gujarat esse tipo de bordado é dominante na comunidade Jat da Reserva de Banni, no distrito de Kutch, mas você o verá em quase to-dos os estados indianos, como Haryana, Rajastão e Madhya Pradesh, além da tribo cigana Lambada, de Andhra Prade-sh, que usam espelhos e contas em seu tradicional bordado Banjara. Na Índia os espelhos não são aplicados aleatoria-mente, eles possuem um significado simbólico específico. Cada região tem seu jeito único de usar os espelhos. Por exemplo, os Jats de Banni fazem uso de espelhos em for-mas e tamanhos variados, já as comunidades dos Jats Ga-rari fazem uso de pequenos espelhos redondos. Em outras comunidades os espelhos são utilizados para representar o centro de flores e olhos de animais, os ouvidos do Deus Sol Surya ou os seios de Radha, consorte de Krishna, mas acima de tudo são colocados como foco estratégico dentro de um bordado (como nos torans, que são um tipo de banner bor-dado colocado na porta de entrada de muitas residências em comunidades, sejam elas muçulmanas ou hinduístas) com o intuito de repelir o mal.
O shisha perfeito é feito à máquina, e amplamente comercializa-
do na Índia em tubetes contendo formas e tamanhos diferentes,
apesar do mais tradicional ser o formato redondo. Atualmente
estão sendo substituídos por materiais reflexivos que não são
os tradicionais espelhos por causa do peso e da necessidade de
adaptação da indústria aos tempos modernos. Eu não encontrei
espelhos para esse tipo de trabalho aqui no Brasil, somente em si-
tes internacionais, cuja entrega demora por volta de 2 a 4 meses.
Por isso, para o mercado nacional, o shisha é bordado com paetês
e chatons, materiais que se encontram facilmente em lojas da 25
de março.
Meninas da comunidade Jat
Bordadeiras da tribo Ahir
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O bordado Shisha requer o uso de bastidor, seja de madeira ou plástico. Nenhuma entretela vai estruturar o tecido de forma que você consiga montar a estrutura que prende o paetê no lugar. Na malha preta o bastidor costuma deixar uma marca que não sai, mesmo depois de lavar e passar a peça, além de deformar o tecido. A solução que eu encon-trei para bordar com bastidor em malha preta de forma a não marcar o tecido estava na minha cozinha: o papel absor-vente. É um papel absorvente mais fino, branco, comprado em lojas de material de limpeza.
Vou ensinar para vocês 3 métodos para aplicação com pae-tê e um método com chaton, lembrando que vocês podem usar esses métodos para outras pedrarias. Nós sempre saímos com a agulha no ponto A e seguimos a sequência.
• Monte no bastidor um "sanduíche" onde o papel absor-vente é a cobertura.
• Agora corte o excedente do lado externo do bastidor para não atrapalhar na hora de bordar (e no lado interno do aro, a corte apenas o necessário para "descobrir" o risco
• Então comece o bordado
Desta maneira, ao terminar de bordar, a peça não terá marcas.
Shisha: dica em malha preta
Shisha: prender o paetê – métodos: no começo e tradicional
PARA DESENVOLVER A TÉCNICA SIGAS OS PASSOS:
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A forma de prender o fio no começo do trabalho e a forma de arrematá-lo após o término são diferentes para cada tipo de tecido garantindo assim que o acabamento do seu bordado fique impecável. Para tornar o avesso mais bonito, eu criei 2 jeitos de prender a linha do começo: uma para tecidos escu-ros e outra para tecidos claros e transparentes. Estes são:1. Vamos começar com o tecido escuro: Risque o formato do
paetê no tecido escuro usando o lápis ou giz branco2. Coloque no bastidor e comece fazendo um nó de costureira3. Agora comece do centro do risco do paetê para o ponto de-
nominado A, suponha que você escolha o método tradicio-nal, enfie a agulha de cima para baixo no centro do risco e dê um pontinho trazendo a agulha para cima, leve a agulha até um pouco abaixo da borda do desenho e dê outro ponti-nho saindo com a agulha no ponto A. É nessa hora que você coloca o paetê.
Agora vamos fazer em um tecido claro. Para esse tipo de te-cido use caneta apagável com água, pois você pode após o término apagar qualquer erro com o pincel de água.1. Faça um nó corrediço na linha (Se não conseguirem fazer o
nó corrediço não tem problema, pode ser um nó cego, des-de que seja inserido longe pelo menos 10 cm) do começo do bordado.
2. Agora prenda esse nó corrediço de cima para baixo. Saia com a agulha no ponto A e borde seguindo a sequência
3. Arremate o fio que está na agulha no avesso fazendo um nó e passando a ponta do fio por dentro dos pontos. Quando terminar todo o bordado, você ficará com aquele "laçarote" preso longe do trabalho
4. Desmanche puxando o fio, ou corte se tiver feito um nó cego, insira essa sobra de fio na agulha e faça o arremate passando o fio por dentro dos pontos no avesso.
5. Essa técnica é uma característica minha, criada para ajudar na produtividade e eu a uso em quase todas as técnicas, para deixar um avesso limpo e sem nós aparentes. Em roupas o nó, dependendo da linha e até mesmo as linhas de algodão, machuca, principalmente em roupas infantis.
Dica: Você pode bordar um trabalho inteiro e só depois ir soltando os nós para arrematar cada seg-mento do trabalho. Eu chamo isso de "fase de ar-remate"
PRENDENDO O FIO DO COMEÇO DO BORDADO
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1. Passe a agulha por dentro do quadrado central da estrutura, mantendo a linha por baixo da agulha : você fez um pon-to caseado. Prenda esse caseado com um ponto corrente o mais próximo da borda do paetê, puxando suavemente. Ca-seie e acorrente.
2. Repita por toda a volta do paetê e quando terminar desça o fio para o avesso e arremate.
Para tecidos escuros no último ponto corrente, passe a agu-lha para o avesso do tecido, pegue um pontinho faça um nó e passe a linha por alguns pontinhos. Esconda o fio entre o tecido e o paetê e corte. Nos tecidos claros não passe o fio entre o paetê e o tecido porque vai aparecer, somente faça o nó e passe por 2 ou 3 pontinhos para "assentar" esse nó.
• Método3 - Método Estrela - Esse é um dos métodos mais utilizados para criar uma estrutura sólida e mais fecha-da sobre o paetê. Siga a sequência de letras do esquema correspondente, como seguimos no passo anterior. Ao terminar borde o ponto de shisha
• Método 4 - Método de Tecelagem - Para criar essa estru-tura divida o círculo em 8 partes prenda o fio do começo e saía no ponto A. O que queremos fazer aqui é criar uma estrutura parecida como os bordados abertos iguais ao tenerife, então siga a sequência. Vamos fazer o ponto de tecelagem escolhido. Vale lembrar que qualquer ponto que você escolher cria uma textura interessante. Vamos começar a tecer?
1. Saia com a agulha do lado esquerdo do último raio que você criou, passe a agulha da direita para a esquerda por baixo dele, prenda do lado oposto.
2. Volte com agulha próximo do começo, no lado esquerdo do mesmo raio, e repita o processo anterior. Faça isso por 4 a 5 vezes. Prossiga fazendo isso em todos os 8 raios.
3. Quando terminar suba com a agulha passando por dentro da junção dos raios para assentá-lo no centro do paetê. Faça o miolo dessa flor. Nessa hora você pode e deve "brincar" porque existem muitos "miolos" que podem ser feitos aqui. Eu usei o ponto teia de aranha: passe a linha por baixo de um
MÉTODO 1 – AGORA COM A PEÇA PRONTA, VAMOS FAZER O PONTO SISHA:
3. Saia em G, enlace a primeira coluna, enlace a segunda coluna e entre em H. Saia com a agulha próximo a H e faça o ponto de shisha já explicado no método anterior
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raio e por cima de outro. Volte fazendo o desencontro, ou seja, onde você seguiu por cima, vá por baixo e assim por diante.
4. Ao terminar desça com a linha até a ponta de uma das pétalas da flor, passe o fio por dentro dos pontos e para o avesso. Faça o arremate indicado para o tipo de tecido.
Sugestões de miolos: o ponto aranha feito com linha mouliné em cor diferente e "pon-to de passagem" criando uma florzinha de 4 pétalas.
Vamos aprender agora a fazer o acabamento em volta dos paetês. Claro que você pode apenas prender o paetê ou chaton usando os métodos de estrutura e deixar assim, sem bordado em volta, mas nós queremos mais, não é?
Ponto de feixes- Esse é o ponto de feixes e à medida que você
explora esse ponto você descobre maravilhas que pode fazer
com ele. O ponto de feixes é feito assim:
• Faça 3 pontos retos, saia com a agulha atrás do ponto reto
do meio e lace os 3 pontos, entre com a agulha no lugar onde
saiu.
• Para riscar em volta do paetê use uma régua de círculos ou
risque à mão livre mesmo. Para o aprendizado não importa se
um ponto ficar diferente do outro, o que importa é aprender
o ponto. A precisão vem com o treino e a exploração.
Caseado indiano - Esse ponto é amplamente utilizado na Índia,
por ser rápido e de efeito, e lá é chamado de "muvvala". É sem-
pre feito usando um desenho triangular. Na Índia esse ponto
de bordado tem um significado mais profundo: ele é uma re-
presentação artística daquelas tornozeleiras usadas pelas in-
dianas. As mulheres do Rajastão por exemplo, usam um tipo
mais pesado dessas tornozeleiras que são em prata para de-
monstrar adesão tribal, mas antes de ser usada como bijuteria,
elas podem significar também bravura contra tribos rivais. A
moda das tornozeleiras pesadas está em declínio na Índia ago-
Shisha: bordado: 3 pontos de acabamento flores
TEMPO PARA EXECUÇÃO: aproximadamente 30mins cada flor
VALOR GASTO PARA CADA FLOR: em torno de R$1,50 a R$2,00
VALOR DO BORDADO PARA COBRAR DO CLIENTE:CADA FLOR: R$7,50
VALOR QUE A ROUPA BORDADA SERÁ VENDIDA: R$130,00 (valor
com a camiseta)
VALOR QUE PAGOU NA CAMISETA:NÍVEL DE DIFICULDADE: fácil
BORDADOS INDIANO, MEXICANO E RENDA MEDITERRÂNEA
ESTE MATERIAL É PARTE INTEGRANTE DO CURSO ONLINE “BORDADOS INDIANO, MEXICANO E RENDA MEDITERRÂNEA” DA EDUK (WWW.EDUK.COM.BR) CONFORME A LEI Nº 9.610/98, É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL E PARCIAL OU DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTE MATERIAL SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO AUTOR (ARTIGO 29)
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ra, mas ainda é comum nas áreas rurais. Esse ponto de bordado
também é conhecido como "anklet stitch". Para fazê-lo siga o
passo a passo:
1. Desenhe triângulos em volta do paetê aplicado. Saia com a
agulha na base do triângulo, entre na ponta do triângulo e
saia quase no meio da lateral, mantendo a linha por baixo da
agulha.
2. Insira a agulha da esquerda para a direita, mantendo a linha
por baixo dela no ponto em que começou e saía com ela no
meio da base do triângulo.
3. Puxe o fio. Entre na ponta do triângulo e saia quase no meio
da lateral oposta dele, mantendo o fio por baixo da agulha.
Procure alinhar na mesma altura da outra lateral.
4. Agora entre no meio da base do triângulo, por dentro do pon-
to que está lá e saia na ponta da base oposta, mantendo o fio
por baixo da agulha.
Pétala em rede - Esse é o ponto que eu escolhi para a camiseta
preta. Na verdade, esse ponto é uma "brincadeira" juntando
2 pontos margarida com um ponto mosca. Vamos aprender a
brincar?
1. Risque em volta do paetê usando as pontas das pétalas
como guia
2. Faça um ponto margarida, volte para a base ao lado do
ponto feito
3. Passe a linha por dentro do ponto margarida anterior, sem
pegar o tecido, só " abrace" o ponto, insira a agulha na base
e faça outro ponto margarida, mas não complete, ao invés
disso insira a agulha dentro da ponto do primeiro ponto
margarida e complete um ponto mosca alinhando entre os
dois pontos margarida
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ESQUEMAS
Sugestão: use paetês coloridos ao invés dos paetês prata, ou até mesmo os
holográficos para dar um efeito único nas peças. Brinque com os pontos de
bordado que você conhece em volta dos paetês. Divirta-se criando e ganhe
dinheiro vendendo suas criações.
Treine!
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Peça: Clutch com PhulkariTécnica: Bordado Indiano
Lista de materiais
• 35x45 cm de sarja leve preta
• 35x45cm de tricoline liso na
cor preta para o forro
• 35x45 cm de manta R2
• 35x45 cm de papel manteiga
para o molde da peça
• Motivo ou molde
• Agulha darning 6 ou 7
• Pingentes tipo franja (tassel)
na cor vermelha
• Bastidor com regulagem com
8 ou 10 cm de diâmetro
• Papel carbono de costureira
rosa
• chaton termocolante 4mm
cristal
• Linha Perlé 8 nas cores: azul,
vermelho, laranja, verde e
púrpura
Anotações:
TEMPO DE EXECUÇÃO:aproximadamente 12hs com a
montagem
CUSTO: em torno de R$ 15,00
PREÇO DE VENDA: R$ 180,00
NÍVEL DE DIFICULDADE: fácil
PASSO A PASSO: Bordado Pulkhari:1. Risque o molde diretamente no tecido com caneta
apagável ou lápis giz2. Posicione o molde em papel manteiga sobre o tecido,
já preso de um lado com alfinetes 3. Cole o papel carbono entre o papel manteiga e o teci-
do e vai riscar sobre os desenhos com a ajuda de um lápis macio ou caneta esferográfica
4. Prenda o fio no triângulo fazendo um alinhavo de 3 pontos e voltando por dentro de um ponto para pren-der o fio
5. Faça o ponto darning 6. Deve-se trabalhar do centro para um lado e depois re-
tornar ao centro, completando o outro lado7. Passe o fio por dentro dos pontos feitos, prender o fio
com um pequeno ponto e então repetir o processo para preencher o outro lado.
8. Deve-se repetir o motivo por toda a extensão do trabalho.
Por último você pode colocar chaton termocolante. Esse micro chaton que eu usei é termocolante, você aplica com o ferro de passar deixando parado sobre o chaton de 12 a 15 segundos.
Dica: para não queimar o tecido e nem a li-nha, caso esteja usando linha sintética, colo-que uma folha de papel manteiga sobre ele. Se preferir, use cola de silicone e chatons de 4 mm - levará uma amostra
*
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ESQUEMA
PARA TREINAR:
CURIOSIDADENa Índia o processo para bordar o Phulkari contemporâneo ainda é trabalhoso. Primeiramente o desenho é criado em papel, depois, baseado nesse desenho, é criado um tipo de carimbo em madeira entalhada à mão, então, esse bloco é mergulhado em uma tinta preparada por eles e colocando sobre o tecido, imprime o padrão. Após a secagem da tinta esses tecidos são levados às bordadeiras em diferentes aldeias ou cooperativas para serem executados.Sugestão: experimente na barra de uma calça jeans.
Dica: use uma agulha mais longa para agilizar o processo do bordado
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Peça: Blusa Jeans com SolitosTécnica: Bordado Mexicano
Lista de materiais
• 35x45 cm de sarja leve preta
• 35x45cm de tricoline liso na
cor preta para o forro
• 35x45 cm de manta R2
• 35x45 cm de papel manteiga
para o molde da peça
• Motivo ou molde
• Agulha darning 6 ou 7
• Pingentes tipo franja (tassel)
na cor vermelha
• Bastidor com regulagem com
8 ou 10 cm de diâmetro
• Papel carbono de costureira rosa
• Chaton termocolante 4mm cristal
• Linha Perlé 8 nas cores: azul,
vermelho, laranja, verde e
púrpura
PASSO A PASSO:
TEMPO DE EXECUÇÃO DO BORDADO COMPLETO: Aproximadamente 10hs
CUSTO: Em torno de R$ 50,00 já incluindo a peça
VALOR SOMENTE DO BORDADO:R$145,00
PREÇO DE CUSTO PELA PEÇA DE ROUPA: 75,00
VALOR DE VENDA DA PEÇA: R$ 220,00
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Eu acredito que os "soles" ou sóis mexicanos sejam a re-presentação artística da" Pedra do Sol" ou "Calendário As-teca" exposto no Museu Nacional de Antropologia do Mé-xico. Assim como os maias, os astecas desenvolveram seu próprio calendário, que é famoso por sua incrível precisão e significado. Na verdade, o Sol é um elemento presente em muitas crenças, rituais e costumes desde a antiguidade, representando a força vital e o poder cósmico. Os astecas por exemplo, para garantir a renovação das colheitas e re-generação do solo, sacrificavam pessoas e ofereciam seu coração, muitas vezes ainda pulsante, ao seu deus Tonatiuh. Os japoneses, tem o sol representado em sua bandeira. Al-gumas culturas como a australiana, por exemplo considera que o sol seja o "Filho de Deus". É assim em muitas culturas. Para mim o sol representa força, vitalidade, paixão, poder, luz, alegria, calor humano. Não há paisagem mais linda, nem recurso mais inspirador do que assistir ao nascer e ao pôr do Sol, o "Astro Rei". Como design, eu acredito também que os "soles mexicanos" sejam uma espécie de mandala, onde os sentimentos afloram e são demonstrados, sendo usadas in-clusive por psicoterapeutas para diagnósticos e auxiliar em terapias, como essas que eu criei inspirada nesse conceito.No México, os soles são bordados em diversas composições, normalmente em tecido de algodão e com fio brilhante. Es-sas composições são aplicadas em toalhas de mesa, cami-nhos, panos de copa, almofadas entre outros tipos de utili-tários para decoração. Em minhas explorações descobri que você pode usar materiais como o feltro por exemplo, e até mesmo a malha. Como o uso do bastidor é imprescindível para esta técnica, no caso de usar o feltro use uma proteção como cobertura, como fizemos na aula 9 para não marcar. Imagine uma almofada em feltro, com os sóis bordados em padrão, fica maravilhoso! Na malha, estruture com entrete-la hidrossolúvel e use o recurso do papel absorvente para a cor preta. Nesta blusinha eu não precisei usar nenhum recurso extra, pois é jeans . Obviamente tudo depende do tecido que você tem à mão, depois de escolhido o tecido é que você decide as linhas, agulhas, e recursos que vai usar.
Solitos: história e bordado
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• Para bordar os soles, as bordadeiras no México se ba-seiam em desenhos de flores prontas, já riscadas no ma-terial onde vão bordar para fazer as divisões das pétalas de acordo com a imaginação delas. Como todo o dese-nho é baseado em um círculo, a maior dificuldade que temos é subdividir o círculo em partes iguais. Pensando nisso eu criei a régua "Flores do Sol" que já vem com os pontinhos e divisões necessárias para fazer esse e ou-tros modelos de flor, dependendo de como você liga os pontinhos. As possibilidades são infinitas, tudo depen-de da sua criatividade.
• Usando a régua: é só posicionar no lugar onde vai bor-dar e com caneta apagável com água ou ferro marcar todos os pontinhos.
• Ao terminar não faça nada, só olhe para os pontinhos. Perceba que em uma haste você tem 1 pontinho para a base, um espaço e 3 pontinhos em sequência, e em outra você tem 1 pontinho, um espaço, 2 pontinhos em sequência, espaço e o pontinho de borda
• Coloque a peça no bastidor. Vamos bordar o que eu cha-mo de "esqueleto" usando esses pontinhos como guia.
• Com fio simples na agulha, longo o suficiente para bor-dar toda estrutura, faça aquele laçarote, e prenda longe do começo
• Agora faça o ponto mosca alongado: saia com a agulha em qualquer pontinho de borda entre no próximo pon-to de borda e saia com a agulha no pontinho da carreira de baixo, que fica entre eles, mantendo a linha embaixo da agulha. Entre no pontinho da base da pétala. Então voltamos com a agulha onde ela tinha entrado anterior-mente e repetimos até completar o círculo.
• Se você usou um fio longo, pode prosseguir para a próxi-ma parte direto, se não usou e seu fio acabou, arremate pelo avesso, soltando o laçarote e amarrando as pontas dos fios, depois passe pela trama do tecido de forma que não apareça no direito
• Agora vamos repetir o passo anterior usando os pon-tinhos da carreira de baixo Saia no pontinho abaixo da ponta da pétala, entre no próximo pontinho que está
Solitos: bordado Flor do Sol
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abaixo da ponta da próxima pétala, mantendo a linha por baixo da agulha e saia no pontinho abaixo do V for-mado no passo anterior, na base desta pétala, por trás da linha da primeira parte e complete o ponto mosca alongado (farei isso por 2 pétalas). Prossiga até comple-tar o círculo. (vou colocar um passo mais adiantado no bastidor)
• Complete a estrutura, laçando os raios do ponto mosca como fizemos no truque ensinado na cauda do pavão. Ao terminar arremate o fio no avesso.
A estrutura está pronta. Vamos preencher algumas áreas dela?
• Para as pontas das pétalas faça o ponto mosca tradicio-nal, bem juntinho. Use esse ponto em todas as pétalas externas.
• Para as pétalas pontudas que saem do centro eu escolhi o ponto reto mesmo. Saia na base dessa pétala, dê um pontinho de baixo para cima na ponta dela e desça até a base. Repita uma vez para preencher a pétala
• Nas pétalas pequenas na cor azul faça o ponto reto do mesmo jeito que no passo anterior. Quando terminar ar-remate.
• Para o miolo faça o ponto teia de aranha com a cor roxa, igual fizemos no miolo do Shisha Ao terminar fica assim.
Sugestão: experimente trabalhar com linha preta para os contornos e branca para o preenchimento e até mes-mo fazer somente o "esqueleto" em branco, sobre tecido preto e vice-versa.
Dica: A régua "Flores do Sol" permite que você crie uma infinidade de modelos de flor de ta-manhos e formas diferentes, dependendo de como une os pontinhos. No caso da peça, eu usei para representar o "nascer do sol no bol-so", apenas 10 pontinhos de borda, posicio-nando a régua na beirada do bolso, tomando o cuidado de fazer o meio círculo do miolo ficar levemente dentro do bolso. Na hora de colocar no bastidor, afaste levemente o bolso quando for bordar o miolo da flor.
Pulo do gato: Sempre dei-xe a linha um pouquinho mais frouxa quando for fa-zer o ponto truque, assim evita que o tecido enrugue na hora de unir os fios.
Ponto mosca
Ponto teia de aranha
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Peça - Bata Branca com Renda BebillaTécnica: Renda Mediterrânea
Lista de materiais
• Bata branca
• Linha Mercer Crochet 20 na
cor branca
• Agulha milliner fina da Clover
ou darning º 8
• Pérolas brancas 3mm
• Fita de cetim ou retalhos
de tecido para amostras
PASSO A PASSO:
*
TEMPO DE EXECUÇÃO: 10hs
CUSTO: aproximadamente R$86,00 já incluindo a peça
CUSTO CAMISETA: R$ 51,00
VALOR SOMENTE DA RENDA: R$ 35,00 o metro com pérolas
PREÇO DE VENDA DA PEÇA: R$ 215,00
NÍVEL DE DIFICULDADE: Médio
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HISTÓRIA, NOMES E NÓPoderíamos discutir por horas seguidas a origem da renda. O que
se sabe com certeza é que era um dos itens mais comercializa-
dos na antiguidade. Levando em consideração a forma como o nó
básico é feito, supõe-se que tenha surgido da produção de redes
de pesca. Os primeiros vestígios de renda foram encontrados na
Babilônia, no século 7 A.C e a partir daí se espalharam por todo
Oriente Médio. Este tipo de trabalho é feito em muitas partes da
região do Mediterrâneo Oriental Ilhas Gregas, Chipre, Turquia,
Palestina e Líbano e em cada uma delas é conhecida por nomes
diferentes: Janyak (Armênia Oriental). Rendas de Nazaré, na Sí-
ria, renda fenícia, no Líbano, Bebilla na Grécia, Oya na Turquia e
na Bulgária você vai encontrar está renda com o nome de Kene.
Na Grécia, bebilla é o termo usado para qualquer borda de renda
pequena e delicada. Na Europa, surgiu por volta do século 15 na
Itália, onde é conhecido como "punto in aria" e foi caracterizado
como a evolução das rendas originárias da Ásia. Como sou neta de
libaneses, aprendi essa renda ainda criança, com minha avó ape-
nas com o nome de "renda de agulha", mas todas as senhoras da
minha geração, que tiveram educação em colégio de freiras ou
que tem contato com armênios e costuma frequentar assidua-
mente a Igreja Católica poderão reconhecer este tipo de trabalho
como "renda armênia”. De fato, o nome é diferente, mas o nó é o
mesmo.
O nó básico é extremamente simples de ser feito. Por este mo-
tivo, esse tipo de renda é muito atrativo. O que se deve fazer
é treinar, e quanto mais se treina, mais perfeitas ficam as laça-
das. Só usamos linha e agulha de costura comum. Aqui estou
usando fio sintético, você vai aprender mais sobre os fios na
próxima aula. Vamos lá?
1. Coloque um pedaço grande de linha na agulha, aqui eu estou
usando a agulha de costura nº 6.
2. Insira a agulha na borda do tecido mantendo o final do fio por
cima dela, então pegue o fio que sai do buraco da agulha, que
eu chamo de "fio de trabalho" e enrole em volta dela 1 vez
para o nó simples e 2 para o nó duplo
3. As laçadas surgem quando fazemos um espaçamento entre
um nó e outro. Esse espaçamento é o que garante a qualidade
da renda. É ele que temos que treinar bastante.
Renda Mediterrânea Bebilla
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FIOS E AMOSTRAS Você pode usar fios de algodão ou fios sintéticos. O que você pre-
cisa é se certificar de que o fio seja resistente para não arrebentar
na hora de ajustar o nó. Eu já usei até barbante, mas isso depende
do tipo de barbante, tem que testar porque alguns enroscam na
hora de fazer o nó. Em algumas regiões da Turquia por exemplo,
essa renda é feita com linha de seda e atualmente foi substituída
por fios de poliamida. Eu utilizo fios que são encontrados no Bra-
sil: por exemplo, para roupas de bebê ou peças delicadas como a
bata branca, prefira fios de algodão como esse na espessura 20 ou
60 e trabalhe com nó simples. Para outras peças de cama, mesa e
banho você pode usar os fios de polipropileno), e trabalhar com
nó duplo. É um fio barato, que rende e garante um trabalho muito
bonito e duradouro sem encarecer demais o produto final. Esse
fio é de poliamida. É um fio importado, que garante um acaba-
mento fino e delicado, mas encarece bastante o trabalho final.
Esse tipo de renda consome bastante linha, sendo necessário de
25 a 30 metros para fazer um barrado simples em uma toalha por
exemplo. Outra coisa que você deve levar em consideração na
hora de escolher um fio é o acabamento. Para barrados maiores,
se tiver que usar fio de algodão, você terá que engomá-los, não foi
o caso destes biquinhos que vocês vão aprender aqui. Então, use
os fios de algodão para bicos pequenos de até 3 cm, para não ter
que fazer isso. Já os fios sintéticos podem ser usados em barrados
e bicos maiores sem precisar engomar, podem ser passados em
temperatura amena, são macios e resistentes. Ao terminar você
corta o fio e queima a ponta com o isqueiro. Com os fios de algo-
dão existem truques para sumir com o fio do nó final passando
por dentro da borda do tecido, ou simplesmente cortando o fio e
passando uma gotinha de termolina somente no nó. Em resumo
teste sempre antes de começar um trabalho, faça muitas amos-
tras pois elas garantem se o fio escolhido vai funcionar.
Quando aprendemos uma técnica nova e queremos adaptá-la ao
nosso trabalho fazemos diversas amostras. Elas servem como uma
referência para o tempo de execução, a facilidade de composição
e acabamentos entre outras coisas. No caso da Bebilla isso é im-
prescindível, porque nós temos um amplo mercado de fios. Tendo
em conta como é feito na Grécia, ou na Armênia ou na Turquia,
ou seja, onde for, ele tem acesso fácil às linhas de seda e poliami-
da, mas nós temos acesso a outros fios que podem e devem ser
usados. Componha amostras em fitas de cetim ou tecidos e vá
colando essas amostras em um papel. Está pasta pode servir
inclusive como portfólio para seu cliente escolher o trabalho
que quer que seja executado. As amostras servem de treino para
que as laçadas fiquem perfeitas e creia, com o tempo elas ficarão.
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BORDADO PIRÂMIDE COM PÉROLASA pirâmide é um dos motivos mais usados por principiantes e é um
dos melhores para treinar o espaçamento entre os nós. Vou fazer
um desenho do que seria essa pirâmide, em termos de gráfico.4
laçadas de base, volto para a primeira, 3 laçadas pegando o fio
da volta, volto para a primeira, 2 laçadas pegando o fio da volta,
volto para a primeira, 1 laçada pegando o fio da volta, nó simples
na última laçada, insira uma pérola, nó simples no próximo espa-
ço, insira outra pérola, nó simples no próximo espaço, insira outra
pérola, nó simples na base. Prossiga dessa forma até o final. Vo-
cês prestaram atenção? Enquanto eu desenhava estava falando
a receita, essa receita pode ser escrita e não desenhada. Agora,
vamos aprender o que significa tudo isso na prática:(farei ao vivo)
• Coloque um fio grande na agulha e faça 5 nós simples que me
garantem 4 laçadas, espaçados um do outro em 3mm
• Volte com o fio inserindo a agulha na primeira laçada, man-
tendo o fio reverso sobre a agulha. Ajuste o nó. Esse nó se
chama "nó reverso"
• Faça 3 laçadas, inserindo a agulha em cada laçada de base pe-
gando também o fio do nó reverso. Mantenha sempre a linha
sobre a agulha.
• Prossiga dessa forma, diminuindo até ter apenas uma laçada.
Volte nela e faça um nó simples.
• Insira uma pérola na agulha, segure, e faça um nó simples no
próximo espaço, ajustando a pérola. Repita nos próximos 2
espaços.
• Prenda o fio e comece a próxima pirâmide.
BORDADO PIRÂMIDE SEM PÉROLASNa aula anterior fizemos a pirâmide com pérolas, mas se for feita
em uma roupinha de bebe você não deve usar pérolas pois po-
dem machucar a pele sensível dele e até causar acidentes. Então,
vamos aprender a fazer um biquinho sem pérolas com a mesma
linha de algodão 20.
• Fazemos a pirâmide normalmente até chegar no último nó
• Prenda o fio com nó simples no próximo espaço e faça um nó
reverso dentro da laçada formada
• Dentro dessa laçada faça 6 nós simples bem juntinhos for-
mando picôs
• Prenda o fio no próximo espaço e repita por mais 2 vezes para
completar 3 arcos com picôs
• Repita até o fim
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Flor de DedoTécnica: Renda Inglesa
Lista de materiais
• Agulha tapestry 18
• Linha Cores da Purafibra
na cor rosa
PASSO A PASSO:
*
TEMPO DE EXECUÇÃO:aproximadamente 15 mins cada flor (com 3 pétalas)
CUSTO: vai depender do fio esco-lhido, em média R$2,00 cada flor (sem as folhas)
CUSTO: R$ 36,00 o pacote com 10 flores (sem chaton)
Dica: use pérolas para prender a flor ao teci-do, faça composições para formar ramalhetes, ou aplique em tiaras infantis, broches entre outros, colocando strass no miolo ou outras pedrarias a gosto.
Esta técnica foi criada por mim para ensinar uma turma de borda-
do que queria que eu ensinasse crochê além de bordado, porém
algumas delas eram canhotas e eu não sabia ensinar crochê para
canhotas. Então, desenvolvi um método usando uma variação de
um ponto de renda inglesa chamado "ponto de bruxelas". Com ele
desenvolvi alguns modelos de flor, bordados diretamente no teci-
do. Não satisfeita eu criei um jeito de fazer essas flores no dedo.
Daí nasceu a flor de dedo. Você pode fazer com 3 até 5 pétalas ,
usando qualquer tipo de linha e até mesmo lã . Para essa flor de
3 pétalas use aproximadamente 2 mts de linha em uma agulha
de bordado comece enrolando o fio no dedo 1 vez deixando uma
sobra de mais ou menos 10 cm e fazemos um nó : aquele da aula
da Bebilla.
• 1ª carr; faça 2 pontos caseados na argola formada no dedo,
insira a agulha no primeiro ponto e faça outro ponto caseado.
Vai ficar parecendo uma "pirâmide"
• 2ª carr: desça até a base, eu chamo esse fio de "fio que des-
ce", passe a agulha por baixo do fio enrolado no dedo e volte
caseando pela lateral, pegando o fio que desce e o ponto do
caseado feito anteriormente juntos. Nessa carreira você vai
aumentar um ponto, fazendo um caseado no primeiro ponto
da carreira anterior. Vão ficar 3 pontos na lateral.
• 3ª carr- desça novamente e repita o processo aumentando
mais um ponto = 4 pontos
• 4ª e 5ª carr: repita a carreira mantendo os 4 pontos para dar
um formato arredondado à pétala
• 6ª carreira: diminua 1 ponto fazendo apenas 3 caseados, sem-
pre pegando o fio que desce junto
• 7ª carr: Desça até a base fazendo um "chuleio' na lateral dos 3
pontos, passe por baixo do fio que está no dedo e repita da 1ª
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à 7ª carr mais 2 vezes
• Tire tudo do dedo e puxe a sobra de fio deixada no começo
para ajustar a flor.
• Arremate passando os fios por dentro no avesso das pétalas.
• A flor está pronta para ser aplicada.
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BORDADOS INDIANO, MEXICANO E RENDA MEDITERRÂNEA
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