Despertando o gigante adormecido:Perspectivas para uma agricultura comercial
na África Subsariana
Seminário de Alto Nível para Formuladores de Políticas: Desenvolvimento de Base Ampla
por meio da Transformação Económica e Criaçãode Emprego
9-11 de Fevereiro de 2011Maputo, Moçambique
Estudo recente do
Banco Mundiale da FAO
Objectivo do estudoPromover o crescimento da agricultura comercial em África de forma a contribuir para uma ampla redução da pobreza
Abordagem analíticaO estudo analisou a viabilidade de restaurar a competitividade agrícola internacional e o crescimento em África por meio da identificação de produtos-chave, produção e sistemas de marketing que possam incentivar o desenvolvimento da agricultura comercial competitiva
Cerrado brasileiroPré-1970: Região remota,
solos pobres, baixa densidade populacional, agricultura estagnada
Décadas de 1970 e 1980: Transformação impulsionada por investimentos públicos em investigação e desenvolvimento (R&D), infraestrutura e crédito; ênfase em sistemas de larga escala
Pós-1990: Aumento das exportações impulsionado pelo sector privado (soja, milho, algodão, pecuária); pobreza reduzida
Região Nordeste da TailândiaPré-1960: Região remota, solos
pobres, agricultura de subsistência, altos níveis de pobreza
Décadas de 1970 e 1980: Transformação impulsionada pela busca da oportunidade de exportação de mandioca; apoio público ao sector privado; ênfase em sistemas de pequena escala
Pós-1990: Maior intensificaçãoe diversificação; pobreza em declínio
Enfoque do estudo
Zona agroclimática Savana da Guiné
Países do estudo de casoMoçambique, Nigéria, Zâmbia
Produtos básicos alvoMandioca, algodão, milho, arroz, soja, açúcar
Savana africana da Guiné • 800 – 1.100 mm de pluviosidade• estação chuvosa de 150-220 dias• 7 milhões de km2 de área total• 0,5 milhão de km2 de área
cultivada• 3 sistemas de cultivo:
Cultivo de cereal - tubérculosCultivo de tubérculosMilho em consociaçãso
Questões-chave para análisePapel desempenhado por • Investigação e extensão• Infra-estruturas• Finanças• Ambiente de negócios• Capital humano• Políticas governamentais
Políticas macro estão a melhorar em África
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econ
ómic
a
E as exportações agrícolas são menos tributadas
1965–69 1970–74 1975–79 1980–84 1985–89 1990–94 1995–99 2001–04-70
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Taxa
nom
inal
de
assi
stên
cia
(%)
Nigéria
Zâmbia
Brasil
Tailândia
Moçambique
Análise da cadeia de valores: Produção
Análise das cadeias de valor: Processamento
Análise das cadeias de valor: Transporte e armazenagem
Análise das cadeias de valor:Exportações / Substituição de importações
Brazil Thailand Mozambique Nigeria Zambia0
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1971-75
2004–06
Exemplo da mandioca
A produtividade agrícola é mais baixa em ÁfricaPr
oduç
ão d
e m
andi
oca
(t/h
a)
Mas os valores das remessas são semelhantes
FAM ECF FAM ECF LCF FAM ECF LCF ECFMozambique Nigeria Zambia Thailand
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Exemplo da mandioca
Valo
r das
rem
essa
s (U
SD/t
)
1. Os custos de produção agrícola são frequentemente baixos em África em comparação com outra regiões
2. Os produtores africanos geralmente são competitivos nos mercados domésticos
3. Os produtores africanos geralmente não são competitivos nos mercados globais
Resultados Análise Cadeia Valor
4. Os mercados regionais oferecem as oportunidades mais promissoras para a expansão a curto e médio prazo
5. A competitividade dos países africanosé enfraquecida por ineficiências na logística doméstica
6. Os pequenos produtores têm um papel crítico a desempenhar como fonte de competitividade em África
Resultados Análise Cadeia Valor
Escala da produção
Material publicado: Propriedades agrícolas menores são mais produtivas
Por que as grandes propriedades agrícolas sobrevivem?Tratamento privilegiado:• Acesso à terra• Tratamento tributário• Subsídios para insumos e produção• Infra-estruturas
Tamanho da propriedade agrícola e agricultura comercial:
o maior é necessariamente o melhor?
Investimento directo estrangeiro em grandes propriedades agrícolas
Principais oportunidades… …com riscos significativos• Preenche uma enorme lacuna
de investimento• Transferência de tecnologia • Desenvolvimento de
exportações• Novas indústrias
(biocombustíveis)• Geração de emprego• Abertura de regiões remotas
• Falta de atenção dispensada a actuais utilizadores da terra
• Despojamento de activos fixos e especulação
• Impactos ambientais negativos (florestas)
• Riscos de estrutura agrária altamente desigual
• Governança
Alternativas a grandes propriedades agrícolas
Realização de economias de escala
• Agricultura por contrato com pequenos produtores
• Serviço de contratação de máquinaspor parte do sector privado
• Organizações eficazes de produtores
Escala da produçãoResultado final:• Pouca evidência para sugerir que modelos de
agricultura de larga escala sejam necessários ou até mesmo especialmente promissores para África
• Comercializaçãoliderada por pequenos produtoresprovavelmente levará a um crescimento mais inclusivocom maior integraçãovertical
Perspectivas promissoras para África
Cinco factores principais1. Rápido crescimento e perspectivas de forte demanda 2. Melhores ambientes de política interna 3. Melhor ambiente
de negócios 4. Maiores incentivos
para investir na agricultura 5. Novas tecnologias
de produção eprocessamento
Intervenções necessárias1. Reformas de política• Sem retrocesso nas macropolíticas• Eliminar tributação restante sobre a agricultura• Reformar / modernizar políticas da terra
2. Investimentos• Pesquisa• Educação• Infra-estruturas
3. Mudanças institucionais• Fazer os mercados funcionar melhor para os
pequenos produtores• Melhor o acesso ao financiamento
Questões de sustentabilidade socio-ambiental
Gestão de impactos sociais
• Posse da terra• Tamanho da
propriedade agrícola• Escolha de tecnologia
Gestão de impactos ambientais
• Fertilidade do solo• Qualidade e quantidade
da água• Compensações: intensificação versus
extensificação
O caminho à frenteMotivos para optimismo cauteloso,
mas permanecem muitas restrições…• Começar com produtos a granel• Direccionar os mercados nacional e internacional• Reduzir custos de logística• Dispensar atenção à
gestão da terra• Dispensar atenção a
questões ambientais• Fazer os investimentos
públicos necessários• Participação do sector privado