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Manual de Anatomia e Fisiologia
SISTEMA ESQUELÉTICO
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Índice:
Introdução 2
Objectivos Gerais 2
Enquadramento do módulo 3
Bibliografia 3
Sites da Internet 4
Sistema Esquelético 5
Tendões e ligamentos 5
Cartilagem hialina 6
Osso 6
Classificação óssea 6
Histologia Óssea 7
Crescimento ósseo 8
Crescimento encondral 8
Crescimento aposicional 8
Homeostasia do cálcio 9
Fracturas ósseas 9
Reparação óssea 10
Anatomia Geral do Esqueleto 10
Esqueleto axial e apendicular 11
Esqueleto axial 12
Crâneo 12
Coluna vertebral 14
Caixa Torácica 18
Esqueleto apendicular 20
Omoplata 20
Membro superior 22
Cintura pélvica 25
Membros Inferiores 26
Em síntese 29
INTRODUÇÃO
O programa de estudos está delineado para formandos com grande vontade de se desafiarem a si
próprios, no sentido de obterem sucesso numa profissão que é pessoal e financeiramente
recompensadora.
Para que este objectivo seja cumprido, os nossos formadores são altamente qualificados e possuem
experiência nas matérias respectivas.
O presente manual está construído para possibilitar, a cada formando, uma forma única de
processamento e aprendizagem dos conteúdos. Os formandos são encorajados a potenciar as suas
qualidades individuais de aprendizagem. Desta forma os formandos desenvolvem as suas vertentes
críticas, avaliação das necessidades do cliente, solução de problemas, desenvolvimento de
capacidades intuitivas e habilidade para criar um plano de tratamento.
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Adicionalmente, são criados desafios como preparação para os seus objectivos de carreira.
Orgulhamo-nos do sucesso dos formandos diplomados e do impacto que eles provocam na vida de
outros. Somos cuidadosos no sentido de considerar o corpo e a mente como um todo.
Desta forma oferecemos aos formandos, cursos que para além do aspecto científico, privilegia
experiências de crescimento pessoal. O currículo do curso inclui o módulo de Fundamentos
Biológicos do Corpo Humano, que lhes transmite conteúdos de Anatomia e Fisiologia, fundamentais
em profissões que lidam com a saúde. Os nossos documentos de apoio estão cientificamente bem
documentados e actualizados.
A habilidade para percepcionar as diferenças entre tecidos como tendões, artérias, veias, músculos,
fascias e mesmo energia, é essencial para o sucesso. Este processo é progressivo, feedbacks e a
prática repetida em diversos contextos é fundamental.
Não existem atalhos, senão o cumprimento de objectivos de aprendizagem para que o referencial de
formação tenha significado.
É extremamente importante perceber como conjugar o conhecimento com as capacidades intuitivas.
A interacção com o cliente, a capacidade de ouvir, a avaliação do cliente, a habilidade de comunicar
com delicadeza e a manutenção de elevados patamares éticos é indissociável da prática da qualquer
desporto.
OBJECTIVOS GERAIS
1.Conhecer os níveis de organização do corpo humano;
2.Relacionar e definir as terminologias de anatomia e fisiologia por sistema corporal;
3.Reconhecer as estruturas dos principais sistemas
4.Descrever em pormenor a anatomia muscular superficial bem como as estruturas de apoio
(esqueléticas, tendinosas, ligamentares e articulares).
ENQUADRAMENTO DO MÓDULO
Qualquer pessoa envolvida na área da saúde necessita de um amplo conhecimento do corpo humano
pois, só assim, compreenderá as reacções do corpo, perante determinados “estímulos”. A
aprendizagem de anatomia e fisiologia exige um olhar atento sobre intermináveis redes de
estruturas nervosas, vasos sanguíneos e linfáticos, camadas musculares sobrepostas, entre outras.
O objectivo deste manual é oferecer, ao formando, conteúdos de fácil compreensão, que promovam
a aprendizagem. Assim sendo, procurou-se organizar, o módulo, de forma lógica e sequencial, e
dotá-lo de explicações claras e completas.
Este módulo aborda as estruturas esqueléticas, ossos, ligamentos e tendões bem como a anatomia
geral do esqueleto.
BIBLIOGRAFIA
Anatomy and Physiology Made Incredibly Easy. 1Th Edition Guanabara - Koogan. USA.
Azevedo C., 1997 – Biologia Celular. Lidel – Edições técnicas Lda. Lisboa
Brites M., 2006 – Fisiologia - Manual de Apoio ao Estudante. QuidNovi. Matosinhos.
Flores M., 1998 – Atlas Temático de Cirurgia. Beta-Projectos editoriais Lda. Lisboa.
Keith L, Arthur F., 1999 – Anatomia Orientada para a Clínica. 4ª Edição. Guanabara Koogan. Rio de
Janeiro.
Miranda. E. – 2000 - Bases de Anatomia e Cinesiologia. Editora Sprint Lda.Rio de Janeiro.
Moll K. Moll M., 2004 – Atlas de Anatomia. Lusociencia-Edições Técnicas e Científica, Lda. Loures.
Neil B., 2000 – Compêndio de Fisiologia. Stória Editores Lda. Lisboa.
Ovejero A., 1998 – Corpo Humano. Beta-Projectos editoriais Lda. Lisboa
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Parker, S., 2007 – Anatomia e Fisiologia do Corpo Humano. Dorling Kinderley – Civilização Editores,
Lda. Porto.
Pereira L., 2001. – Metabolismo de Órgãos Vitais in Riscos de Agentes Biológicos-Manual de
Prevenção. IDICT. Lisboa.
Serranito P., 2003 – Fundamentos Biológicos do Exercício e da Condição Física, 2ªEdição. Xistarca.
Lisboa.
Ribeiro B., 1992 – O treino do Músculo. Editora Caminho. Lisboa.
Rigutti A., S/D – Atlas Ilustrado de Anatomia. Girassol Edições Lda. Sintra.
Reyes E., 1998 – Anatomia Humana. Beta-Projectos editoriais Lda. Lisboa.
Robertis E.& Robertis Jr., 1996 – Biologia Celular e Molecular. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa.
Twietmeyer T, McCracken T., 2006 – Manual de Anatomia Humana para Colorir. Editora Ganabara
Koogan. Rio de Janeiro.
Whitaker R & Borley N., 2000 – Compêndio de Anatomia. Blackwell Lda. Instituto Piaget. Lisboa.
J. A. Esperança Pina – Anatomia Humana da Locomoção – LIDEL - Lisboa
Frank H. Netter, M.D. - Atlas de Anatomia Humana - 3ª edição - ICON Learning Systems 2004
Seeley R., Stephens T. & Tate P., 2007 – Anatomia & Fisiologia. 6ª Edição. Lusociência. Lisboa.
SITES DA INTERNET
http://www.visiblebody.com
http://www.exrx.net
http://www.muscleandmotion.com/
http://www.anatomia.online.com
http://www.innerbody.com/htm/body.html
http://www.youtube.com/massagempro
http://www.ohio.edu/people/witmerl/3D_human.htm
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FORMAÇÃO PROFISSIONAL, LDA.
Elaborado em 2009 por Henrique Lopes
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SISTEMA ESQUELÉTICO
Figura 1- Esqueleto superior humano
(retirado de visiblebody.com)
O sistema esquelético é constituído predominantemente
por tecido conjuntivo e integra para além do tecido ósseo,
o tecido cartilagíneo, os tendões e os ligamentos. Para
além de permitir manter a posição erecta e servir de apoio
à locomoção, o sistema esquelético tem outras funções,
das quais se podem referir as seguintes cinco:
1. Suporta os tecidos circunjacentes;
2. Protege os órgãos vitais e os outros tecidos moles do corpo;
3. Auxilia no movimento do corpo, fornecendo inserção aos músculos e funcionando como
alavanca;
4. Produz células sanguíneas (esta função hematopoiético ocorre na medula vermelha do osso);
5. Fornece uma área de armazenamento para sais minerais, especialmente fósforo e cálcio, que
suprem as necessidades do corpo.
TENDÕES E LIGAMENTOS
Os tendões asseguram a fixação dos músculos nas peças ósseas e os ligamentos asseguram a
estabilidade das ligações entre os ossos.
Existem três diferenças importantes entre os tendões e os ligamentos, embora ambas as estruturas
se classifiquem como tecido conjuntivo modelado:
As fibras de colagénio dos ligamentos são menos compactas;
As fibras de colagénio dos
ligamentos, por vezes, não estão
colocadas paralelamente;
Os ligamentos são geralmente mais
planos, formando bainhas e bandas.
Os tendões e ligamentos
desenvolvem-se a partir de
fibroblastos fusiformes que, uma vez
rodeados de matriz, se transformam
em fibrócitos.
Figura 2 – Tendões e Ligamentos (retirado de visiblebody.com)
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CARTILAGEM HIALINA
A cartilagem hialina é a variedade de
cartilagem que predomina no sistema
esquelético. Existe, também, cartilagem
fibrosa e cartilagem elástica que se
diferenciam, fundamentalmente, pela
quantidade e tipo de fibras na matriz. A
cartilagem hialina é a que está intimamente
relacionada com o crescimento dos ossos.
Neste tipo de cartilagem o colagénio e os
proteoglicanos criam uma trama de
suporte, para a matriz, repleta de água. Daí
resulta a transparência que reconhecemos neste tipo de tecido. A quantidade de água na cartilagem
justifica a sua elevada resiliência (qualidade que os materiais elásticos exibem e que se traduz na
capacidade de absorver energia quando deformados elasticamente).
As células que produzem a matriz nova são os condroblastos (chondros significa cartilagem).
Quando um condroblasto é envolvido pela matriz que ele próprio produziu, torna-se um condrócito e
ocupa um espaço na matriz que é designado de lacuna.
A cartilagem hialina é envolvida por uma bainha de tecido conjuntivo com duas camadas – o
pericôndrio.
OSSO
O osso é um tecido com actividade, constituído por cerca de 22% de água mas extremamente forte,
resistente e durável, apesar de leve e flexível. O osso consegue reparar-se quando está danificado.
Consegue, ainda, ficar mais grosso e mais resistente nos locais de maior tensão.
CLASSIFICAÇÃO ÓSSEA
Os ossos são tipicamente classificados pelo formato. Assim, podem ser classificados como:
Longos – em que o comprimento predomina relativamente às outras dimensões. Os ossos longos (o
úmero, o rádio, a tíbia, etc.) consistem numa haste ou diáfise, e duas extremidades, chamadas
epifises. A diáfise é formada primariamente por um tecido compacto que é mais espesso na parte
média do osso, onde o esforço é maior. A resistência do osso longo é facilmente assegurada por uma
ligeira curvatura da diáfise. O interior da diáfise é a cavidade medular, também chamada de canal
medular;
Curtos – em que não existe predomínio de nenhuma das dimensões (como os carpos e os tarsos);
Chatos – em que há predomínio de duas das suas dimensões (como escápula, costelas e crânio);
Irregulares - possuem uma forma que não se enquadra em nenhuma das outras categorias (como as
vértebras e as mandíbulas);
Sesamoides – são pequenos e arredondados (como as rótulas).
Figura 3 – Cartilagem Hialina
(retirado de Frank Netter- Atlas de Anatomia Humana)
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Figura 4 – Esquema de um osso longo e partes constituintes (retirado de Moore and Dalley, 1999)
HISTOLOGIA ÓSSEA
O osso é um tipo de tecido conjuntivo e, como tal, possui células, uma matriz de fibras e substância
fundamental. Uma característica que distingue o tecido ósseo dos restantes tecidos conjuntivos é
que a substância fundamental é calcificada e, por isso, rígida.
O tecido é constituído por aproximadamente 35% de material orgânico, cujo principal componente
são as fibras de colagéneo, responsáveis pela sua elasticidade, o que faz com que o osso resista à
tensão. Para além do colagéneo, é constituído por material inorgânico (cerca de 65%),
principalmente fosfato de cálcio, que confere resistência aos ossos.
Existem duas variedades de tecido ósseo :
Osso esponjoso, é constituído por placas ósseas interligadas – trabéculas – encontram-se
orientadas de acordo com as linhas de tensão a que o osso se encontra sujeito;
Osso compacto, é mais denso e com menos
espaço que osso esponjoso, os vasos
sanguíneos penetram na substância óssea,
contrariamente ao osso esponjoso,
formando várias estruturas, nomeadamente
canais de Havers ou centrais, lamelas
concêntricas, sistemas de Havers, canais de
Volkman e lamelas circunferenciais.
Figura 5 – Esquema de um osso (retirado de http://www.simbiotica.org/tecidosanimal.htm)
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CRESCIMENTO ÓSSEO
Os ossos crescem em comprimento (figura 6) e em diâmetro, designando-se esse crescimento de:
Encondral – crescimento da cartilagem seguido da substituição da cartilagem pelo osso –
crescimento dos ossos em comprimento;
Aposicional – formação do osso na superfície – crescimento em diâmetro dos ossos longos e da
maior parte dos curtos.
O Crescimento ósseo requer proliferação dos condroblastos e osteoblastos, produção de colagéneo e
disponibilidade de cálcio e outros minerais.
CRESCIMENTO ENCONDRAL
O crescimento encondral ocorre na placa epifisária. Esta placa possui quatro zonas:
Zona de repouso – situa-se junto à epifise (condrócito não se dividem rapidamente);
Zona de proliferação – condroblastos (produzem cartilagem nova, empurrando as epifises
para fora, provocando aumento do comprimento do osso);
Zona de hipertrofia – os condrócitos produzidos amadurecem e aumentam de tamanho;
Zona de calcificação – constitui a matriz mineralizada com carbonato de cálcio (local onde se
dá a ossificação).
Figura 6 – Esquema do crescimento encondral (retirado de Serranito, P., 2003)
CRESCIMENTO APOSICIONAL
O crescimento aposicional dá-se por formação de osso na superfície. Este tipo de crescimento é
responsável pelo crescimento em diâmetro dos ossos longos e da maior parte dos ossos curtos. O
crescimento aposicional assegura que o crescimento dos ossos longos é acompanhado por um
aumento das dimensões da cavidade medular e, consequentemente, maior leveza dos ossos.
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A remodelação óssea dá-se pela remoção de tecido ósseo antigo e a deposição de tecido ósseo novo.
Neste processo estão directamente envolvidos os osteoclastos e os osteoblastos que desenvolvem
uma acção complementar compreendendo os seguintes processos:
1.Crescimento ósseo; 2. Mudança de forma do osso; 3. Ajuste do osso à tensão; 4. Reparação dos
ossos e 5. Regulação do cálcio no organismo
Figura 7 - Crescimento aposicional – (retirado de Anatomia e Fisiologia de Seeley)
HOMEOSTASIA DO CÁLCIO
Os ossos são a principal reserva de cálcio do organismo, desempenhando um papel muito importante
na sua homeostasia. As variações do teor de cálcio no organismo são muito estreitas, uma vez que a
contracção muscular e as potenciais de membrana estão dependentes destas variações.
Existe uma dinâmica constante de deposição (osteoblastos) e de remoção (osteoclastos) de cálcio do
osso. Esta dinâmica tem de manter-se em equilíbrio. Para regular este processo intervêm duas
hormonas, a paratormona que aumenta a actividade osteoclástica e favorece a calcémia e a
calcitonina que diminui a actividade osteoclástica e favorece a deposição de cálcio no osso.
FRACTURAS ÓSSEAS
As fracturas ósseas podem caracterizar-se quanto à forma e à extensão. Quanto à extensão podem
ser classificadas em incompleta ou
em ramo verde (fractura parcial) e
completa (fractura total). Quanto à
forma, podemos classifica-las em
cominutiva, transversa, em espiral e
oblíqua.
Figura 8 – Classificação das
fracturas (retirado de Seeley R.,
Stephens T. e Tate P., 2007)
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REPARAÇÃO ÓSSEA
Graças à grande irrigação sanguínea e à capacidade dos seus processos de reparação, a regeneração
óssea dá-se com alguma rapidez e eficácia.
Quando ocorre lesão no osso, esta vai provocar lesão do vaso sanguíneo em redor do periósteo. Os
vasos sofrem hemorragia e através da intervenção das plaquetas sanguíneas vai formar-se um
coágulo. Os vasos sanguíneos e células não especializadas invadem um coágulo, dois a três dias
depois. Cerca de uma semana depois, essas células não especializadas transforma-se em fibroblastos
que produzem rede fibrosa entre topos ósseos da fractura. Outras células diferenciam-se em
condroblastos e produzem pequenas ilhas de fibrocartilagem na rede fibrosa – calo fibrocartilagíneo
da zona de reparação. Os osteoblastos do periósteo e do endósteo penetram no calo
fibrocartilagíneo e convertem-no num calo ósseo. A neoformação encontra-se completa geralmente
4 a 6 semanas depois. O período de repouso deve ser maior para permitir um completo restauro da
cavidade medular.
Figura 9 – Esquema da remodelação óssea (retirado de Seeley R., Stephens T. e Tate P., 2007)
ANATOMIA GERAL DO ESQUELETO
O esqueleto humano contém 206 ossos (tabela 1), em que 80 deles formam o esqueleto axial
(situado ao longo da linha central, ou eixo do corpo), constituindo estruturas como a cabeça, a
coluna vertebral e a caixa torácica, os restantes 126 ossos formam o esqueleto apendicular
(membros e estruturas que permitem a ligação destes ao esqueleto axial)
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Tabela 1 – Esqueleto axial e apendicular (retirado de Seeley R., Stephens T. e Tate P., 2007)
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Figura 10 – Esquema de um esqueleto humano (retirado de Seeley R., Stephens T. e Tate P., 2007)
ESQUELETO AXIAL
O esqueleto axial é constituído por 80 ossos, distribuídos pelo crânio, coluna vertebral, costelas e
esterno. Seguidamente, são apresentadas imagens desses ossos.
Crânio
O crânio é constituído por 28 ossos distribuídos por dois grupos, o conjunto superior de oito ossos
que o formam e crânio em forma de abóbada, que abriga e protege o cérebro. Catorze deles
constituem o esqueleto da face e seis deles são ossículos auditivos. Dos 22 ossos do crânio (com
excepção dos auditivos), 21 deles fundem-se durante o crescimento em linhas de união ténues
designadas suturas.
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Figura 11 – Esquema do Crânio – vista frontal (retirado de Frank Netter- Atlas de Anatomia Humana)
Figura 12 – Esquema do Crânio – vista lateral (retirado de Frank Netter- Atlas de Anatomia Humana)
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Figura 13 – Esquema do ossos do Crânio (retirado de http://www.ohio.edu/people/witmerl/3D_human.htm)
Coluna Vertebral
A coluna vertebral é um suporte central forte mas flexível que mantém a cabeça e o tronco em
posição erecta e permite a flexão, rotação da cabeça e costas. A coluna é constituída por 26 ossos
ligados por articulações. Entre os ossos das articulações encontram-se os discos cartilagíneos (de
cartilagem fibrosa) chamados discos intervertebrais. Os ossos da coluna vertebral encontram-se
distribuídos por 5 regiões:
Região cervical (7 vértebras – C1-C7) – apresentando uma curvatura designada de Lordose
cervical;
Região Dorsal ou Torácica (12 vértebras – D1-D12) – apresentando uma curvatura
designada de Cifose dorsal ou torácica;
Região Lombar (5 vértebras – L1-L5) apresentando uma curvatura designada de Lordose
lombar;
Região sagrada – (5 vértebras fundidas) apresentando uma curvatura
Região coccígea – (4 vértebras fundidas) designada de Cifose Sacro-cóccigea
“Os engenheiros puderam demonstrar que a resistência de uma coluna que apresenta curvaturas
era proporcional ao quadrado do número de curvaturas mais um”.
Como a coluna apresenta 4 curvaturas fisiológicas é 17 vezes mais resistente que uma coluna
recta. As figuras 14 a 19 apresentam esquemas dos diversos tipos de vértebras da coluna vertebral.
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Figura 14 – Esquema da coluna vertebral (retirado de Frank Netter- Atlas de Anatomia Humana)
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Figura 15 – Esquema da vértebra atlas e axis (retirado de Frank Netter- Atlas de Anatomia Humana)
Figura 16 – Esquema de encaixe do occipital e as vértebras atlas e áxis (retirado de VisibleBody.com)
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Figura 17 – Esquema da 4ª e 7ª vértebra cervical (retirado de Frank Netter- Atlas de Anatomia Humana)
Figura 18 – Esquema da 6ª vértebra torácica (retirado de Frank Netter- Atlas de Anatomia Humana)
Figura 19 – Esquema da 2ª vértebra lombar (retirado de Frank Netter- Atlas de Anatomia Humana)
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Figura 20 – Esquema sacro e do cóccix - (retirado de Frank Netter- Atlas de Anatomia Humana)
Caixa Torácica
Figura 21 - Caixa torácica (retirado de www.anatomiaonline.com © Dr. Daniel Cesar)
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O tórax é formado por 12 pares de costelas, pelo esterno e por 12 vértebras dorsais. O esqueleto
torácico forma a caixa torácica ósteo-cartilagínea, que protege os órgãos internos ao nível do tórax e
alguns abdominais. As cartilagens costais formam a maior parte da caixa torácica, fechada atrás pela
coluna vertebral e à frente pelo esterno. As costelas são ossos planos encurvados que formam a
maior parte da caixa torácica. Elas são notavelmente leves, porém possuem elevada resiliência. Cada
costela possui no interior medula óssea vermelha (tecido hematopoietico) que forma células
sanguíneas. Existem três tipos de costelas:
Costelas verdadeiras (esternais) – são
assim chamadas porque ligam
directamente no esterno através das
suas próprias cartilagens costais e
correspondem aos 7 primeiros pares de
costelas;
Costelas falsas (asternais) – ligam
indirectamente ao esterno, através da
cartilagem costal da última costela
verdadeira e corresponde aos 3 pares
imediatamente a seguir às verdadeiras
(do 8º ao 10º pares de costelas);
Costelas Flutuantes – não se ligam,
mesmo que indirectamente ao esterno,
terminando na musculatura abdominal
posterior. Estas costelas correspondem
ao 11º e 12ºpares de costelas.
O esterno é um osso chato, simétrico,
alongado, situado na parte e anterior e
central do tórax e que se encontra
dividido em três partes, a parte superior
designada de manúbrio, a parte média
designada de corpo e a parte inferior,
designada apêndice xifoide.
Figura 22 – Costelas (retirado de visiblebody.com)
Figura 23 – Esterno (retirado de visiblebody.com)
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ESQUELETO APENDICULAR
O esqueleto apendicular é constituído pelos ossos dos membros superiores e inferiores, bem como,
pelas estruturas que ligam os ossos dos membros ao esqueleto axial, como é o caso da cintura
escapular e da cintura pélvica.
Cintura Escapular
Figura 24 – Cintura Escapular (retirado de visiblebody.com)
A cintura escapular é constituída por uma série de ossos entrelaçados entre si rodeando o corpo e
que une os membros superiores ao esqueleto axial. Esta cintura recebe o nome de cintura escapular
devido ao seu maior osso, a escápula ou omoplata, que se encontra posteriormente à caixa torácica.
Para além da omoplata, ainda, faz parte da cintura escapular a clavícula .
Omoplata (Escápula)
A omoplata é um osso par, chato e triangular, situado na porção superior e posterior do tórax. A face
côncava é anterior. Dos três bordos o mais curto é superior. Dos três ângulos o que apresenta uma
nítida superfície articular é externo e olha um pouco para diante.
A face posterior ou dorsal encontra-se dividida em duas porções pela espinha da omoplata (Spina
scapulae). Esta espinha termina por uma apófise volumosa, achatada de cima para baixo, o acrómio
(Acromion), que apresenta no seu bordo interno, uma pequena faceta articular para a clavícula
(Fácies articularis acromii).
A espinha da omoplata encontra-se situada na união do quarto superior com os três quartos
inferiores e divide a face posterior da omoplata em duas porções: uma situada para cima, a fossa
supra--espinhosa (Fossa supraspinata), onde se insere o músculo supra-espinhoso; a outra situada
para baixo, a fossa infra-espinhosa (Fossa infraspinata), para o músculo infra-espinhoso. As duas
fossas comunicam entre si através da goteira espino-glenodeia, situada entre a espinha da omoplata
e o colo da cavidade glenoideia. A face anterior ou costal apresenta a fossa infra-escapular (Fossa
subscapularis), onde se insere o músculo infra-escapular.
O bordo interno ou espinhal, dá inserção a vários músculos: no lábio anterior, o grande dentado; no
lábio posterior, o supra-espinhoso e o infra-espinhoso; e no interstício, o angular da omoplata e o
rombóide.
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Figura 25 – Omoplata (Escápula) – (retirado de Anatomia e Fisiologia de Seeley – 2007)
O bordo superior apresenta a chanfradura coracoideia (Incisura scapulac), que é transformada em
buraco por intermédio de um ligamento.
O bordo externo ou axilar apresenta a tube-rosidade infra-glenoideia (Tuberculum infragle-noidale)
para inserção da longa porção do tricípete braquial.
O ângulo superior é resultante da reunião dos bordos interno e superior c dá inserção ao angular da
omoplata.
O ângulo inferior resulta de reunião dos bordos interno e externo e projecta-se ao nível do sétimo
espaço intercostal.
O ângulo externo resulta da reunião dos bordos externo e superior e apresenta a cavidade glenoideia
(Cavitas glenoidalis) que se vai articular com a cabeça do úmero. Esta cavidade encontra-se separada
do resto da omoplata por intermédio de uma zona apertada, o colo (Colum scapulae). Ao nível da
junção da cavidade glenoideia com a base da apófise coracoideia encontra-se o tubérculo supra-
glenoideu (Tuberculum supraglenoidale), onde se insere a longa porção do bicípete braquial.
No espaço compreendido entre a cavidade glenoideia e a chanfradura coracoideia existe a apófise
coracoideia (Processus coracoideus), em cujo vértice se insere um tendão comum à curta porção do
bicípete e ao córaco-braquial e em cujo bordo interno se insere o pequeno peitoral.
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Membro Superior
A cintura escapular permite ligar o úmero ao esqueleto axial. O úmero constitui a estrutura do braço
e articula-se distalmente com dois ossos longos do antebraço, o rádio e o cúbito. Estes, por sua vez,
articulam-se distalmente com os ossos do carpo, um conjunto de ossos que ligam ao do metacarpo e
estes com as falanges, que formam a estrutura dos dedos da mão.
O úmero como todos os ossos longos tem uma diáfise e duas epifises. A extremidade superior
(cabeça do úmero) esférica, articula-se com a cavidade articular (cavidade glenóide) da omoplata, a
extremidade inferior, achatada no sentido antero-posterior, tem uma saliência arredondada
(côndilo) do lado de fora e uma espécie de roldana (tróclea) por dentro, que se articula com os dois
ossos do antebraço.
Figura 26 – Esquema do úmero direito – (retirado de Anatomia e Fisiologia de Seeley – 2007)
Os ossos do antebraço, o cúbito (interno) e o rádio (externo), ossos compridos colocados
paralelamente e articulados em cima com o úmero, mas também entre si. O cúbito é mais volumoso
na extremidade superior, lembrando uma chave-inglesa aberta, formando a cavidade sigmóidea
onde encaixa a tróclea do úmero. A extremidade inferior, adelgaçada (cabeça do cúbito), relaciona-se
com um osso do carpo, o escafoide.
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O rádio, ao contrário do cúbito, tem a parte inferior mais grossa que a superior, cuja extremidade
articular apresenta uma concavidade arredondada para o côndilo do úmero.
Figura 27 – Esquema do cúbito e rádio direitos – (retirado de Anatomia e Fisiologia de Seeley – 2007)
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O carpo é composto por oito ossículos agrupados em duas filas, A primeira fila compreende o
escafóide, o semilunar, o piramidal e o pisiforme. A segunda fila compreende o trapézio, o
trapezóide, o grande osso e o unciforme.
O metacarpo forma o esqueleto da palma e do dorso da mão e é constituído por cinco ossos
compridos designados por primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto ossos metacárpicos. O
primeiro, que corresponde ao polegar, articula-se com o trapézio; os restantes fazem-no com os
outros ossos da segunda fila do carpo e também entre si.
As falanges formam os dedos das mãos. Cada dedo é formado por três ossos (excepto o polegar, que
tem apenas dois), e designa-se de falange próximal (profalange ou apenas falange) falange média
(mesofalange ou falanginha) e falange distal (metatafalange ou falangeta), articulados entre si.
Figura 28 – Esquema do carpo, metacarpo e falanges da mão direita (retirado de Frank Netter- Atlas
de Anatomia Humana)
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Cintura Pélvica
A cintura pélvica ou bacia é formada por um só osso, chamado ilíaco ou coxal e liga os membros
inferiores ao esqueleto axial.
O osso ilíaco tem forma quadrangular muito irregular, estrangulado na parte média por duas
chanfraduras Na parte externa encontra-se uma grande cavidade articular (cavidade cotilóidea) que
se relaciona com o fémur, acima da qual se estende uma larga superfície óssea (ilíaco) e, abaixo dela,
um orifício triangular (buraco obturador) separa uma parte angular anterior (púbis), de outra
tuberosidade posterior (ísquio). A parte interna (ilíaco) apresenta na parte posterior uma superfície
articular (face articular) para o sacro e outra para o púbis, que se relaciona com a correspondente do
outro ilíaco (sínfise púbica).
Figura 29 – Esquema do osso ilíaco - (retirado de Frank Netter- Atlas de
Anatomia Humana)
Figura 30 – Esquema dos ossos dos membros inferiores e ilíaco – vista
anterior – (retirado de Anatomia e Fisiologia de Seeley – 2007)
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Membros Inferiores
O osso da coxa, o fémur é um osso longo, assimétrico, que está disposto seguindo uma direcção
oblíqua, ou seja, num esqueleto montado, os dois fémures têm as extremidades inferiores mais
próximas do que as superiores. A superior apresenta uma cabeça esférica (cabeça do fémur) que se
articula com o ilíaco e que se liga ao corpo do fémur por uma haste óssea curta e oblíqua (colo do
fémur). Destacam-se duas saliências ósseas situadas na epifise proximal: o grande trocânter, situado
na face lateral, e o pequeno trocânter, situado na face medial. Ambas as saliências servem de
inserção a grandes músculos. Nas extremidades inferiores observam-se, de cada lado, duas massas
ósseas arredondadas (côndilos do fémur)
Figura 31 – Esquema do fémur direito – vista anterior e posterior - (retirado de Frank Netter- Atlas
de Anatomia Humana)
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Tal como no antebraço, o esqueleto da perna é formado por dois ossos (a tíbia e o perónio), a que há
a acrescentar a rótula.
A tíbia um osso comprido situado na parte interna da perna. Tal como a extremidade inferior do
fémur, com a qual se articula, a extremidade superior da tíbia possui duas tuberosidades, cuja zona
superior ou articular é escavada, formando-se duas cavidades (cavidades glenóides) que se articulam
com os côndilos do fémur. Na parte anterior, entre ambas as tuberosidades, encontra-se uma
saliência óssea, na qual se inserem músculos da região anterior da perna, e na parte externa, uma
superfície articular para o perónio. A extremidade inferior da tíbia, na parte interna, prolonga-se para
baixo através duma apófise volumosa (maléolo interno) e possui, na parte externa, outra superfície
articular para a extremidade inferior do perónio.
Figura 32 – Esquema da tíbia direita – vista anterior e posterior - (retirado de Frank Netter- Atlas de
Anatomia Humana)
O perónio é um osso delgado situado na zona externa da perna, paralelo à tíbia e um pouco atrás
desta. A extremidade superior (cabeça do perónio) apresenta, na parte interna, uma superfície
articular correspondente à que a tíbia possui ao mesmo nível. A extremidade inferior alongada,
forma o maléolo externo, e articula-se na parte interna com a tíbia e com um osso do pé.
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Os ossos do pé tal como os da mão, estão agrupados em três grupos de ossos: tarso, metatarso e
dedos.
O tarso é composto por sete ossos curtos, muito irregulares, dispostos em duas fiadas. O astrágalo e
o calcâneo formam a primeira fiada. O escafóide, o cubóide e os três cuneiformes formam a segunda
filada.
O metatarso consta de cinco ossos compridos, cuja extremidade posterior se articula com alguns dos
ossos do tarso (cuneiformes ou cubóide). A extremidade anterior articula-se com a extremidade
posterior da primeira falange de cada dedo.
Cada dedo é formado por três ossos (excepto o dedo grande, que tem apenas dois), e designa-se de
falange proximal (profalange ou apenas falange) falange média (mesofalange ou falanginha) e
falange distal (metatafalange ou falangeta).
Figura 33 – Esquema dos ossos do pé – (Retirado de ArranLewis – 2007)
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EM SÍNTESE
DEVE SABER:
Sistema Esquelético:
Funções do Sistema Esquelético
Constituição (Ossos, Cartilagens, Tendões e Ligamentos)
Classificação Óssea (Longos, Curtos, Chatos, Irregulares e Sesamoides)
Histologia Óssea (Osso Esponjoso e Osso Compacto)
Crescimento Ósseo (Encondral e Aposicional)
Fracturas Ósseas
Reparação Óssea
Anatomia Geral do Esqueleto
Esqueleto Axial: Principais ossos da Cabeça, Coluna Vertebral e Caixa Torácica
Esqueleto Apendicular: Cintura Escapular - Omoplata, Membros Superiores, Cintura Pélvica e
Membros Inferiores
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