ORALIDAD Y CARACTERIZACIÓN EN GALDÓS

Para S. G.

E l arte de Galdós para la creación de personajes memorables , ya sean tediosos o inspirados m i e m b r o s de la sociedad, integrados o marg inados , depende de la m u l t i p l i c i d a d de técnicas de las que echaba m a n o y que u t i l i z a b a con gran maestría. U n a de ellas, no poco frecuente en el siglo x i x , aunque no t a n altamente desarro­l lada como en Galdós , es lá referencia a rasgos vocales de t ono , registro y ca l idad , a los que d o n Beni to era especialmente sensi­ble gracias a su excelente oído mus i ca l . U n cuidadoso examen de este fenómeno ar ro ja resultados valiosos en dos campos de i n t e ­rés l i t e r a r i o : la cuestión más a m p l i a — q u e l l a m a la atención de algunos críticos contemporáneos— de la o r a l i d a d de las novelas, y el hecho más específico de la caracterización de los personajes. A u n q u e en estas páginas nos l i m i t a r e m o s al segundo tema, a n i n ­gún lector se le escapará la significación del p r i m e r o 1 .

A f o r t u n a d a m e n t e , ya no hablamos de estereotipos, sino que reconocemos que los t ipos humanos que encontramos en Galdós t i enen sus fallas y v i r t u d e s , coherencias e incoherencias, únicas e ind iv idua les , que hacen que los más raros de ellos — A l m u d e n a o M a x i R u b í n — sean creíbles, aceptables. L a idea de que las per-

1 A l h a b l a r del grado de l a intención oral en las novelas de Galdós, m e i n c l i n o a atr ibuir le u n a i m p o r t a n c i a bastante considerable . N o dudo de que si b i e n m u c h o s lectores del siglo x i x sabían leer y gozaban de l a lectura , otros se hacían leer las novelas , como lo he visto incluso a mediados del siglo x x , por l a única persona que sabía leer en u n a c a s a o en u n grupo de s irvientes . C o m o sabemos , esto también se hacía con los periódicos. Galdós, tan e v i d e n ­temente preocupado de que incluso su c r i a d a entendiera su teatro, no puede h a b e r pasado por alto ese segmento t a n importante de su público. P a r a mí, h a y p r u e b a s adicionales de esto en los diferentes niveles de suti leza que e n c o n ­t r a m o s en su o b r a : u n n i v e l c laro y superf ic ia l , portador del mensa je social

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sonas pertenecientes a determinadas clases o profesiones apare­cen sistemáticamente pintadas con incl inaciones hacia u n a u o t ra ideología se resiste u n poco más. E n rea l idad , la idea general de que los sacerdotes son reaccionarios y los científicos son seres i lus ­trados no es in jus ta , pero siempre hay modulac iones en Galdós . E l lector tenderá a equivocarse menos si se da cuenta de que los personajes progresistas y l iberales o reaccionarios y conservado­res serán identi f icados por algunos rasgos agradables o desagra­dables de voz y de hab la .

Según u n a de las pr imeras opiniones al respecto, Galdós era ant i c l er i ca l , e inc luso , para algunos, anticatólico, y m u y dado a la lógica del protestantismo y del par lamentar i smo británicos. E r a entonces u n a consecuencia razonable que los sacerdotes fueran presentados con u n a visión negat iva , como i n d i v i d u o s cerrados y reaccionarios que no servían n i a la congregación n i a la Ig l e ­sia, y cuya f o r m a de v i v i r no correspondía a las exigencias más nobles de la c r i s t iandad . L a inte l igenc ia , l a to leranc ia , la t enden ­cia al progreso se encontraban en los productos de u n a educación l i b e r a l , especialmente entre los médicos o los científicos. C o n este c r i t e r i o es fácil ver a los personajes de Perfecta, Inocenc io , Pao-l e t t i , G a m b o r e n a , incluso el del tío de G l o r i a , d o n Ángel , el obis­po , como precursores del general Millán A s t r a y , famoso por su bárbara exclamación: 6 ' ¡Abajo la inte l igencia ! ¡Viva la M u e r t e ! ' ' Por o t r a parte , aceptamos fácilmente a Pepe R e y , el ingen iero , o a T e o d o r o Golfín como modelos de la nueva España, intelec­t u a l , b i e n i n f o r m a d a , rac i ona l , i lus t rada , que será capaz de ocu­par el l u g a r que le corresponde en la c o m u n i d a d europea occ idental . C l a r o que todo lector ávido sabe ahora que ésa era u n a visión simplista de la sociedad y , por lo tanto , del m u n d o crea­do p o r Galdós .

C i e r t a m e n t e es p r e r r o g a t i v a del autor do tar a sus personajes de rasgos posit ivos y /o negativos , s iguiendo sus propios gustos. C o m o consecuencia, el lector generalmente se entera casi al m i s ­m o t i e m p o de las preferencias de Galdós y de la luz a la que se

básico, y los más elaborados, que enriquecen ese objetivo y apuntan h a c i a otros, i n c l u y e n d o l a intertextual idad l i t e r a r i a y estética. E n El amigo Manso h a y u n a clarísima indicación de que Galdós sentía el efecto ora l de su e s c r i t u r a . A l des­c r i b i r a l a m a d r e de Peña, l a c a s e r a de M a n s o , el n a r r a d o r e m p i e z a el capítulo 3 d ic iendo : " V o y a hablar de m i v e c i n a " (las c u r s i v a s son mías). E l capítulo 4 c o m i e n z a d ic iendo : " D o ñ a J a v i e r a e r a . . . (me molesta el sonsonete, pero no puedo e v i t a r l o ) " (Obras completas, A g u i l a r , M a d r i d , 1960, t. 4, pp . 1170a y 1173a) .

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habrá de ver a ta l o cual personaje. Examinemos u n e jemplo es­pecíf ico, el más obvio y f a m i l i a r , el del clero, las monjas y la gen­te m u y devota . Es u n grupo sobre el cual solía haber opiniones a r b i t r a r i a s , y que al m i s m o t i e m p o nos presenta los mayores ex­tremos en la obra de Galdós.

Desde el comienzo veremos que existe la imagen de lo que es­pera la sociedad, la i m a g e n de c ó m o ven a los clérigos los demás personajes de la obra , y la i m a g e n que Galdós d i b u j a , o más fre­cuentemente insinúa. Por último, está la imagen con la que se queda el lector , que no necesariamente es la m i s m a para todos los lectores 2 . Para los fines de este ensayo me l i m i t o a las carac­terísticas del habla , sobre todo la voz, el tono , la acentuación, más que el vocabular io o la pronunciación, puesto que se t r a t a sobre todo de u n grupo i n s t r u i d o , y las variaciones de estas últimas ca­tegorías son mínimas o no p a r t i c u l a r m e n t e reveladoras. E n tér­m i n o s generales, los pre juic ios de la sociedad (que posiblemente i n c l u y a a l lector) esperan b o n d a d , compasión, s incer idad, ca lma y u n t ono o t i m b r e agradable en la voz de u n consejero sabio y comprens ivo , t a l como u n sacerdote o u n a m o n j a , que se dedica a la obra d i v i n a . E l p r o p i o Galdós fomenta este p u n t o de vista en varias ocasiones. U n a vez el n a r r a d o r de Fortunata y Jacinta co­m e n t a lo i r r i t a b l e y excitable que es a m e n u d o Nicolás R u b í n , el clérigo h e r m a n o de M a x i , d ic iendo que "se calmó luego, t o ­m a n d o el t ono que cuadra a u n sacerdote, y con el cual sabía él m u y b i e n rect i f icar la descompostura que le producían la i r a o el c o n t e n t o " 3 . L a m a d r e super iora de las Micaelas sufre el m i s ­m o síndrome ya que, después de perder la ca lma, se contro la " y a recobrada la serenidad con que daba siempre sus ó r d e n e s " ( t . 5, 259b) . E n esta novela hay varios personajes m u y secundarios que

2 Véanse, por e jemplo , opiniones diferentes sobre l a santidad en L U C I L L E V . B R A U N , " G a l d ó s ' re -creat ion of E r n e s t i n a M a n u e l de V i l l e n a as G u i l l e r ­m i n a P a c h e c o " , HR, 38 (1970) , 3 2 - 5 5 ; J . L . B R O O K S , " T h e character of D o ­ña G u i l l e r m i n a i n Galdós' novel Fortunata y Jacinta"", BHS, 38 (1961) , 86-94 ; M A R I E - C L A I R E P E T I T , Les personnages féminins dans les romans de Pérez Galdós, L y o n , 1972; F R A N C I S C O R U I Z R A M Ó N , Tres personajes galdosianos, R e v i s t a de O c ­cidente , M a d r i d , 1964; R O B E R T R U S S E L L , " T h e C h r i s t figure in Misericordia", AG, 2 (1967) , 103-130; D E N A H L I D A , " G a l d ó s y sus santas m o d e r n a s " , AG, 10 (1975) .

3 Fortunata y Jacinta, Obras completas, A g u i l a r , M a d r i d , 1961, t. 5, parte I I I , p . 389a . L a s demás referencias a las obras de Galdós son a esta edición de 1958-1961 y se señalan entre paréntesis en el texto, por número de tomo y página.

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son antiguos clérigos y aparecen j u n t o s en el café. A u n q u e cada u n o de ellos es más o menos " e n el fondo buena p e r s o n a " (301a), su lenguaje varía considerablemente, desde las habladurías del " v i e j o c a t a r r o s o " y el habla de o t ro que era " u n ceceo con gar­g a r i s m o s " (301b) , hasta Pedernero , más simpático, que es cortés e inte l igente y t iene u n " p i c o de oro que daba g u s t o " (ibid.).

C l a r o está que las mismas características pueden ser afecta­das, c ircunstancia que encontramos a menudo en las obras de G a l -dos. Además de ello, hay pruebas de u n orgu l l o hueco, de u n a ironía dulcemente disfrazada, de altanería retórica, de celo r e l i ­gioso exagerado, etc. N o es de sorprender que d o n Inocenc io , el de Orba josa , c u m p l a perfectamente con esas condiciones, espe­c ia lmente la estudiada ironía en el t ono {Doña Perfecta, O.C, t . 4, 420a, 421b, 429b) . E l abate G i l Carrascosa, de La fontana de oro, aunque no vista hábito eclesiástico, t iene alrededor de su persona u n " n o sé qué de f r a i l u n o " ( O . C . , t . 4, 15b). Su voz es desagra­dablemente " d e s t e m p l a d a y a c r e " (ibid.), pero su diabólica i r o ­nía aparece con m a y o r frecuencia en las expresiones faciales que acompañan el hab la , en este caso en su sonrisa (88a, 89a, 9 2 b ) 4 . H a y repetidos ejemplos de afectación tanto en las pr imeras obras como en las posteriores: en El audaz el cura d o n Pedro Regalado C o r c h ó n , así como el padre M a t a m a l a (sus nombres t r a i c i o n a n de i n m e d i a t o la opinión que de ellos tiene Galdós) m u e s t r a n se­ñales de vanidad y pedantería (O. C., t . 4, 290b, 293b, 352a). A u n ­que los clérigos en Gloria se presentan generalmente de m a n e r a más favorable , como personas cultas, educadas y de buena vo ­l u n t a d , también ellos adoptan a veces — c u a n d o están i r r i tados o son condescendientes— u n " t o n o grand ioso " (O. C., t . 4, 533b), u n tono pomposo que falta , por e jemplo , en L u i s Gonzaga, el her­m a n o de Mar ía Egipciaca en La familia de León Roch.

Esta novela t e m p r a n a nos da u n o de los ejemplos extremos de lo engañosamente m e l i f l u o que puede ser u n sacerdote, en el caso del padre Pao le t t i , confesor de María Egipciaca, que es u n art i s ta consumado en la manipulación de su tono y de su hab la según la ocasión 5 . Así , puede proyectar simultáneamente la i m a ­gen esperada y dejar ver su verdadera intención con " u n tono

4 Piénsese también e n don L i n o P a n i a g u a , t a n lleno de mal ic iosas i n s i ­n u a c i o n e s , expresadas en su voz y en su sonrisa (El audaz, O.C., t. 4, 317a) .

5 P o r su parte doña Perfecta : " E r a m a e s t r a en d o m i n a r , y nadie l a i g u a ­ló en el arte de h a b l a r el lenguaje que m e j o r c u a d r a b a a c a d a o r e j a " (O.C., t. 4, 495b) .

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de reprensión evangél ica" (0. C., t . 4, 899a). L a descripción que Galdós da de su f o r m a de hab lar es de las más detalladas, y vale la pena c i tar la :

Era Paoletti [. . . ] un hombre afable, meloso, de palabra sencilla, insinuante [ . . . ] , [tenía] la voz más clara, más argentina, más con­movedora que se ha oído jamás. Era su acento dulce y firme a un tiempo, formado del misterioso himeneo de dos notas que parecen antitéticas: la precisión y la vaguedad. Los resabios del decir italia­no, atenuados por el largo uso de nuestra lengua, daban a ésta en su boca como un son quejumbroso [ . . . ] . Se esmeraba [. . . ] con­cordando la idea con la palabra y la palabra con la voz de u n modo perfecto. [. . . ] De sus ojos podía decirse que eran la prolongación de la palabra, pues llegaban a donde no podía llegar la voz. Eran a ésta lo que la música es a la poesía (906b-907a).

C u i d a d o con la voz argent ina , con u n " h i m e n e o " — ¡ e n u n sa­cerdote !— de factores opuestos, y con el " s o n q u e j u m b r o s o " . E l n a r r a d o r añade que Paolet t i t iene el don de emplear " a r t i f i c i o de ojeadas y reclamos de inflexiones dulces para descubrir secretos" (907a) . C u i d a d o , también con los tonos melosos; Galdós n i les cree n i los a d m i r a .

C u a n d o León, impresionado con el talento histriónico de Pao­l e t t i (908b) , le va a ped i r que visite a su esposa en ferma, el sacer­dote le hab la " c o n c ierta d u l z u r a r e l a m b i d a que a la legua reve­laba la casta i t a l i a n a " (898b) . D e j a n d o a u n lado la opinión de Galdós sobre la lengua i t a l i a n a , es c laro que el re trato da lugar a sospechas. E n la m i s m a conversación, el cuasi-oxímoron de la "reprensión evangél ica" adopta la f o r m a de u n tono austero, pe­ro "des l i zando , en med io de la nube negra de su severidad, u n re lampagui l l o de m a l i c i a " (899b) . M á s tarde , cuando León le ha ­b l a del " a g u a c r i s t a l i n a " del a m o r conyuga l , Pao le t t i , refirién­dose al amor d i v i n o , contesta " c o n expresión seráfica" (911a) que c a m b i a luego a " c i e r t a ironía m e l i f l u a " (911b) para decirle que " l a p a l o m a [o sea María ] se ha escapado de las garras del cerní­calo [o sea L e ó n ] " . Su arte no le fal la n i s iquiera cuando María está m u r i e n d o y él la insta a perdonar a sus enemigos " c o n voz que se esforzó en hacer cavernosa" (932b, las cursivas son mías). T o d o está cuidadosamente estudiado para p r o d u c i r el efecto que se busca. Este es u n actor que representa u n papel , no u n a perso­n a sincera. G r a n parte de este talento se puede encontrar t a m ­bién en el G a m b o r e n a de Torquemaday San Pedro, aunque su t e m -

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peramento es diferente y quizás su registro no sea t a n grande. S in embargo , puede hab lar " c o n severidad p a t e r n a l ' ' (O. C., t . 5, 1117b), " c o n ins inuante c a r i ñ o " (1139a), " c o n voz patética, so­l emne , t e r r i b l e " (1146b) . C u a n d o T o r q u e m a d a se está m u r i e n ­do G a m b o r e n a le dice que no hay esperanza de sanar: " P r o n u n ­ció este no [. . . ] con la calculada energía que el caso, a su pare­cer, demandaba [ . . . ] " (1193b) . Su intención es la de provocar la pa labra deseada, " c o n v e r s i ó n " , cuya interpretación sigue ocu­pando a los críticos.

E n otro caso, cuando F o r t u n a t a va al convento , las monjas le h a b l a n , según el n a r r a d o r , con palabras " i m p r e g n a d a s de esa cortesía du lzona que i n f o r m a el estilo y el m e t a l de voz de las r e l i ­giosas del d í a " (O.C., t . 5, 229a). Inc luso Belén, u n a hermosa j o v e n c i t a que está en las Micaelas para ser re f o rmada y a q u i e n se presenta in i c ia lmente d ic iendo que t iene u n a " b o n i t a v o z " (245b) , adquiere , al i r creciendo su devoc ión, u n a nueva m a n e r a de hab lar " c o n aquel sonsonete que había aprendido y que t a n b i en se acomodaba a su figura angelical y a sus modi tos i n s i n u a n ­t e s " (251a) .

C i e r t o es que ¿7 hay algunos personajes de clérigos, aunque no típicos de su clase, que se m u e s t r a n de m a n e r a a t rac t iva , t a n ­to en su habla como en sus actos. E l más obv io de ellos, que i n ­mediatamente se nos ocurre , es Nazarín. C u a n d o aparece por vez p r i m e r a en u n a ventana , el n a r r a d o r reconoce que esa figura es la de u n h o m b r e más por su voz que por su cara (O. C., 1682a), de la m i s m a m a n e r a que después se le reconoce " p o r el m e t a l de la v o z " (1708b) 6 . A u n q u e le h a n robado y la seña C h a n f a i n a lo cubre de insultos , Nazarín le hab la " c o n serenidad pasmosa" (1683a) , la m i s m a serenidad que muestra más tarde con el enano (1748a) y con el alcalde sarcástico y descreído que lo está i n t e r r o ­gando (1749a). E l n a r r a d o r se siente c onmov ido p o r la " s e n c i l l a i n g e n u i d a d , sin ningún dejo de afectación" (1685b) con la que

6 E s útil c o m p a r a r a Nazarín con el M a y o r a l de Misericordia. A m b o s tie­n e n algo de semita : Nazarín e r a " e l tipo semítico más perfecto que fuera de l a Morería he visto: u n castizo árabe s in b a r b a s " (1682a) ; M a y o r a l " e r a u n j o v e n m u y listo, algo arabista y h e b r a i z a n t e " (O.C., t. 5, 1960b). S i n e m b a r ­go, e n Nazarín se e v o c a l a figura de C r i s t o , y de M a y o r a l se nos dice que lo que le atrae h a c i a A l m u d e n a , más que l a compasión o l a c a r i d a d , es u n ocioso interés de estudioso, o s implemente u n interés lingüístico. E l lector siente su afectación c u a n d o le h a b l a a doña B e n i g n a " c o n todo m i r a m i e n t o " de su v i d a de v a g a b u n d e o con A l m u d e n a (ibid.).

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Nazarín a d m i t e que no está amargado y que come cuando hay c o m i d a y a y u n a cuando no la hay .

Está claro que tenemos que ver con u n i n d i v i d u o to ta lmente sincero ( " m e respondió con sencillez que revelaba su s i n c e r i d a d " , 1685b) , así que cuando se enoja, es porque tiene buenas razones para el lo . Por consiguiente , puede revelar sus verdaderos senti ­mientos y no necesita encubrirse y recuperar la compostura p r o ­p ia de u n sacerdote. A u n amigo que t r a t a de hacerle ver que su f o r m a de v i d a es m u y sospechosa e inqu ie tante contesta Nazarín, " e n el reposado tono que usaba s i e m p r e " (1704a), que su i n t e r ­locutor no debe preocuparse por la f o rma en que su conducta pueda afectar a sus amigos, porque está a p u n t o de marcharse de su ca­sa. N i s iquiera l a voz imper iosa , amedrentadora y a i rada de Be l -m o n t e provoca más que u n a respuesta " c o n voz segura y h u m i l ­d e " (1721b) . Frente a la superstición de unas mujeres que bus­can u n a cura mi lagrosa para u n a niña en ferma, Nazarín las reprende con " s e v e r i d a d y casi casi con e n o j o " (1714a, las curs i ­vas son mías ) 7 . S in embargo , cuando las mujeres persisten, l l a ­mándolo santo y pidiéndole que interceda en favor de la niña, N a ­zarín t rata de desengañarlas " c o n reposado y firme acento" (ibid.). Después les dice que deben aceptar la v o l u n t a d de Dios y orar p o r l a curación de la niña. Por su parte , dice con " a r d o r o s o e n t u ­siasmo y convicción [. . . ] honda y firme" (1715a) que todo lo que puede hacer es rogar a Dios para que descargue en él todas las calamidades, el do lor y las desgracias que afl igen a la h u m a n i d a d a cambio de la salud de la niña. Nazarín es creíble debido a la sencillez de su f o r m a sincera de expresión, a la honest idad que se trasluce en el t ono calmado y firme de su voz. M a n t i e n e a sus oyentes "pend ientes de su pa labra persuasiva, sin retóricas ocio­sas" al t i e m p o que t r a t a de enseñarles algunos pr inc ip ios re l ig i o ­sos básicos " c o n lenguaje sencillo, dándoles más c lar idad a veces con la f o r m a de e j e m p l o s " (1719b) . D o n Ben i to no deja d u d a a l ­guna de que comparte la exhortación de maese Pedro: " L l a n e z a , muchacho ; no te encumbres , que toda afectación es m a l a " .

A p a r t i r de esta reseña bastante detallada se ve c laramente que aunque por su aspecto físico Nazarín puede parecer árabe, por el deter ioro de su atuendo puede parecer indigente y la compañía

7 L o m i s m o vale más adelante , c u a n d o las m u j e r e s c r e e n que sí ha. s a l v a ­do a la niña y b u s c a n su intervención p a r a tratar de a l i v i a r l a hister ia de B e a ­triz (1717a) . Sólo c u a n d o los ladrones t ienen p a l a b r a s y gestos blasfemos pier ­de rea lmente l a c o m p o s t u r a — " p e r d i ó su bendita s e r e n i d a d " ( 1 7 5 6 a ) — y los regaña " a r d i e n d o en santa cólera" (ibid.).

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de sus seguidoras puede dar la impresión de que es mu jer i ego , la única clave constante de su carácter se encuentra en su f o r m a de hab lar sencilla y sincera y en lo atract ivo de su voz. Fa l ta por completo ese vacío m e l i f l u o , afectado y retórico que se encuentra en otros m i e m b r o s del clero. L o m i s m o se podría decir de m u ­chos personajes auténticos, sean sacerdotes, médicos , mendigos o sirvientes. Recíprocamente , muchos personajes m a l i n t e n c i o n a ­dos y negativos, sin i m p o r t a r cuan elevado sea su lenguaje , son traic ionados por rasgos desagradables en el lenguaje y en la voz. Galdós siente g r a n desconfianza p o r la pompos idad de la m a y o ­ría de los abogados quienes, como J a c i n t i t o , el " a b o g a d i l l o " de Doña Perfecta ( t . 4, 433a) , d i g a n lo que d i g a n lo hacen de m a n e r a m u y enfática y pedante. S in embargo , o t ro personaje de esa p r o ­fesión, m u y desarrol lado por Galdós , d o n J u a n de L a n t i g u a , el padre de G l o r i a , es u n abogado de éxito, de carácter t r a n q u i l o , cuya f o rma de hablar pasa del tono sencillo, b i enhumorado y afec­tuoso que generalmente emplea cuando hab la a su h i j a , aunque esté cada vez más i r r i t a d o con el la , al tono serio, firme, hasta ter ­co, que adopta cuando habla de sus ideas religiosas y políticas, que son bastante reaccionarias.

C o m o lo hemos sugerido, la impresión general de los lectores de Galdós es que favorecía a los hombres de ciencia, especialmente a los médicos . L a m e d i c i n a ya distaba m u c h o de ser la profesión impotente que había sido, objeto de muchas bromas, especialmente p o r parte de los autores del siglo x v n . E l siglo x v m puede haber sido la E d a d de la R a z ó n en muchos campos, pero en el de la m e ­d i c ina la corriente que continuó hasta b ien entrado el siglo x x só­lo empezó a cambiar de dirección a finales del x i x . A grandes ras­gos, Galdós era t a n entusiasta respecto a los adelantos de las c ien­cias como lo era respecto a lo que consideraba democratización y progreso político. U n m u y q u e r i d o amigo suyo, M a n u e l T o l o -sa L a t o u r , era u n médico que le facilitó a Galdós la entrada a hos­pitales y otras instituciones donde pudo comprobar referencias mé­dicas. Las propias incl inaciones de Galdós , además de esa amis ­t a d íntima, resu l taron en la i m a g e n básicamente favorable de la mayoría de los médicos como personas bondadosas, amables, se­renas —siendo esta última u n a cua l idad necesaria que conservan más fácilmente que muchos de los sacerdotes, quienes también deberían caracterizarse por la s e ren idad—, precisas, ju ic iosas , enérgicas y con sentido del h u m o r . A u n q u e sólo Celipín Centeno es personaje centra l de u n a novela — y eso debe tomarse cum gra­no salis—, algunos de ellos t ienen papeles de gran i m p o r t a n c i a .

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T a l es el caso de Teodoro Golfín (Marianela, La deBringas) y A u g u s ­to M i q u i s , en más de m e d i a docena de novelas, médico de m u ­chos otros personajes y el que más parece asemejarse a Tolosa L a -t o u r . C i e r t o es que hay fuertes rasgos ind iv idua les que caracter i ­zan a cada médico , pero en general la gama de personalidades es m u c h o más l i m i t a d a que entre los m i e m b r o s del clero. N o es hasta Marianela cuando desarrollará Galdós u n t i p o m o d e r n o de médico , que es ante todo u n h o m b r e de ciencia realista. D o n N i -comedes, el médico que atiende a G l o r i a , todavía es u n extraño " d e c i d o r algo e x t r a v a g a n t e " (O.C., t . 4, 655b) que t r a t a a sus pacientes empleando u n lenguaje florido, con h u m o r i s m o y afec­to (670a) . H a dejado su consulta en la c i u d a d para vagar por el c a m p o , de casa en casa, pasando p o r u n l ibrepensador que va a misa . T e o d o r o Golf ín, t a n sensible a l a belleza de la voz de M a ­r iane la y a los sonidos de la natura leza , p r u e b a desde el c o m i e n ­zo, no sólo su b u e n carácter, sino también su franqueza — " e s ­pontane idad s u m a " (690a )— y su h u m a n i d a d al desengañar al i luso Pablo " c o n emoc ión y lást ima" (ibid.) sobre la belleza de u n pedazo de p iedra caliza c o m ú n y corr iente que éste recoge, o al hablar le a M a r i a n e l a en f o r m a t a n afectuosa. N o puede h a ­ber d u d a de que Galdós lo re t ra ta con u n a m u l t i t u d de buenas cualidades, y u n poco de m a l genio, que se no ta en su m a n e r a de hab lar . Pero el hecho es que , a pesar de su inte l igenc ia , T e o ­doro Golfín tiene que aprender u n a lección difícil. Su saber es c ien­tífico, puede devolver o dar la v ista a los ciegos, pero no puede ev i tar el hecho de que esa visión m a t e r i a l quizá obs t ruya la " v i ­s i ó n " i n t e r n a , n i puede i m p e d i r que las dos se c o n f u n d a n , como ocurre con Pablo y su sentido de la belleza. Así que el b u e n doc­t o r no es perfecto.

E l más desarrollado de los personajes médicos es Augusto M i ­qu is , al que vemos como estudiante y profesional y también co­m o j o v e n enamorado de I s idora Rufete en La desheredada. L o ca­rac ter i zan la compasión y el b u e n h u m o r , pero también puede ser serio y dar muestras de d i g n i d a d profesional y de i r a , espe­c ia lmente cuando I s idora se niega a aceptar lo que todo el m u n d o menos ella reconoce como rea l idad . Su b u e n carácter y su senti ­do del h u m o r f o r m a n parte del t r a t a m i e n t o médico que apl ica a muchos de los personajes de Galdós. M i q u i s aparece con frecuencia en la serie de Torquemada, y especialmente al p r i n c i p i o , en Ángel Guerra. Sabe c laramente cuándo ser serio y firme con el paciente y su f a m i l i a , s in volverse amenazante n i melodramático: " C o n ­solaba a los enfermos con su carácter festivo y sus humoradas fa-

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m i l i a r e s ; inspirábales conf ianza en el t r a t a m i e n t o , robusteciendo la m o r a l , y encubr iendo la aridez adusta de la ciencia con las flo­res más agradables del t ra to u r b a n o " (O. C., t . 5, 1244a). E l autor s iempre parece estar pensando en su amigo médico y espera que todos los médicos tengan b u e n carácter. Por lo t a n t o , la mayoría de ellos poseen voces agradables, puesto que Galdós no concibe fácilmente que personajes agradables tengan voces desagradables. L a b o n d a d , la a m a b i l i d a d , la serenidad y el h u m o r a l t e rnan con la precisión, la c l a r i d a d , la energía y la a u t o r i d a d , según lo re ­q u i e r a n las c ircunstancias. Esto no quiere decir que n u n c a hay u n médico que sea verboso y emplee u n lenguaje florido, como d o n Nicomedes en Gloria, o que sea u n poco afectado en el h a ­b l a r , como Ballester en Fortunata y Jacinta. L o que es poco p r o b a ­ble que encontremos es la dicotomía extrema que vemos en el clero, como la que existe entre don Inocencio o Pedro Polo (Tormento) y Nazarín.

Las figuras públicas como los políticos y los empleados de go­b i e r n o no rec iben tan b u e n t ra to como los médicos , n i en térmi­nos de la caracterización generalmente favorable n i en los deta­lles ind iv idua les específicos, aunque se podría decir que también ellos ofrecen de m a n e r a parecida u n a gama de rasgos moderada , sin extremos. E l hecho de que el p rop io Galdós fue delegado en las Cortes podría l levarnos a pensar en u n p r i n c i p i o que su r e t r a ­to de las figuras públicas sería por lo menos benigno . Pero prec i ­samente porque el autor estuvo en contacto cercano con la espe­cie y la observó con cuidado al t i e m p o que se mantenía en si len­cio, es sensible a su afectación, su sentido de la prop ia impor tanc ia , su a u t o r i t a r i s m o , su paternal i smo y su pomposa severidad. N i n ­guno sale i n d e m n e de las manos del maestro , ya sea el ridículo y engañoso Pez, en La de Bungas y muchas otras novelas, o el cí­n ico Federico C i m a r r a en El amigo Manso, con su lenguaje agra­dable y d irecto . E l tío de Federico , que aparece en La familia de León Roch —es el magis trado d o n Justo C i m a r r a — es obv iamente afectado y t r a t a de hab lar " c o n entonación severa" (O.C., t . 4, 955b) , y salpica cuidadosamente sus palabras de graves pausas: " [ . . . ] daba a las pausas oportunas g r a n i m p o r t a n c i a para la cla­r i d a d del d i s c u r s o " (945b) . S in embargo , cuando t r a t a de con­vencer a Pepa, la esposa de Federico , de que sacrif ique su a m o r p o r León y vue lva a la casa de su padre , completamente separada de Federico , adopta u n tono profesional más decoroso: " O y ó s e después la voz reposada y persuasiva del m a g i s t r a d o " (956b) .

E n todas las épocas de la producción de Galdós a b u n d a n los

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empleados de gobierno, los funcionarios y las figuras públicas, pero nos conviene concentrarnos u n rato en M a n u e l María José del Pez , también conocido como María José Ramón [del] Pez , M a ­nuel Ramón José María Pez y Ramón María Pez. E s evidente que Pez es u n hombre hueco, pues el narrador se refiere a él co­mo a una persona " d e conversación insustancial ' ' (La de Bringas, O. C., t. 4, 1593a). C u a n d o hablaba, " s e le oía con gusto, y él gustaba también de oírse [ . . . ] . S u lenguaje habíase adaptado al estilo político creado entre nosotros por la Prensa y la t r i b u n a " (1593b). Pez maneja " c o n pasmosa fac i l idad" (1593a) las mis­mas frases que a Torquemada le costará tanto trabajo aprender. P a r a Manolo Peña la tarea no exigirá ningún esfuerzo, pero has­ta Torquemada logra su cometido debido a la flexibilidad que tiene para adaptar su entonación y su modo de hablar a la situación, el sine qua non de una figura pública. Incluso José María Manso logra manejarlo, aunque de manera un tanto cuanto absurda.

C u a n d o Pez habla con Rosalía Bringas, y a sea para lamen­tarse de su infeliz situación conyugal o para alabar a la propia Rosalía, lo hace con vehemencia (1595b, 1619a). A pesar de es­to, el narrador-personaje tiene una reacción diferente frente al ha­bla de Pez: " P o r mi parte, confieso que el modo de hablar de aquel señor tan guapíri y de palabras tan bien medidas ejercía no sé qué acción narcótica sobre mis n e r v i o s " ; mientras lucha por contro­lar su modorra, se encuentra en " u n estado semejante al que los médicos l laman coma vigil" (1623b). E l sonido y las palabras son igualmente soporíficos. Este Pez se h a deteriorado desde su apa­rición anterior en El amigo Manso, donde era apenas u n poco más soportable. Tenía " t a l idea de sí mismo, que sus palabras salían revestidas de autoridad s i b i l i n a " . A Máximo le cuesta trabajo es­cuchar sus " h u e c o s párrafos, que resonaban en mi espíritu con rumor semejante al de un cascarón de huevo vacío cuando se cae al suelo y se aplasta por sí so lo " (O. C., t. 4, 1193b-l 194a). C u a n ­do pronuncia su discurso en la función de caridad en beneficio de la Sociedad General para el Socorro de los Inválidos de la I n ­dustria, Máximo comenta: " E r a la oratoria de este señor acaba­do ejemplo del género ampuloso, hueco y vacío [ . . . ] " (1228b) 8 .

8 L o m i s m o se puede dec ir de u n congresista en La incógnita, que h a b l a h o r a tras h o r a " y su voz s in matices caía sobre el cerebro del auditorio c o m o l l u v i a m e n u d a y persistente sobre u n techo de c r i s t a l e s " (O.C., t. 5, 700a) . E l a b s u r d o F r a n c i s c o de P a u l a de l a C o s t a y S a i n z del B a r d a l de El amigo Man­so, empleado de B e n e f i c e n c i a y S a n i d a d , es tratado aún más d u r a m e n t e por

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Peña, el discípulo de M a n s o , es m u c h o más elocuente, aunque tampoco él dice cosas m u y sustanciales: " H a b l a b a de todo y de n a d a " (1234b) . E l público está h i p n o t i z a d o por " e l encanto físi­co de la voz robusta y flexible [ . . . ] . Despertaba [. . . ] , con la v i ­bración celestial de las cuerdas de su noble espíritu, los sentimientos cardinales del a l m a h u m a n a [. . . ] " . Peña tiene el d o n n a t u r a l del " e x t r a o r d i n a r i o hechizo de la pa labra [. . . ] " (1234a). M a n s o ad ­m i t e la deb i l idad del texto , pero a d m i r a la capacidad de Peña pa­r a conmover a su público: " Q u é var i edad de tonos y cadencias, qué secreto i n i m i t a b l e para someter la voz al sentido [. . . ] , qué dicción enérgica y dulce , sin descomponerse n u n c a , sin i n c u r r i r en la declamación, sin sa lmodiar la frase [. . . ] " (1234b) . M u c h o antes, M a n s o había v isto que las palabras de M a n o l o eran pedes­tres , pero , así pensaba, eso se podía remediar . L o i m p o r t a n t e era su d o n de expresión ora l que había revelado desde el p r i n c i p i o " l a gradación, el calor persuasivo [ . . . ] , l a frase [. . . ] l l ena de sonoridades s impáticas" (1181a). C l a r o que ésta es la visión, a l ­go pre ju i c iada e ingenua , que t iene M a n s o de su discípulo. S in embargo , nos i n t r i g a la decisión de Galdós de p e r m i t i r que M a n ­so y Peña a t ra igan la simpatía del lector. Hace años, sostuve que Peña representaba u n a pequeña m e j o r a frente al político c o r r u p ­to . Nues t ro amigo Car los Blanco estuvo en desacuerdo y alegó que , a la l a rga , Peña no sería m e j o r que los demás. D e j a n d o de lado m i resistencia a leer más allá del marco del texto , llegué con el t i e m p o a pensar que Blanco puede haber tenido la razón. Esta opinión se ve reforzada en parte por las de u n n a r r a d o r menos favorable , José María Bueno de G u z m á n , q u i e n tampoco es de­masiado simpático, y considera a Peña, ahora d i p u t a d o , " m u y dec idor e i n q u i e t o " (O. C., t . 4, Lo prohibido, 1692b), u n a persona de i r r i t a n t e " su f i c i enc ia y d e s p a r p a j o " (1696a) , " [ • • • ] m u y l i s ­t o , charlatán y [. . . ] con su pa labra fácil se ha hecho u n puesto en la política, porque sabe hab lar de todo , y saca unas figurillas y unas monadas retóricas que entusiasman a las señoras ' ' (1730b-1731a). E n la t e r t u l i a él y Gustavo Tellería " h a b l a b a n más a l to , cediéndose el t u r n o de los párrafos estrepitosos y afectados" (1731a). Pero debemos reconocer que en El amigo Manso Peña es-

el n a r r a d o r , pero eso se debe a que es u n poetastro pomposo que deja sus v e r ­sos en los álbumes de las señoras. S u voz es " a g r i a y di f icultosa , c o m o si m a ­nos impías le es tuvieran apretando el g a z n a t e " (t. 4, 1193a) . D u r a n t e su i n ­tervención en l a función benéfica, su "declamación h i n c h a d a i b a l a n z a n d o al aire bolas de jabón [. . . ] . L a s bombil las estal laban, resonando de diversos m o ­dos , y a en tono grave , y a en el plañidero y s e r m o n a r i o " (1232b) .

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tá dotado de cualidades que no se le a t r i b u y e n a n i n g u n a o t r a fi­g u r a política. ¿Por qué? ¿Sería que Galdós pensaba en Cánovas o en Castelar , y que él m i s m o , como M a n s o , al m i s m o t i e m p o a d m i r a b a y reconocía las l imitaciones?

N o hace fa l ta detenernos más en las muchas figuras que t i e ­n e n cabida en esta categoría, pero debemos dedicar u n a m i r a d a al pequeño func ionar io desplazado, el cesante. D o n R a m ó n V i -l l a a m i l , l l a m a d o Ramsés I I (Fortunata y Jacinta), es el e jemplo del empleado de gobierno s in t raba jo , que p ierde su puesto poco a n ­tes de que le h u b i e r a tocado j u b i l a r s e . A di ferencia del empleado pomposo y seguro de sí m i s m o , el cesante, aunque también pue­de ser afectado al c o m u n i c a r su lamentable condic ión, hab la con " u n a voz que parecía salida de u n a b o t e l l a " ( t . 5, 297a). Es u n a voz " d e u l t r a t u m b a , que salía de su garganta como eco de las frías cavernas de u n a pirámide e g i p c i a " (304a) . V i l l a a m i l no pertene­ce a su sociedad. Es la suya u n a voz que viene de u n pasado m u y distante , enterrado hace m u c h o . Esta opinión se expresa en Miau: " v o z cavernosa y s e p u l c r a l " , " t emerosa y empañada v o z " (O. C., V 554a) , " v o z que parecía salir del centro de la t i e r r a " (569a) .

C o m o hemos v isto , aunque no es to ta lmente in jus to deduc i r que Galdós revela su preferencia por ciertas profesiones y t ipos h u m a n o s y les a t r i b u y e ciertas características generales, es arr ies­gado suponer que no hay gradaciones n i excepciones. Se supone que los curas deben ser serenos y sinceros. A u n q u e la mayoría de ellos pueden afectar esas cualidades al hab lar , sólo algunos lo son verdaderamente , y Galdós aclara la distinción. Los abogados y las figuras públicas pueden hab lar b i e n , pero en su mayoría se t r a i c i o n a n y revelan p o r el t ono de su voz que son cr iaturas pre ­sumidas y pomposas. A m e d i d a que conocemos a esos i n d i v i d u o s , especialmente a aquellos que aparecen repetidas veces en las no ­velas, hay menos caracterizaciones de este t i p o , que aparecen más en las obras tempranas o cuando se presenta por vez p r i m e r a a u n personaje en las novelas posteriores. Conv iene al lector pres­t a r cuidadosa atención a ciertas indicaciones clave que i n v a r i a ­b lemente t r a i c i o n a n a los i n d i v i d u o s que no son lo que parecen o pretenden ser. Las voces huecas, agrias, nasales, at ipladas, ar ­gentinas, son u n l l a m a d o de atención al lector , y también lo es u n a entonación que sugiere ironía o sarcasmo, pomposidad o cual ­q u i e r t i p o de afectación. Se nos recuerda la i m p o r t a n c i a de la voz en la conclusión de Lo prohibido, cuando José María Bueno de G u z -mán a f i r m a al final de su v i d a , después de sufr i r u n ataque de hemiplejía: " m i voz me era odiosa, antipática, y valía la pena de

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condenarme a perpetuo m u t i s m o por no oírme yo m i s m o . L a ver­d a d , señores: la voz que me quedó después de la h o r r i b l e crisis era inaguantab le ; u n a voz a t ip lada , ch i l l ona y aguda, que me re ­cordaba la de los cantores de capi l la . C u a n d o me hice cargo de este fenómeno, entróme h o r r o r y asco de m i prop ia p a l a b r a " ( t . 4, 1885b). Puede conformarse con todos sus demás defectos, " p e r o h a b l a r de aquel la m a n e r a . . . , f rancamente , y con perdón de la J u s t i c i a d i v i n a , me parecía demasiado f u e r t e " (ibid.).

D E N A H L I D A

Brandéis U n i v e r s i t y

Traducción de Flora Botton-Burla